Porque você? – Lily Evans e James Potter escrita por Victoire Winter


Capítulo 34
Capítulo XXXIII


Notas iniciais do capítulo

TANDARÃRÃ!! SECQUISU!
Conversamos lá embaixo.



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Cruzei os dedos, torcendo para que tudo aquilo não fosse um sonho quando James tirou minha blusa, deixando meu corpo da cintura para cima completamente a mostra. Os olhos castanhos do garoto percorreram com malicia a parte descoberta de meu corpo, e meu primeiro instinto foi me cobrir e afasta-lo, mas não o fiz. Apertei os lençóis com força e fechei os olhos. Esperei de James comentários como “Se você está assim agora espere para ver o que eu posso fazer!”, mas ele não disse nada. Fale alguma coisa. Como se estivesse lendo minha mente, o apanhador sussurrou para mim “Está tudo bem, eu estou aqui.” Eu sei que está. Eu abri os olhos e encontrei as orbitas castanhas do garoto brilhando, como se fosse o momento mais feliz de sua vida.

E, modéstia a parte, acho que era sim.

–Você vai me beijar? –Ele perguntou, mais afirmando do que perguntando, e eu não respondi, apenas beijei-o. Estava tão acostumada a beija-lo com intensidade e de uma forma selvagem que o modo calmo que nossos lábios se encostavam, apenas encostavam, era nova e boa.

–James... - A palavra, que soava tão bem para mim, foi pronunciada involuntariamente contra os lábios doces do garoto, que ainda encostavam-se aos meus como se fossemos um casal do quarto ano no mundo trouxa brincando de sete minutos em uma festa.

Voltei a beija-lo, com um medo crescente de fazer algo errado. Ele estava ao meu lado, e eu apoiei as pernas uma de cada lado de seu quadril para ficar em cima do moreno. O garoto que antes estava deitado se levantou e ficou com as costas eretas em meio segundo. Eu não era a única tensa, afinal. Ele me olhou, hesitante. Uma sensação maravilhosa invadiu-me, fazendo os meus lábios tremerem um pouco, quando lembrei que, da mesma forma que ele era meu primeiro, eu era a primeira dela. O garoto arregalou os olhos, alertas, quando percebeu meu meio “sorriso”. Tenho que auxilia-lo, afinal se fosse ao contrario eu gostaria de saber o que tinha de engraçado no meu corpo quase nu.

–É sua primeira vez também. É engraçado pensar nisso! –Eu expliquei, tentando ao máximo não falar nada estupido.

–É um pouco, Virgem Lily. –O garoto falou com a voz em um rouco sexy. Eu não ri da piada, já que era católica e estava “prestes a pecar”, como diria o padre da Igreja que eu frequentava. –Me desculpa. Eu não quis ofender. –Ele completou.

–‘Tá tudo bem. –Eu disse com a voz o mais firme possível.

Ele estava sentado, eu estava sentada no colo dele. Nenhum de nós tinha blusas no corpo. Isso significa que devemos ir até o final? Talvez. Tentei me acalmar com pensamentos do tipo “Amanda disse que não dói”, mas um pensamento leva a outro e todos levavam ao tumulo da minha melhor amiga e ao que estava preste a sentir. Ainda sentados, James me olhou, sua expressão da mesma forma que eu imaginava que a minha estava naquele momento. Paixão e intriga iam de carro, em uma só mão, em direção ao meu coração.

Ele me deitou na cama, ficando em cima de mim com cuidado, como se eu fosse quebrar. Ele passou os dedos, que antes estavam na minha cintura, pela minha clavícula, subindo para meu pescoço e parando em minha bochecha, onde eles jaziam confortavelmente tanto para mim quanto para ele. Foi minha vez de usar as mãos. Tirei-as do pescoço do garoto com cuidado, e passei por todo o seu tórax definido, com o verde dos meus olhos acompanhando e o castanho dos olhos dele fixos nos meus. Mesmo não os vendo, sabia que estavam me mirando. Quando o olhei de volta, ele me encarava com tamanho desejo que senti toda parte do meu corpo que já fora tocada por ele queimar.

Graças a Merlin está escuro. Ele levou as mãos à barra da saia marrom do uniforme que eu usava. Senti algo novo no colo do meu estomago, uma mistura de ansiedade, tanto a boa e tanto a ruim. Ele começou a descer a peça devagar, pronto para parar e esperar mais se eu quisesse. Eu soltei o ar quando ele colocou a peça de roupa na cama que eu imaginava ser de Aluado, dado a quantidade de livros.

Antes que eu visse, o moreno estava colocando as calças, igualmente marrons, ao lado da minha saia, dando a impressão que as duas pessoas que usavam aquelas roupas morreram e era apenas pó debaixo delas. Mas não. Afastei o pensamento e comecei a pensar que devia estar escarlete e no livro “A letra escarlete”, pensei nos meus pais me fazendo e comecei a pensar se estaria fazendo algum filho quando me dei conta que havia duas peças de roupa separando meu corpo de James.

O garoto levou a mão ao fecho do meu sutiã, mas eu fiz que não com a cabeça. Uma coisa era dormir com ele, a outra era ser completamente exposta. Ou não... Meu Merlin odeio ter dúvidas! Odeio ter dúvidas em relação ao lindo moreno do meu lado.

–Lily... –Ele disse, com uma voz meio manhosa e eu quase saio da cama, com medo do que pode acontecer se eu o deixar ver a parte do meu corpo que tenho mais vergonha, deixando-o ali plantado.

–Não faça nada estupido. –Falei, e ele toma a fala como um consentimento. O que realmente era.

Ele tirou a peça e eu senti uma vergonha inexplicável. Eu estava em sã consciência da minha magreza exposta, mas não iria me acostumar nunca à ideia de outra pessoa ver meus seios pequenos. Contrai os dedos do pé e apertei os lençóis com força, rasgando-os com as unhas, mesmo elas sendo muito pequenas.

–Perfeita. –James disse. Eu me acalmei, mas não o suficiente. Respirei fundo, inflando o peito sem querer. O garoto sorriu de cima de mim. Tirei as mãos dos lençóis e as levei aos ombros musculosos do garoto, puxando-o para mim, fazendo seus olhos verem os meus e apenas essa parte de mim ser visível. Castanho e verde se misturaram e eu tive certeza que estava tudo bem com ele. Beijei-o, praticamente implorando com os lábios para que ele não me olhasse com malicia.

Ele se afastou, apenas o suficiente para respirar, as mãos ainda na minha cintura e as minhas ainda em seus ombros. Os olhos dele percorrem meu rosto, procurando qualquer sinal de desistência, mas não os demonstrei, mesmo estando ali.

James levou uma das mãos para minha calcinha e eu levei uma das minhas á mão “boba” dele. Eu não queria que ele parasse, porém não queria que ele fizesse aquilo sem eu ter a oportunidade de parar, caso alguém entrasse ou whatever. Nós fomos tirando a última peça que me cobria, juntos. Quando ela foi completamente removida, ele me olhou de cima abaixo, como minha mãe fez no casamento de minha tia Anne Evans, que virou Anne Parkinson. “Você é linda, meu amor.” Como se James soubesse as palavras de minha mãe, ele as repetiu, falando do mesmo jeito que a mulher de cabelos ruivos rebeldes e olhos generosos carinhosos tinha feito há sete anos.

Senti-me desconfortável de um modo agradável com o olhar penetrante de James. Por mais estranho que pareça, era como estar nua em cima do ônibus vermelho panorâmico que passa pelo centro de Londres e sendo exibido ao vivo na BBC e ao mesmo tempo, é como ser a modelo mais desejada da franquia de lingeries Victoria Secret’s.

Eu não sei o que fazer. “Vai com tudo!” Amanda diria, assim como Amolfadinhas devia estar pensando, enviando pensamentos telepáticos para Pontas. “Ele te ama! Confie nele!” Mari diria. E Elena... Não quero nem pensar em como ela opinaria.

Levei as mãos aos ombros dele, lenta e novamente, mas ele as parou no meio do caminho. Ele conduziu meus dez dedos para a barra da cueca boxer trouxa que usava e, quando me ajudou a tira-la do mesmo modo que eu tinha feito há minutos atrás, inúmeros adjetivos invadiram a minha mente para descrever o momento. Ele era tão admirável.

Algo em minha expressão devia estar muito engraçado, pois James me olhou por alguns segundos e depois riu de um jeito maravilhoso de ouvir. Eu ri com ele, sem saber qual era a graça. Ficamos lá, por longos minutos que passaram rápido, rindo um do outro, os corpos nus e quentes se encostando sem fazer nada demais.

Quando a risada cessou, ele me olhou, sério, e fiquei me perguntando como ele consegue mudar de expressão tão rapidamente.

–Você quer mesmo fazer isso, Lily? –Ele perguntou com o corpo em cima de mim um pouco mais pesado do que estava quando nos despimos. Fiz um simples movimento com a cabeça, dizendo que sim. –Eu te amo, Lily Potter.

–Eu também te amo, James Evans. –Eu falei, sorrindo com a possibilidade. Pude ver seus dentes brancos, no cinza escuro que estava o ambiente eles brilhavam como estrelas.

O garoto se posicionou entre as minhas pernas, esperando permissão, eu o beijei e tentei dizer “eu te amo”, mas a tentativa foi em vão, pois todas as partes cientes do meu corpo estavam incandescentes com as possibilidades. As mãos na minha cintura, a respiração entrecortada ele me deu um beijo rápido nos lábios. Encostou o nariz no meu e fez o mesmo com a testa. Eu não sei ao certo qual adjetivo usar para o que veio a seguir. Como se fosse profissional no assunto, James foi guiando cada movimento, meu e dele.

Para cada centímetro que nossos corpos ficavam mais próximos, era um gemido meu, que soava como “James”, embora eu não tivesse certeza se era isso que eu queria loucamente dizer, e uma arfada dele, uma vez ele falou meu nome, mais para ele do que para mim. Após uma dor aguda, mas suportável e uma imensa onda de calor percorrer meu corpo, senti-o relaxar e se acomodar melhor dentro de mim e depois começar a se mover, e me conduzindo a mover com ele. Fechando os olhos por um instante, eu respiro fundo. Não era doloroso como eu imaginava, minha melhor amiga estava certa como sempre.

Nossos corpos se encaixavam com perfeição, como se fossem maquinas feitas uma para as outras. James levou as mãos as minhas e as colocou sob o travesseiro e a cada movimento elas afundavam no algodão. As pernas do apanhador roçavam nas minhas como seda, me fazendo suspirar um pouco. Ele levantou um pouco meu quadril, indo mais fundo.

Eu não queria parar de experimentar as sensações maravilhosas que o corpo de James estava proporcionando o meu, mas as minhas pernas começaram a protestar. As nossas mãos, unidas como se fossem apenas uma em cima da minha cabeça suavam. Umas das mãos ásperas do apanhador desceram ao meu rosto, pousando em minha bochecha.

–Lily, olha para mim. –Ele disse. Abri os olhos, incerta de qual momento fechei-os. Uma solitária gota de suor descia pela testa do garoto, e seus lábios, tão atraentes, me chamavam para ele.

O moreno ainda estava se movendo um pouco, os lábios para cima e o olhar fixo nas minhas reações. Eu não sei o que foi que ele fez a seguir, mas tive que cravar as unhas nas costas do garoto e enterrar a cabeça em seu pescoço para extravasar um pouco do desespero bom que tomava conta de mim. Pude ouvir o sonoro barulho que escapou contra minha vontade, indicando um prazer para qualquer um que ouvisse.

Com certeza passaria o tempo livre de amanhã na Torre de Astronomia, contando para Amanda e minha mãe as sensações James estava me concedendo.

As mãos dele desceram para minhas pernas, que, por mais incrível que pareça, suavam. Ele as trouxe para mais perto de si e escaparam da minha mente os pensamentos para parar. Nunca que eu pararia James.

–Eu te amo. –Ele disse, mais uma vez. Uma sensação de calor, como uma fogueira no dia de inverno mais frio incandesceu em meu peito. Ele me beijou, beijou com vontade, com amor. Como eu tinha dito não a James por tanto tempo eu não sei, só sei que foi uma das melhores coisas da minha vida responder “Eu também te amo”.

O garoto me apertou contra si uma última vez antes de cair ao meu lado, um meio sorriso no lábio. Meu pescoço latejava um pouco pelos beijos selvagens depositados ali, mas só isso incomodava.

Olhei pela janela e vi os primeiros raios de sol da manhã raiarem.


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Notas finais do capítulo

OBA! Prevejo recomendações dizendo que sou diva! Modéstia a parte, mas ainda assim....
Love you guys!
Bjos, muitos bjos.



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