Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 5
Pedra Filosofal- Capítulo 5




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Depois do banho, recoloco minhas vestes de Hogwarts e uso um feitiço para secar meu cabelo (necessidades a gente aprende rápido). Não acho Hermione então decido ir direto para o Salão Principal.

Só digo uma coisa: uau.

Está tudo perfeito! O Salão está repleto de abóboras flutuantes e o teto foi enfeitiçado para uma noite nublada, com raios e trovões. Além da comida, é claro, toda decorada com itens de Halloween. Vejo Harry e Rony perto de Neville e decido perguntar onde Hermione está, já que ela simplesmente sumiu! Se eles não souberem, vou pegar o Mapa.

– Garotos, viram a Mione por aí?

– Não. – Harry e Rony respondem com cara de culpados.

– Parvati disse que ela ficou a tarde toda no banheiro. Chorando. – Neville diz isso pra mim e eu saio imediatamente para o banheiro acha-la. Lógico que antes lanço um olhar cortante para o ruivo e o senhor Cicatriz.

Um dos banheiros das meninas não é tão longe do Salão Principal, e como eu fui correndo, cheguei lá bem rápido. Como eu sei que ela não vai estar no outro banheiro? Só uma garota vai lá, e ela está morta. A gente chama ela de Murta-Que-Geme.

Enfim, chegando ao banheiro há uma cabine fechada e eu bato delicadamente na porta.

– Hermione sai já daí, eu não sei o que os meninos te falaram, mas você vai sair daí antes que eu te tire a força.

Me digam se eu não sou a pessoa mais carinhosa e amável do mundo?

– Alissa, eu agradeço o carinho e tudo mais, mas vai embora.

– Ai credo Mione, não precisa ser grossa. – faço uma pausa e escuto uma risada abafada dela. – É sério, sai daí e ai você vai poder se vingar do Rony e do Harry.

– Alissa, eu não quero me vingar de ninguém.

– Eu não tenho culpa se você não tem senso de humor. De qualquer jeito, sai daí vai, você nem sabe o que eu fiz hoje!

Ela finalmente abre a porta enxugando as lágrimas.

– Ir na aula é que não foi, não é?

– Definitivamente não. – dou um riso de canto e me viro para irmos embora jantar, porém me deparo com um pé fedorento gigante. Empurro Hermione de volta para a cabine e depois vou também.

Ótimo, quem nunca foi sair do banheiro e se deparou com um trasgo?

Pra quem não sabe, trasgos são umas criaturas gigantes feias e gordas, além de fedidas. Eles são burros, mas querem bater em tudo que aparece na frente.

No caso, esse trasgo quer destruir eu e a Hermione, juntamente com o banheiro todo. Não basta ser ruim, o trasgo tem que ter um bastão de homem das cavernas. Assim que ele bate nas cabines elas desmoronam em cima de mim e de Mione, que gritamos e começamos a rastejar para o final delas e tentar sair por uma delas. Ou ficar no chão mesmo.

– Alissa, Hermione, fujam! – Harry chega e grita a coisa mais óbvia. Mas pelo menos distrai o trasgo.

– Não é como se eu não tivesse pensado nisso sabia?! – reclamo enquanto Hermione está saindo dos entulhos e indo para debaixo da pia, o que faz com que o trasgo olhe e quase a acerte. Resolvo chamar a atenção dele. – EI SEU TRASGO GORDO! – dessa vez quem ele quase acerta sou eu, mas Rony chama a atenção dele jogando um pedaço de madeira em seu nariz. Saio correndo para debaixo da pia também enquanto os garotos o distraem e, quando vejo, Harry está pendurado no pescoço do trasgo. Não sei como raios ele foi parar lá.

Olha até saiu um trocadilho, Harry e raios... Tá legal piada fora de hora, mas não deu pra evitar, preciso pensar em outra coisa sem ser “eu vou morrer por um trasgo montanhês no meu primeiro ano de Hogwarts”. E, eca, ele colocou a varinha no nariz do trasgo.

– Eca. – exclamo.

Potter agora está pendurado pelos pés na mão gorda do trasgo, enquanto o mesmo tenta acertar o moreno com o bastão, sem sucesso. Então, Rony empunha sua varinha, aponta para o bastão do trasgo fedido e diz perfeitamente:

– Wingardium Leviosa!

E funciona, o bastão paira no ar por alguns momentos até cair exatamente na cabeça da criatura horrenda, fazendo com que ela solte Harry a tempo de o moreno se afastar enquanto o trasgo cai desmaiado. Ele consegue a varinha de novo, mas ela está cheia de...

– Meleca de trasgo, eca. – Rony reclama quando vê a varinha.

– Oh meu Deus! – Mcgonagall chega, juntamente com Snape e Quirrel, espantada pelo que fizemos ao “coitado” do trasgo. – Expliquem-se.

– É... bem... – todos falaram ao mesmo tempo pensando no que dizer então, eu decidi não deixar ninguém culpado.

– Professora, a culpa foi tecnicamente minha... – eu começo a dizer, mas ela me interrompe.

– De novo?

– Não! Dessa vez não foi intencionalmente, eu juro. – solto uma risada rápida – Eu estava indo com Hermione até o salão principal quando esbarrei minha mão em alguma coisa gosmenta, então pedi pra que ela viesse comigo aqui no banheiro para eu tirar a sujeira. Nós já estávamos de saída quando esbarramos com o trasgo. Harry e Rony chegaram depois de nós gritarmos.

Assim que termino, Harry, Rony e Hermione estão me olhando boquiabertos, como se não fizessem ideia de como eu inventei a história tão rápido.

– Bem, não é todo dia que alunos do primeiro ano enfrentam um trasgo montanhês adulto e vivem para contar história. – ela faz uma pausa pensando no que fazer – Cinco pontos serão dados a cada um pela sorte que tiveram hoje.

Dizendo isso ela se vira e vai embora, seguida por Snape, enquanto Quirrel quer se certificar de que iremos sair dali antes do trasgo acordar. Não gosto dele. Me dá arrepios. Rony diz que é besteira eu ter medo do professor gago, mas eu retruco dizendo que é besteira ele ter medo da McGonagall.

Depois que saímos do banheiro, eu finalmente vou para o salão comunal dormir, porque vamos ser sinceros, eu não fiquei nem 20 minutos lá hoje pra descansar! Estou exausta e amanhã tem quadribol tenho que estar em boa forma.

Oh não.

Amanha tem quadribol.

– Harry, amanhã tem quadribol. – paro no meio das escadas e seguro Harry pelo pulso por causa de eu não ter nem ao menos lembrado de amanhã.

– Eu sei, estou com medo pra ser sincero.

– Eu também. Para ser sincera. – eu o imito. – Mas relaxe, vai dar tudo certo.

– Tomara que esteja certa.

– A gente vai arrasar aqueles sonserinos e você vai pegar aquele pomo. Entendeu?

– Entendi. – ele dá um sorriso e continuamos subindo a nossos devidos dormitórios.

Tenho uma grande surpresa quando chego lá.

MINHA VASSOURA CHEGOU!

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – eu grito entusiasmada ao ver o pacote em cima da minha cama e desembrulho tão rápido que rasgo todo o papel no processo.

Ai meu Deus.

– EU GANHEI UMA NIMBUS 2000!! HERMIONE OLHA ISSO É A VASSOURA MAIS RÁPIDA QUE EXISTE! – não consigo conter minha felicidade e começo a gritar. Até Lilá e Parvati, nossas colegas de quarto, estão olhando e rindo da minha alegria.

– É sim Alissa, e tem um bilhete dos seus pais junto. – ela diz abanando o papel e depois entregando pra mim.

“Querida Alissa,

Nós estamos realmente felizes por você ter entrado no time de Quadribol logo no primeiro ano, mas também estamos preocupados para saber COMO que você conseguiu isso. Sabemos que você disse para deixar esse detalhe de lado, mas ainda queremos descobrir.

Se não me engano, a vassoura vai chegar aí um dia antes do seu primeiro jogo, então querida nós dois desejamos muita sorte no seu jogo amanhã. E pare de aprontar!

Mande mais cartas dizendo tudo o que acontece aí.

Com amor,

Mamãe e papai.

PS: Oi Ali, sua mãe que escreveu toda a carta e aqui vai meu conselho: pode aprontar o quanto quiser. Aproveite bem querida.”

Depois de ler a carta e colocar a minha Nimbus ao lado da cama, eu finalmente durmo.

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– Hermione.

Já pela manhã eu a chamo, mas ela não acorda de jeito nenhum. Até Lilá e Parvati já desceram e ela não acorda.

– Hermione acorda. – dou um cutucão nela e nada. Resolvo ser mais estilo Alissa de acordar pessoas e a empurro da cama enquanto grito.

– HERMIONE ACORDA.

Funciona. Já estou rindo da cara que ela fez e do gritinho que ela deu enquanto caia. Enquanto eu ria, Hermione jogou um travesseiro bem na minha cara e começamos uma guerra de travesseiros. Resumindo: deixamos o quarto uma bagunça só, e Hermione saiu rapidinho pra se arrumar então quem teve que arrumar tudo fui eu.

–Ela me paga. – resmungo enquanto ela está no banheiro e eu estou arrumando as camas. Na hora de arrumar o que caiu do criado-mudo, vejo uma coisa metálica e não muito grande, com vários botões e uma telinha em cima deles. Nessa mesma hora, Hermione sai do banheiro e resolvo matar minha curiosidade.

– Hermione o que é isso? – pergunto com a coisa metálica na mão.

– Um celular.

– O que diabos é um silunar? – pergunto de volta, confusa.

Ela solta uma risada e explica.

– Silunar não Alissa, é ce-lu-lar. – ela fala pausadamente. – E não funciona aqui em Hogwarts por ser um aparelho trouxa, mas eu trouxe pra lembrar de casa um pouco.

– Hm... Como usa?

– Fácil, é só digitar o número de uma outra pessoa que também tem um celular, apertar em ligar e conversar!

– Que?

– Ai Ali, depois eu te ensino. – ela joga as mãos para o alto e dá uma risada. – Você não tomou café ainda?

– Não. – respondo e meu estômago ronca.

– Do jeito que é deve estar com fome, vem vamos descer.

Enquanto descemos as escadas, a ansiedade pelo jogo começa a me consumir e eu começo a ficar com mais fome ainda. Espírito de gordo é difícil de lidar, ainda bem que ser parte veela tem suas vantagens, como por exemplo, ser sempre magra.

Chegando ao salão principal, nos juntamos a Harry e Rony, que enquanto um nem olha para a comida o outro devora seu café da manhã.

– Sem fome Harry? – pergunto enquanto me sento para comer o meu café.

– Nenhuma.

– Boa sorte no jogo de hoje Potter. – Snape diz, parando do lado de Harry olha para mim depois também. – Pra você também Alissa, mesmo sendo contra a Sonserina, espero que se saiam bem.

Dizendo isso ele sai mancando. Legal da parte dele desejar boa sorte.

– Escutem. – Harry sussurra, chamando a atenção de nós três. – Ontem Snape deixou o trasgo entrar para distrair a atenção de todos e passar pelo cão, mas ele foi mordido, por isso está mancando.

– E por que ele iria querer passar pelo cão? – eu pergunto enquanto dou outra garfada no meu prato.

– Você não presta atenção nas conversas quando está comendo não é mesmo? – ele reclama, mas logo responde minha pergunta. – Lembra do dia em que assaltaram Gringotes? O dia em que iam assaltar o cofre que eu e Hagrid esvaziamos? Isso provavelmente está no alçapão. É isso o que o cão guarda e é isso que Snape quer.

– Não acho que seja Snape, ele é um professor legal. – digo dando de ombros.

– Só porque ele gosta de você. Ele só gosta dos sonserinos!

– Deve ser porque sou boa em poções.

– Cala a boca, não precisa jogar na cara que eu sou um desastre. – Harry diz envergonhado, mas logo Edwiges entra no salão principal jogando um pacote igual ao que eu recebi dos meus pais nas mãos de Harry. Ele fica encarando o pacote sem nenhuma atitude.

– Vai abrir ou não? – digo já irritada e começamos os quatro a abrir o embrulho e...

– WOW HARRY! Você ganhou uma Nimbus 2000! – Rony diz tão empolgado como se a vassoura fosse para ele.

– Harry, não vai ter pra ninguém o jogo de hoje, porque eu também tenho uma! Chegou ontem a minha. – digo animada.

– Mas eu não entendo, quem foi que... – ele olha na direção da mesa dos professores e McGonagall está acariciando Edwiges, respondendo a pergunta do mesmo.

– Vamos lá Harry, temos um jogo pra vencer. – eu digo e nós levantamos indo até os vestiários do campo de quadribol nos preparar para o jogo.


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Notas finais do capítulo

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