Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 54
Relíquias da Morte- Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

OLÁA nem demorei vai, mas é que eu realmente n tive tempo de postar antes (no caso na sexta) então ca estou. Espero que gostem!



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(dezesseis semanas)

Conforme o tempo passou, eu acabei me acostumando à rotina da Mansão Malfoy, com todos os defeitos e problemas que haviam nela. Também acostumei a acordar no meio da noite, mais ou menos no horário que Draco sempre vinha conversar.

Desde aquela vez em que tentei fugir, não haviam mais me torturado. Ou tinham desistido – o que duvido muito – ou Harry não tinha causado mais nenhuma encrenca.

— Sinto falta de Harry, Rony e Hermione. – comento com Draco. – E de todo mundo, pra ser sincera.

— Nunca achei que diria isso, mas sinto falta da escola. – ele ri e eu concordo.

— Saudades de quando a única preocupação que eu tinha era se iam me pegar no flagra enquanto eu aprontava algo.

— Falando em aprontar...

— Sobrou pra mim. – o interrompo, reclamando e ele revira os olhos.

— Não. Na verdade, mais ou menos. – Draco me encara. – Você já aprontou algo comigo sem eu saber?

— Já chegamos nessa fase de confissão? – sorrio, culpada.

— Já. Desembucha, Lis.

— No segundo ano, lembra quando os dormitórios da Sonserina ficaram cheios de bombas-bosta e de tinta?

— Foi você?

— Sim, os gêmeos ajudaram.

— Como conseguiu a senha? – ele franze a testa.

— O trio e eu aprontamos com você apenas uns dias antes lá no Salão e você não percebeu. – dou de ombros.

— Impossível.

— Ah é? – provoco. – Vamos ver se eu ainda tenho o jeito. – pigarreio e tento lembrar como imitei a voz de Pansy naquele dia, com as falas idênticas, se possível. - Draco! Ainda bem que você chegou, esse Weasley está insuportável!

— Mas essa é... – ele raciocina um pouco, lembrando do acontecimento.

— Quer que eu dê mais pistas? – volto ao tom normal e depois imito Pansy novamente. – Do que foi que vocês me chamaram? Vocês vão pagar por isso, voltem aqui agora!

— Segundo ano, no feriado de Natal! – o queixo dele cai.

— Nós tomamos a Poção Polissuco. – sorrio. – Por isso Crabbe e Goyle estavam tão estranhos naquela noite.

— Eu nunca iria suspeitar se você não tivesse dito.

— Não? Pelas barbas de Merlin, Harry e Rony quase te bateram por xingar Dumbledore e os Weasley.

— Ah, é. – ele fica pensando na cena e eu volto a recordá-la também.

Lembro-me de que Draco ficou deitado no meu colo e eu imediatamente fiz uma careta por causa daquilo. Além disso, lembro de Harry surtando por causa do que o loiro disse, e para acobertar eu falei que a única pessoa pior do que Dumbledore era eu mesma, mas ele preferiu concordar com a opinião de Harry – naquele momento Goyle – que ele era a pior pessoa.

— Espere um pouco aí Draco. – o interrompo de seus pensamentos. – Por que concordou com Goyle naquele dia sobre Harry Potter ser a pior coisa de Hogwarts, e não comigo? Quer dizer, com Pansy. – me confundo. – Você entendeu.

— Eu... Eu não ouvi você falando. – ele gagueja e olha para o chão.

— Está mentindo. – cantarolo.

— Não estou não.

— Draco, você não consegue encarar uma pessoa quando está mentindo. – cruzo os braços e ele bufa, revirando os olhos.

— Ok, eu concordei com ele porque eu gostava menos do Potter do que de você. Com você era diferente, eu admirava que você fazia de tudo para defender os seus amigos.

— Então sempre gostou de mim? – sorrio, provocando.

— Não. – ele me faz uma careta e eu rio. – Vamos trocar de ano letivo, não gosto do segundo.

— Só porque joguei um balde de lesmas em você? – rio lembrando. – Mas o momento mais engraçado, foi a sua transformação em doninha.

— Foi horrível.

— Foi engraçado. Eu sempre te chamei de doninha...

— Então foi você que começou com o apelido? – ele me interrompe e eu sorrio culpada. – Teve mais algum que eu devo saber?

— Fuinha, mas é basicamente a mesma coisa do que doninha. Ah, a gente falava doninha saltitante às vezes.

— Como é que nós acabamos namorando mesmo? – ele ri.

— É como minha mãe me dizia, quem desdenha quer comprar. – dou de ombros e bocejo. – Acho que precisamos dormir.

— Pois é. – Draco sorri e passa uma mão pela grade, acariciando a minha. – Boa noite Lis.

— Boa noite Draco. – sorrio também e o observo subir as escadas. Logo depois, pego meu cobertor e deito, caindo no sono.

—---

(dezessete semanas)

Andando entediada de um lado para o outro, vejo Pettigrew descendo e trazendo nossa comida. Cansada de não falar com outra pessoa há muito tempo, decido irritá-lo. Mas antes, espero ele deixar nossa comida.

— Diga-me Rabicho, como foi ver seu amigo confiar em você, com um segredo que era para salvar a vida dele, sabendo que iria traí-lo dias depois? – provoco enquanto ele sobe as escadas. Ele congela e se vira para mim.

— Você não deveria dizer essas coisas, eu posso matar você.

— O máximo que você consegue é cortar o próprio dedinho para incriminar outra pessoa. – debocho. – É um covarde.

— Posso ser um covarde, mas estou do lado vencedor. – ele sorri.

— Mas será que foi digno de ganhar uma Marca Negra?

Ele levanta a manga da blusa e vejo a caveira com a serpente.

— Não devo satisfações para uma garotinha, mas queria que você visse com seus próprios olhos. – ele abaixa a manga.

— Nem todos os seguidores tem a marca, não é? Greyback é um que não tem.

— Ele é um lobisomem, é imundo. – ele me encara. – Assim como o Lupin.

— Como pode dizer isso de um antigo amigo seu? – me aproximo da grade, segurando as duas mãos em barras, encarando-o. – Você virou um animago para ajudá-lo durante a lua cheia.

— Aluado era o que se salvava dentre os outros marotos. – Pettigrew dá de ombros.

RABICHO!— ouço a voz de Lúcio Malfoy chamando e Peter logo se vira, subindo as escadas correndo.

Amarro meu cabelo embaraçado em um coque e volto a andar de um lado para o outro. Apesar das coisas horríveis que ele tinha dito, uma delas me foi útil. O lobisomem Greyback não tinha uma Marca Negra porque Você-Sabe-Quem realmente não o achava digno de ter uma.

Vou até Olivaras e Grampo para comer, quando no meio do caminho ouço o portão abrir e logo se fechar. Viro para ver o que aconteceu e me deparo com mais uma pessoa trancada.

— Luna? – vou até ela e a abraço.

— Alissa! Ainda bem que está viva. – ela retribui o abraço e eu logo me afasto, a encarando.

— Por que está aqui?

— Meu pai andou publicando algumas coisas que desagradaram Você-Sabe-Quem, então me levaram de Hogwarts.

— Sinto muito. – a puxo pelo pulso. – Vem, temos companhia. – a levo até onde Olivaras e Grampo estão, os apresentando. Quer dizer, todos já conhecem o vendedor de varinhas.

— Luna, me diga, como está Hogwarts? – sento-me e pego meu prato.

— Nada bem. – ela se senta ao meu lado. – Snape é o diretor agora, os comensais estão todos pelo castelo. Tem dois irmãos que dão aula, e um deles, o Amico Carrow, mudou o nome da matéria para Artes das Trevas, sem mais o “defesa contra”.

— Que horror. – comento.

— Não é só isso, eles torturam alguns primeiranistas. – ela estremece. – Os mais privilegiados são os sonserinos, mas nem eles escapam às vezes.

— E quanto a McGonagall e Hagrid? Ou os outros professores?

— Eles não podem fazer muito. Ah, e nós voltamos com a Armada de Dumbledore, mesmo sendo arriscado.

— Estão tomando cuidado, certo?

— Não vamos repetir os mesmos erros de antes. Quer dizer, eles não vão.

— Sinto muito que você tenha sido capturada.

— Eu também. – ela suspira e faz uma pausa. – Esqueci de dizer que Gina tem a sua varinha guardada. Nós percebemos que você a deixou no banco.

— Muito obrigada, não queria que esses comensais pegassem. – indico o andar de cima com a cabeça.

— Eu não estava com a minha na hora, está em Hogwarts também. – ela comenta.

 Termino de comer e fico observando-a andar até a parede na qual eu tinha desenhado o castelo. Depois, ela passa a examinar o local, fazendo o que todos nós fizemos antes. Procurar um modo de sair dali.

Uma das coisas que estava me enlouquecendo era o fato de não poder praticar magia. É horrível para um bruxo perder sua varinha, isso nos priva de tudo o que amamos. Por isso Draco disse que Você-Sabe-Quem retirou a varinha de Lúcio como maneira de punição.

Draco.

— Ahn... Luna. – chamo-a e ela me encara. – Já que você vai passar um tempo conosco, tem algo que você deveria saber. – a loira apenas balança a cabeça, esperando eu continuar. – Eu estou namorando, acho.

— Namorando? Com quem? – ela se aproxima, curiosa. Fico vermelha.

— Não me julgue. – já advirto. – Draco Malfoy.

Instantaneamente, o queixo dela cai. Ouço Olivaras e Grampo dando uma risadinha da situação e fico esperando Luna dizer alguma coisa.

— O quê?!

— É, nós estamos juntos. E ele vem quase sempre conversar, então se ouvir vozes, somos nós.

— Quando isso aconteceu? Como? Alissa, é sério isso? – ela atropela as perguntas.

— Calma, eu sei que é um choque, mas sim nós estamos juntos. – prefiro ignorar a primeira pergunta, imaginando o que ela diria quando eu dissesse que nos beijamos ano passado.

— Ai meu Merlin, eu estou muito feliz! – ela comemora e eu franzo a testa. – Nunca ganhei uma aposta na vida, agora é a primeira!

— Aposta? – levanto uma sobrancelha e ela sorri amarelo.

— Apostei com Gina que você e Malfoy namorariam ou pelo menos se beijariam um dia.

— Vocês apostaram isso? – digo incrédula e reviro os olhos.

— Não foi só a gente.

— Ah obrigada isso me conforta muito. – reclamo sarcástica.

— Devia saber que todos iriam apostar nisso.

A ignoro e fico pensando em todos que podem ter apostado nisso. Além de meus amigos, claro. Ela tem razão, eu devia mesmo ter imaginado que tal coisa aconteceria.

Sinto-me mal por não ter contado para Hermione ou para ninguém antes, mas se a reação de Luna foi essa, imagine das outras pessoas. E bem, estamos em uma guerra, se tiver um tempo livre eu conto, nem é tão importante assim. Eles vão entender.

— Ei, teve notícias de Harry? – pergunto.

— Nenhuma, desde que ele sumiu no casamento, ninguém o viu. Quer dizer, a vez no Ministério da Magia não conta.

— É, eu só sei das notícias até esse dia. – estremeço, lembrando da maldição cruciatus. – Apesar de ele ter aprontado, eu que sofri as consequências.

— Como assim?

— Me torturaram já, duas vezes. Uma vez quando cheguei, e outra no dia em que ele invadiu o Ministério.

— Sinto muito.

— É, eu também. – dou de ombros. – Mas não tem problema mais, já passou. Apesar de que dói muito.

—Você já tentou fugir daqui? – Luna pergunta, depois de um tempo.

— Já. Foi nesse dia de que Harry invadiu o Ministério. Estava tudo correndo bem na fuga, até que quando abri a porta, dei de cara com Você-Sabe-Quem.

— Não tem saída mesmo daqui, não é? – ela se senta ao meu lado e vejo que ela tem algumas lágrimas nos olhos. Aparentemente, a ficha só caiu agora.

— Nós vamos sair daqui, prometo. – abraço e conforto-a. – Pelo menos você tem uma amiga aqui, não é?

Luna balança a cabeça afirmativamente no meu ombro e eu encaro o portão que nos prende aqui embaixo, decidida a encontrar uma maneira de fugir desse lugar. O frio se agravava cada dia mais, quase não conseguíamos ficar sem cobertor. Agora que Luna tinha chegado, tínhamos dois cobertores para quatro pessoas. Sei que poderia causar problemas para Draco, mas ele tinha que nos ajudar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? deixem reviews! eu prometo q vou voltar a rotina de 1 por semana, sério



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