Já era noite, Beacon Hills estava iluminada pelas luzes dos postes de centenas ruas e casas espalhadas pela cidade. A noite era fria e tranquila, quase não se ouvia barulho do lado de fora. Lydia e Allison estavam na casa de Jackson, elas queria uma resposta; Queriam saber o que ele sabia sobre o tal homem, o que feriu Scott na outra noite.

– Você disse que ia nos contar se deixássemos você ir, aqui estamos! – Lydia o fitou.

– Eu não sei de nada! – Retrucou, Jackson.

– Nós ouvimos toda a conversa, se você acha que não. – Disse Allison.

– Vocês duas estavam distante, ouviram alguma coisa e já criaram toda uma teoria! Se realmente tivesse ouvido a conversa, não estariam aqui querendo saber o que eu sei. – Ele riu torto . – Agora querem fazer o favor de sair? Quero me deitar!

– Saiba que não sairemos até que você nos conte o que sabe. – Disse Lydia. Ela o tocou nos ombro e depois seguiu até o sofá e sentou-se nele. Allison riu e depois fez o mesmo. Jackson mordeu os lábios, expressando raiva, e as seguiu também.

– Melhor avisar ao Scott que vou demorar um pouco. – Disse Allison pegando o celular de dentro da bolsa.

– Ta, Ta, Ta! O que vocês querem saber? – Jackson rosnou, as meninas sorriram.

Lydia voltando a fita-lo...

– Quem era aquele homem?

– Não ficou claro? – As meninas se olharam – O pai do Derek! – Disse ele.

– Mas você mal o conhece, como poderia conhecer o pai dele?

– Já fazem algumas semanas. Eu o encontrei na rua, de madrugada. – Jackson estava preparado para contar tudo o que sabia. – Eu o ajudei. Naquela noite, ele parecia confuso e inclusive me chamou de Josh...

*Flashback de Jackson*

*- Josh, você precisa me ajudar!

– Eu não me chamo Jos...

– Por favor Josh! Eu lhe imploro, pela minha esposa. - *Ele me olhos nos olhos, sabia que precisava ajudar aquele homem*

– Diga, que te ajudarei!

– Eu preciso encontrar o MCcall, ele que pôs fogo na minha casa! - *Ele estava muito assustado, eu acabei ficando com um pouco de medo*

– O MCcall? Você tem certeza?

– Tenho! Eu o vi, pulando a janela da minha casa, ele estava saindo. Mas, eu precisei ir atrás de Talia no quarto. E tudo estava sendo consumido pelas chamas, e um pedaço de teto caiu sobre nós dois!

– Por que o MCcall faria isso? E como você conseguiu sair dos escombros?

– Ele sempre foi apaixonado pela Talia, desde quando éramos pequenos... e alguém deve ter nos ajudado, mas não encontrei Talia, você é o melhor amigo dela, você deve saber onde ela está! Por favor me ajuda!*

– Ela ficava me pedindo para ajuda-lo. Eu o levei para um deposito velho fora da cidade. E o deixei lá. Naquele dia, com aquela historia. Eu queria entender melhor o que estava acontecendo, então fui atrás de Scott na casa dele, mas ele não estava em casa e depois fui trás de você Lydia e de Stiles mas também não estavam em casa. – Jackson que estava em pé, sentou-se no sofá que estava atrás dele. – Eu já estava decidido a deixar para o dia seguinte, quando vi a caminhonete do Stiles estacionada na lanchonete, então os vi saindo de lá. Eu me escondi atrás de um arbusto, vocês estavam se aproximando. Foi então que eu ouvi um rosnado e quando me virei um lobo estava correndo em minha direção. Mas foi muito rápido, acabei sendo atingido e caindo no chão desmaiado. Quando acordei, vi que minha blusa estava rasgada, eu estava meio tonto, acabei tirando o que restava da camisa. Quando fui atrás de vocês, já não estavam mais la.

– É só isso? – Perguntou Lydia.

– Basicamente sim. Depois quando fiquei sabendo que vocês estavam indo para a casa do Lahey, eu o levei até lá. Mas eu me perdi dele na floresta, quando o encontrei, ele estava, pelado, atacando o Scott! Isso é tudo!

– E por que você o está ajudando a machucar o Scott? – Perguntou Allison, que tentava entender o que acabará de ouvir.

– Na verdade, eu não quero que ele machuque o Scott. Mas eu quero saber o que realmente está acontecendo! Mas eu já vi que pela cara de vocês alguma coisa não está encaixando, vocês precisam me contar também o que sabem!

Algumas ruas dali, Stiles estava em seu quarto. Ele estava deitado, lendo um livro, mas um barulho na janela lhe chamou a atenção. Ele levantou e foi em direção a ela, ele colocou a cabeça para fora, mas não havia nada ou ninguém. Ele deu de ombros, e fechou a cortina, ao virar se assustou com Derek, em pé, na sua frente.

– O que você está fazendo aqui?

– Eu precisava te ver! - Ele se aproximou. – Você foi embora hoje cedo, e depois não atendeu nenhuma ligação minha!

– Não sei se consigo continuar!

– Por que não? – Derek se aproximou mais um pouco, agora com seu rosto próximo ao de Stiles. Olhos se cruzavam intensamente, cada um podia explorar o que havia dentro do outro.

O garoto soltou um levo suspiro, seu batimento cardíaco acelerou e ele já não se sentia mais em si. Mas Stiles não estava preparado, ele se afastou e virou se contra Derek.

– Eu não posso, já sofri há algum tempo e não quero viver isso... – Enquanto ele falava, sua porta do quarto abriu de repente, e o pai dele, o xerife Stilinski, passou por ela!

– Com quem está falando Stiles? – Ele o fitou. Stiles assustado virou para trás mas Derek já não estava. Apenas as janelas abertas deixando o vento passar balançando as cortinas. Voltando-se para seu pai ele o fitou.

– Eu estou falando comigo mesmo, sabe! Errr... As vezes é bom, o senhor deveria tentar!

– Por que não vai dormir? Amanha você tem colégio... – O xerife Stilinski saiu pela porta vestido em seu pijama. Stiles deu um suspiro de alivio e correu para trancar a porta. Quando voltou-se para janela viu Derek perto das arvores em seu quintal. Em seguida fechou as janelas de seu quarto. Deitando em sua cama percebeu uma caixa pequena ao lado do travesseiro. Ele a pegou e abriu. Seus olhos encheram de lagrimas, ele estava diante de um pequeno pingente feito de madeira, e um lobo uivando estava entalhado como arte. Stiles colocou o pingente de volta na caixa e a colocou em cima do seu criado mudo ao lado da cama em cima do livro que estava lendo. Ele puxou a coberta e seu cobriu, embora soubesse que não conseguiria dormir tão cedo.

No dia seguinte, Scott e Allison chegaram juntos ao colégio. Os dois estavam decididos a levar o seu relacionamento para frente. Ela estava sorridente, e transmitia uma alegria pura e sincera.

– Sabia que adoro seu sorriso? – Scott a fitou.

– É, você me contou noite passada! – Eles riram juntos.

– Noite passada? – Lydia apareceu ao lado deles, os assustando – Foi isso que eu ouvi?

– Lydia! – Rosnou Allison. Ela puxou a amiga e saiu andando um pouco a frente de Scott. – Você não tem como ser mais discreta não?

– Essa sou eu, acostume-se! – Lydia soltou uma piscadinha e saiu desfilando na frente de Alisson que voltou para perto de Scott.

– Não precisa ficar com vergonha, principalmente dela!- Scott riu. – Nós dividimos tudo, desde sempre!

– Eu entendo. – Ela sorriu o fitando. – Mas sou um pouco tímida para falar sobre isso, apenas isso! – Allison virou para Scott e o beijou. Scott se afastou e franziu a testa.

– Acho que não deveríamos fazer isso aqui, não agora!

– Por que não Scott?

– É, que eu não estou acostumado a ser visto com uma menina ao meu lado. E não sei qual será a reação dos outros alunos. – Ele mordeu os lábios.

– Não sei como alguma garoto não quis ficar com você... – Allison olhou para os lados. E depois o fitou novamente e sorriu. – E se você não está acostumado a ser visto com uma garota, vai começar agora! – Ela segurou nas mãos dele e o puxou. Os dois passaram pela porta do colégio e logo estavam no corredor principal que estava lotado de estudantes. Enquanto passavam uma caminho foi se abrindo em frente a eles, e todos paravam para olhar os dois passando. Scott ficou corado, mas não conseguia esconder o sorriso de felicidade que estava tendo ao ver toda aquela movimentação. Ele sempre foi chamado de nerd, cdf e outros apelidos que ele não gostava. Allison, como sempre, estava com uma grande sorriso estampado no rosto e estava orgulhosa por Scott.

No final da tarde, Lydia, Scott e Allison se encontraram no lado de fora do colégio. Lydia estava segurando seu celular.

– To tentando ligar para Stiles, mas não estou conseguindo!

– Por que será que ele não veio? – Perguntou Allison.

– Ele não me disse nada. – Respondeu Scott. – Mas eu vou dar uma passada na casa dele antes de ir para casa!

– Olha, meu pai chegou. – Allison apontou para o carro parado na rua próximo a eles. – E não vai esquecer o jantar lá em casa mais tarde! – Ela beijou Scott e saiu correndo.

– Você vai jantar na casa dela? – Lydia o fitou.

– Ela me chamou. Disse que os pais dela queriam me conhecer!

– É a coisa esta ficando seria mesmo... – Os dois riam. Scott e Lydia foram em direção ao estacionamento, eles se despediram e cada um foi em uma direção. Scott pegou sua moto, montou nela, e partiu, indo em direção na casa de Stiles.

No centro da cidade, Derek estava sentado em uma mesa do lado de fora de uma lanchonete, mas não estava comendo nada. Ele começou a sentir um cheiro estranho, um cheiro conhecido, o cheiro que estava na floresta outro dia, o cheiro do seu pai. Um homem passou rapidamente pela sua mesa e saiu andando pela calçada. Ele levantou-se e o ficou observando. O homem virou a esquina do quarteirão a direita e Derek foi atrás. Quando Derek fez o contorno viu o homem entrando em um galpão que estava atrás de um antigo prédio. Ele foi andando até passar pela porta. O lugar estava empoeirado, e não tinha muita luz. Ele continuou andando pelo galpão até encontrar um colchão no canto da parede, onde havia uma coberta e um travesseiro . Todo o ligar esta coberto pelo cheiro conhecido. Mas não havia sinal do homem, Derek procurou por alguma coisa que pudesse identificar o homem, mas não havia nada. Ele decidiu ir embora. De volta no beco, Derek ouviu um barulho e ao vira-se para trás o homem estava parado bem em frente a ele e ele sabia quem era.

– Pai? – Derek ficou assustado, mas um pequeno sorriso saiu de seu rosto, ele começou a caminha em direção ao seu pai.

– Derek? É você? – O homem franziu a testa. Seus olhos encheram-se de lagrimas e os dois se aproximaram, seguidos de um abraço. O homem se afastou, e segurou os ombros de Derek. – Como você está grande e bonito me filho!

– Por onde o senhor esteve? – Derek parecia não acreditar no que estava vendo. O homem soltou um suspiro.

– Eu estava morto!