Could Be True escrita por hllcamila


Capítulo 24
What It Is and What Should Never Be


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!
Demorei um tempãooo pra escrever esse capítulo, então espero que gostem.
Boa leitura!



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Pov’s Narrador Observador

StreetVill Forest - Nebraska. 07/06, 03h 45m

– Katherine, será que da pra ficar no carro?– Selena disse empurrando a garota pra dentro do Mustang novamente. - Você mal se aguenta em pé!

Selena fechou a porta do carro com força antes mesmo que Katherine a respondesse.

– Pegou a estaca? - Selena pediu se aproximando de Sam.

– Sim, tem certeza que é aqui?

– Se não for aqui, então não sei mais onde poderia ser. - Spencer respondeu, também se aproximando dos dois.

– Sera que Dean esta bem? - Damon perguntou.

– Não sei. - Selena respondeu observando a fábrica abandonada a alguns metros, estavam estacionados na rodovia principal e agora teriam que andar a pé. - É melhor irmos logo.

Sam e Damon foram na frente com as lanternas enquanto Selena e Spencer seguiam mais atrás. Assim que chegaram no local resolveram se separar, Sam e Spencer foram para um lado e Selena e Damon para outro.

Sam entrou pela porta dos fundos sendo seguido por Spencer, que segurava sua mão, passaram por algumas caixas e de longe conseguiram ver o Djinn, ele tinha várias tatuagens pelo corpo e se encontrava sentado em uma cadeira velha bebendo alguma coisa que nem Sam, nem Spencer, puderam identificar, mas julgavam ser sangue.

O garoto apertou mais a estaca em sua mão, e também apertou a mão de Spencer, que por sua vez deu um selinho em Sam e seguiu para perto do Djinn. Eles sabiam exatamente o que fazer.

Spencer atirou na criatura, que pareceu não sentir nada, a garota tentou correr, mas foi impedida pela cadeira que foi jogada em suas costas. Ela caiu no chão e assim que se virou o Djinn estava a sua frente, seus olhos começaram a ficar azuis, ela sabia o que ele iria fazer, iria enfeitiça-la.

Antes mesmo que pudesse encostar na menina, Sam apareceu e desfiou um golpe com a estaca no peito do monstro, que caiu no chão desacordado, suas tatuagens ficaram mais claras e seus olhos completamente brancos.

– Bom trabalho. - Sam falou ajudando Spencer levantar-se.

xxx

Após muitas tentativas, Damon conseguiu abrir a porta que ficava na parte lateral do lugar, Selena fez uma pequena comemoração e entrou na sala. O local era sujo e escuro, apenas com a luz da lua que entrava pelas janelas era difícil ver alguma coisa, mas era totalmente possível ver as partículas de poeira pairando no ar.

Damon ligou a lanterna e pode ver uma das vítimas penduradas em um canto do espaço. Ele correu até lá, e após checar o pulso da garota, concluiu que estava viva.

– Sel, preciso de ajuda. - Chamou Selena que estava analisando o outro lado do lugar. A garota veio correndo e cortou a corda que segurava a menina, Damon a colocou no chão delicadamente. - Como a acordamos?

– Tente chama-la e remexe-la. - Selena olhou para a menina no chão por alguns segundos e logo depois para Damon. - Se não funcionar, jogue água. Vou procurar Dean.

Selena continuou andando pelo lugar, pensou em gritar por Dean, mas se lembrou que provavelmente ele estaria dormindo no momento, conseguia ouvir Damon chamando pela menina e rezou para que isso realmente fizesse ela acordar. Passou por mais algumas caixas e móveis antigos e conseguiu ver o loiro pendurado pela mãos, ele possuía alguns arranhões nos braços e no rosto, possivelmente havia lutado.

– Dean? - Selena chamou. - Dean, acorda!

– Ei, nós pegamos o Djinn. - Sam apareceu no local juntamente com Spencer. - Como ele esta?

– Vivo. - Respondeu Selena. - Me ajuda a coloca-lo no chão.

Sam e Selena conseguiram desamarrar Dean, e a garota que haviam encontrado já estava acordada - graças a Damon -, Spencer tentava situa-la e explicar tudo que tinha acontecido, enquanto os outros tentavam acordar Dean.

– Por que ele não acorda? - Selena pediu.

– Eu não sei, o sonho deve parecer muito real na cabeça dele. - Sam falou. - Não é atoa que Djinns também são conhecidos como gênios, eles realizam desejos, colocam as pessoas em um mundo onde tudo é como elas gostariam, não é tão simples acordar.

xxx - 17 horas antes

– Quem é? - Dean perguntou após ouvir alguém bater na porta, sabia que não era Sam, pois ele tinha a chave, e os outros tinham saído pra colocar créditos no novo celular de Cass, já que ele estava sem poderes.

– É a Selena. - A garota do outro lado falou.

– O Sam saiu. - Dean falou, torcendo pra que ela não quisesse falar como ele.

– Eu sei. - Respondeu, Dean não disse nada. - Abre a porta.

Segundos depois Dean abriu a porta deixando Selena entrar no quarto.

– Aconteceu alguma coisa? - Pediu.

– Não. - Selena parecia nervosa, não parava de mexer as mãos e os pés.

– O que você quer, então?

– Quero conversar.

– Sobre o quê? - Dean perguntou se fazendo de desentendido, é claro que sabia sobre o que ela queria conversar, só estava torcendo para que fosse outra coisa, porque ele era péssimo com esse tipo de conversas.

– Sobre nós. - Selena fez uma pausa, esperava que Dean dissesse algo, mas ele estava aterrorizado de mais para isso. - A gente vem se tratando diferente desde que...bem, você sabe.

– Pensei que era pra esquecermos isso.

– Sim. - Afirmou. - Mas, nós não esquecemos, certo?

– Onde quer chegar? - Dean estava cada vez mais perdido, só queria que Selena fosse embora logo.

– Eu quero resolver as coisas, Dean. Você não quer? - Selena disse, ela estava com aquela voz aflita e impaciente que sempre tem quando alguém não age como ela espera.

– As coisas já estão resolvidas, Selena. - Dean falou virando de costas pra ela. Selena ficou um tempo em silêncio, estava tentando entender onde as coisas estavam resolvidas, porque, pra ela, nada estava nem perto de ser resolvido.

– Esqueci que você fazia isso. - Comentou após seu tempo em silêncio. Dean se virou pra ela.

– Isso o que?

– Isso de fugir das conversas quando elas envolvem você e outra pessoa do sexo oposto. - Selena disse, era possível sentir o rancor na sua voz. Dean não respondeu, afinal, era verdade, ele era péssimo com sentimentos, e mesmo que gostasse da Selena, não conseguia dizer isso a ela, toda vez que tentava, alguma coisa o impedia. - Tudo bem, pelo visto você não quer conversar.

Selena saiu do quarto, deixando Dean sem nenhuma chance de responder, não que ele iria impedi-lá, estava aliviado que ela havia saído, mas ao mesmo tempo, sentia-se culpado por não ter dito o que gostaria.

Sel voltou para seu quarto secando as lágrimas que insistiam em cair de seu rosto. Não sabia qual era o exato motivo do choro, uma mistura de raiva e decepção, talvez. Queria que Dean tivesse dito mais, ela estava esperando por isso. Ele podia ter dito qualquer coisa, ela não se importava, desde que ele tivesse dito, não queria ter ido embora sem nenhuma resposta ou conclusão.

– Selena? - Castiel falou assim que abriu a porta do quarto.

– Oi, Cass. - Selena limpou suas lágrimas e sorriu para o anjo.

– Algum problema? - Castiel perguntou assim que viu o estado em que Selena estava.

– Não. - Respondeu enquanto tentava segurar as lágrimas.

– Por que esta chorando, então? - O anjo pediu carregando um pouco mais de preocupação em sua voz.

– Não é nada, Cass, sério, eu estou bem. - Sel disse olhando para ele em seguida. - A propósito, eu senti sua falta.

– Eu também senti a sua.

Selena abraçou Castiel, que retribuiu o abraço mais rápido do que as últimas vezes, apesar de não ser algo muito comum entre os anjos, ele estava começando a entender toda a ideia de contato físico entre os seres humanos.

– Aprendeu a usar um celular? - Selena perguntou livrando-se do abraço, ela estava sorrindo e parecia mais feliz no momento, se sentia mais segura com Castiel, ele trazia uma serenidade inexplicável pra garota.

– Katherine me ensinou. - Respondeu.

– E como ela esta? Ela disse alguma coisa pra você? - Pediu. Katherine não havia contado como tinha passado as últimas semanas nas mãos de Crowley e Selena respeitava isso, imaginava que a amiga ainda estava muito abalada, mas, por outro lado, adoraria que ela se abrisse e dividisse seus sentimentos.

– Ela parece bem, mas acho que não se sente segura ainda pra falar. - Castiel respondeu, antes que Sel pudesse falar alguma coisa o anjo sentou-se na cama e pôs as mãos na cabeça.

– Cass, algum problema?

– São os anjos. - Ele disse. - Estão se comunicando.

– E o que eles dizem? - Pediu curiosa e agradecida por Cass ainda poder ouvir os anjos.

– Vai acontecer uma reunião aqui na terra pra discutir o que irão fazer em relação aos portões. - Castiel levantou-se seguindo até a porta. - Eu preciso ir até lá e tentar descobrir algo.

– Sério, Cass? Esses caras já tiraram seus poderes, quer se arriscar mais?

– Eu preciso, Selena. - Falou saindo do quarto.

Selena bufou, odiava quando não seguiam seus conselhos, não queria que Castiel se machucasse mais, saiu do quarto pra ir atrás dele, mas já era tarde de mais, aparentemente ele tinha pego um ônibus ou algo assim.

– Acho que eu tenho um caso. - Kathrine falou mexendo o jornal em suas mãos, assim que Selena voltou para o quarto.

– Só se não for longe, temos que focar no lance dos anjos. - Selena disse fechando a porta.

– É local. Eu já dei uma investigada, acho que é o um Djinn.

– Djinn? - Spencer perguntou na porta do banheiro, estava escovando os cabelos.

– É uma espécie de gênio. - Falou Katherine.

– Eles realizam desejos? - Pediu Spence confusa.

– Os Djinns não concedem verdadeiros desejos, em vez disso eles envenenam suas vítimas e criam uma realidade alternativa, onde a vítima é pressa, ela fica em coma sonhando com uma vida perfeita. - Explicou.

– E enquanto isso, o desgraçado se alimenta do sangue dela. - Selena disse. - As pessoas que são infectadas por eles podem ver outras vítimas como aparições dentro de sua fantasia. No seu auge, essas fantasias, são incrivelmente detalhadas, a ponto de incluírem uma versão fantasiosa do Djinn. O tempo passa devagar o suficiente no universo de fantasia, portanto a pessoa vai sentir como se estivesse vivendo uma vida inteira antes de seu corpo físico morrer.

– E o que faz para acordar? - Spencer perguntou.

– Se você perceber que esta sonhando, tem que se matar, mas as vezes conseguimos acordar as vítimas apenas chamando-as. - Explicou Selena. - Se for realmente um Djinn, precisamos procurar em cavernas ou armazéns abandonados.

– Legal, vou chamar Dean, Sam e Damon. - Katherine disse saindo do quarto.

Sel foi pesquisar sobre a garota que havia desaparecido, ela tinha sido encontrada em um mercado abandonada, presa pelos braços e com cortes pelo corpo, estava desidratada e pálida, após ler isso, a garota teve absoluta certeza de que era mesmo um Djinn.

Spencer pesquisou um pouco mais e descobriu que a úlitma vez que haviam visto a vítima era quando ela estava em um bar, no centro da cidade, depois disso, encontraram-na, cinco dias depois, morta.

– Eu tenho mas notícias. - Katherine falou entrando no quarto. - Dean sumiu.

– Sumiu? Eu falei com ele meia hora atrás. - Selena retrucou.

– Ele não esta no quarto, e não atende o telefone. - Sam disse.

– Vocês acham que foi o Djinn? - Perguntou Spencer.

xxx

Pov’s Dean Winchester

Sentei na cama rapidamente, havia tido um sonho do qual eu não me lembrava agora. Olhei ao redor e percebi que aquele não era meu quarto de hotel, era bem maior, sai do quarto e percebi que estava em uma casa, ouvi uma movimentação no andar de baixo, procurei minha arma, mas ela não estava na minha calça, então peguei um abajur caso precisasse me defender e desci as escadas com cuidado.

Assim que cheguei no andar de baixo, percebi que conhecia a voz, era Sammy.

– Sam? - Chamei parando na porta da cozinha onde ele estava beijando Spencer.

– Ahn, me desculpe. - Spencer falou quebrando o beijo. - Vou olhar o bolo.

– Bolo? - Perguntei. - Sam, o que estamos fazendo nessa casa?

– Que horas você voltou daquele bar ontem? - Sam pediu vestindo seu terno. - Bebeu tanto que nem lembra mais da própria casa.

– Casa? E o bunker?

– Bunker? - Sam soltou uma gargalhada enorme, que me deixou mais confuso ainda. - Quer algum remédio?

Neguei com a cabeça e pude ver Spencer passando ao meu lado com um vestido social e um bolo escrito ‘’Feliz Aniversário Bobby’’ em mãos. Ela o colocou na mesa e acendeu algumas velas.

– Bobby esta de aniversário? - Pedi. Minha cabeça estava girando, eu não conseguia entender o que estava acontecendo.

– Sim, todos estão vindo pra festa surpresa que a gente organizou. - Spencer respondeu arrumando os pratos na mesa. Segundos depois a campainha tocou e ela foi atender.

– Oi casal! - Spencer falou dando espaço para Damon e Katherine entrarem.

– Casal? - Perguntei praticamente cuspindo o vinho que estava bebendo.

– Pensei que soubesse, Dean. - Damon disse dando um selinho em Katherine. - Nós adoraríamos que você fosse nosso padrinho, mas a Selena não gostou da ideia de ser madrinha ao seu lado. - Damon parecia um pouco constrangido em tocar nesse assunto.

– Por que? - Pedi, antes que Katherine respondesse Selena abriu a porta.

– Oi, gente! - Selena falou. Um homem loiro e de olhos claros estava de mãos dadas com ela.

– Oi, Sel. - Spencer se aproximou dos dois. - Oi, Chris. Tudo bem com vocês?

– Estamos bem. - Chris respondeu. - As coisas estão meio corridas agora que casamos, mas vamos nos acostumar.

– É, ainda precisamos resolver alguns probleminhas com nossas agendas no consultório, mas vai dar tudo certo. - Ela disse sorrindo, e encostando a cabeça no ombro de Chris.

Selena passou por mim e nem olhou na minha cara, ela estava indo até a cozinha buscar mais vinho, resolvi ir atrás dela, talvez ela pudesse me explicar o que estava acontecendo.

– Quer ajuda? - Perguntei entrando na cozinha.

– Não. - Disse enquanto tentava pegar os vinhos nas prateleiras mais altas. Segui até ela e peguei as garrafas. - Eu disse que não queria ajuda.

– E desde quando eu faço o que você diz? - Falei sorrindo. Selena me olhou de um jeito que eu nunca tinha visto, ela parecia desapontada. - Aconteceu alguma coisa?

– Como você consegue ser tão sujo assim? Por que ta agindo normalmente depois do que você fez?

– Eu não lembro de nada, Selena. - Expliquei.

– Não se lembra? - Ela fez uma pausa. - Então eu vou refrescar sua memória. Você me traiu, Dean, já faz um tempo, mas não quer dizer que eu tenha te perdoado.

– Nós estávamos namorando? - Vasculhei minha memória, mas não consegui me lembrar de nada. - Eu sinto muito, Selena.

Selena não disse nada, simplesmente saiu da cozinha segurando as garrafas de vinho. Sai pela porta dos fundos e fui dar uma volta pelas ruas, tentei entender o que estava acontecendo ali, porque não estávamos caçando, como viemos parar em uma casa no Kansas, e todas as outras coisas sem explicação que estavam acontecendo.

Ergui a cabeça e percebi que havia uma mulher do outro lado da rua olhando fixamente pra mim. Ela tinha cabelos loiros e vestia um vestido branco.

– Esta tudo bem? - Perguntei olhando pra ela, e a mesma nem se moveu. Olhei pra trás esperando encontrar alguém, mas não encontrei nada. Quando voltei a olhar a garota, ela já não estava mais ali.

Pensei em ir procura-lá, mas Sam me chamou pra entrar, disse que Bobby já estava chegando e precisávamos nos preparar para a surpresa.

– Sam, preciso falar com você. - Chamei ele antes de entrarmos na casa.

– Pode falar, Dean.

– O que diabos esta acontecendo aqui? - Perguntei, Sam ia falar algo, mas o interrompi. - Eu não estou falando da festa pro Bobby, eu tô falando da gente vivendo em uma casa, da Selena namorando um médico, do Damon casado com a Katherine e de todas essas loucuras. Que droga, Sammy! Nós somos caçadores, matamos demônios, o que estamos fazendo aqui?

– Dean, acho que você bebeu vinho de mais, demônios não existem, ta bem? E a Selena só ta namorando um médico porque você traiu ela. - Sam disse colocando a mão no meu ombro.

Foi ai que eu percebi, eu lembrava de ter beijado a Selena, mas também lembrava das nossas brigas, eram sempre por motivos bobos, eu nunca trai ela, nós nem estávamos namorando. Eu estava dentro de um sonho e não conseguia acordar.

– Sam, esquece isso, ok? Eu tô sonhando, é só um sonho. - Falei.

– Dean, isso não é um sonho. - Retrucou ele.

– É sim, você sabe como se acorda de um sonho? - Pedi.

– Existem lendas que dizem que você precisa se matar, mas você não vai fazer isso, porque não esta sonhando. - Sam disse.

– É exatamente isso que vou fazer.

Sai correndo até a cozinha, e vasculhei as gavetas atrás de uma faca ou qualquer outra coisa.

– Dean? - Katherine apareceu na cozinha. - O que esta fazendo?

– Você não é real, é só um sonho, Katherine. - Disse pegando uma faca.

Antes que ela pudesse me impedir, fiz o que tinha que ser feito.

Abri os olhos e vi Sam sentado ao meu lado, eu estava no chão de um galpão, não lembrava de como havia ido para ali, mas consegui lembrar de ter sido pego em um bar por um Djinn e ter levado uma surra dele. Apesar da vida no sonho parecer ótima e agradável, eu estava feliz em ter voltado, mesmo sendo cheia de problemas e monstros, pelo menos era real.

– Dean? - Sam me abraçou. - Pensei que nunca iria acordar. Você esta bem?

– Eu vou ficar.

Olhei pro lado e vi uma garota ao lado de Spence, era a mesma garota que eu havia visto no meu sonho, ela estava assustada, mas parecia bem fisicamente. É normal ver outra pessoa que também foi atacada pelo Djinn no seu sonho, isso geralmente é um meio de lembrar a pessoa que existe outra realidade, a maioria das vítimas ignora isso pelo fato do seu maior desejo ter se tornado real, por isso ninguém nunca quer voltar.

xxx

Pov’s Narrador Observador

– Selena? - Dean chamou a garota que estava em uma das mesas do restaurante comendo panquecas.

– O que você quer? - Selena perguntou indiferente.

– Quero te contar como foi. - Dean disse sentando-se na frente dela.

– Como foi o que? - Pediu olhando em seus olhos.

– O meu sonho. - Respondeu. Selena não falou nada, então ele continuou. - Sam, Spencer e eu morávamos juntos, e Damon e Kath namoravam, estávamos fazendo uma festa surpresa pro Bobby. A única coisa que não estava certa era você. - Selena arqueou as sobrancelhas confusa. - Você era casada com um médico muito certinho, que não tinha nada a ver contigo e me odiava.

– Eu te odeio. - Ela retrucou.

– Não me odeia, você se importa comigo, se não, não estaria ajudando a me procurar. - Concluiu Dean. Selena parecia estar tentando encontrar uma resposta a altura, mas não conseguiu.

– Onde quer chegar, Dean? - Pediu.

– Eu só quero dizer que eu também me importo com você, que eu sinto muito pela nossa conversa mais cedo, e que se você quiser resolver as coisas, eu tô disposto. - Falou. - E quero que você saiba que o que aconteceu naquele dia, entre mim e você, não foi um erro pra mim, muito pelo contrário, parecia a coisa certa a se fazer.

Selena sorriu levemente, Dean havia a pego de surpresa e ela estava feliz por isso. Apesar de não querer assumir, não tinha sido totalmente um erro pra ela também.

Ela sentia algo a mais por Dean, e sabia disso, mas era muito difícil pra admitir, os dois sempre brigavam tanto que era complicado imaginar que ela acabaria gostando dele, e talvez por isso tenha demorado tanto pra algo acontecer.

– Dean, eu não sei o que dizer. - Selena disse, fazendo Dean rir, deixa-lá sem palavras era exatamente o que ele queria. Ele levantou-se e parou do lado da garota.

– Não precisa dizer nada.

Dean puxou Selena para um beijo calmo e totalmente necessário, ela demorou algum tempo até entender o que realmente estava acontecendo, mas permitiu que Dean a beijasse.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!



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