Love Palace escrita por Johnlock Shipper


Capítulo 4
Todo seu




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Eu pensei que sabia como seria, qual seria a sensação de beijá-lo, mas o que imaginei tantas vezes não se comparava a isso. Seria impossível prever uma coisa como esta. Beijar é bom por natureza, mas beijar alguém que se ama é incrivelmente melhor. E Sherlock era particularmente bom nisso.

O beijo começou suavemente, nossos lábios ainda se conhecendo e explorando o outro aos poucos. Agarrei-me mais a Sherlock, envolvendo seu pescoço com meus braços. Sua boca se abriu sob a minha e senti seu hálito quente e incrivelmente doce, sua língua se entrelaçando com a minha. Ele me apertou mais forte, como se não fosse me soltar nunca mais e eu não queria mesmo que me soltasse. Não queria que nosso beijo acabasse nunca.

Minhas pernas cederam, não aguentava mais ficar na ponta dos pés, e nossos lábios se separaram. Olhei para Sherlock e ele estava sorrindo como nunca vi antes. Também sorri. Na verdade dei uma risada.

– Então, era sobre isso seu experimento? – perguntei.

– Mais ou menos. – ele respondeu acariciando meu rosto. – Não terminei ainda.

Dito isso ele levantou-me do chão, de uma maneira muito sexy, devo ressaltar, e me colocou sentado na mureta do coreto. Segurou meu rosto com as duas mãos e voltou a me beijar. Agarrei-me a ele não só com os braços desta vez, mas o envolvendo com as pernas também. Agora estava tudo mais intenso, nos beijávamos com certa urgência. Minhas mãos deixaram seu pescoço, passaram por seu peito e foram parar em suas costas, descendo cada vez mais. Sherlock interrompeu o beijo.

– John, estamos em público. – ele disse.

– E daí? – beijei-o novamente. – Não tem ninguém aqui. – puxei-o pela camisa. – E mesmo que tivesse, eu não ligo.

– Também não ligo para o que as pessoas pensam sobre nós, John. E por mais que queira continuar isso aqui, não devemos e você sabe. Parecemos um casal de adolescentes com os hormônios à flor da pele.

– Caso você não tenha percebido estou com os hormônios à flor da pele. – eu disse e sua boca voltou à minha, mas só para um beijo rápido.

– Continuamos em casa, John.

– Meu Deus, Sherlock, você está me deixando louco! Por que saímos, então? – ele simplesmente deu uma piscadela e um sorriso incrivelmente sexy. Ofereceu-me a mão para me ajudar a descer. Assim que cheguei ao chão ele puxou-me e deu-me mais um beijo demorado. Não me importei, claro, mas por fim Sherlock pareceu se lembrar de que estava decidido a ir para casa.

– Desculpe. Vamos para casa.

– Não por isso! – respondi. Ele pegou minha mão e fomos.

Sherlock estava muito lento. Eu queria sair correndo, arrastando-o rua a fora para chegarmos logo em casa. Ele não parecia ter tanta pressa. Jesus, eu estava mesmo parecendo um adolescente. Mas não podia me culpar, podia? Foi ele quem começou tudo isso e agora que eu sabia que podia tê-lo isso era tudo que meu corpo desejava. Mas não havia mesmo pressa. Eu o teria quando chegássemos em casa. Ele seria todo meu.

Com esse alegre pensamento em mente, comecei a apreciar o momento e a mão de Sherlock na minha.

– Sherlock?

– Sim?

– Você se lembra da noite passada, não é? – agora era tão óbvio.

– Claro que me lembro, John.

– E você vai me contar o que aconteceu?

– Não. – ele olhou-me com um olhar sedutor. – Vou te mostrar o que aconteceu. Mas do outro lado do seu pescoço, claro. – senti meu rosto queimar. Jesus, quem era esse homem? Quem diria que Sherlock Holmes, o cara que não sentia nada, conseguiria ser incrivelmente sedutor. E por livre e espontânea vontade.

– Funciona para mim. – respondi. Ele chegou mais perto, soltou minha mão e passou o braço em volta de mim. Agradecido por estar tão próximo de seu corpo quente, também o abracei.

•••

Em poucos minutos estávamos em casa. Ambos sacudimos nossos casacos para retirar a neve acumulada neles e Sherlock abriu a porta para entrarmos. Fiquei imensamente grato pelo calor que nos recebeu. Tiramos nossos casacos e começamos a subir as escadas. Eu fui à frente. Parei de repente e me virei para Sherlock. Eu estava um degrau acima, o que me deixava na sua altura. Podia beijá-lo sem tem que ficar na ponta dos pés. Aproxime-me mais dele e envolvi meus braços em seu pescoço.

– Não estamos mais em público. – eu disse. – Posso voltar a beijá-lo agora?

– Bom, a Sra. Hudson pode aparecer...

– E daí? Ela já pensa que somos um casal mesmo.

E sem esperar por uma resposta sua, beije-o. Como se para provar o argumento de Sherlock a Sra. Hudson realmente apareceu.

– Oh meu Deus! Desculpe se atrapalhei vocês, meninos! Vou sair daqui. – e foi-se tão rapidamente quanto tinha aparecido. Pude ouvi-la murmurando algo como “eles são tão fofos juntos” e sorri. Sherlock também sorria.

– Vamos. – eu disse puxando-o pela mão.

Mal joguei o casaco e o cachecol na poltrona e já senti Sherlock me puxar para si e beijar-me. Fomos cambaleando até o sofá e ele deitou-se sobre mim. Entre os beijos consegui dizer:

– Então, foi isso o que aconteceu noite passada? Você simplesmente me agarrou? Não que eu esteja reclamando. – Sherlock começou a se levantar, mas puxei-o de volta pela camisa.

– Ei! Eu disse que não estava reclamando!

– Você não quer saber o que aconteceu noite passada? Vou te mostrar.

Ele sentou-se e fiz o mesmo. Ficou me encarando por alguns segundos.

– Só isso? – perguntei.

– Você estava me contando sobre suas – ele fez gesto de aspas no ar – “experiências durante a faculdade”.

– Há! – eu ri – Eu te contei sobre isso? Nossa, devia estar muito mal mesmo. Nunca falo sobre isso com ninguém.

– Sim, você estava. E parece que falar no assunto deixou você um pouco nostálgico. Nós estávamos bem aqui no sofá. – ele chegou mais perto – E você foi chegando mais perto. – seu rosto estava muito próximo do meu – E eu também não estava com completo controle de minhas faculdades mentais e de alguma forma isso acabou acontecendo. – depois de dizer isso ele voltou a me beijar. Logo sua boca deixou a minha e foi beijando meu rosto e descendo para o meu pescoço, dando mordidas.

– Oh, Sherlock! – gemi.

Sherlock deu uma risadinha.

– Foi exatamente isso que você fez. E claro, começou a tentar arrancar minha roupa. Por isso os dois primeiros botões da minha camisa estavam desabotoados e ela toda amarrotada, como você certamente percebeu. Mas ainda tinha uma parte de meu cérebro pensando coerentemente e decidi que não seria uma boa ideia continuarmos, pois não nos lembraríamos no dia seguinte. Bom, pelo menos você não se lembraria.

– Não estamos bêbados agora. – observei.

– Não, não estamos, John.

– Vamos nos lembrar perfeitamente amanhã, certo?

– Certo. Hoje eu sou todo seu. – ele disse de forma bem sedutora. – levantou-se e puxou-me pela mão. – Vamos para o meu quarto.

Fomos quase correndo e antes mesmo de chegarmos à cama já estávamos nos beijando. Alcançamos a cama e Sherlock deitou-se sobre mim. Sem parar de me beijar, começou a tirar minha camisa. Suas longas mãos percorriam meu corpo e me faziam gemer de prazer. Empurrei-o para o lado e fiquei por cima dele, tirando sua camisa. Novamente a visão de seu peito nu tirou-me o fôlego. Só que agora eu podia tocá-lo. E beijá-lo. Fui beijando sua barriga e subindo até o peito, pescoço e parando em sua boca. Dei uma mordida no seu lábio e fui beijando seu rosto até alcançar sua orelha. Dei uma mordida de leve e ouvi Sherlock gemer meu nome. Enquanto voltava a beijar sua boca senti um volume em sua calça. Sorri e fui tateando seu corpo tentando encontrar o botão da calça. Desabotoei-o ao mesmo tempo em que ouvíamos um barulho vindo da sala. Era o celular de Sherlock tocando. Ele congelou, mas eu não me importei. O que quer que fosse podia esperar. Comecei a abrir o zíper, mas Sherlock me impediu.

– John, pode ser importante. E você não está curioso?

– Sim. Estou curioso, mas não quanto a quem está te ligando. – finalmente abri o zíper.

– John? Por favor?

– Ah! Tudo bem. Vá. – joguei-me de costas na cama. Sherlock não se mexeu.

Aproximei-me dele.

– Não está louco para saber quem está te ligando?

– Preciso de um minuto para... Ah... Me acalmar. – ele apontou para a calça.

Eu ri e comecei a beijar seu ombro, indo em direção ao seu pescoço. Enquanto acariciava seu braço senti os pelos de Sherlock se arrepiarem.

– John?

– Uhm? – respondi sem parar de tocá-lo.

– Isso não está ajudando.

Dei uma risada. Eu sabia disso porque também estava excitado. Desisti e afastei-me dele. Passados alguns segundos Sherlock levantou-se e foi até a sala pegar o celular que já tinha parado de tocar. Alguns minutos depois ele retornou ao quarto.

– Vista-se, John. Aconteceu um assassinato e Lestrade requisitou nossa ajuda.

– Ótimo! – eu disse sarcasticamente. – Isso porque você seria todo meu hoje.

Sim eu parecia uma criança emburrada porque alguém tomou seu brinquedo. A diferença é que não tinha nada de inocente no que queria fazer com Sherlock. Ainda contrariado levantei-me a procura de minha camisa para vestir-me. Ele se aproximou de mim, beijou-me e disse:

– Eu serei seu depois disso. Sempre e a qualquer hora que você quiser. – e deu mais uma de suas piscadelas.

Sorri e concentrei-me em me vestir senão acabaria agarrando ele novamente.

Quando já estávamos vestidos, Sherlock ofereceu-me sua mão.

– Vamos? – disse.

– É, aqui vamos nós, para mais uma noite como qualquer outra.

E saímos de mãos dadas para desvendar algum crime hediondo.


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Notas finais do capítulo

Adorei escrever este capítulo e por favor não me matem por cortar a diversão deles, haha!

Muito obrigada por todos os comentários, pessoal. Fico muito feliz que estejam gostando da história. (:

E como já virou tradição por aqui, uma espiadinha no próximo capítulo:

Capítulo 5
Disparo
[...]
— Por que você não pula essa parte do seu plano e se entrega de uma vez? Sei que não estava preocupada em fugir ou se esconder. Você não fez muito para encobrir o crime. Só fez a morte de Helena parecer um suicídio para ganhar tempo.
— Você não entende, não é? Não sabe o que é ser traída, como é ter quem você ama tirado de você a força. Talvez você deva aprender.
Finalmente ela pareceu me notar e apontou a arma para mim.
[...]

Até semana que vem ;)