Love Palace escrita por Johnlock Shipper


Capítulo 8
No ritmo da noite


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo contém conteúdo explícito, fiquem avisados. ;)

Coloquei uma supresinha no meio que espero que vocês gostem (:



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Eu estava nervoso, o que era incrivelmente ridículo. Encarei meu reflexo no espelho e tentei forçar uma expressão confiante. Não conseguia entender o que estava acontecendo.

Assim que cheguei e encontrei a sala cheia de velas e Sherlock parado ali com sua camisa meio desabotoada me encarando comecei a pirar. Não fiz pergunta alguma, eu não precisava desta vez. Simplesmente avisei que precisava de um banho e praticamente corri para o banheiro.

John Watson, qual é o seu problema? Recomponha-se! Olhei novamente para o espelho. Sexo não me deixava nervoso. Nunca. Isso simplesmente não acontecia. Então por que estava acontecendo agora, qual era a diferença? Bom, eu amava Sherlock, como nunca amei ninguém, era somente esta a diferença. Mas isso deveria tornar as coisas mais fáceis, não mais difíceis. Pare de frescura, John!

Entrei debaixo do chuveiro e deixei a água quente levar embora minhas preocupações. Não havia motivo algum para me preocupar, não era como se eu não soubesse o que fazer. E era Sherlock, o homem por quem eu estava apaixonado há meses e que desejava havia tanto tempo. Finalmente descobri que ele se sentia da mesma forma, agora não era hora para ficar nervoso. Ele também me queria e pela primeira vez em muito tempo eu estava completamente feliz.

Terminei o banho, vesti meu roupão e subi rapidamente para meu quarto para me trocar. A uma hora dessas eu vestiria pijamas, mas obviamente a situação não permitia isto.

Depois de vestido desci para a cozinha. Sherlock acendia uma vela que estava no meio da mesa impecavelmente arrumada. Quando me viu ele levou a mão ao bolso e tirou seu celular.

– Silencioso e sem alerta vibratório. – ele veio em minha direção e passou por mim para deixar o celular no console da lareira com a tela virada para baixo.

Voltou-se para mim e passou os braços ao meu redor.

– Hoje nada vai nos interromper. – ele se inclinou para me beijar. Passei meus braços ao redor de seu pescoço e me deixei levar pelo beijo. Seus lábios macios se moviam maravilhosamente contra os meus e seu hálito quente invadia minha boca. Suas mãos percorriam meu corpo suavemente e levei as minhas até seus cabelos, puxando-o para mais perto de mim. Sherlock sabia exatamente o que fazer para me deixar louco. Sua boca deixou a minha e passou para meu pescoço.

– Sherlock?

– Hmm?

– Nós não deveríamos comer primeiro?

– Na verdade eu não estou com fome. – ele respondeu mordendo minha orelha.

– Mas eu estou.

– Sério, John?

– Sério. Não comi praticamente nada o dia todo.

– Ah, tudo bem. – ele me deu mais um rápido beijo e se afastou.

Sentei-me à mesa enquanto Sherlock nos servia. A comida estava maravilhosa, como sempre. Sherlock era um ótimo cozinheiro. Foi um jantar agradável. Sim, agradável. Ao contrário do que todos acreditavam, Sherlock não era um filho da mãe insuportável o tempo todo. Claro, ainda havia momentos em que me dava vontade de jogá-lo pela janela, mas desde que começamos a namorar ele estava sendo mais sociável. Comigo, pelo menos.

Quando passamos à sobremesa meu nervosismo começou a voltar. Não, não, não! Isso não podia acontecer agora, Sherlock perceberia. Ok, Watson. Acalme-se!

– Você está nervoso. – Sherlock disse, com um sorriso. Ótimo!

– Não, não estou. – tentei negar. Eu sabia que era inútil, mas não podia simplesmente admitir.

– Sim, está. – com a sua mão livre pegou a minha e começou a acariciá-la. – Por que está nervoso, John?

– Não estou nervoso! O que o faz pensar que estou nervoso? Não, espera. Esqueça que perguntei isso.

Sherlock ainda sorria quando disse:

– Gosto do fato de que eu te deixo nervoso. Você sempre foi tão confiante de si mesmo, mas comigo você fica ansioso. Gosto de ser a exceção.

– Claro que gosta. Você não está nem um pouco nervoso?

– Não. Por que deveria? Isto, nós dois juntos, está certo. É o que eu quero e pela primeira vez estou feliz. Não tenho porque ficar nervoso.

– Mas é justamente por isso que estou nervoso. – segurei sua mão. – Você significa muito para mim. Tudo para mim. Sei que vou parecer uma adolescente com o primeiro namorado ao dizer isso, mas quero que seja perfeito, entende?

– E será, John. Não se preocupe com isso. Venha. – ele disse levantando-se e me puxando consigo. – Vou te ajudar a relaxar.

– Acho meio difícil já que você é a fonte do meu nervosismo.

– Você confia em mim?

– Sim.

– Então sente-se aí e tente relaxar. – estávamos na sala e ele apontava para minha poltrona. Obedeci e sentei-me sem saber o que Sherlock planejava para me acalmar. Até agora não estava funcionando.

– Tire sua camisa. – ele disse.

– É assim que você pretende me acalmar? Acho que está querendo é me enlouquecer de vez.

– Só faça o que eu disse, John.

Estar naquela sala cheia de velas por toda parte e me livrando de minha camisa com Sherlock ali me observando não era a melhor ideia para acabar com meu nervosismo. Oh, John recomponha-se. Você não está tirando suas calças. Ainda.

– Agora feche os olhos e relaxe. Não há um motivo real para você ficar nervoso. Você de todas as pessoas devia saber, John.

Fechei os olhos e respirei fundo. Tentei pensar como Sherlock. Aquilo estava certo. Eu o queria e finalmente ele era meu. Não havia motivo para ficar nervoso. Ele era meu e eu era dele.

Senti um par de mãos em meus ombros. As mãos de Sherlock estavam quentes e massageavam meus ombros tentando levar a tensão embora. Ao contrário do que eu esperava, seu toque estava conseguindo acabar com meu nervosismo. Aos poucos eu começava a relaxar. Eu queria aquilo, Sherlock me tocando.

– Huuum! Isso é muito bom! Você tinha razão, Sherlock.

Ele não respondeu. Às vezes suas mãos desciam pelos meus braços ou passavam pelo meu peito e depois voltavam a para meu ombro. Eu simplesmente continuei de olhos fechados e me concentrei em relaxar. As mãos de Sherlock eram firmes e ele sabia exatamente o que fazer para me relaxar, ora aplicando mais pressão, ora massageando mais gentilmente.

Não sabia quanto tempo havia se passado quando senti suas mãos deixarem meu corpo. Abri os olhos e vi Sherlock dando a volta na poltrona e se dirigindo para mim. Ele puxou-me pela mão para que me levantasse e me beijou. Foi um beijo suave, sem urgência, realmente não havia pressa. Seus lábios se moviam lenta e deliciosamente com os meus. Minhas mãos automaticamente alcançaram seus cabelos, puxando-o para mais perto. Sherlock tinha os braços envoltos em minha cintura, mas logo suas mãos saíram dali e subiram pelas minhas costas e passaram pelo meu peito, até alcançarem meu rosto. Ele quebrou o beijo e me olhava com um brilho nos olhos, como se eu fosse a coisa mais maravilhosa que ele já tinha visto na vida.

– Eu te amo tanto, John. Tanto!

Eu nunca me cansaria de ouvi-lo dizer.

– Eu também amo você, Sherlock.

– Deus, o que eu fiz para merecer você? Eu não mereço você! – ele encostou a testa na minha e seus olhos não se desviavam dos meus de maneira alguma.

– Você não tem que me merecer. Nem tudo é lógica, Sherlock. Eu te amo. Não sei explicar como ou por que. Eu simplesmente amo. Isso não é o suficiente?

– Sim. – ele respondeu sorrindo. – Sim, é suficiente.

Ele puxou-me para o sofá e me fez sentar. Eu assisti admirado enquanto ele se despia. Tirou o paletó e a camisa e jogou-os na minha poltrona. Em seguida veio e acomodou-se sobre mim, as pernas abertas prendendo-me no sofá.

– Só isso? – perguntei. – Pensei que eu teria o show completo.

– Vou deixar o resto pra você.

Ele começou a beijar meu pescoço e foi subindo, lento demais, até alcançar minha boca. Novamente começou com um beijo leve e tranquilo, mas logo suas mãos estavam em toda parte e eu não conseguia beijá-lo com intensidade suficiente.

– Você sabe o quanto é lindo, John? – ele disse ofegante, plantando beijos em meu pescoço e peito. – Lindo, completamente lindo.

– Eu sou lindo? Você já se olhou no espelho? Olhou pra esse rosto, – beijei sua bochecha – pra estes olhos, – beijei seus olhos – esta boca? – um longo, demorado beijo em sua boca. Percorri seu peito nu com minhas mãos. – E sério, você frequenta alguma academia? E esses cabelos? Você é lindo, Sherlock. – Desci minhas mãos pela lateral de seu corpo. – Mas sabe o que eu desejo fazer desde que coloquei os olhos em você?

– O que? – ele perguntou num tom de genuína curiosidade.

– Agarrar essa sua bunda linda. – e foi o que fiz. Com as duas mãos apertei sua bunda e o puxei para mais perto. Ao mesmo tempo Sherlock voltou a beijar meu pescoço, subindo em direção à minha orelha. Deu uma mordida e perguntou:

– E isso é tudo que você quer fazer comigo?

– Não. Definitivamente não.

Ele passou para outra orelha, deu outra mordida e disse na voz mais sedutora que eu já tinha ouvido:

– Então o que mais você quer fazer comigo, John?

Agora suas mãos estavam em minha bunda e ele me puxava para mais junto de si. Eu podia sentir sua ereção contra minha e eu simplesmente não conseguia pensar coerentemente. Tudo que eu via e sentia era Sherlock.

De repente sua boca estava de volta beijando a minha, com urgência. Éramos uma bagunça molhada de lábios, línguas e dentes. Mãos por toda parte, Sherlock por toda parte. E nunca era o suficiente. Eu queria mais.

– Então, John, eu estou esperando uma resposta. – Sherlock disse ofegante. – O que você quer fazer?

– Neste exato momento eu quero você fora destas calças.

– Fique à vontade.

– Acho que você vai ter que se levantar para que eu possa fazer isso.

– Como quiser.

Ele se levantou e ficou parado diante de mim. Eu não consegui evitar encara-lo por alguns segundos.

– John, estas calças não vão sair sozinhas.

Cheguei mais na beirada do sofá e mais uma vez passei minhas mãos pela sua bunda, desta vez puxando sua calça. Uma vez fora delas ele voltou ao seu lugar em cima de mim e beijou-me novamente. Sherlock beijava muito bem. Bem demais.

– Eu poderia fazer isso pelo resto da vida, sabia? – eu disse, meio sem fôlego. – Beijar você.

– Eu não reclamaria.

Afastei o rosto para olhar pare ele. Seus olhos estavam selvagens, as pupilas dilatadas. Seus lábios vermelhos e inchados de nossos beijos. Sua respiração estava rápida, seu peito subia e descia sob minhas mãos.

– Você fica lindo assim. – eu disse dando uma mordida na sua orelha. – Fora de controle. – desci beijando sua mandíbula, passando pelo pescoço e peito. Ouvi Sherlock ofegar e sua cabeça pender para trás. – E você é meu. – e eu ainda mal conseguia acreditar que esse homem incrível me queria.

– Acho que agora seria um bom momento para sugerir que fôssemos para o quarto. – ele disse.

– Sim. Oh, Deus, sim.

Sem parar de me beijar ele me puxou do sofá e agarrei-me a ele como se minha vida dependesse disso, seu corpo quente pressionado contra o meu. Afastei-me de repente e tirei minhas calças. Antes que eu pudesse voltar a beijá-lo, Sherlock segurou um de meus pulsos e disse:

– Quarto. Agora.

E me puxou em direção ao seu quarto. O lugar estava no mesmo estado da sala: com velas por todo lado.

– Você gostou mesmo desse negócio das velas, não é?

– O que posso fazer, você fica muito bem à luz delas.

E de repente estávamos nos beijando novamente. Fomos cambaleando até a cama e Sherlock acabou em cima de mim. Rolei de lado para inverter nossa posição.

– Eu estou no comando. Lembro de você dizendo que eu poderia fazer o que quisesse com você. – eu disse no seu ouvido.

– Claro, Capitão.

Mais uma vez voltei a beijá-lo enquanto minhas mãos desciam pela lateral de seu corpo para encontrar o cós de sua boxer e puxá-la para baixo. Senti as mãos de Sherlock junto das minhas e logo ele estava completamente nu e com uma grande ereção. Deus, como esse homem era maravilhoso!

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa suas mãos estavam no cós de minhas boxers. Uma vez fora delas senti Sherlock me segurar e me jogar de lado, ficando mais uma vez por cima de mim.

– Ei, pensei que eu estava no comando aqui! – protestei.

– Você estava muito lerdo.

Sua boca passou pelo meu pescoço e foi descendo, passando pelo meu peito e minha barriga, de repente chegando à minha ereção. Oh, Deus! Uma de minhas mãos segurava seus cabelos enquanto a outra agarrava o lençol ao meu lado. A boca de Sherlock em meu pênis era tudo que eu sentia. Ele lambia e sugava e, Deus, o homem era talentoso! Eu não duraria muito tempo.

As mãos de Sherlock foram para minhas coxas, separando-as para dar-lhe mais espaço. Eu tinha que me segurar para ficar parado.

– Porra, Sherlock! Isso é perfeito.

Ele continuou e, Deus, esse era o melhor boquete que eu tinha desde... Bom, desde sempre.

– Sherlock, eu estou quase...

Sua boca deixou-me e foi substituída por sua mão. Ele subiu para voltar a me beijar enquanto sua mão continuava o que sua boca começou. Minhas próprias mãos agora também o tocavam. Eu sentia o calor e suor de seu corpo se misturar ao meu. Sherlock gemia e ouvi meu nome escapar de seus lábios inúmeras vezes. Logo eu estava no limite e orgasmo veio. Não muito depois de mim senti Sherlock me seguir.

Ficamos os dois respirando pesadamente por alguns segundos. Sherlock se afastou um pouco e olhou para mim. Tinha um sorriso enorme, como eu nunca havia visto antes. Sem perceber eu o estava imitando.

– Isso foi meio rápido. – eu disse. – Sinto muito.

– Não seja ridículo. – ele respondeu me dando um rápido beijo. – Nada que um pouco de prática não resolva.

– Claro. Eu não me importo de praticar. Nem um pouco.

Seus braços me envolveram e voltamos a nos beijar. Ficamos assim por um tempo até que Sherlock disse:

– Quer tomar um banho?

– Sim, eu quero. Vem comigo?

– Claro.

Tomamos um banho rápido, trocando um beijo aqui, outro ali. Voltamos para a cama e novamente o cansaço me atingiu e comecei a sentir sono. Sherlock me abraçou debaixo das cobertas.

– Resolveu dormir hoje? – eu disse.

– Sim.

– Eu me pergunto por que...

– John, se você está na cama, então eu também estou.

– Ótimo. Vamos dormir então. Podemos praticar amanhã.

– E depois de amanhã, e no dia seguinte, e no seguinte...

Dei-lhe um beijo e acariciei seu rosto.

– Sempre. – eu disse.

– Sempre. – ele respondeu.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam do capítulo? Gostaram do desenho? Foi minha irmã linda que fez e foi ele que me inspirou a escrever esta cena. Vocês podem conferir mais desenhos no Tumblr dela aqui: http://jawnlock-shipper.tumblr.com/tagged/sherltag. Ela é muito foda e desenha muito Johnlock.

Hoje não tem espiada no próximo capítulo porque este foi o último. Sim, eu sei =/

Mas ainda vou postar um epílogo! E logo. Vocês não vão precisar uma semana por ele.

Bom, é isso aí! (: