Lost It All escrita por Alice Antivist


Capítulo 4
Savior


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! ~desvia de pedra~ Eu sei que demorei ~desvia de faca~ mas sejam um pouco compreensivos... ~geral para e escuta~ A vida tá uma merda (legal, conte-me uma novidade pfvr)
Eu tenho meus problemas, vida e o crlh a4 então não consigo ficar postando com tanta frequência como queria. Juro, nas féria eu vou adiantar bastante.
FLASHBACK DO CAP PASSADO FOI DA CRISTAL GENTE '-'
Esse capítulo é o primeiro POV Nico da fic, eu acho que ficou legal, mesmo que o capítulo esteja pequeno :( mas entendam: eu espremi muito meu tempo para escrever, alegrem-se por eu ter postado kkk
MUSICA DO CAP: Savior (Black Veil Brides)
Nos vemos nas notas finais ^^



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Toda vez que saio da sala de Albert, sinto um peso no meu peito. Mesmo que ele seja um psicólogo com suas éticas coisa e tal, sinto como se não pudesse confiar nele. Exatamente como me sinto em relação a todos os seres vivos que neste planeta residem.

Só depois de chegar a loja de chocolate (que vendia os brownies) que consegui relaxar e fazer com que as lágrimas parassem de queimar meus olhos. Suspirei e recebi um "tudo bem?" com um olhar inquisidor de Bandit. Dei de ombros e ela aparentemente entendeu: não quero falar sobre isso.

Meus maiores segredos nunca saíram de mim naquele consultório. Dr. Albert sabia disso, mas ele também sabia que era muito complicado. Todos sabiam como era complicado.

Senti os olhos de várias pessoas fixos em nós, porém não posso culpá-los. Não é todo dia que se vê um grupo de adolescentes vestidos de preto entrando em uma lanchonete. Só que era óbvio que a maioria tinha seus sussurros direcionados para mim. Finjo que isso não me incomoda, afinal, a culpa é minha por ter adota esse estilo um tanto quanto andrógino: cabelos mais compridos que o normal, jeans meio justas e blusas de manga comprida. O último é o único que realmente tenho motivos para usar. O resto é só uma questão de gosto mesmo.

Mesmo que aquele brownie fosse no geral muito bom, cada pedaço parecia ser feito de areia.

Areia. Cabelos cor de areia.

Quase comecei a sorrir que nem um retardado ao lembrar do garoto loiro me encarando. As roupas meio punk o deixavam muito atraente. Jeans rasgados, camisa surrada, spikes, braceletes... E ele estava ME encarando. Não era com cara de nojo, surpresa, nem indignação; me olhava sério, sem nenhum sentimento expresso em seu semblante. Mas seus olhos, ah. Aquelas íris azul-elétrico me faziam lembrar do último verão que eu havia passado com Bandit (que é minha prima) e nosso avô. Os olhos sim, demonstravam um sentimento, mas era um que eu não via sendo direcionado para mim: preocupação. Depois daquilo, me controlei muito para não ter um surto fangirl por ter um garoto bonito me olhando e possivelmente preocupado comigo sem nem me conhecer.

— Nico!

Bandit estava estalando os dedos na frente do meu rosto, em uma tentativa de chamar atenção. Afundei-me na cadeira, suspirando demoradamente.

— Desculpe, eu... Me desliguei por um momento. - justifiquei.

— Deu para perceber. - comentou Andy, se levantando e puxando a carteira, para tirar o dinheiro do brownie - Valeu por tudo, mas a Cristal é meio paranóica, então eu já tenho que ir.

— Não! Nós vamos com você! - exclamou minha prima, para logo depois se recompor e falar no mesmo tom de sempre - Afinal, é perto do metrô.

Eu quero realmente dizer que não me sinto uma vela ambulante quando estou com esses dois.

Fui arrastado para fora da lanchonete por uma garota de 14 anos tagarelando sobre uma banda de rock recentemente descoberta por ela. Andy veio ao lado calado e prestando atenção em cada palavra que saía daquela boca. Como ele consegue gostar daquilo?

Bandit é como uma faísca de um fio elétrico que atrapalha o sistema. Sempre hiperativa, tagarela, desastrada e com uma séria dificuldade em respeitar o espaço pessoal alheio. Essa personalidade forte e sarcástica é apenas uma mascara que encobre uma garota doce e sensível. Lembro me do dia...

— Hoje você 'tá voando mesmo, né Nico?

A voz de Andy me arrancou dos meus devaneios, e admito que fiquei agradecido. Naquele exato momento, a porta do prédio se abre, revelando o garoto loiro da sala de espera. Assim que ele me viu, ficou estático, me encarando como na primeira vez, só que de forma surpresa. Sorri levemente para ele, com uma vontade de perguntar-lhe o nome. Sua expressão tornou-se ilegível e com um aceno de cabeça, passou por mim. Que grosseiro.

— Tchau Andy! - disse sorrindo Bandit, sem esconder a animação - Nos vemos na sexta!

Reviro os olhos; claro que o garoto ia corar.

Após ele subir, minha prima segura meu pulso e guia-me por entre aquele mar de pedestres até a entrada do metrô. Graças a, sei lá, Oliver Sykes, ela não me fez perguntas sobre o garoto loiro, porém sua expressão me preocupava.

Os olhos fixos em um ponto no chão, e cheios de lágrimas. Não consegui entender o motivo, tivemos um bom dia. Pelo menos eu acho. O semblante adornado de uma indiferença forçada, que apenas deixava mais óbvio a dor que sentia. Essa não era a Bandit hiperativa e alegre, que tentava colocar sorrisos nas pessoas. Essa era a Bandit que ficava quieta e na dela, tentando descobrir o por quê de ainda estar viva.

Sophie tinha assumido o controle.

Sophie, na minha opinião, era o pior alter de Bandit. Quando aparecia, lembrava-me de quando ela ainda não tinha esse problema. De antes de sua mãe e seu padrasto serem enviados para um presídio e nunca mais aparecerem. A época em que ainda existiam todos os castigos e surras que ela aguentava. De cabeça erguida, minha priminha de 8 anos enfrentava a dor: desde física até emocional.

~Flashback on~

A pequena estava dolorida. Tudo o que conseguia fazer era encarar as marcas arroxeadas sobre a pele pálida.

Por que?

Esperava que a mãe a escutasse, tinha esperanças de que dessa vez iria dar certo. Mas não deu. O que resultou apenas em mais uma leva de machucados.

Encarava a porta, fixamente, aguardando amedrontada o padrasto esgueirar-se até ali, para acariciar-lhe de uma forma nem um pouco pura. Esses momentos se tornavam cada vez mais frequentes. A dor aumentava a cada vez que as dobradiças rangiam para abrir.

Sentia-se horrível. Um pedaço de lixo podre. A cada vez que lembrava-se de alguma cena, seu rosto se contorcia de nojo, o estômago revirava e se forçava a esquecer. Mesmo que isso fosse totalmente falho e impossível.

Um barulho vindo da janela a salvara de sujar o carpete velho com seu almoço.

Virou-se e viu duas figuras desconhecidas. Ambos de pele pálida, cabelos e olhos negros. Uma garota e um garoto, agachados na escada de incêndio, acenando para que se aproxima-se. E foi o que fez, mesmo tendo pena consciência do perigo de se aproximar de desconhecidos. Se fossem sequestradores ou psicopatas... Bem, ela já não tinha medo da morte mais.

Já tinha perdido tudo mesmo.

Desobedecendo a mãe, destrancou a janela e abriu-a. Logo interrogando os jovens a respeito de quem eram e o que queriam.

— Nós somos Bianca e Nico di Angelo, seus primos. - anunciou a garota, obviamente a mais velha - Você não nos conhece, nem nós a você, mas vovô Stan tenho certeza que sabe quem é. - claro, não tinha como esquecer o avô mais incrível do mundo - Estamos aqui para te ajudar a fugir daí. Topa?

Não precisava de resposta.

Por não conseguir andar, graças aos machucados, acabou por ser carregada pelo garoto, Nico. Passara um dos braços por debaixo dos joelhos da mesma e outro pelas costas, segurando-a com firmeza. A menor abraçou o pescoço dele, fechou os olhos sorriu de leve. Deliciando-se com o sentimento de esperança.

Sua alegria só acabou, quando viu o padrasto, correndo na direção de si. Então Nico e Bianca haviam desaparecido. O homem pulara sobre ela, agarrando-a pelo pescoço, para depois puxá-la e morder seu lábio inferior com uma força absurda e cruel.

Abriu os olhos, identificando estar em um hospital, com uns fios conectando seu corpo com os aparelhos. Percebeu que quem mordia seu lábio, era si mesma. Só para depois sentir que ainda estava agarrada ao garoto. Corou.

— Você desmaiou. - afirmou Nico.

O mais velho a envolveu em um abraço fraternal, com cuidado para não desarrumar os fios. A pequena o puxou para perto, posicionando seu rosto de forma que pudesse alcançar o ouvido de seu grande salvador. Então ela sussurrou baixinho:

— Sou jovem demais para tantos problemas.


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Notas finais do capítulo

Olá novamente ^^
Espero que tenham entendido o capítulo, tipo, a dupla personalidade da Bandit... O padrasto que abusava dela... O pesadelo dela etc.
Estou pensando em mudar o nome da fanfic.... Provavelmente para Sleeping With Sirens... (acho o nome dessa banda simplesmente foda *-*) Tem mais haver com a fic. O que acham? Pedindo opiniões como sempre kk
Kissus meus bbs até o próximo capítulo o/ vou tentar não demorar tanto mas... É complicado.



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