O Lado Escuro da Lua escrita por MaeveDeep


Capítulo 37
Capítulo Trinta e Sete


Notas iniciais do capítulo

Não postei tão rápido quanto gostaria, mas ao menos o capítulo está grandão *u* Divirtam-se!



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O Lado Escuro da Lua – Capítulo Trinta e Sete

Aquela parte antiga de Boston nada tinha a ver com o pouco do centro da cidade que Artemis conhecia. Com todo o ar de Nova Inglaterra, suas construções eram de tijolos e a tinta nos batentes das portas e janelas já estava desbotada fazia anos. Havia um pequeno triciclo encostado em um muro, e Artemis não pôde evitar encará-lo quando passaram por ele. Qual fora a última vez que vira uma criança andando de bicicleta?

– Você não sabe andar? – Apolo perguntou, provavelmente interpretando mal o olhar contemplativo de Artemis. A garota o encarou, ofendida, mas ele não pareceu impressionado. – Não consigo te imaginar criança. Você tem fotos?

– Não.

Sua mãe gostava das próprias fotos, e nunca expusera as de Artemis pela casa. A garota sabia de algumas, mas não fazia ideia de onde estivessem. Talvez seu pai as houvesse guardado, ou sua mãe houvesse se livrado de todas. De qualquer forma, as chances de Apolo algum dia as verem eram mínimas.

– Pena – foi a resposta de Apolo, em um tom estranhamente suave. – É aqui – acrescentou, quando pararam na frente de um edifício antigo feito de tijolos verde-escuros.

As letras na fachada, em tom de ouro velho, eram caracteres gregos, com uma pequena data espremida no canto: 1894. Casas antigas como aquela tinham sua entrada diretamente na calçada, onde três mesinhas de madeira para duas pessoas haviam sido espremidas. Apolo já estava dando uma batida leve na porta e entrando, e Artemis o seguiu tentando conter a vontade de olhar tudo ao seu redor.

O interior do empório era fascinante. O balcão tinha entalhos rústicos das musas gregas, e as prateleiras estavam repletas de vidros cheios de azeite e jarros de barro bem-trabalhados. Por trás do balcão, um senhor de rosto enrugado e óculos de aro grosso e lentes gastas estava muito ocupado tirando o caroço das azeitonas mais gordas que Artemis já havia visto.

Ele ergueu os olhos quando os viu entrar, e seu sorriso foi genuíno.

– Dario – Apolo o cumprimentou primeiro, tirando os óculos escuros e os apoiando na gola da camiseta. – São novas? – perguntou, se referindo às azeitonas. – Minha mãe passou aqui na semana passada, mas estavam em falta.

– Chegaram ontem – o velho respondeu, orgulhoso, partindo ao meio uma azeitona já descaroçada. Estendeu a faca afiada para Apolo, metade da azeitona na ponta. – Prove.

O sotaque do homem era vago, e, se Artemis não soubesse, talvez não pudesse dizer com exatidão que era grego.

– Sem gosto. – Foi a conclusão de Apolo após experimentar, as sobrancelhas claras ligeiramente franzidas. – Precisa colocá-las em conserva.

– Não me diga como preparar minhas azeitonas – o velho ordenou, em tom ligeiramente ranzinza, antes de seus olhos escuros relancearem na direção de Artemis, ainda desconfortavelmente parada atrás do garoto. – Você veio acompanhado – constatou, em tom mais macio.

– Sim. – Apolo afastou-se um pouco para o lado, talvez para que Dario pudesse ver Artemis melhor. Havia satisfação em cada palavra quando a apresentou. – Artemis. Gosta do nome?

O olho esquerdo do homem chegou a tremer por um segundo, talvez em choque. Encarou Artemis com os lábios ligeiramente entreabertos por uma fração de tempo, mas logo estava sorrindo.

– Um nome maravilhoso para uma garota tão linda. Seja bem-vinda, minha querida. Por que nunca fomos apresentados antes?

– O senhor é muito gentil – Artemis fez pouco caso, com ensaiada doçura. – Conheci Apolo há pouco tempo.

– Artemis é uma das bailarinas da Academia – Apolo explicou. – Eu te contei sobre a peça, não contei?

– Sim, sim, eu me lembro – o velho assentiu, limpando as mãos em um pano de prato. – Suponho que vão querer o de sempre? – Quando Apolo o encarou com ar confuso, Dario juntou as sobrancelhas grossas. – Não trouxe essa linda garota aqui para que ela me conhecesse. Kiwi e morango, nada de mel ou açúcar?

Apolo balançou a cabeça, com um ligeiro sorriso, talvez embaraçado.

– Isso mesmo. Obrigado, Dario. Vamos esperar lá fora.

– Não é como se fôssemos caber aqui – Artemis cochichou, com um ligeiro sorriso, ao segui-lo para fora.

Apolo riu, puxando uma cadeira para ela antes de se sentar à sua frente.

– Que maldade.

– Eu sabia que ele não poderia ouvir – Artemis deixou bem claro, puxando um guardanapo da cestinha à sua frente por distração. – Como vocês se conhecem? Inesperado descobrir que um guitarrista semi-famoso e desocupado mantém boas relações com um imigrante grego.

– Semi-famoso? – Apolo contestou, em tom de provocação. – Precisava ter visto a recepção que eu ganhei na sua Academia. Um Bob Dylan ressuscitado não teria causado tanto escândalo.

– Sorte a minha que perdi essa demonstração de falta de bom-senso – Artemis replicou, com desagrado. – Lembro-me do Gabriel quando descobriu que você havia vindo – suspirou. – Uma vergonha, honestamente.

– Eu prefiro a atenção das garotas – Apolo concordou. Artemis o encarou, desconcertada, e então ele sorriu. – Um dos motivos para estar aqui com você agora, é claro. – Pôs os óculos sobre a mesa e apoiou os braços nela também, assumindo uma posição confortável. – Dario é um velho conhecido dos meus pais.

Artemis juntou as sobrancelhas. Dario poderia ser bisavô de Apolo. Talvez os pais do garoto fossem mais velhos? Faria sentido. Casais que tinham filhos depois de uma idade mais avançada tendiam a mimá-los mais... mas se Charles Wright havia ido ao Oriente Médio cobrir uma reportagem anos atrás, também não poderia ser tão idoso assim.

Mordeu o lábio inferior, curiosa.

– Como são seus pais?

Havia uma época em que não fazia perguntas pessoais, principalmente porque não se interessava. Mas qualquer coisa na expressão surpresa de Apolo ao ouvir sua pergunta fez com que Artemis revisse isso, decidindo que demonstrar um pouquinho de atenção talvez não fosse tão ruim assim. (Talvez nem todo mundo se incomodasse com perguntas pessoais como ela, também.)

– Eles são bem diferentes – foi a resposta de Apolo, que parecia pensativo. – Não tanto quanto eu e você, é claro – acrescentou, com um sorriso, dando a Artemis a impressão de que romantizava a ideia de opostos, ou qualquer coisa parecida. – Mas diferentes. Estudaram na mesma escola, mas ela era a capitã das líderes de torcida e ele o editor do jornal, então... – fez uma pausa. – Acabaram ficando juntos na noite de formatura. Ela foi eleita a Rainha do Baile, e ele precisava de fotos para fazer da festa a última matéria do ano. Acabaram conversando e indo jantar juntos.

– Sua mãe foi capitã das líderes de torcida e Rainha do Baile? – foi a primeira coisa que Artemis perguntou, um pouco chocada. A mulher hoje tinha uma livraria. O que era aquilo, salto evolucional? – Posso ver a quem você puxou.

Por algum motivo, aquilo fez Apolo rir. Artemis juntou as sobrancelhas, sem entender.

– O que é tão engraçado?

(Talvez o garoto estivesse se imaginando de uniforme de líder de torcida, pompons e tudo. Visão horrorosa, mas certamente humorística.)

– Você se parece com ela – foi a explicação de Apolo, em tom sincero. – Não fisicamente – se apressou a acrescentar. – Mas algumas coisas em você me lembram dela.

– Freud não se surpreenderia – Artemis apoiou o queixo em uma das mãos, sem se impressionar. – Ele disse que garotos tendem a se apaixonar por garotas que os lembram de suas mães. Um lembrete sutil de que homens sempre procuram por alguém que cuide deles.

As sobrancelhas de Apolo subiram, e um pequeno sorriso curvou o canto de seus lábios.

– Já estamos falando em se apaixonar? Eu estava sob a impressão de que você seria mais difícil.

– Você entendeu o que eu realmente quis dizer – Artemis revirou os olhos, incomodada.

– Eu cheguei a ficar um pouco decepcionado – Apolo continuou, como se não houvesse havido interrupção. – Você aceitou muito fácil namorar comigo.

(Aquilo fez Artemis morder a parte interna da bochecha, mas ela se convenceu de que tinha tudo sob controle.)

– Nos resta ver por quanto tempo você me manterá interessada – replicou, com graça. – Mas você não falou do seu pai. Como ele é?

– Ele é amigo do David, então isso diz muito – Apolo respondeu, com ar de quem pede desculpas. – É fácil de lidar à primeira vista, mas essa é só a primeira impressão mesmo.

Talvez Apolo fosse assim, Artemis se viu pensando, interessada. Aparentemente perfeito e cativante, mas com rachaduras após a primeira camada. Sim, aquilo poderia ser instigante.

– Vocês brigam muito, então?

– Discutimos às vezes – Apolo respondeu, em um tom casual que pedia para que não se insistisse no assunto. – Ele é a pessoa mais inteligente que eu conheço.

Artemis teve que sorrir.

– Considerando que você estuda na Berklee, não é como se conhecesse muitas pessoas inteligentes.

– Você vive cercada pelo Gabriel, não pode dizer muita coisa.

– Não fale assim dele – Artemis avisou. – Apenas eu posso maltratá-lo e desfazer dele em público.

– Parece uma relação bem saudável – Apolo dava a impressão de estar contendo a vontade de sorrir. – E você não sabe, mas a Anna é um gênio. Já tem dois diplomas.

Artemis revirou os olhos.

– Diplomas da Berklee não contam como diplomas.

– E os do MIT?

Artemis deu uma risadinha, sem acreditar.

– Estamos falando da mesma pessoa?

– O QI da Anna é altíssimo – Apolo contou, com certo orgulho. – Ela também fala umas sete línguas. É incrível.

Artemis juntou as sobrancelhas, entre curiosa e incrédula.

– Ela tem a nossa idade, não tem?

– Eu sou mais velho do que você – Apolo pareceu achar importante deixar claro.

– Desde quando?

– Você fez dezenove esse ano, eu faço vinte em dezembro – Apolo explicou, com facilidade.

Como o garoto saberia daquilo? Artemis inclinou a cabeça para o lado, e então percebeu. Conteve a vontade de grunhir e enterrar o rosto nas mãos, porque é claro que o fluxo de informações não tinha apenas um sentido.

– Gabriel – suspirou, no que era mais uma anunciação do que uma pergunta. – Eu deveria ter imaginado.

– Como se vocês dois não falassem de mim – Apolo replicou, parecendo estar se divertindo.

Artemis o encarou.

– É claro que não.

– Nenhum pouco? – Apolo insistiu, sorrindo.

Artemis revirou os olhos.

– Por favor, Apolo. Eu tenho mais o que fazer do que conversar sobre você com o Gabriel.

– Até parece.

– O que você acha, que o Gabriel vai para o meu quarto e nós passamos a madrugada comendo chocolate e falando dos seus bíceps?

Achou que aquilo faria o garoto mudar de assunto, mas Apolo apenas olhou para o próprio braço esquerdo.

– Tenho atributos melhores – opinou, e então voltou a olhar para Artemis. – Mas é claro que você sabe disso, já me viu... como é mesmo? “Seminu”? – provocou, com um sorriso.

Primeiro, Artemis não compraria aquela história de atributos melhores. Por algum motivo, Apolo tinha braços maravilhosos. Carregar uma guitarra de um lado para o outro de forma alguma faria aquilo, e talvez um dia ela descobrisse a rotina de exercícios para uma definição muscular tão certeira.

Segundo, ela sabia dos ditos músculos justamente porque o havia visto seminu – Apolo descendo as escadas sem camiseta e parando bem à sua frente não era algo que pudesse ser facilmente esquecido.

A expressão deus grego talvez pudesse ser empregada, mas Artemis não gostava da coincidência.

– Experiência desnecessária – acabou respondendo, o nariz franzido. – Você havia acabado de chegar. Por que era tão importante trocar de roupa?

Lembrava-se da cintura estreita, da pele bronzeada, os jeans suspensos apenas pelo cinto de couro. Quais os nomes daqueles ossos do quadril? Artemis pôde vê-los naquele dia, e eles mostravam o caminho para uma direção que a fazia se embaraçar.

– Anna teve um pequeno acidente com seu contrabando de tintas. E não importa o que você diga, eu não vou acreditar que foi uma visão ruim.

É claro que não.

– Só colaborou para a minha péssima primeira impressão de você – Artemis se defendeu. – Não que ela tenha melhorado muito – acrescentou, mais por implicância do que por qualquer outra coisa.

– Só estamos namorando – Apolo comentou, irônico. – Você deve me odiar bastante mesmo.

– Você foi um idiota, minha raiva foi plenamente justificável naquele dia – Artemis esclareceu. – Como que foi mesmo? “Quer que eu tire a calça também?”

A lembrança fez o canto dos lábios de Apolo tremer, mas, se o modo como ele olhou para a mesa por talvez meio segundo indicasse alguma coisa, Artemis podia dizer que o garoto se embaraçava com a memória.

– Usualmente não sou assim – ele acabou dizendo, quase que em tom defensivo. – Principalmente com garotas.

Ora, aquilo poderia ser intrigante. Provocação e convencimento exacerbado combinavam com um guitarrista irresponsável e encantado pela popularidade, mas embaraço e educação destoavam completamente. (Ou talvez Apolo estivesse apenas mentindo, é claro).

– Vou precisar de um pouco de tempo até acreditar nisso – ela acabou concluindo. – Ainda estou formando minha opinião de você, afinal de contas.

– Sinto pela demora – Dario disse de repente, se aproximando com uma pesada bandeja de madeira. Seus passos eram lentos e trôpegos, mas foi com precisão que pôs os iogurtes e as frutas picadinhas sobre a mesa. – Se bem que a tarde está tão linda que acho que nem faz mal.

– Está mesmo – Apolo concordou, olhando por cima do ombro para o Sol que se punha. Artemis podia ouvir o sorriso em sua voz, mesmo que não estivesse vendo. – É a estação.

Artemis provou do iogurte assim que Dario lhes deu as costas, descobrindo que era agradável a consistência mais densa, o sabor mais azedo. Provavelmente engordava mais do que o iogurte normal, mas era uma delícia.

– É perfeito – comentou, observando Apolo colocar pedacinhos de kiwi no seu. Artemis sempre achara kiwi uma fruta esquisita, peluda, mas talvez depois provasse algum. – Você vem muito aqui?

– Não – Apolo respondeu, balançando a cabeça. – É meio fora de mão agora que estou na Academia. E ele não abre no domingo, então eu só poderia vir no sábado, mas eu trabalho na livraria da minha mãe, então não tenho muito tempo.

– Hoje é sábado – Artemis comentou, um pouquinho surpreendida. – Está faltando ao trabalho para sair comigo?

– Eu sei, é o tipo de coisa que eu faria – Apolo concordou, com um sorriso. – Mas não, não abrimos hoje. Meus pais estão viajando, e a gerente não tem se sentido bem desde quinta-feira.

– Para onde seus pais foram? – Artemis perguntou, pensando em Zoe. A garotinha deveria adorar passar o fim de semana com o irmão mais velho só para ela. (Quem não?)

– Cape Cod. Um primo meu vai aproveitar para voltar com eles – Apolo contou, com uma nota de empolgação na voz.

– Mais velho do que você? – Artemis tentou adivinhar.

– Três anos – Apolo confirmou. – O nome dele é Logan.

– O que ele vem fazer aqui?

– Passar um tempo. Dar um tempo, na verdade – se corrigiu. – Terminou um namoro mais ou menos sério, está querendo se distrair com alguma outra coisa.

– O que ele faz? Outro músico na família?

– Não. – A ideia pareceu divertir Apolo. – Ele veleja.

– Ooh. – Artemis tentou não expressar seu desapontamento. Mas honestamente, velejar? Que inútil. Quase como tocar guitarra, só que ainda pior.

– Também constrói barcos – Apolo tornou a falar, quase como se lesse sua expressão. – Começou Engenharia Naval, mas saiu logo. Disse que faculdade não era para ele.

– Parece que é algo que corre na família – Artemis não pôde evitar dizer.

– Eu estou na faculdade – Apolo a lembrou.

– É uma faculdade de música moderna, não conta.

O olhar que Apolo lhe lançou era precariamente tolerante, e o garoto não a respondeu. Artemis encolheu os dedos, desconfortável, pensando pela primeira vez na possibilidade séria de que Apolo não gostasse de ouvir coisas assim.

Mas é claro.

– Engenharia Naval não deve ser muito divertido – acabou dizendo, em tom baixo. – Ele vai ficar quanto tempo aqui?

A expressão de Apolo se suavizou um pouco, e ele a olhou da mesma forma como havia feito ao vê-la se dando bem com Zoe.

– Geralmente ele vem para três semanas, talvez um mês. Temporadas curtas.

Aquilo era tempo demais, mas Artemis não quis dizer nada. Mexeu os morangos que estavam em seu iogurte, perguntando-se se teria que conhecer o Wright mais velho. Esperava que não. Se encaixaria em conhecer a família, provavelmente, o que não combinava com namoros secretos. Imaginou Dario contando aos pais de Apolo sobre a garota ruiva que o filhos deles havia trazido no outro dia, e mordeu a parte interna da bochecha.

– Por melhor que a minha voz seja, já cansei de ouvi-la – Apolo disse, com um suspiro, empurrando a vasilha vazia de iogurte para frente (como comera tão rápido?) e apoiando os antebraços na mesa. Encarou então a garota com curiosidade, e Artemis teve um mal pressentimento. – Me conte você um pouco da sua família.

Touché.


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Notas finais do capítulo

Queria tanto poder me casar com a voz do Zeca Baleiro. Minha vida seria, tipo, 127% mais completa. O que estão achando, amores? Acreditam que O Lado Escuro da Lua já tem quase o mesmo número de visualizações do que Obsessão?! Fiquei de boca aberta quando vi. Falando em boca aberta, tsc, tsc, esse é o Gabriel, fazendo papel de agente duplo ao trocar informações para os dois. Se bem que tenho certeza de que ele prefere o termo "cupido".
Comentários são sempre muitíssimo bem-vindos! Beijinhos.