Could Be True escrita por hllcamila


Capítulo 11
Carry On


Notas iniciais do capítulo

Olá meu amores! Escrevi mais um capitulo pra vocês espero que gostem (e comentem).
Esse cap. é uma continuação direta do outro, então se preferirem releiam o finalzinho dele.



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Pov's Selena Mitchell

Me senti sem chão, mesmo em tão pouco tempo eu já sabia que Cas estaria ali sempre que eu chamasse, sabia que ele era meu porto seguro, que daria tudo que fosse preciso pra me ver segura, primeiro a explosão na lanchonete, ele arriscou sua vida apenas pra tentar falar comigo, depois na floresta no Canadá, Cas havia enfrentado todos aqueles anjos e tentado a todo custo me proteger, e agora, ele havia morrido por mim, e eu nunca havia me sentido tão mal e tão culpada como hoje.

Com muito esforço Damon cortou as cordas que prendiam seus braços usando um pedaço de vidro, decorrente da explosão da janela lateral do prédio quando Castiel e os outros anjos sumiram. Logo todos estariam livres.

Sam veio ate mim e me deu um abraço forte, apoiei meu rosto em seu peito e deixei que o resto das minhas lágrimas saíssem, de alguma forma ele me fazia sentir segura. Katherine se aproximou e afagou meus cabelos tentando me acalmar.

– Precisamos ir - A garota, que eu ainda não sabia o nome, falou após Dean a desamarrar, ela parecia estar abatida pelos acontecidos mas, mesmo não a conhecendo, percebi que era racional o bastante pra saber que tínhamos que ir embora o mais rápido possível.

Ok, pensei, sem tempo pra choro. Me livrei dos braços de Sam e logo limpei minhas lágrimas.

Damon me levou no colo, me se sentia muito fraca, estava a tempo sem comer e sem dormir, não ia conseguir aguentar muito tempo em pé.

Saíramos do armazém sem grandes problemas, quando chegamos ao local onde estavam os carros, Damon colocou-me no banco de trás do Impala se despedindo com um beijo em minha testa. Seguiu viajem com Katherine e a outra garota em um Mustang.

Dean avisou que iriamos encontrar um hotel pra poder dormir e descansar, mas eu preferi não esperar, me aconcheguei no banco do carro e após algumas lágrimas e soluços adormeci ali mesmo.

Tive um sonho, estava na mesma floresta em que Castiel e eu havíamos sido capturados. O dia estava quente e seco, e o sol raiava bem no alto, indicando que era por volta do meio-dia.

A floresta estava calma, a não ser pelo canto suave dos pássaros e um zumbido estranho vindo do lado leste, segui caminhando a fim de encontrar o autor do tal barulho, a medida que me aproximava percebi que na verdade não eram zumbidos e sim gritos, gritos de dor, corri em direção a eles, ainda não conseguia saber de quem era e na medida que me aproximava parecia que iam ficando mais distantes e mudavam de direção.

De repente a paisagem mudou, me encontrava no terraço de um prédio, uma chuva fina caia sobre mim, o céu estava mais escuro que o normal e um vento frio batia sobre meu rosto. Os mesmos gritos ainda podiam ser ouvidos, mas dessa vez eu sabia de onde vinham, no canto oeste do prédio havia uma escada que levava pra um lugar ainda mais alto que o terraço, subi os degraus apressada e logo percebi que minhas mãos estavam cheias de sangue assim como minhas roupas, quando terminei de subir pude presenciar novamente as imagens de Castiel morrendo, mas dessa vez era eu quem o matava, a cena se repetia várias vezes e eu não conseguia fazer parar, toda vez que os gritos cessavam o corpo dele reaparecia e eu o matava de novo.

Acordei em meio a um grito, me sentei na cama e percebi que meu corpo todo estava quente soava, me lembrei que a última vez que eu estive acordada era no banco do Impala, mas não consegui pensar em nada mais do que isso, a única coisa que me vinha na cabeça eram as cenas de Castiel morrendo. Eu queria esquecer mas não conseguia, era algo automático.

Katherine entrou no quarto ofegante com uma arma em mãos, assim que me viu sentada na cama abaixou-a e suspirou aliviada.

– Sel, o que houve? - Perguntou se sentando ao meu lado na cama.

– Sonhei - Algumas lágrimas escorreram da minha bochecha mas logo as limpei.

– E o que aconteceu no sonho?

– Eu matei o Cas - Katherine sustentou um olhar surpreso em seus olhos e gesticulou pra que eu continuasse - várias e várias vezes de muitas maneiras diferentes, foi horrível.

– Eu sinto muito, Sel - Foi a única coisa que conseguiu dizer, logo eu estava deitada em seu colo em prantos - Eu prometo que vamos matar aqueles anjos filhos da puta.

Sorri fraco assim que escutei seu comentário, adorava quando Katherine ameaçava alguém e mesmo sendo preocupante ela dizer aquilo no momento me pareceu engraçado. Alguns minutos depois meus olhos começaram a pesar e adormeci enquanto ouvia Kath cantava uma musica qualquer dos Beatles.

***

– Para Damon, vai acordar a Selena! - Escutei Katherine falar no mesmo momento que abri os olhos.

– Não precisa, já acordei - Murmurei. Não sei porque, mas me sentia melhor, não só física mas também psicologicamente, não tive mais nenhum sonho depois daquele e mesmo que ainda estivesse abalada e perturbada tanto pela morte de Cas quanto pelo ocorrido não vi mais motivos pra derramar lágrimas.

Ouvi a minha vida toda Bobby me dizendo pra ser forte, erguer a cabeça e continuar matando os mesmos desgraçados de sempre, decidi que era exatamente isso que eu iria fazer.

– Dormiu bem? - Kath pediu logo após mandar um olhar de reprovação pra Damon.

– Sem sonhos, se é isso que quer saber - Tirei o peso das cobertas de cima de mim, olhei pras minhas roupas e percebi que ainda vestia o mesmo moletom e o mesmo shorts daquela noite. Rolei o olho pelo quarto atrás das roupas de Katherine, já que as minhas haviam ficado no bunker, peguei as primeiras que vi pela frente e segui ao banheiro, logo que fechei a porta Damon e Katherine começaram uma nova discussão.

Demorei o tempo necessário pra lavar meus cabelos e meu corpo no banho, em geral eu costumo pensar nos meus problemas e como resolve-los quando estou no banheiro mas dessa vez preferi ser rápida, não queria que minha cabeça se enchesse de pensamentos ruins e tristes, não queria voltar a chorar.

Sai do banheiro e dei de cara com a tal garota que dirigiu o Mustang na noite passada. Ela tinha cabelos castanhos e longos olhos escuros e pele clara, quando me viu deu um breve sorriso.

– Oi, meu nome é Spencer Selfriend - Se apresentou.

– Prazer, eu sou a Selena - Sorri fraco.

– Eu sei - Riu divertida - É um prazer conhece-la, seus amigos falaram muito bem de você.

– É bom ouvir isso - Falei secando meus cabelos com a toalha - Desculpe a pergunta, mas o que exatamente esta fazendo aqui?

– Seus amigos procuraram minha ajuda pra encontra-la, diríamos que eu sou especialista em todo esse papo de anjo - Percebi que ela pronunciou a palavra 'anjo' como se fosse algo frágil, talvez ela não quisesse que eu desabasse em choro mais uma vez.

– Ótimo, é bom ter alguém que realmente saiba o que esta fazendo nesse grupo - Brinquei e ela riu.

Spencer parecia realmente uma boa garota, era inteligente e simpática, seria muito bom conviver com alguém como ela.

– Bom, eles me mandaram chamar você, estão nos esperando pra tomar café - Explicou.

Nós duas andamos por alguns metros até a lanchonete, no caminho ela perguntou algumas coisas básicas, como minha idade e sobrenome, mas não nos aprofundamos muito em assunto nenhum.

Avistei todos sentados em uma mesa na parte oeste do local, quando nos viu Katherine deu um aceno nada discreto nos chamando pra sentar com eles.

– Já pediram? - Pedi enquanto me acomodava na cadeira.

– Ainda não, estávamos te esperando - Sam justificou.

– Que lindo - Ironizei com um sorriso no rosto apertando levemente suas bochechas, ele por sua vez me olhou confuso, assim como todos os outros, como se perguntassem da onde tanta felicidade havia surgido - Que foi? Acharam que eu ia ficar naquela tristeza toda pela eternidade? Os anjos ainda estão tentando me matar, e Crowley ainda esta roubando aquelas almas malditas, Castiel ia querer que eu continuasse firme e forte.

Ninguém teve tempo de me responder, apenas reagiram com alguns sorrisos, logo uma mulher apareceu pedindo pra marcar nossos pedidos. Todos pedimos as mesmas coisas: hambúrguer's de bacon e refrigerante.

– Então, o que faremos agora? - Dean perguntou logo após a garçonete se distanciar da nossa mesa.

– O certo seria encontrar Crowley e tortura-lo até ele devolver todas as almas, mas creio que isso não vá dar certo, e talvez até chame mais a atenção dos anjos - Expôs Damon.

– Vamos nos focar em algum caso da região, ok? - Katherine falou enquanto lia alguma noticia em seu celular.

– E qual você sugere? - Pedi

– Esse aqui - Mostrou o celular pra mim - aconteceu em Thurston, um homem, aparentemente normal, tem um ataque de loucura e mata todos que encontra em sua volta depois acaba matando a si próprio.

– Parece um caso, devíamos dar uma olhada - Sam concluiu.

A garçonete voltou com nossos pedidos, todos comemos e seguimos direto pra Thurston, Nebraska.


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Notas finais do capítulo

comentem xx