Porque você? – Lily Evans e James Potter escrita por Victoire Winter


Capítulo 29
Capítulo XXVIII


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é dedicado ao lindo Hiiago Dias e sua perfeita recomendação e a maravilhosa Karine Silva e seus dedos de ferro, por que, menina, quantas reviews! Obrigada! Desculpem o sumiço, mas eu tenho provas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/472796/chapter/29

Graças a Merlin só Amolfadinhas e Aluado estavam na Sala Comunal quando eu e James nos beijamos, pois foi um daqueles beijos demorados e que se você olhar bem de perto vê cenas horripilantes de bocas guerreando. James beijava tão bem... Eu podia ficar beijando o apanhador o dia todo.

–Uou! –Amolfadinhas disse. –Vocês são o casal da pegação... Uou!

James disse “Obrigado!” ao mesmo tempo que eu disse “Não somos um casal!”. Isso claramente confundiu Aluado, pois o lobisomem nos olhou com o cenho franzido. Ora, não é culpa minha se James acha que é só me beijar e, BUM, estamos juntos.

–Eu... Eu vou indo. –Eu disse e atrai o olhar dos três. –Adeus, digo, até.

Subi as escadas para o dormitório feminino sem olhar para trás. Sentei-me na cama, onde levei os dedos à boca, que ainda tinha o gosto de James. Evitei passar a língua ali, para o gostinho durar mais. Sorri involuntariamente.

***

–Seria tão bom ter alguém para beijar... –Amanda falou, sonhadora, quando contei a ela sobre Pontas – Sabe, algum James Potter para mim...

Revirei os olhos e continuei a comer. Ao meu lado, Molly engolia um frango inteiro, sozinha e ao outro, Amanda brincava com o garfo, uma das mãos pousadas protetoramente sob a barriga que já crescia rapidamente.

Meus olhos percorreram o salão atrás de Pontas varias vezes, em vão. Eu vi Aluado e Rabicho mexerem na comida por uns cinco minutos e depois sair correndo. Não podia deixar de suspirar toda vez que um casal passava por mim. Senti até meus olhos lacrimejarem quando Molly saiu de mãos dadas com Arthur.

–Ei... Você está bem? –Elena falou, se sentando no lugar previamente ocupado por Molly, a garota parecia perturbada e ao mesmo tempo preocupada comigo.

–Eu estou ótima! –Disse, levantando da cadeira em um salto. –Eu vou para a aula de Herbologia, ok? Ok, tchaaau!

Sai andando antes que alguém pudesse me contrariar. Desci as escadas pulando de dois em dois degraus e quando cheguei ao gramado que levava as estufas, fiz uma coisa que não fazia em muito tempo. Eu cai.

–MERDA! –Gritei. –Merda, merdinha, merda de Merlin!

–Quer ajuda, ruivinha? –Reconheci a voz do homem que estendeu a mão para mim. Amolfadinhas estava parado na minha frente. Os dedos, com unhas sujas, parados a poucos centímetros do meu rosto. Segurei a mão dele, o garoto me levantou sem esforços. Sorrindo ele limpou minha roupa.

–Obrigada, Amolfadinhas. –Eu disse.

–Sabe... Pontas só fala de você... –Ele disse e eu encarei o artilheiro com os olhos arregalados. –Sobre o jeito que seus cabelos voam, sobre os nossos apelidos soarem mais agradáveis de se ouvir quando saem de sua boca. Coisas assim.

–Ok, mas parando de falar de mim...

–Você não entende, Lily? –Ele disse, quase gritando. Parei de andar para encara-lo com mais cautela. –Ele está completa e totalmente apaixonado por você! Ele não me deixa dormir!

–Siri...

–Não se atreva a partir o coração dele. –Ele falou, apontando o dedo indicador para mim. O lábio inferior tremia como se fosse rir ou gritar.

–Eu não vou. –Eu disse, abaixando o dedo dele e indo para a estufa, conduzindo o moreno.

***

Provavelmente toda Hogwarts já sabia que eu entrei com Sirius Black na aula de Herbologia. Não sabia como isso podia causar tanto estardalhaço, mas causou. “Dois em quatro, hein, Evans?” “Aposto que ela já pegou o Remo também, afinal, eles ficam três noites por semana juntos, sozinhos...”. Eu queria gritar. Parecia que a amizade entre sexos opostos significava tirar as roupas e reproduzir! Meu bom Merlin!

Eu nem tive coragem de tomar café naquela manhã. Erro terrível, pois Pontas e Amolfadinhas também não foram e então a ideia de um “ménage” surgiu nas cabeças poluídas dos sonserinos.

Amanda levou um bolinho para mim na aula de Transfiguração. Eu fiquei extremamente agradecida, pois estava faminta. A loira havia cortado os cabelos na altura da orelha e eu não conseguia tirar os olhos. Sabia um feitiço bom para fazer os cabelos crescerem... Se ela quisesse ficaria eles ficariam tão lindos...

–Você ouviu uma palavra do que eu disse, Lily? –Ela perguntou, vermelha de raiva e bateu o pé no chão.

–Hã...

–Lily! Eu disse que acho que é uma menina!

Eu fiquei boquiaberta diante daquela declaração. Meus dedos que tamborilavam na mesa há alguns segundos pararam, e eu bati a mão na mesa. Eu sabia que a Professora McGonagall e os outros alunos nos encaravam, eu tinha plena consciência dos olhos castanhos arregalados de Pontas, Amolfadinhas, Aluado e os olhos claros de Rabicho em nós. Elena nos olhou, com o cenho franzido do outro lado da sala, e eu xinguei mentalmente o fato de Mari não estar conosco quando sinalizei meus peitos e depois a barriga de Amanda tentando dizer: “É uma menina!”, a corvina pareceu entender e bateu as mãos. Agradeci o fato que ninguém mais era tão inteligente quanto Elena naquele lado da sala, pois ficou bem obvio quando a loira levantou e deu alguns pulinhos.

–Srta. Evans, Eaton e Capella. –Prof. McGonagall nos chamou da frente da sala. - Querem compartilhar algo com a turma?

–Não, obrigada. –Amanda disse, a voz meio ríspida.

–Menos 10 pontos para a Grifinória e menos cinco para a Corvinal. –Ela falou, meio triste por descontar pontos da sua própria casa, mas ainda assim, firme.

***

–Hey, Evans! –Potter gritou quando sai encabulada, da aula de Transfiguração. Eu não estava com paciência para o moreno agora estava ocupada, tentado ser a melhor futura madrinha possível. Comecei a murmurar uma azaração, mas o garoto apareceu na minha frente. Como tinha passado nos testes, pensei em aparatar para o dormitório feminino, mas a consciência veio como uma bomba na minha mente. –Você é rápida hein? –Ele completou, ofegante.

–Um pouco. Pois não? –Eu disse, empinando um pouco o nariz.

–Pois sim, sra. Potter. –Ele repetiu o ato de empinar o nariz, me fazendo rir. Ele parecia um pombo doente quando fazia aquilo. –Rindo? De mim, Evans?

–Um pouco. Pois não? –Eu disse.

–Merlin! Você só fala isso?

–Não, eu falo outras coisas também. –Eu disse, indignada com o pouco caso do moreno em relação a minha tentativa de arrogância. –Tipo... Sai da frente!

–Não. –Ele disse, firme.

–Ah, acho que eu posso dar a volta no castelo e me atrasar para a aula... Perderia alguns pontos, mas isso não é problema já que não diz a respeito de você, não é, Pont... Jam... Potter?

–Bom, eu também te amo, Lily. –Ele falou e algumas meninas corvinas passaram rindo. –Eu queria falar com você sobre... Antes de ontem... Sabe... –Ele levou a mão direita ao pescoço e corando, me olhou nos olhos.

–Não tem nada para falar. Nós... Trocamos afetos. Pronto! Não precisamos reviver o momento, não é? –Eu disse e comecei a sair depressa, porém as mãos de James seguraram meus pulsos.

–Precisamos sim. –Ele disse e, antes de me puxar para mais um beijo, olhou nos meus olhos pedindo permissão silenciosamente. Meus olhos foram, involuntariamente, para sua boca e o apanhador tomou isso como um sim. Agradeci aos deuses pelo sinal já ter batido, pois se não tivessem, milhares de pessoas teriam visto James e Lily Potter.

A boca do garoto abriu contra a minha e eu não pude deixar de abrir a minha, ansiosa para a nova experiência. James beijava tão bem que, quando ele parou, tive que olha-lo implorando, praticamente, para mais. Ele deu um sorrisinho e eu o acompanhei no ato. Ele me beijou de novo, as mãos descendo para minha cintura e me puxando contra si. Senti o pomo de ouro bater as asinhas no bolso da frente da calça de James, já que minhas mãos estavam perigosamente perto. O garoto me deixou com as pernas bambas quando me colocou contra a parede.

Quando me lembrei da aula, foi quase como uma bomba em um campo de flores. Arregalei os olhos e comecei a bater de levinho em James, que estava com as mãos em minhas pernas, que estavam por sua vez, entrelaçadas na cintura do moreno. Ele me olhou, confuso, e me colocou no chão.

–Está tudo bem. Eu posso esperar, eu posso... –Ele começou a falar, mas eu levei um dedo a sua boca.

–A gente tem aula agora. Depois do jantar você pode me encontrar na frente do banheiro da Murta Que Geme?

–Seria um prazer.

E então fomos, de mãos dadas, para a aula de DCAT.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que eu quero para postar mais um hoje? RECOMENDAÇÕES!
Bjos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Porque você? – Lily Evans e James Potter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.