Lost It All escrita por Alice Antivist


Capítulo 2
Harvester Of Sorrow


Notas iniciais do capítulo

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Aqui a parada é a seguinte: tem que ler as notas finais e iniciais, porque se eu escrevi elas é porque tenho avisos ou coisas do tipo! Certo, próximo assunto agora....
A cada capítulo terá uma música! E a desse é Harvester Of Sorrow - Metallica. Por que? Eu não sei, mas meio que combinou na hora que escrevi e.e
Essa história tem MUITOS palavrões. Sério, nesse capítulo acho até que exagerei um pouco, só que tenho que definir a personalidade do Jason (rebelde, revoltado e desbocado, claro). E essa ENORME quantidade de palavrões nesse capítulo é pra ajudar na descrição.
Nos vemos nas notas finais, que é melhor você ler ~olhar assassino~

Espero que gostem e boa leitura! :33



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— Senhor Grace! Estou lhe chamando há quase dois minutos! Preste atenção na aula e pare de desenhar, se não serei forçada a enviá-lo para a...

Continuei encarando o rosto coberto de rugas e pintas da Sra. Ruminota ou Sra. Ruminante, apelido carinhoso mesmo sem escutar qualquer uma das palavras ditas cheias de cuspe. Inspirei fundo, mantendo a calma. Que pé no saco.

— CHEGA! Vá para coordenação agora!

Agora eu acordei, tenho que admitir.

— Mas por que? Que diabos que eu fiz? - pergunto.

Já deveria ter imaginado que ela não me responderia: ficaria com a mão cheia de varizes apontada para a porta com aquela cara de "cala a boca porque quem manda nessa porra sou eu". Desde que essa "porra" seja a sala e não eu, está tudo ok.

Arrumo meu material pelo simples fato que não terei paciência para voltar e buscá-lo depois de uma longa sessão com o coordenador e uma maior ainda com a conselheira da escola. Mas ela é legal. Se você for fofinho e explicar que tem dificuldade em se concentrar ela te dá biscoitos ou balas. Sério, amo a Sra. Potts.

Levanto da cadeira e praticamente me arrasto até a porta. Porém só saio depois de lançar a sala um olhar de puro tédio, e perceber que alguns me encaram com pena e outros com diversão. Sádicos, estão por todas as partes. Reviro os olhos e me encaminho até a coordenação.

Uma hora no inferno, era tudo o que eu precisava.

*

*

*

A Sra. Potts foi demitida. D-E-M-I-T-I-D-A. Como puderam fazer isso? Não! Ela era a pessoa mais legal que trabalhava na escola! Estou encarando o coordenador, com a boca aberta em um perfeito "o" neste exato momento, tentando assimilar os fatos.

— Infelizmente, foi isso que aconteceu. - explicou - Contratamos outra, uma mais recentemente formada e especializada. Sentimos muito a demissão da Sra. Potts.

— Você tem ideia de o que aconteceu com ela? Se conseguiu um novo emprego ou algo assim?

— Perca suas esperanças senhor Grace. - falou - Ela foi morar no Canadá com o filho.

E foi com essas palavras que o Sr. Philip me expulsou da coordenação.

Me encaminhei a sala de costume. No final do corredor, tinha uma porta toda branca com uma nova placa: "Dra. Cristal Way". Sério? O nome dela é Cristal? Que gay.

Bati e esperei:

— Entra.

Quando abri a porta, a primeira coisa que pensei foi "cabelo".

Ela tinha os cabelos muito claros, quase brancos, pintados nas pontas com várias cores: rosa, verde bebê, azul, preto e roxo. A pele... Cara, só estando morta para ser tão pálida assim. As unhas pintadas de preto fazendo contraste com a blusa branca, cujas mangas iam apenas até o cotovelo. Estava inclinada na mesa, tamborilando os dedos no vidro enquanto olhava para mim com interesse e curiosidade. Tinha os olhos cor de mel mais claros que eu já tinha visto. Parecia que ia sugar de mim a verdade e todos os meus segredos, desejos e sentimentos mais obscuros.

E era de longe a psicóloga mais foda que eu já tinha visto. Tem certeza que ela trabalha aqui?

Fez um gesto para que eu me sentasse, e foi o que fiz. Devo admitir que foi meio estranho. Ficamos nos encarando até que, provavelmente, ela percebeu que eu não ia falar nada. Então quebrou o silêncio:

— Certo... hum... Posso te chamar de Jason?

— Jason, Jay, Grace, JayZ... Qualquer caralho aí, tanto faz.

Dra. Way sorriu sacana.

— Muito bem, Qualquer Caralho Aí. - falou - Por que você desrespeitou sua professora?

Puta. Que. Pariu. Achei que todas as conselheiras me tratassem como um bebezinho. Ela é mais legal do que eu imaginava. Dei uma risada sarcástica.

— Eu não desrespeitei ela. - expliquei - Só não estava exatamente ouvindo o que ela falou.

— Hum... - ela afundou na cadeira - Inglês?

— O que? - falei confuso.

— Eu perguntei se você estava na aula de Inglês.

— Ah... - como ela sabia? - Sim, por que?

— Nada. Só acho professores de inglês meio... monótonas.

Essa mulher lia mentes ou algo assim? Inclinei-me para frente, apoiando meu queixo nas mãos. Soltei um suspiro alto e entediado, mais para a minha vida do que só para o momento.

— Eu entendo sobre você, Jason. - disse, me encarando sem que eu retribuísse o olhar - Embora conheça seus demônios, não sei o que eles fizeram com você.

— Como você...?

— Carolyn Way. Isso não te parece familiar?

Ao ouvir esse nome prendo a respiração. Way. Como eu não tinha reconhecido? Meu estômago se retorce. Será que ela revelou sobre mim para alguém? Cristal Way...

Agora a mulher sentada na minha frente tinha muitos rancores, e isso era óbvio.

— O que você é dela?

— Sou filha dela.

— Ah, que bonitinho. - digo sarcástico - Resolveu seguir a carreira da mamãe, é?

Ela sorriu com uma falsa doçura para mim.

— Exato.

Esse sorriso me deu medo, tenho que admitir. Porque além de falso tinha um ar infesto, como se ela quisesse me arrancar alguma coisa. Seus olhos me tragando como se fosse me afundar em uma bacia de sangue só para depois me salvar. Era a mistura mais assustadora de raiva e afeição que já tinha visto. A partir de agora Cristal Way é uma ameaça.

Um frio percorreu minha espinha.

— Sabe, Jason... - comentou casualmente, como se fossemos velhos amigos - Ao contrário de minha mãe, eu sei como te ajudar.

— O-o q-que?

— Eu não quero te abduzir ou coisa parecida. - disse - O que estou dizendo é que eu tenho pacientes em situações piores que a sua.

Que conversa era essa? Como foi parar nisso? Socorro.

— Isso quer dizer que...? - perguntei.

— Se você se interessar... - ela me atirou um cartão - Pode marcar uma sessão.

Tive que me controlar para não retrucar algo como "Ah, sério? E eu conheço um bom psiquiatra... Você bem que deveria falar com ele". Ergui o pedaço de papelão, lendo o endereço em letras cinza-escuras. Logo depois voltei meus olhos para Cristal Way. Tentando interpretar o que dizia aquele olhar.

— Quando digo "se interessar" quero dizer "confiar", espero que entenda.

— Vai ser difícil, senhora Way. - cuspi o sobrenome.

— Sei o que você sente.

Juro que tentei de todas as formas caracterizar a dor nas palavras ditas por ela, havia um rancor muito grande nelas. E eu tinha certeza que não tinha muito haver com a minha família.

Desviei o olhar pela primeira vez desde que entrei ali. Dor. Essa era uma coisa da qual eu entendia muito bem.

Então meu peito apertou, ela sofreu tanto quanto ou talvez até mais do que eu. Um nó se formou na minha garganta ao lembrar do meu pai.

#FlashbackOn

— Eu te odeio! - a mãe gritou - Como pode! Você tinha uma família, Zeus! Uma família!

A mulher de cabelos negros e curtos atirou o vaso que segurava no chão. Fazendo com que a garota (de seus 10 anos) apertasse fortemente seu irmão mais novo contra o peito.

— Você só fez reclamar da sua vida! - continuou - Mas no fim, ia correndo pra se salvar e se esconder debaixo da saia de uma vadia qualquer! Como se eu fosse um nada!

— Estou cansado de você falando assim! - gritou o homem - Eu sei disso sim! Já te pedi desculpas milhares de vezes!

Os gritos continuaram. Longas ameaças de surras e morte ecoando pelas paredes e chegando aos ouvidos do jovem loiro. Os braços femininos o abraçando cada vez mais protetoramente, exibindo descaradamente as diversas marcas finas e vermelhas. Mesmo aos 6 anos, o pequeno já sabia que lâminas haviam deslizado sobre aquela pele. Propositadamente.

— Não adianta Zeus! - berrou a mulher - A maneira que você age prova que você não me ama e nunca me amou! Você guardou esse sentimento para a puta da Carolyn Way!

E o loiro nunca mais esqueceu aquele nome.


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Notas finais do capítulo

LEIA AS NOTAS FINAIS CACETE! SE ESCREVI É PORQUE TENHO COISAS PRA DIZER!

Os capítulos ficam meio confusos, mas tudo vai se explicando ao longo da história. Esse é o suspense: descobrir os problemas, seus traumas e o que isso influência no modo como agem no presente.

Nos capítulos terão esses flashbacks. Ou no final, ou no começo ou no meio mesmo. Que são outra coisa que caracterizam os personagens: cada um com seus traumas que ficam "repassando" em suas mentes. Como dignas sequelas, claro.

Mas agora o ponto principal: vocês querem que eu varie o ponto de vista entre o Jason e o Nico? Tipo, dois capítulos POV Jason, dois POV Nico? Sim será de dois em dois porque o próximo já tá sendo escrito no POV Jason :P

COMENTÁRIOS SÃO NECESSÁRIOS! Sendo críticas (construtivas, mano, c-o-n-s-t-r-u-t-i-v-a-s) ou elogios. Se pouca gente comentar, vou começar com metas e vocês vão ver mwahahahahahaha

Beijinhoooos :3 espero que tenham gostado :3



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