O Acordo escrita por Sophie Valdez
Notas iniciais do capítulo
Capítulo enooorme! kkkk Meio triste...
Obrigada pelos comentários, quero mais desse capítulo!
Boa leitura...
_ Besta. – murmuro com raiva e me viro para ir ao Salão Principal até dar um pulo ao perceber alguém encostado na parede.
_ Eu não acredito! Então é isso, é tudo um acordo! Lily...
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_ Bertha..? – pergunto engasgada enquanto a loira sai das sombras boquiaberta.
_ Oh Meu... Santo Griffyndor!!! – ela exclama me encarando.
_ A quanto tempo está aí? – indaga desesperada.
_ O suficiente para saber que você está sendo ameaçada pela Mills, que vocês está enganando o James, que você passeou com ele em Hogsmeade não ela...
_ Tá, ta... você ouviu muito. – digo desanimada.
_ Lily Evans você vai me contar T-U-D-O! – ela diz me puxando pro salão comunal. Ele está meio vazio,ocupado apenas por Dorcas, Marlene e Remo.
_ Lily! Queremos falar com você. – Dorcas diz se levantando.
_ Nem vem, EU vou falar com a ruiva aqui! – Bertha diz me puxando.
_ Eles sabem Bertha, eu posso falar perto deles. – respondo revirando os olhos.
_ Oh! Então tudo bem. – diz a loira se jogando ao lado de Marlene no sofá. – Conte-me sobre esse “acordo”.
_ Perá, ela descobriu? – Marlene pergunta. – Lily, tu ta ferrada!
_ E eu não sei? – suspiro. – Certo Bertha, é o seguinte... Emma e eu temos um acordo onde eu ajudo ela a conquistar James e ela me ajuda, através da mãe dela, a entrar no St. Mungus.
_ Mas que coisa sem sentido! – Bertha exclama. – James sempre foi apaixonado por você, e você por ele, só nunca admitiu... e você é inteligente o suficiente para entrar no hospital sem ajuda.
_ É o que falamos para ela... – Remo murmura.
_ Eu não sou apaixonada pelo James! – digo brava.
_ Não? Então porque fica suspirando por ele na aula de Aritmancia? – Bertha diz e eu coro. – Não negue... eu já percebi a muito tempo!
_ E o que que tem? Eu percebi que James não é tão idiota a um tempinho... mas ele não gosta mais de mim, e está gostando da Emma.
_ Não Lily, ele está gostando de uma farsa... – Remo diz sério. – Tudo que ele gosta na Emma são coisas que na verdade são... suas... Entende? E sobre Hogsmeade... ele chegou suspirando com um sorriso bobo, mas quanto se encontrou de novo com a Emma ele... estranhou...
_ O que você querem? Que eu conte a verdade? – digo cética. – Ele vai me matar! Ela vai me matar... Bom, eu do conta daquela vaca mas...
_ É melhor James saber por você do que por outra pessoa... – ele diz apontando para Bertha com a cabeça.
_ Ei!!!! Eu não vou contar para ele! – ela exclama e todos a encaram.
_ Você não vai contar para ninguém. N-I-N-G-U-É-M! – digo nervosa.
_ Eu sei! Tão achando que eu sou o que? – Bertha diz e nos reviramos os olhos.
_ Bertha, lembra quando Frank pediu a Alice em casamento na formatura deles? – Dorcas pergunta e Bertha afirma. – Ele pediu ela na nos jardins, sozinhos, e combinaram ficar um tempo em segredo... Mas como eu sei disso? Por que quando eles voltaram pro salão você já tinha contado o ocorrido para todo o mundo! Nem sei como conseguiu descobrir aquilo!
_ Não tenho culpa se estava passando pelos jardins naquela hora! – Bertha se defende. – Mas não se preocupem, eu vou guardar esse segredo. Até porque você sempre foi legal comigo Lily.
_ Obrigada! – digo sorrindo no momento que uma coruja cinza entra no salão parando na mesa ao meu lado. – Ué uma carta para mim.... da Petúnia.!?
_ Quem é Petúnia? – Bertha pergunta.
_ Minha irmã... Mas ela não gosta muito de mim, detesta esse nosso mundo... Meu pai que responde minhas cartas depois...depois que minha mãe... morreu. – digo triste. – Oh céus! Será que houve algo com ele?
_ Leia para saber! – Dorcas exclama mas continuo encarando o envelope.
_ N-Não... se algo aconteceu com ele... Não vou conseguir... – digo assustada e Remo aperta meu ombro me encorajando. Com as mãos tremulas eu abro o envelope e tiro a carta no momento que Sirius, Pedro e James chegam no salão.
_ Aí Aluado! Onde se meteu? – Pedro pergunta.
_ Agora não gente... Lily, pode ler em voz alta? – Remo pergunta interessado.
_ Remo, é pessoal! – Dorcas exclama.
_ T-Tudo bem... eu acho que será melhor... para me dar coragem! – digo firme e começo a ler.
Cara Lily,
Saiba que é muito difícil para mim escrever para você e ter que enviar a carta por uma maldita coruja, mas fiz esse esforço. Lily, papai sofreu um a-acidente... – eu gaguejo na última palavra e Marlene segura minha mão me encorajando a continuar. - ... no trabalho, ele está vivo, mas muito mal, na verdade os médicos dizem que ele tem chances mínimas de s-sobreviver... já que ele... acabou entrando...e-em coma... – minha visão fica embaçada pelas lágrimas e paro um minuto a leitura para limpa-las. – Não sei se pode sair daí, mas se sim seria bom vir aqui se despedir dele. Estamos no Hospital Nacional no centro de Londres. Petúnia... – eu solto a carta deixando ele cair lentamente para o chão. Encaro um ponto a minha frente pensando em tudo aquilo.
Quando minha mãe morreu, dois anos atrás, foi horrível. A dor de perder alguém tão importante quase a consumiu, mas seu pai a ajudou a superar... afirmando que ela e a irmã eram o que fazia ele superar.
Agora meu pai, meu herói, meu... porto seguro, estava desfalecendo no leito de uma cama. Ele não pode, não pode...
_ Não... – sussurro deixando as lágrimas caírem sem controle pelo meu rosto. – Não! Ele não pode, não pode... Meu pai não... não...
_ Lily, se acalme. Ele ainda não morreu! – Marlene diz me abraçando.
_ M-Mas Petúnia disse q-que... – digo soluçando. – Ele v-vai...Não!
_ Lily... Dorcas sussurra me envolvendo em um abraço.
_ E-eu preciso ver ele... – digo me levantando e cambaleando. Alguém me segura e só identifico quem quando ele fala.
_ Eu vou com você, desse estado não vai chegar nem no corredor. – James diz me fazendo apoiar nele. Eu concordo com a cabeça e seguimos para a sala do diretor a fim de ele me dar autorização para ver meu pai.
_ Mas o que é isso? Largue o MEU namorado Lily! – Emma diz quando a encontramos em um corredor.
_ Agora não Emma. – James responde.
_ Mas...
_ Agora. Não. – ele repete com um tom de voz assustador que cala a morena e seguimos até a gárgula.
_ Bolo de chocolate. – digo rouca e escada surge. Subimos rápido e Dumbledore ergue a cabeça quando entramos se bater.
_ Potter, Evans... O que houve? – ele pergunta com um grau de preocupação.
_ É o meu p-pai senhor... – digo tentando ficar firme. – Eu soube que ele está m-muito mal... no h-hospital... e eu queria ir vê-lo...
_ Oh sim, sem problemas. – Dumbledore responde rápido. – Creio que saiba aparatar?
_ Sim senhor. – eu respondo.
_ Ótimo, pegue a rede de flu até o Beco Diagonal e de lá aparate no hospital... é em Londres certo?
_ S-sim... – digo rápido. – Obri-ga-gado Diretor!
_ Por nada, agora, é melhor não ir sozinha... nesse estado... Potter, poderia acompanha-la?
_ Hãm... claro. – James responde.
_ N-não precisa... – digo rápido.
_ Oh precisa sim! – o diretor diz sério. – Agora vão.
Eu entro rápido na lareira e logo as chamas verdes me engolem me fazendo aparecer na lareira do Caldeirão Furado. James parece logo depois.
_ Não acha melhor aparatarmos juntos? – ele pergunta. – Você não está concentrada...
_ Tudo bem... Mas vá rápido... – digo ansiosa e tendo ignorar seu braço em volta do meu corpo enquanto aparatamos. Chegamos na rua ao lado do hospital e eu literalmente corro até chegar a recepção.
_ Por favor, meu pai, Henri Evans... foi um acidente... coma... – digo rápido e a moça me olha com a testa franzida. – Henri Evans! Onde ele está?
_ Calma por favor, já vou localizá-lo. – ela diz estranha e olhando em uma lista. – Henri Evans...
_ Pode ir mais rápido por favor? – James pergunta irritado e a moça o olha feio.
_ UTI, leito 21, terceiro andar. – ela diz nervosa nos dando crachás de visitantes. Pego o meu e corro novamente pelas escadas. Segundo... Terceiro...
No final do corredor vejo Petúnia sentada em uma cadeira de espera com um homem gordo ao seu lado que rapidamente identifico com Valter.
_ Petúnia... – digo parando de correr quando chego até ela. – Como ele está?
_ Lily! O que você pensa que está fazendo vindo aqui vestida... assim! – ela diz com os olhos arregalados e então percebo que estou com o uniforme de Hogwarts. – E ainda acompanhada de outro esquisito!
_ Ei! Da para falar para a sua irmã aflita onde o pai de você está e como ele está? – James diz nervoso.
_ Olha como fala com minha noiva seu... anormal! – Valter diz com desprezo.
_ Como é que é? – James indaga irritado.
_ CHEGA! – grito, recebendo olhares repreensivos de alguns enfermeiros. – Onde e como papai está Petúnia?
_ Está depois daquela porta. – ela diz apontando para uma porta a direita. – Entrou em coma ontem de madrugada... os médicos dizem que ele não passa dessa noite, e é uma aposta otimista.
_ Não... – sussurro começando a chorar de novo. – Eu q-quero vê-lo.
_ Pode ir. – Petúnia dia fria e eu caminho rápido.
Meu pai está em um quarto com mais alguns pacientes. A muitos aparelhos ligados a ele medindo seus batimentos e lhe dando oxigênio, me posicionado ao lado dele e pego sua mão que está gelada.
_ Papai... Não me deixe aqui... Não me deixe sozinha... – digo baixinho enquanto minha lágrimas caem no meu colo. – Eu te mo papai, você é minha família... Petúnia não gosta de mim, você é tudo que eu tenho... P-Por favor...
_ Lily... – escuto ele quase que suspirar e pensa estar imaginando, até ver seus olhos verdes semi abertos me olhando.
_ Papai! Papai eu estou aqui! – digo me aproximando mais do seu rosto.
_ Lily... eu te... amo... – ele diz com dificuldade. – Amo... sua irmã....
_ Não fale... Você precisa descansar... – digo acariciando seu rosto.
_ Eu...nunca...vou...te deixar... – ele diz. – Mas chegou... a hora...
_ Não pai....papai! – digo quando ele fecha os olhos. – Não! Não! Papai fale comigo! Não! – digo me desesperando quando o aparelho que mede os batimentos mostra uma linha vermelha. – NÃO! PAPAI! POR FAVOR NÃO! – grito desesperada e ouço pessoas vindo até mim, vejo médico tentando animá-lo, vejo Petúnia...
_ Acabou... – o médico diz depois de uns minutos. – Hora da morte... 18:03.
_ Não! – Petúnia exclama abraçando o noivo que a leva para fora dali.
_ Lily... – escuto a voz de James me chamar, mas o ignoro e saio correndo dali sem rumo, sem acreditar, sem querer acreditar.
Vejo de relance a recepção e esbarro em alguém na rua até alguém puxar meu pulso firmemente e me abraçar com força. O abraço de volta quando reconheço o perfume de James e choro desesperadamente com o rosto em seu peito, ele apóia o queixo na minha cabeça e ficamos ali parados até eu me acalmar um pouco.
_ James... e-eu n-não que-quero... – digo soluçando.
_ Sua irmã me informou rápido que vão enterrá-lo amanhã cedo... Voltamos a Hogwarts depois. – ele diz ainda me abraçando.
_ E v-vamos fi-ficar aond-de?? – pergunto me afastando um pouco, mas sem solta-lo.
_ Minha casa não é longe daqui, vamos para lá. – ele diz decidido. – Meus pais não vão se importar. – acrescenta.
_ O-obri-bri-gada... – digo antes de ele me segurar e aparatar. Chegamos em frente a uma casa bonita que ficava em frente uma pequena praça. James me encaminha até a porta e bate.
Uma mulher um pouco mais alta que eu abre a porta. Ela tem cabelos castanhos claro, olhos cor de caramelo e doces, seu nariz e seu queixo eram iguais aos de James.
_ J-James! – ela exclama preocupada. – O que houve? Por que não está na escola? O que... essa não é a Lily? – ela termina olhando para mim.
_ Mãe, já te explico tudo, só me deixe colocar Lily no sofá. – ele diz e a mulher afirma nos dando espaço. A casa é clara e espaçosa, James me leva para uma sala bonita e me coloca em um sofá cheio de almofadas.
_ Mãe, pode fazer chá? Lily precisa se acalmar e... eu te conto enquanto prepara. – James diz e vai com a mãe para outro cômodo.
Meu olhar corre pelo cômodo. Tinha uma estante cheia de livros em um canto, uma lareira em frente o sofá que eu estou, e mais quatro poltronas estão postas ali. Em cima da lareira tem um pouco de fotos bruxas, vi o Sr. e a Sra. Potter sorrindo em muitas, algumas com James junto, tinha uma com Sirius... Uma de James pequeno das costas do seu pai.
Aquilo fez minhas lágrimas voltarem a aparecer. Eu nunca mais ia falar com meio pai, ouvir sua risada, abraçá-lo, ouvir suas piadas ruins...
Meu choro fica mais forte e eu me abraço a uma almofada soluçando fortemente.
_ Ei, ei... Tudo bem... – ouço uma voz bondosa dizer e alguém com cheiro de rosas me abraça. – Não se importe querida, chore... chore o quanto quiser. Eu sei como é, já passei por isso, então chore.
_ E-ele... não vai m-mais... e-eu... – isso é o máximo que consigo dizer entre os soluços e abraço a Sra. Potter. Fico assim por um bom tempo até conseguir controlar o choro e me endireitar.
_ Aqui, beba. – ela diz pegando uma xícara das mãos de James que estava em pé apoiado da lareira. – Vai te acalmar um pouco.
_O-Obrigada... – digo antes de me deixar envolver pelo calor do chá.
_ Eu vou arrumar o quarto de hospedes... – ela diz se levantando. – Acredito que não queira jantar agora certo? – ela pergunta me olhando e eu afirmo. – Vou te mandar um lanche mais tarde. – e assim ele vai embora.
_ Ela é tão... – digo e James se senta ao meu lado.
_ É, eu sei... – ele diz me olhando preocupado. – Eu realmente sinto muito Lily...
_ Tudo bem... – digo terminando meu chá. – Obrigada.
_ Não precisa agradecer. – ele responde e faz um movimento para me abraçar hesitando.
_ Pode me abraçar... – digo tentando sorrir e ele suspira passando o braço no meu ombro. – Me desculpe.
_ Pelo o que? – ele indaga confuso.
_ Por te maltratar todos esses anos. – digo com o coração acelerado. – Eu sempre te tratei tão mal... não devia nem me olhar mais...
_ Eu conseguiria... – ele diz baixinho. – Está tudo bem Lily, acho que podemos ser... amigos certo?
_ Sim. – afirmo encostando a cabeça no seu ombro. Fico um tempo em silencio até as lagrimas e a tristeza me tomarem de novo, mas desta vez abraço forte James que afaga meu cabelo, até adormecer.
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Gostaram?
Acharam muito triste??
COMENTEEEEM!!!!!
Beijos!