Could Be True escrita por hllcamila


Capítulo 25
Between Angels and Demons


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal!!!!! Eu sei que demorei pra voltar a postar, mas isso só aconteceu porque eu fui viajar e só voltei domingo passado, ok? Então me perdoem pela demora e boa leitura!



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Pov's Narrador Observador

Dopada. Era assim que Selena se sentia, e foi assim que se sentiu pelas cinco horas que ficou jogada naquela sala completamente escura e úmida. Gotas de água pingavam próximas a seus pés, e mesmo que tentasse se movimentar para escapar dos pingos, não conseguia, estava fraca de mais para tal ação.

A garota ficou definhando no local até que um rangido a fez acordar de seus pensamentos insanos, a porta havia sido aberta e agora uma luz machucava seus olhos e a fazia querer fecha-los, entretanto, uma sombra logo cobriu o vão da porta que trazia toda essa luminosidade, assim Selena pode ver a silhueta de um homem alto e forte.

Antes que pudesse gritar por socorro a menina foi puxada pelos braços e levada até outra sala, essa era bem mais espaçosa e iluminada, mas ainda assim haviam alguns pontos do local em que não se via nada além de escuridão.

Algumas cadeiras e móveis antigos estavam empilhados por ali e Selena ficou imaginando se estava sendo mantida em uma fábrica ou coisa do tipo.

– Não se mexa. – O homem sussurrou em seu ouvido. – Não vou te machucar. - Selena fechou os olhos com força, na esperança de que estivesse sonhando. - Não é que eu não queira, acredite, eu quero muito, o problema é que preciso seguir ordens e, infelizmente, elas me dizem para te manter inteira.

Um calafrio percorreu o corpo da garota quando o tal homem encostou suas mãos frias e ásperas em seu rosto, ela tentou observar a face que se projetava a sua frente, mas era impossível, quase como se uma névoa cobrisse suas feições.

Selena começava a imaginar como havia ido parar ali, a última memória que tinha era de ter jantado pizza com Katherine em um restaurante qualquer, lembrava-se vagamente de alguém gritando alguma coisa em tom desesperado e logo após mais nada. Só esperava que seus amigos estivessem bem.

O homem, percebendo que Selena não pretendia dizer nada, riu sarcasticamente e retirou-se do local, deixando a menina presa em uma cadeira no meio da sala.

Xxx

Katherine abriu os olhos e sentiu sua cabeça pesar, olhou em volta rapidamente e não reconheceu o lugar onde estava, mas a julgar pela brisa que atravessou seu corpo e a fez arrepiar-se, imaginou que estava em um local ao ar livre, e logo após, esse pensamento a fez encolher-se de medo. A garota pode sentir a grama reconfortando seu corpo quando se sentou cautelosamente no chão, e minutos depois quando se remexeu desconfortável ao sentir algo vibrar em seu bolso.

Ao retirar seu celular da calça Katherine espantou-se ao perceber que havia recebido uma mensagem, e seu espanto foi maior ainda quando a leu. O número do visor era restrito e as palavras eram claras:

Não se mexa.

Foi o que a garota fez, não movimentou nem um músculo e cuidadosamente ligou a lanterna do celular apontando para o breu a sua frente, a única coisa que pode ver foram algumas árvores e um esquilo que passou por ela numa velocidade extraordinária, como se estivesse fugindo de algo, sem nenhum movimento brusco, Katherine voltou seu celular para o local de onde o animal tinha vindo e pode ver uma sombra passar por lá como um reflexo.

Ela pensou em gritar, mas não queria chamar mais atenção, desligou a lanterna do celular e, tentando não fazer barulho, levantou-se seguindo na direção contrária da sombra que havia visto, após alguns passos lentos, pôs-se a correr. Pensou que tinha conseguido fugir no momento que viu um carro parado a alguns metros de distância, contudo, seu celular voltou a vibrar. Outra mensagem.

Não pretendia te machucar.

Katherine olhou ao seu redor com a lanterna mais uma vez ligada, não conseguia ver ninguém, mas tinha certeza que a aplicação da palavra ’’ pretender’’ naquela frase não era um bom sinal.

– Quem é você? – A garota perguntou aflita, mas não obteve resposta.

Katherine se mantém parada no mesmo local por alguns minutos esperando que algo aconteça, entretanto, tudo se mantém igual: um silêncio inimaginável e uma escuridão medonha. A menina olhou para o horizonte mais uma vez e percebeu que o carro que estava ali antes já havia ido embora, fecheu os olhos e se xingou mentalmente por não ter corrido mais rápido quando teve a chance.

Pretendendo privar-se de mais momentos assustadores, a menina continou caminhando na mesma direção de antes e assim que avistou uma estrada correu em direção a ela, Katherine passou com muitas dificuldades por inúmeras árvores e galhos soltos, e até tropeçou algumas vezes, porém o medo que sentiu fez com que continuasse correndo cada vez mais depressa.

Não fazia noção de como havia chegado ali, lembrava-se vagamente do gosto de queijo derretido em sua boca e de uma sensação de desespero, mas era só isso. Não fazia ideia de onde estavam os outros e naquele momento não tinha tempo para pensar neles, afinal, tinha problemas maiores para resolver.

Continuou correndo até a estrada e assim que pôs os pés no asfalto sentiu algo puxar uma de suas pernas, Katherine caiu e foi arrastada para o meio da floresta novamente, na expectativa que alguém a ouvisse começou a gritar, mas quanto mais gritava mais rápido era arrastada e mais se feria, considerando os galhos e pedras que raspavam em seus braços e rosto.

Xxx

– Pegou as duas? – O homem perguntou em tom de superioridade enquanto colocava seu sobretudo preto.

– Sim, Crowley. – Respondeu com um sorriso vitorioso no rosto. – Estão quase intactas.

– Ótimo, terá sua recompensa pelo trabalho bem feito, Alastair. – Disse seguindo em direção a porta.

– Assim espero.

Crowley saiu daquela sala imunda limpando suas mãos e abotoando o casaco, ás vezes tinha nojo da própria raça, eram apenas espíritos com egos inflados. Mas ele mudaria isso, afinal era o Rei, era seu dever ser superior, mais inteligente, pensar mais grande, para que dominar a Terra se poderia dominar o céu? Fazer todos aqueles anjos seus escravos e assim, quem sabe criar uma raça melhor, porque já estava de saco cheio de demônios insolentes e estúpidos. Crowley estava em busca de algo melhor, e não queria humanos, pois esses também já estavam ultrapassados, ele pensava maior, queria anjos como Lúcifer, como Zacarias e até mesmo como Castiel. E para que tudo isso se tornasse tangível ele precisava de Selena e Katherine, elas eram a sua passagem direta para o céu, onde pretendia travar uma batalha e fazer todos ajoelharem-se aos seus pés, nas melhores das hipóteses.

Crowley voltou para seu escritório em um piscar de olhos, Zacarias estava lá, sentado em uma das cadeiras.

– Trago boas notícias. – O anjo disse.

– O dia está cheio de boas notícias. – Comentou.

– Está com Selena e Katherine?

– Eu disse que tinha um plano para pega-las e selecionei meu melhor homem para executa-lo. – Respondeu se gabando do feito.

– E onde elas estão? – Zacarias pediu curioso fazendo Crowley sorrir.

– Porque te interessa saber? – O demônio arqueou a sobrancelha e serviu-se de um copo de uísque.

– Só estava interessado... – Explicou. – Bom, achei que deveria saber, os anjos fizeram uma reunião.

– Reunião? – Crowley sorriu. – Para falar sobre o que?

– Sobre os portões, os anjos estão se preparando para a guerra, só não sabem contra quem vai ser.

– Não me diga que eles ainda apostam naqueles caçadores? – Crowley perguntou incrédulo e Zacarias afirmou com a cabeça.

– Castiel apareceu por lá e as coisas não terminaram nada bem para ele.

– Pobrezinho. – Ironizou. – Morreu?

– Virou prisioneiro. Alguns anjos acreditam que isso irá chamar atenção de Selena e ela irá atrás dele. – O anjo explicou.

– Isso é verdade, mas não acho que ela sobrevivera até lá. Preciso começar a me preparar, a guerra está cada vez mais próxima.

Xxx

– Droga, Selena! Onde você se meteu? – Dean gritava parado na frente do restaurante em a garota tinha ido comer pizza um dia antes.

– Dean, gritar não vai trazer ela de volta! – Spencer falou apoiando sua mão no ombro de Dean a fim de fazer com que ele parasse de se movimentar. – Nós temos que ser racionais e pensar.

– Eu deixei ela fora da minha vista por cinco minutos e ela sumiu, como eu posso ser racional em uma droga de situação dessa?

– Tudo bem, e o que você quer fazer? Sentar no meio da rua e encarar o nada, que nem o Damon ou ajudar Sammy e eu a encontrar pistas? – Spencer pediu aumentando o tom de voz.

– Eu quero socar a cara de alguém, isso sim. – Dean resmungou indo em direção ao Impala e abrindo um mapa dos estados unidos em cima do capô.

– O que está fazendo? – A garota disse vendo Dean riscar o nome de alguns lugares no mapa.

– Riscando os lugares que podemos descartar. – Falou sem dar muita importância para o que Spencer estivesse pensando. Antes que ela pudesse avisar a ele que o que estava fazendo era completamente insano, Sam saiu do restaurante com algumas folhas em mãos.

– Encontrei algumas fotos das duas jantando. – Sam comentou. – Elas deixaram o restaurante por volta das onze, estavam sozinhas.

– Isso ajudou tanto quanto o Damon sentado no chão. – Spencer disse bufando logo em seguida. – Agora além do Castiel, também não temos mais as meninas, eu tô com um pressentimento ruim, Sam. As coisas estão indo de mal a pior.

Sam abraçou Spencer depositando um beijo no topo de sua cabeça e logo após um selinho, que durou menos do que o planejado, pois Damon começou a gritar que estava recebendo uma ligação de Katherine.

– Katherine? – Damon falou desesperado colocando o celular no viva-voz.

– Oi, vocês precisam me ajudar, eu tô muito mal. – Katherine sussurrou com uma voz chorosa.

– Katherine, fica calma, onde você está? – Dean perguntou.

– Eu não sei, Dean. Eu estava em uma floresta, tinha um esquilo e também uma estrada por perto. – Katherine explicou tentando se lembrar de algum detalhe importante.

– Onde você tá agora, Kath? – Sam questionou com tom preocupado. – Kath? – Chamou a garota, mas não obteve resposta.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E ai, pessoal? Gostaram? Comentem!



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