Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 58
Relíquias da Morte- Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

voltei genteeee, desculpa msm a demora, é que eu to totalmente sem tempo! Espero que gostem do cap



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Eu estava em uma floresta de mata fechada, com árvores altas e pouca luminosidade. À minha frente, estava Você-Sabe-Quem e, ao redor dele, Greyback segurando meu pai e com as garras em seu pescoço, Draco apontando a varinha para mim e Bellatrix rindo do lado direito do Lorde das Trevas.

— Tão corajosa... mas em vão. – Você-Sabe-Quem sorri e um frio percorre minha espinha. – Tentou esconder seu pai, mas ele acabou nos achando. Nunca te passou pela cabeça que quando ele não se lembrasse de você, ele não teria motivos para se preocupar?

— Por favor, não. – imploro e encaro meu pai, desesperada. – Não o machuque!

— Eu não tocarei nele, querida. – o Lorde ri e Greyback corta a garganta de meu pai.  Grito e começo a chorar desesperadamente, correndo em direção ao lobisomem, mas sou parada por Draco.

— ASSASSINO. – tento lançar um feitiço nele, porém percebo que não possuo mais minha varinha. – Me solte!

— Com todo o prazer.– Draco me empurra para longe e aponta a varinha para mim.

— O que...

— Estou fazendo? – ele sorri friamente e me encara, após me interromper. – Estou cumprindo minha maior vontade. Achou mesmo que eu pudesse sentir algo por você? Logo eu? – ele ri sem humor. – Ora Snow, não achei que fosse tão burra.

— Acabe com isso, Draco. – Bellatrix diz a mesma frase que uma vez dissera na Torre de Astronomia quando ele tinha que matar Dumbledore.

— Você sempre se sentiu muito melhor que eu, não é? Veja sua situação agora. – ele sorri e vejo que a varinha sequer tremia. – Espero que tenha valido à pena.

— Eu te odeio. – é a única coisa que consigo dizer.

— O sentimento é recíproco. Avada Kedavra!

Um jato de luz verde vem em minha direção e tudo fica preto, mas ainda sim consigo ouvir alguém chamando por mim.

— Alissa acorda! – Hermione, que dividia o quarto comigo, me chacoalha e eu me sento apressada na cama, ofegante. Sinto minhas bochechas quentes e vejo que eu estava chorando. – Calma, foi só um pesadelo.

— Foi horrível. – abraço ela. – Eu morria. Sabe como é morrer no sonho? Não é nada agradável.

— Por que não me conta? – Hermione me encara. – Os trouxas dizem que se contamos nossos pesadelos, eles não se realizam.

Então eu contei o sonho todo, do começo ao fim, e o meu ponto de vista sobre cada um dos comensais envolvidos.  Eu me sentia um pouco culpada de não contar sobre meu envolvimento com Draco, mas é como eu disse, já acabou, não tem nada para contar.

— Ali, relaxa, isso não vai acontecer. Seu pai está seguro e o Malfoy nunca ia conseguir te matar, ele sempre perdeu nos duelos contra você.

— É que eu não gosto de pensar que ele é um deles. – a encaro e vejo um fio de cabelo em seu olho. – Espera, tem um cabelo no seu olho, vou tirar antes que coce. – pego com o dedo e olho contra a fraca luz que entrava pela janela, provavelmente estava amanhecendo. Franzo a testa e vejo os olhos de Hermione examinando o fio também. – Por acaso seu cabelo se tornou preto, longo e enrolado? Porque o meu definitivamente não é assim.

— Bellatrix. – ela sussurra e pega o fio. – Deve ter ficado na minha blusa e enrolou agora enquanto eu dormia. – Hermione se levanta, parecendo ter uma ideia, e pega uma bolsinha, voltando a sentar onde estava. – Nós aparatamos perto de onde largaram minha bolsa, e por sorte, não tiraram tudo. – ela retira um pequeno frasco dali de dentro. – Poção Polissuco.

— Eca. – faço uma careta. – Pra que vai querer isso?

— Suspeitamos que a próxima Horcruxe esteja em Gringotes. – ela me conta. – Bella ficou bem alterada quando viu a espada, que deveria estar em seu cofre. Acho que ela ficou imaginando se tínhamos tirado mais alguma coisa dali.

— Você não está pensando em entrar lá disfarçada de Bellatrix, certo? – digo como se fosse loucura.

— Temos a varinha dela. – ela dá de ombros.

— É maluquice! – paro para pensar um pouco. – Se bem que pode dar certo.

— Alissa, eu sempre fui o cérebro do grupo, claro que vai dar certo. – ela ri e me empurra. – Você me fez ficar sem sono.

— Desculpa se te acordei com meu pesadelo.

— Você tava quase gritando. – ela revira os olhos e eu suspiro. – Ei, você não está mais lá, não precisa surtar.

— Vou tentar. – sorrio. – Agora vem, vamos acordar os outros e falar da sua ideia maluca.

—-----

Naquela tarde, enquanto eles discutiam o plano e negociavam com Grampo, eu me senti sufocada. Não sei o motivo, pode ter sido por causa de ficar dentro de casa por muito tempo, ou por ter tanta coisa importante para mim que eu não tenha contado para ninguém, ou simplesmente porque a minha ficha caiu e eu finalmente percebi que estamos entrando em uma guerra.

Andei rapidamente até o lado de fora da casa, provavelmente além da proteção que nos mantia escondidos. Parei de andar apenas quando senti o mar em meus pés. A água estava fria, mas conseguiu me acalmar.

Passei o dia todo pensando sobre meu sonho. E se fosse verdade? E se eles soubessem onde meu pai estava? Nem eu sabia ao certo, a única coisa de que eu tinha conhecimento era que ele não estava mais no meu continente.

— Senhorita? – ouço uma voz conhecida e que não ouvia há muito tempo. Saindo dos meus pensamentos, viro-me e encaro uma elfa vindo em minha direção. – Senhorita!

— Ella! – abaixo e abraço a elfa. – Senti sua falta. – a encaro de testa franzida. – Como me achou?

— A senhorita disse que sentia falta, então Ella veio procurar por você. – ela me encara com aqueles olhos que pareciam avelãs. – Ella tentou procurar pela senhorita durante todo o tempo, mas você não sabia aonde estava, eu não consegui te encontrar. – eu me sento enquanto ouço ela falar. – Desde ontem aparatei aqui, sentindo que a senhorita estava por perto, mas não conseguia te encontrar. Então, esperei para que você aparecesse.

— Você é a melhor elfa do mundo. – sorrio e levanto. – Vem, vamos para dentro. Estão todos lá.

Volto para o chalé com Ella e todos ficam surpresos de vê-la ali. Explico como ela me encontrou e logo tenho uma ideia tão maluca quanto a de Hermione, mas não digo em voz alta.

Elfos podem aparatar em locais que bruxos não podem. Eles circulam livremente por Hogwarts, aparatanto em vários locais. E é assim que eu vou voltar para a escola, com a ajuda de Ella.

—----

Ao pôr-do-sol, consegui fugir da visão de Fleur e avisei aos outros que Luna e eu iríamos visitar o pai dela, Xenofílio Lovegood. Aparatamos perto da casa dela e andamos um pouco a colina. Vi em seus olhos que ela quase não reconheceu a casa, que foi um pouco destruída pelos comensais quando tentaram capturar Harry.

Batemos na porta e depois de uns minutos, Xenofílio abre. Assim que ele vê Luna, seus olhos se enchem de lágrimas e ele a puxa para um abraço. Sorrio com a cena e logo nós entramos.

— Querem um chá? – ele oferece, ainda meio desnorteado por ver a filha.

— Não, obrigada. – nego rapidamente, lembrando do conselho que Harry deu sobre ser o pior chá que ele já tinha tomado.

— Eu quero. – Luna sorri e vai com o pai até a cozinha. Ou pelo menos, o que sobrou dela.

Observo a casa, com vários móveis destruídos e diversas coisas em pedaços. Enquanto Luna conversa com o pai, eu tento arrumar um lugar para sentar e esperar eles terminarem. Conforme me diriga para o sofá, vejo algo se mexer ao lado da janela, parecendo com uma pessoa mascarada. Pego minha varinha sutilmente e vou até a cozinha, tentando ficar ao lado de Luna para o caso de termos que aparatar.

— Então, Sr. Lovegood, o que aconteceu para a casa estar toda destruída? Ataque de comensais? – pergunto como se não fizesse ideia do ocorrido.

— É... eu disse o nome de Você-Sabe-Quem sem querer.

— Uhm. – faço uma pausa enquanto vejo ele tremer com a xícara. Luna me encara como se não entedesse o que eu estivesse fazendo e nem entendendo o motivo da mentira do pai. – Falando sozinho ou com alguém?

— Com alguém. – ele suspira. – Potter esteve aqui e eu o entreguei. – ele encara Luna. – Eu queria ter você de volta, querida.

— E eles foram simplesmente embora? – continuo com as perguntas.

— Não. Eles exigiram uma coisa e eu concordei. – o sr. Lovegood encara a filha. – Luna, suba, por favor.

Olho para o andar de cima e perto da escada vejo a ponta de um sapato dando um passo para trás. Tento impedir Luna, mas ela já estava começando a subir.

— O que eles exigiram? – fico aonde estou e aperto minha varinha.

— Potter. Mas disseram que um de seus amigos também iria valer. – ele me encara. – Sinto muito.

E com isso, Luna solta um gritinho ao ver o comensal no topo da escada. Estuporo-o enquanto ela corre para perto do pai.

— Temos que sair daqui!

— Tem razão, nós temos. – a puxo para perto e o pai dela pega minha varinha. O encaro enquanto a janela ao meu lado se quebra. Cubro o rosto a tempo e me abaixo, puxando Luna e evitando que nós fossemos atingidas por um feitiço.

 Infelizmente, ou não, Xenofílio não escapou do feitiço e caiu desacordado. Consigo pegar minha varinha, agarrar Luna, que ia em direção ao pai, e aparato com ela de volta ao Chalé das Conchas.

— Por que fez isso? Ele estava com problemas! – ela me encara com o rosto vermelho, chorando desesperada.

— Luna, ele ia nos entregar. – seguro seus ombros e a encaro. – Na verdade, seu pai ia me entregar achando que poderia ficar com você, mas os comensais não negociam para o bem alheio. – ela não fica mais tão nervosa. – Eu livrei seu pai da culpa e nós duas de voltarmos para aquela maldita Mansão.

— Mas ele não faria isso. Meu pai nunca faria isso.

— Acredite, ele fez.

— ELE NÃO FARIA ISSO COM A GENTE! – me assusto quando ela grita, porém respondo no mesmo tom, talvez um pouco mais alto.

— ELE FEZ PORQUE SE IMPORTA COM VOCÊ! – respiro fundo, me acalmando. – Pelo menos seu pai se lembra de você e faria tudo isso para te ter de volta. O meu nem ao menos lembra que eu existo. Literalmente.

— Como assim? – ela se acalma, curiosa.

— Antes do meu sexto ano letivo, eu apaguei todas as memórias que ele tinha de mim.

— Por quê?

— Porque ele não conseguiu suportar a ideia de me perder logo depois de perder a minha mãe. Ele não queria nem me deixar ir para Hogwarts.

— Sinto muito Ali. – ela me abraça.

— Eu sinto muito pelo seu pai também Luna, mas ele fez porque se importava com você, ok?

— Espero que sim. – ela começa a chorar de novo.

— Luna?

— Sim? – ela me encara.

— Eu tenho um plano para voltar à Hogwarts. Quer ir comigo? – sorrio. – Se tudo correr bem, partimos ao mesmo tempo que os outros.

— Vamos. Quero ver como eles estão. – começamos a andar em direção ao chalé. – E você vai poder ter sua varinha de volta, pode deixar a de Draco de lado. – ela sorri um pouco. – Apesar de que você ainda gosta dele.

— Não gosto.

— Gosta, se não já teria tirado o colar que ele te deu.

E, infelizmente, ela estava certa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sei q n foi um dos melhores, mas né, espero q tenham gostado e prometo postar o próximo mais rápido
Deixem uma review! tenho recebido pouquíssimas ultimamente



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