Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 61
Relíquias da Morte- Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

OLÁA voltei rápido né? Bem, espero que gostem do cap e boa sorte na leitura
ah, quem quiser uma playlist da fic, minha amiga fez uma de Dralissa, o link ta aqui: https://play.spotify.com/user/helo_cl/playlist/469zNekxORcSLL4IGFRWET

(se der erro me avisem)



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Após ajudar Neville a colocar os pés no chão novamente, volto para dentro do castelo tentar conter os comensais da morte que já entraram. Enquanto eu subia umas escadas, vi um garoto com cabelo loiro quase branco e de terno virando um corredor. Imediatamente sigo o mesmo caminho, apressando o passo para alcança-lo, mas não consegui e o perdi em uma virada que havia dois caminhos.

— Droga. – resmungo.

— Alissa! – ouço Rony me chamando e viro para encarar ele e Hermione.

— Por que estão molhados? – franzo a testa.

— Longa história. – o ruivo simplesmente diz.

— Conseguimos os dentes. – Hermione mostra. – E achamos Harry indo para a Sala Precisa.

— É claro que ele está indo para lá. – resmungo baixinho reconhecendo o caminho que Draco fazia e volto a andar rapidamente com os dois junto a mim.

Paramos em frente à grande parede sem absolutamente nada e abrimos a Sala Precisa. Entramos os três com varinhas em mãos, prontos para atacar alguém. Após procurarmos muito, encontramos Harry e, antes que pudéssemos ir a sua direção, eu puxo Hermione e Rony para o chão, mostrando Draco com Zambini e Goyle.

— O que o traz aqui, Potter? – Draco é o primeiro a dizer algo. Os três estavam apontando varinhas para Harry.

— Eu poderia lhe perguntar o mesmo.

Observo Draco e minha mão livre vai instantaneamente para meu colar. Eu estava com muita raiva dele ainda, mas não podia deixar de me preocupar. Havia algo de errado com ele, eu podia perceber isso. Olhei atentamente e notei que seus olhos estavam diferentes, suas pupilas estavam dilatadas. Encaro Hermione e Rony e vejo que a deles estava normal.

Era a maldição Imperius.

— Você tem algo que é meu. – ele se refere à varinha. Eu havia entregado a Harry a varinha de Draco, já que ele estava sem. – E eu quero de volta.

— E quanto a que está com você?

— É da minha mãe. Poderosa, mas não me entende.

— Por que não contou à Bellatrix? – Harry pergunta curioso. – Aquele dia, você sabia que era eu, mas não disse nada.

— Mate-o, Draco. – Goyle sussurra. – Acabe com isso.

— Avada... – o loiro começa a dizer, mas não termina a maldição.

— Estupefaça! – Rony lança o feitiço na direção deles, mas eles se protegem.

— Finite Incantatem! – falo baixinho quando saio de trás do monte de coisas empilhadas e acerto Draco. Ele encara o redor e a mim, confuso, e Blásio o puxa para correr.

— Avada Kedavra! – Goyle lança em direção a Hermione, que consegue se proteger.

— ELA É MINHA NAMORADA, SEUS IDIOTAS. – Rony grita e vai atrás deles. Franzo a testa para ela.

— Nada aconteceu mesmo?

— Calada.

— A horcruxe está ali em cima. – Harry aponta e eu começo a escalar a pilha de móveis velhos e tudo o que foi escondido na Sala Precisa durante os anos que ela existe.

 Hermione estava me ajudando, mas foi atacada por alguns diabretes, que presumo serem os mesmos que Lockhart trouxe no segundo ano. Estico o braço, ignorando aquilo, e pego o diadema.

— Peguei! – pulo dali, agora que a pilha estava menor. Antes de entregar para Harry, observo o diadema. Ele era lindo, prata com pedras azuis. Era uma pena que estivesse impregnado com magia negra.

Ouvimos Rony correndo até nós e gritando algo, mas não conseguimos identificar o que ele dizia. Conforme víamos sua sombra, uma outra muito grande e laranja vinha com ele.

— CORRAM! – ele chega e puxa o braço de Hermione, que estava mais a frente. – GOYLE COLOCOU FOGO NA MALDITA SALA.

Corro e puxo Harry, que tinha congelado ao ver o tamanho das chamas, incluindo que umas tinham formatos de animais. Enquanto corríamos, tentávamos lançar feitiços para derrubar as pilhas de coisas, para ver se atrasava o fogo, mas nada adiantava. Goyle deve ter atiado o Fogo Maldito, nada iria parar aquilo.

Conforme fomos virando os corredores, ficamos encurralados um momento. O desespero tomou conta de mim e eu vi Harry tentando fazer uma bolha de água para parar o fogo. Começo a andar para trás, sem ver aonde ia, e acabei trombando com algo.

Sorri aliviada ao ver três vassouras encostadas na pilha de entulho. Pego uma e jogo as outras para Harry e Rony.

— Hermione, vai com o Rony. Nós sabemos voar melhor. – digo assim que ela fica sem nenhuma.

Subimos nelas e, apesar de a sala estar pegando fogo, eu me sinto mais feliz só por voar novamente. Mesmo não sendo na minha Nimbus 2000, voar era extremamente agradável.

Enquanto íamos para a saída, vejo Draco e Blásio caindo da mesa na qual estavam em pé. Por sorte, eles conseguiram se segurar, porém estavam apenas segurando-se com os dedos. Ao não ver Goyle, presumo que ele não tenha conseguido escapar do fogo.

— Harry! – o chamo e imediatamente viro minha vassoura para ajuda-los.

— Estão de brincadeira, certo? – ouço Rony reclamar e olho para trás, vendo que eles vinham atrás de mim. – Se morrermos por causa deles, eu juro que mato vocês!

Estico o braço para alcançar Draco, mas não consigo pegar sua mão por conta da altura, e Harry também não alcança o Zambini. Damos a volta e dessa vez, quando esticamos o braço, seguramos os dois e os colocamos atrás de nossas vassouras.

Assim que Draco sobe, ele coloca os braços em volta da minha cintura e aperta. Ignoro isso, com medo de ele ainda estar sob a maldição e eu não ter visto.

Continuamos voando, com Rony e Hermione na frente de nós, e ela abre passagem em uma chama que estava muito alta. Logo chegamos à saída, mas não conseguimos pousar adequadamente, então caímos todos ao chão.

Minha primeira reação foi segurar Draco para ele não fugir assim como Blásio tinha feito, entretanto, o diadema havia caído ao meu lado e a prioridade era destruí-lo. Olho para Hermione e ela já estava jogando o dente do Basilisco para mim.

No momento em que finco o dente no diadema, uma fumaça negra sai dele e começa a tomar forma. Logo no começo, eu já tinha percebido do que se tratava.

Meu sonho. Exatamente como da primeira vez, estava Você-Sabe-Quem na minha frente, Greyback ao lado segurando meu pai e com as garras em seu pescoço, e do lado direito do Lorde das Trevas estava Bellatrix rindo. Draco estava ao lado dela, apontando a varinha para mim.

— Tão corajosa... mas em vão. – era Você-Sabe-Quem falando. – Tentou esconder seu pai, mas ele acabou nos achando. Nunca passou pela sua cabeça que quando ele não se lembrasse de você, não teria motivos para se preocupar?

— Alissa, não é real! – ouço a voz abafada de Harry ao fundo, mas ignoro. Era real, meu sonho ali na minha frente. E eu sabia o que viria a seguir.

Vejo meu pai tendo a garganta cortada pelo lobisomem e, logo em seguida, Draco aponta a varinha para mim. Essa parte estava diferente, mas iria acabar do mesmo jeito.

— Agora pelo menos você irá encontrar seus pais. – ele sorri friamente. – Por que acha que me tornei um comensal da morte? – sua varinha fica ainda mais firme. – Para poder, finalmente, dar o troco em você, por tudo que me fez durante os anos em Hogwarts. – ele faz uma pausa e, através dele, vejo o fogo se aproximando. – Avada...

— NÃO! – grito e chuto o diadema para dentro da Sala Precisa, ao mesmo tempo em que Hermione fecha a porta com um feitiço. Respiro ofegante e vejo com o canto do olho, Harry caído, provavelmente sentindo a Horcruxe sendo destruída.

Viro-me e vejo que Draco ainda estava ali. Não o que quase tentou me matar, mas o real, que eu salvei do fogo. O encaro sem saber o que fazer e sinto a raiva correndo pelo meu sangue.

— Lis eu... – ele começa e eu vou em direção a ele, mas o puxo pela gola do terno e o prendo na parede, com meu antebraço em seu pescoço, enquanto a outra mão segurava a varinha que estava apontando para a bochecha dele. – Ei! Eu não fiz aquilo que você viu, nunca machucaria você.

— Quando e quem me deu esse colar? – aponto com a varinha para meu pescoço e volto a deixar onde estava. – Responda!

— Foi no Natal, eu te dei como presente e quase levei uma surra do meu pai por isso. – ele responde meio desesperado. – Estranhamente, meu pai é a única coisa que lembro antes de aparecer no meio da Sala Precisa.

Retiro meu braço e dou uns passos para trás. Olho de lado e vejo que Harry ainda estava caído e, Hermione e Rony estavam de costas para nós.

— Não sabia que você ainda o usava. – Draco continua e se aproxima e vai com a mão para tocar o colar de floco de neve. Dou um tapa na mão dele.

— Nunca. – começo a bater em seus braços. – Nunca mais termine comigo daquele jeito! Você não tem direito de falar comigo assim! – continuo e ele me segura. – Me solte!

— Lis, eu sinto muito. – ele me encara e eu paro de me debater. – Eu me arrependi no momento seguinte em que disse aquilo tudo, e passei a noite em claro, pensando no que dizer na próxima noite. Eu ia voltar, mas Potter te salvou antes. – ele respira fundo. – Eu sinto muito por tudo aquilo, nada do que eu disse era sério. Eu definitivamente não te odeio.

— Eu também não. – coloco a mão em sua nuca e o puxo para um beijo.

Dizer que não senti falta disso seria mentir. Era a única coisa que eu queria fazer durante todo aquele tempo na Mansão Malfoy, mas eu não podia. Draco e eu estávamos ignorando todo o nosso redor, por um momento eu esqueci que uma guerra estava acontecendo.

E meus amigos olhando.

— Por favor, me digam que eu não fiquei maluco e não sou o único a ver a Alissa e o Malfoy se beijando. – ouço a voz de Harry e paro o beijo.

Sinto meu rosto corar e ouço Draco rindo baixinho. Viro para eles sorrindo, com culpa por ter sido pega e por nunca ter dito nada disso. Pigarreio e cruzo os braços, dando uns passos para frente.

— Então Harry, dizendo algo sobre invadir a mente de Você-Sabe-Quem, não é? Você tem meu apoio.

— Rony, observe Harry. – Hermione vira para mim, muito brava. – Desde quando isso tem acontecido?

— Quando o que tem acontecido? – me faço de desentendida.

— Você e o doninha! Achei que se odiassem!

— Tcharan! – faço um gesto com as mãos. – Não nos odiamos, fim da história. – passo por ela e chego perto de Harry, que estava concentrado, provavelmente entrando na mente de Você-Sabe-Quem.

— Ótimo. – ouço ela dizer. – Você. – viro minha cabeça para ela e a vejo apontando para Draco. – Você aparenta estar se divertindo com a situação, então me diga, desde quando?

— Começo do sexto ano. – ele sorri. Realmente estava se divertindo com tudo aquilo.

— SEXTO ANO? – Hermione vira imediatamente a cabeça para mim e eu coloco minha mão na testa.

— Olha, tem uma guerra acontecendo, satisfações sobre minha vida amorosa podem esperar.

— Não, não podem. – os três falam ao mesmo tempo e Draco ri ainda mais.

— Aliás, achei Voldemort. – Harry diz, ainda sentado. – Está na casa dos bracos, e acabou de dar um tapa em seu pai, Malfoy.

— Ele mereceu. – resmungo. – Foi ele que colocou a maldição Imperio em Draco para te matar Harry.

— Alissa, mesmo assim... ele? – dessa vez é Rony quem pergunta.

— Ei! – Draco reclama. – Espera, na verdade eu mereci.

—Sim Rony, ele. – respiro fundo e sorrio. – Quem mais? Não foram vocês que me deram conforto quando minha mãe se foi. Ou quase mataram Dumbledore porque Voldemort ameaçou uma das únicas pessoas que realmente se importam com você.

— A mulher que ele se referiu na Torre de Astronomia era... – Harry começa a ligar os pontos.

— Eu. – pego minha varinha, que havia caído no chão. – Agora anda, ainda tem uma guerra acontecendo.

Começo a andar e puxo Draco pela mão, e ouço Hermione dizer que eu ainda terei que me explicar. Ignoro e continuo andando rapidamente, com os outros atrás de mim.

No meio do caminho, tivemos que desviar de vários feitiços de comensais e estuporamos vários deles também. Quase fomos atingidos por maldições da morte, diversas vezes. Finalmente chegamos ao lado de fora do castelo, onde nos escondemos atrás de uma grande pedra para não sermos acertados pelo gigante que queria nos matar. Depois, quando o gigante se distraiu, nós passamos por debaixo de suas pernas para podermos fugir das aranhas parentes de Aragogue, a antiga acromântula de estimação de Hagrid. Pulamos uns destroços do castelo e paramos, vendo Greyback devorar o que restou de Lilá Brown.

— NÃO! – eu grito e o estuporo, mas ele apenas bate com as costas em uma parede, e fica acordado ainda. – Vão, eu cuido dele. – viro-me para os outros, que desviam de caminho, mas Draco não se move. – Draco volte para o castelo, ajude os membros da Ordem com magia negra, você é bom nela.

— Eles não vão acreditar em mim. – ele diz relutante. – E não quero deixar você.

— É minha luta. – retiro a pulseira que minha mãe me deu e jogo para ele. – Mostre-a para eles e diga que eu confio em você. Eles não vão negar isso. – ele não se move. – Draco, .

Relutando, ele volta para dentro do castelo e eu encaro o lobisomem que estava levantando e vindo em minha direção.

— Lembra-se de quando eu disse para você não cruzar meu caminho? – ele diz entredentes. – Eu estava falando sério.

— Eu também estava quando disse que iria vingar minha mãe. – aponto minha varinha para ele. – Estupefaça!

Facilmente ele se protege e eu volto a ataca-lo com os feitiços. Até que um momento, Greyback se cansa e começa a me atacar também, só que com as duas maldições imperdoáveis.

— Acha mesmo que pode me derrotar? – ele sorri quando lança uma maldição Cruciatus e me acerta. Caio no chão e foco para não deixar a dor me imobilizar. – Você é apenas uma garotinha.

— E você apenas um idiota. Expelliarmus! – consigo me distrair da agonia e o deixo sem varinha. Sorrio e ele mostra as garras. Sempre ouvi dizer que ele aprendeu a controlar a transformação, e conseguia morder as vítimas mesmo na forma humana, por ter se acostumado com o gosto do sangue. Agora eu sabia que era verdade. – Vai lutar sujo, Greyback?

— É como eu luto. – ele sorri também e parte para cima de mim. Eu desvio de seu golpe e ele quase cai no chão. Rapidamente, ele recobra o equilíbrio e me encara, ainda sorrindo.

— É admirável seu bom humor. – sou sarcástica.

— Não é que eu lhe deva satisfações, mas você se enganou quando achou que eu não merecesse uma Marca Negra.

— Não sou eu quem acha isso. – dou uns passos para trás conforme ele vem para frente.

— Nem o Lorde das Trevas. – ele volta a sorrir e levanta a manga do braço, revelando a caveira com a cobra saindo da boca.

— Ótimo! O que quer agora? – uso o máximo de tom irônico que consigo, o que não era particularmente difícil. – Um troféu?

— Sua cabeça. – ele estrala o pescoço e tenta novamente me atacar com as garras, mirando dessa vez minha garganta. Não só eu desvio como também chuto a parte de trás de seus joelhos, fazendo-o cair. Afasto-me para sair de perto de suas unhas e me preparo para estuporá-lo em direção ao vão que tinha pela janela, mas cometo um erro terrível.

Eu quebrei a única coisa que ensinei na A.D. Ensinei a todos para não se distraírem em uma batalha, mas não achei que eu iria fazer isso. Cometi o erro de olhar para o lado e ver Fred Weasley caindo de uma vassoura logo na diagonal de Greyback.

— FREDDIE! – grito e dou um passo à frente, mas sinto uma imensa dor em meu abdômem. Perco a respiração por um minuto e encaro Greyback levantando, sorrindo, e retirando as garras de meu corpo.

— Eu disse que você não poderia me vencer.


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Notas finais do capítulo

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