(BPOV)

- Ora, ora, Bella. É assim que se recebe um amigo? – ele disse.

- Quem te disse que você é meu amigo? – cuspi as palavras para ele.

- Bella, sempre fui seu amigo.

- O que você quer aqui? – perguntei.

- Fazer o que eu faço quase todos os anos. Correr atrás de você e de sua família. Aro refez o convite.

- Você já sabe a resposta. – respondi.

- Bella, pare de se fazer de difícil. Vamos, eu sei que quer ser da Guarda. Ainda mais, sabendo que irá ser a comandante.

- Não quero, obrigada.

- Tem certeza? Bella, o mundo estará em suas mãos.

- Tenho. – afirmei.

Ele se aproximou de mim, ficando a seis passos de distância. Ele me olhou com aqueles olhos vermelhos de morte humana, com um pouco de raiva, admiração e talvez luxúria? Então, inalou o ar profundamente.

- Com outros vampiros? – ele perguntou desconfiado.

- Sim, os Cullen. Acho que Aro conhece Carlisle. – disse

Ele então me fitou mais uma vez, com sarcasmo.

- Bella, não criem laços afetivos com eles. Quando vocês forem para Volterra, se separarão. – falou cinicamente.

- Sabe que não vamos para lá.

- Esse jogo já está ficando entediante.

- Então não volte mais! – disse.

- Acho que os Cullen sofrerão um pequeno acidente. – ele disse sorrindo para mim.

Perdi a razão imaginando a família que já considero querida machucada. Meus olhos ficaram vinhos, uma mistura de poder (vermelho) com preto (fúria). Agachei mais ainda, expondo os meus dentes e rosnando furiosamente. Demetri sorriu abertamente e se posicionou para o ataque.

Joguei-me com força nele, que me pegou e mordeu o meu ombro. Nossa isso coça! O puxei pela mandíbula, quase a quebrando e o joguei em uma árvore, que se partiu ao meio. Ele então correu em minha direção, me empurrando, fui de encontro a uma rocha alta. Bati as costas e caí em pé. Rosnei mais ainda e ele também.

- CHEGA! – gritei.

Meus olhos ficaram vermelhos e me concentrei. O chão começou a tremer e algumas árvores caíram ao redor. Demetri olhou assustado ao redor e depois para mim. Sorri para ele e comecei. Absorver o poder de Jane e poder intensificá-lo a uma dor quase mortal é muito útil nessas horas. Ele caiu de joelhos, com as mãos na cabeça.

- PARE! BELLA, POR FAVOR, PARE! – ele urrava de dor e desespero e gritava.

Parei. Mas, aí comecei a fazer outra coisa. O chão onde ele estava ajoelhado começou a se abrir, mas ele, já recuperado, deu um pulo e parou na minha frente.

- Vá embora Demetri, preze por sua existência! Volte para Volterra. – disse.

- Tenho ordens para ficar em Forks. Tchau minha querida Bella.

Ele rápido demais – até mesmo para um vampiro -, me deu um selinho e saiu correndo. Mas pude o escutar gritando.

- VOCÊ ACEITARÁ BELLA! SERÁ COM NÓS!

E ele se foi, me deixando paralisada com a sua atitude e suas palavras, enquanto eu ouvia os passos de meus irmãos e os dos Cullen se aproximando. Caí de joelhos e fiquei lá, paralisada.