Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 64
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Chegamos aqui! Deu um aperto escrever o epílogo, sério. Espero que gostem, de vdd.



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(Dezenove anos depois)

— Acordem, acordem, acordem! – Scorpius me chacoalha.

— É primeiro de setembro! Vamos para Hogwarts! – sinto Draco sendo chacoalhado também, mas por Maelee.

Ainda sonolenta, vejo no relógio e ele marcava 8:30 da manhã. Resmungo e me livro das mãos de Scorp.

— Alissa, seus filhos acordaram. – Draco resmunga também.

— Eles são seus filhos de manhã. – digo e cubro minha cabeça com o travesseiro.

— May, Scorp, a gente já desce. – Draco fala pacientemente. – Peçam para Ella fazer o café.

— Ok. – os gêmeos saem do quarto e batem a porta.

— Lis? – Draco me cutuca. – É melhor levantarmos. – retiro o travesseiro e encaro-o. – Você sabe que aqueles dois vão voltar em quinze minutos.

— Draco. – sento-me na cama. – Eles vão para Hogwarts hoje. – lamento e enterro meu rosto no travesseiro.

A verdade é que eu sentia um aperto no peito de pensar em deixar meus dois filhos na estação King’s Cross pela primeira vez. Não estava pronta para ter a Mansão Snow vazia, já que meu pai decidiu voltar para a Inglaterra e morar em uma casa menor, que não lembrasse minha mãe. Sim, a Maelee e o Scorpius juntos me deixavam cada vez com mais cabelo branco, mas eu não trocava a zona por nada.

— Me diga o que está pensando. – ele começa a mexer no meu cabelo, que ia até a metade das minhas costas.

— Estou pensando que não quero ver a casa vazia. – viro meu rosto, olhando para ele. – E agora estou pensando que, como McGonagall é a diretora, ela vai se aposentar assim que fizer a cerimônia com o Chapéu Seletor dos alunos desse ano. – rio e me sento novamente. - Está bem, vamos levantar. Temos que estar na estação King’s Cross antes das onze horas.

—---

Após um café da manhã agitado, e eu impedir o desastre de Draco passar gel no cabelo de Scorp, como fazia no seu em nosso primeiro ano, fomos para a tão conhecida estação King’s Cross. Fazia anos que eu não vinha aqui, e agora eu voltaria a frenquentá-la.

Atravessamos todos para a plataforma 9 ¾ e paramos no local marcado para encontrarmos com Harry, Gina, Rony e Hermione. Por incrível que pareça, eu tinha conseguido fazer com que eles se dessem bem. Bom, pelo menos na maior parte do tempo. Harry e Draco ainda tinham suas diferenças, mas era Rony que ficava mais afetado pelo orgulho de vez em quando.

— Olhe, chegaram. – Draco aponta com a cabeça Rony e Hermione, com os dois filhos, Hugo e Rose Weasley,vindo em nossa direção.

Vejo com o canto do olho May revirando seus olhos depois de cumprimentar Rose Weasley. Por algum motivo desconhecido, minha filha não gostava da primogênita deles. Sempre que eu perguntava, ela apenas bufava e dizia:

— Não sei, ela me irrita.

Ao contrário da irmã, Scorpius gostava de Rose. Aliás, eu suspeitava que ele gostasse até demais. Os dois juntos me lembravam de Hermione e Rony no primeiro ano: brigavam, eram amigos e se irritavam. E, principalmente, negavam tudo.

— Preparada para deixar os dois filhos em Hogwarts, Ali? – Hermione sorri, com o braço ao redor de Rose.

— Nem um pouco. – os vejo irem correr para algum lugar. – Se bem que assim eles dão trabalho para outras pessoas, não é Draco?

— Pois é. – ele ri. – E acho que vi algumas Gemialidades Weasley na bolsa da May.

— Eu me preocuparia se ela não tivesse isso na bolsa. – dou de ombros. – Eu ajudei a criar e agora trabalho lá, era de se esperar que ela quisesse algumas.

— Falando em bolsa...

— Mãe, você já checou mil vezes. – Rose se irrita e se desvencilha de Hermione. – Vou com Scorp e May, eles estão ali com o tio Jorge. – ela pega a mão de Hugo e o puxa também.

— Harry está chegando. – Rony acena para Gina, que empurrava o carrinho com as malas de James Sirius, o mais velho, Alvo Severo, o do meio que iria pela primeira vez à Hogwarts, e Lily Luna sentada na bagagem, que só iria para a escola daqui dois anos.

Ao longo dos anos, ocorreram algumas discussões entre Gina e eu, tudo graças ao Quadribol. Acontece que ela seguiu carreira como apanhadora no time Harpias de Holyhead e eu nas Flechas de Appleby como artilheira. Então, quando nossos times se enfrentavam, acabávamos levando a briga para nossa amizade. Apesar de tudo, nunca ficamos brigadas por muito tempo.

— Alvo está surtando porque vai para Hogwarts, morre de medo de ir para a Sonserina. – Gina diz enquanto nos cumprimenta, vendo que Harry estava para trás conversando com o filho.

— Sabe, não é tão terrível ir para a Sonserina. – Draco comenta.

— Ele está agitado porque James o fica irritando.

— Oi May, oi Scorp. – James cumprimenta meus filhos e Lily Luna vai com Hugo e Rose.

Começo a conversar com a ruiva, mas de ouvidos atentos à conversa das crianças. Cutuco Draco e falo para ele prestar atenção também.

— Vai ser ótimo ter você em Hogwarts, May. – James fala para ela. – A Roxy só fornece as Gemialidades em primeira mão, mas você vai poder fornecer e aprontar! Vai ser ótimo.

— Vocês vão pegar detenção. – Scorpio cruza os braços.

— Eu pego o tempo todo. – James dá de ombros. – Se pegarmos, é só torcer para que seja com o Longbottom.

— Neville?

— É, desacostumei a chama-lo pelo primeiro nome já que ele dá aula de Herbologia. – ele faz uma pausa. – Então, o que me diz?

— Claro que topo. – ela sorri. – Além do mais, meu pai é médico, se nos machucarmos podemos recorrer a ele. É perfeito!

Draco pigarreia, interrompendo a conversa.

— Pai, nunca vou aprontar em Hogwarts. Não sou esse tipo de pessoa. – May sorri inocentemente. – O Scorp que vai, eu vou tomar conta dele.

— Não vou não.

— Olha, o Teddy! – James aponta e sai correndo em direção ao garoto de cabelo colorido, filho de Tonks e Lupin.

Teddy tinha sido criado como se fosse o filho de todos nós. Como Harry era o padrinho dele, eles passavam muito tempo juntos. Consequentemente, todos nós ficávamos com Teddy.

— Mamãe, eu quero ir para Hogwarts. – Lily, que tinha voltado com Hugo e Rose, encara Gina e depois olha para Alvo, que vinha com Harry na nossa direção. – Ele vai, o James também. Eu quero ir também!

— Você e o Hugo vão daqui dois anos, querida. Vai passar rápido, você vai ver.

— Não vai não. – ela cruza os braços e nós rimos.

— TEDDY E VIC ESTÃO SE BEIJANDO! – James volta gritando e assusta a todos. – O nosso Ted e a nossa Vic! Se beijando!

— Isso é ótimo. – comento, feliz em saber que provavelmente assumiram o namoro. Bem, se eles ainda não tinham feito isso, agora toda a Estação sabe do namoro deles.

Victoire e eu éramos muito próximas, desse jeito, eu sabia que ela e Ted já tinham um caso, mas não queriam comentar nada com ninguém. Quem parecia se relacionar muito bem com Dominique, a filha do meio, e Vic, a mais velha, era a May. Aparentemente, elas ficavam tentando, às vezes, conseguir utilizar o charme veela que herdaram.

Com o namoro exposto, Vic e Teddy saíram de mãos dadas de onde estavam se beijando. Eles olharam para nós, como se pedissem aprovação, e receberam sorrisos de todos.

— Está bem, se ninguém vai falar, eu falo. – Rony começa. – Fazia tempo que eu não via os filhos de Gui, e eu estava começando a achar que usamos um vira-tempo e voltamos para a nossa época de Hogwarts. – ele me encara. – A Vic está igualzinha a você nessa idade.

— Achei que tinha sido o único a reparar nisso. – Draco concorda.

— É verdade. – os outros continuam olhando para ela.

— Nem é tanto. – dou de ombros.

— É sim. – eles falam todos ao mesmo tempo e riem.

— Olha a hora! – Hermione vê em um relógio. – Vocês têm que embarcar. – ela abraça Rose e deposita um beijo em sua testa. – Vou sentir tanto a sua falta.

Abaixo, ficando na ponta dos pés, e encaro os gêmeos.

— Se cuidem, aproveitem bastante e cuidado com as detenções. – eles sorriem e me abraçam. – Ah, mais uma coisa. – falo depois de soltá-los. – Fiquem amigos do Pirraça. É melhor tê-lo como aliado do que inimigo, acredite. – coloco a mão em minha bolsa, retiro um pergaminho e entrego para eles. – Não percam isso e descubram o que ele faz. – sorrio e beijo a testa de cada um. – Agora vão, ou é capaz de perderem o trem.

— O que isso faz? – Scorp franze a testa para o pergaminho.

— Descubram. – sorrio. – Boa sorte.

Os dois se despedem de Draco e entram no trem junto com os outros. Não muito tempo depois, o trem parte e nos deixa acenando para nossos filhos, que passariam um ano longe de nós. É difícil essa separação, agora eu entendo porque meus pais sempre quiseram muitas cartas.

— Já pensou se meus palpites ficam certos e Scorpius um dia namore Rose, e James namore a Maelee? – penso alto e passo o braço ao redor do pescoço de Rony e Harry. – As famílias Malfoy, Potter e Weasley ficariam unidas! Ia ser ótimo, não?

— Não. – Rony e Draco falam ao mesmo tempo, ao pensarem nas filhas namorando. Gina, Hermione e eu rimos, provavelmente elas também estavam pensando na reação que eles teriam quando as filhas namorassem. Hugo e Lily Luna estavam olhando para nós, sem entender nada.

— Sabia que eu tinha uma função maior na Terra. – continuo. – Acabar com essas diferenças entre vocês. Por bem ou por mal.

— Por acaso você deu o Mapa Maroto para seus filhos? – Harry vira para falar comigo depois, ignorando o meu comentário.

— Claro, a nova geração tem que tentar chegar perto do que a gente causou em Hogwarts. – sorrio.

— Foram bons tempos, não foram? – Gina diz, nostálgica.

— Os melhores de nossas vidas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem reviews, vão ser as últimas :(
gente sério, obrigada por lerem até aqui a história, me deixou mt feliz.
Qualquer dúvida sobre os personagens, é só perguntar nas reviews ou mandar uma mensagem que eu respondo.
É isso, espero que tenham gostado da fic!