Porque você? – Lily Evans e James Potter escrita por Victoire Winter


Capítulo 22
Capítulo XXI


Notas iniciais do capítulo

#PROTEGO, eu vou precisar.



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Acordei suando frio. Meus lençóis estavam no chão. Eu não havia gritado, porém estava suando muito. Mas fora um sonho bom... Fui até a cama de Amanda e me deitei com ela. A loira não pareceu se importar, pois deu um sorrisinho quando me viu, provavelmente achando que havia acabado de voltar da ronda com Lupin.

–Amanda, que horas eu cheguei aqui ontem? –Perguntei

–As 21 e tantas, menina, você apagou e eu juro que ninguém roncou mais alto do que você.

Eu não pude deixar de sorrir. A imagem de uma Tuney e uma Lily de sete anos entrando na suíte principal para acordar um Sr. Evans que roncava horrores no Natal, para abrir o presente que Papai Noel havia lhe dado invadiu minha mente.

–Boa noite, Ams.

Ela já havia voltado a dormir quando terminei a frase.

***

Hoje, dia 3 de março, é aniversario de 19 anos da minha irmã. Revirei os olhos ao pensar nela e Valter. Não me importei em mandar presentes, mas escrevi uma carta com meus “sinceros” parabéns e felicidades para agradar minha mãe. Ia até a aula de Herbologia com o sonho de ontem parecendo uma bola de demolição em minha cabeça. Me senti ficar escarlate ao ver Potter conversando, completamente desinformado do meu sonho, a mesa da Profª Sprout, agora coberta com livros e plantas. Isso chamou a atenção de Amanda, que olhou de mim para a mesa, da mesa para Potter e de Potter para mim, e deixando o queixo cair até o chão quando entendeu.

–LILY EVANS! VOCÊ...

–Amanda, se você não calar a boca eu te uso de jantar para a Lula Gigante!

Eu sei, eu sei. Usar o bicho papão da minha melhor amiga para atingi-la não é legal, mas o que posso fazer? É força do habito. Ela me olhou, raivosa e virou com os braços cruzados para frente, derrubando alguns livros.

–Depois te dou detalhes – Falei para acalma-la e funcionou. Juro que vi um sorriso, mas não pude provar.

***

O largo sorriso de Mari ao passar por um garoto da Corvinal de cabelos e olhos castanhos e óculos quadrados desviou a atenção de Amanda do meu sonho na estufa com o apanhador.

–SENHORITA MARI! VOCÊ E O GATO - Ela começou em um tom espetarculamente alto, dando ênfase em “gato” – DO GOLEIRO VÍTOR ESTÃO JUNTOS?

Varias quartanistas deram risinhos e vi que Mari contava comigo para cala-las. Dei a elas o meu olhar de “VOCÊ!” e elas se calaram na hora, me fazendo andar satisfeita.

–Não, Ams! –A morena falou- Nós somos amigos... Ele senta do meu lado em Estudo dos Trouxas e já me salvou da loucura do Weasley varias vezes.

–Conheço esse tipo. –A loira falou, virando completamente as costas, mirando com força o garoto Vítor - Finge de bonzinho mais tem segundas intenções. Ele é tão segundas intenções!

–Não é! –Eu protestei- Ele parece ser uma gracinha, Amanda. Tirando o fato que eu tenho uma queda por meninos de óculos.

As duas me olharam. DROGA! James usava óculos.

–Retiro o que eu disse- Falei antes que elas falassem.

–Tarde demais, Evans! –Amanda falou sorrindo com diversão- Falou ‘tá falado!

Revirei meus olhos.

–Como odeio vocês. – Disse, passando o braço nos ombros da loira e da morena, seguindo nosso caminho para a aula de Feitiços.

***

Até a comida parecia desesperada. O dia amanhecerá nublado e, só de ontem para hoje, foram registradas 10 mortes. Eu sempre imaginei a morte como uma mulher linda que te seduz no processo de vida-morte e depois te leva para o Inferno. Não, eu não acredito em Paraíso. Todos fazem coisas terríveis demais para ir ao Paraíso.

Lembrei-me do meu pesadelo de hoje. Só havia sangue. Sangue em uma quantidade tão grande, que encheria o Oceano Pacifico inteiro. Como nas outras noites, eu acordei suando frio, porém hoje eu gritei muito. Porque eu não sei, sendo que já tive pesadelos piores, mas ainda assim, foi o suficiente para Amanda se deitar comigo e Molly passar a noite em claro.

O próximo jogo de Quadribol era sábado. Grifinória e Sonserina. Levando em conta que hoje era quinta, todos pareciam anormalmente animados, pois o jogo decidiria a posição final da Grifinória na Copa. Potter e Black não calavam a boca. O dia todo Quadribol isso, Quadribol aquilo. Era tão horrível ficar perto deles que Lupin veio sentar comigo e Amanda na aula de Transfiguração. Não pude deixar de perceber a proximidade das mãos e pernas dos dois.

Um meio sorriso se formou em minha boca. Mesmo com tantas as coisas horríveis, ainda existe amor, pensei.

–Hoje vamos transformar ratos em flores! Flores –A Profª McGonagall, sorrindo, disse- de sua preferência.

Soube que Potter ia fazer o ratinho em sua frente virar um lírio quando me olhar com o olhar mais maroto possível. Eu transformei meu sapo em petúnias, por pura ironia.

No fim da aula, demorei de propósito para amarrar o cadarço para dar ao casal de loiros ao meu lado o tempo necessário para conversarem em paz sobre qualquer-que-seja-o-assunto-que-finjo-que-é-interessante-quando-na-verdade-só-concordo-com-a-cabeça-para-fazê-los–se-calarem-mesmo-que-seja-apenas-por-um-segundo. Também demorei em arrumar a mochila para dar a James o tempo necessário para expulsar Black e Pettigrew e ficarmos só eu e ele na sala. Com McGonagall, mas isso não importa.

–Evans –Ele disse, sorrindo como a Mona Lisa- Flores para uma flor.

McGonagall olhou para nós, mas claro, quem não olharia James Potter e Lily Evans.

–Obrigada. –Falei, me fazendo de difícil- Vamos?

–Se for com você, meu amor, eu vou aos confins da Terra.

Senti McGonagall sorrir atrás de nós.

–Mais cinco pontos para a Grifinória. –Ela disse- Vocês merecem. Se alguém perguntar, vocês responderam uma pergunta muito difícil sobre animagos, ok?

Assentimos com a cabeça, ainda sorrindo da McGonagall amorosa. Passamos juntos, porém separados pelos corredores e escadas até as masmorras para a aula de Poções. Ao chegarmos lá, James me puxou para um cantou mais afastado e um frio subiu pela minha barriga.

–James... –Eu comecei.

–Lily Evans – Ele se adiantou. –Me beija. Agora. Aqui

–Por quê? –Perguntei, fazendo força para não o levar para a estufa if you know what I mean

–A resposta certa seria: Não, Potter! Eca– Disse o apanhador em uma imitação muito boa da minha voz

–Porque, James?

–Por que eu tenho sentido que cada dia da minha vida vai ser o último com tudo –Ele gesticulou com as mãos uma explosão nuclear, e fiquei pensando se ele sabia o significado de explosão nuclear no mundo trouxa- ISSO acontecendo. Com Você-Sabe-Quem e os Comensaisinhos dele. Então, se eu morrer amanhã, quero ter te beijado uma última vez.

Eu fiquei balançando a cabeça antes de dar um beijinho rápido nele. Não conseguia ficar muito tempo perto do garoto sem pensar no sonho.

–Não assim, Evans. –Então ele me puxou para um beijo apaixonante, daqueles de filme de romance dos anos 40.

Afastei-me dele quando o ar sumiu, e fui para a aula com os dedos próximos dos dele, mas não perto o suficiente para que alguém tirasse conclusões erradas.

Sentei ao lado de Amanda e Elena, reparando a ausência de Mari. Não prestei muita atenção em Slughorn, que dizia algo sobre a importância das Poções para o mundo mágico atual.

Quando o “PÊÊ” do sinal bateu, eu fui ao Salão Principal, louca para ver a garota de cabelos encaracolados, mas ela não estava lá. Coisas terríveis passaram pela minha cabeça, mas, ao ver James, o pavor, pânico e preocupação passaram e finalmente senti o que ser apaixonada.


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Notas finais do capítulo

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