Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 48
Enigma do Príncipe- Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

oieeee, finalmente o ultimo cap de enigma do principe! espero que gostem!



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Apesar de eu estar como capitã provisória, Harry estava observando tudo junto, só não iria poder jogar no dia da partida contra a Corvinal, que era também a final do campeonato.

Tivemos que fazer uma substituição no lugar de apanhador, obviamente, e decidi colocar Gina como substituta, tendo de volta Dino Thomas ao time como artilheiro. Como ele se saiu bem enquanto substituía Cátia, não vi motivo para não coloca-lo novamente.

Já que era o jogo final, era decisivo para ver quem ganharia o campeonato de Quadribol, dando mais pontos para a Casa e tendo mais chances de ganhar a Copa das Casas.

Sem Harry no time, apesar de temos treinado muito, estávamos muito nervosos para a partida, uma vez que a Corvinal era realmente um time forte.

— Ok! – falo antes de entrarmos em campo. – Vamos até lá, e mostrar a aqueles nerds como que se joga Quadribol de verdade! – todos comemoram e vamos indo para o campo. No meio do caminho, puxo Gina. – Não conte para a Luna que eu disse aquilo, ela é uma corvina legal.

Eu não imaginei que o jogo iria ser tão bom. Lógico, teria sido melhor com Harry, mas acabei descobrindo Gina como uma ótima apanhadora, além de artilheira. Quando estávamos a apenas alguns pontos dos corvinos, ela encontrou o pomo e o pegou antes do outro apanhador, nos levando à vitória.

Todos os grifinórios comemoravam, da mesma maneira que ocorria após os jogos ganhos, e nos dirigíamos para o Salão Comunal, para fazer uma zona como sempre. No meio do caminho, Pirraça surgiu na minha frente, com um balde em mãos.

— Você disse que eu poderia te dar um banho de tinta depois. Como você é legal, te deixo escolher a cor. – ele me encara.

— Vermelho. – falo sem conseguir parar de sorrir, mesmo estando prestes a levar um banho de tinta. Bem, não seria a primeira vez e espero que não a última.

— Grifinórios. – ele revira os olhos, e começa a rir, enquanto vira o a tinta em mim. Fecho os olhos rapidamente para evitar algum respingo no olho, e quando tudo acaba, volto a sorrir. – Nem tem graça mais fazer isso com você, nem se irrita mais!

— Muito animada para me preocupar com alguma coisa. – rio e volto a ir na frente do time para o Salão Comunal. Logo que entramos, não resisto e grito, animada. – Ganhamos!

— No meu ouvido você grita? Sério? – Rony, ao meu lado, reclama. O encaro e pulo em suas costas. – Você tá pesada! E cheia de tinta.

— Cuidado com o que fala. – bato no braço dele, enquanto o ruivo começa a andar rapidamente pelo lugar, comigo nas costas dizendo a todo segundo para não me deixar cair.

De repente, de um jeito espontâneo, vejo Gina e Harry andarem sorrindo um até o outro, e se beijarem no meio do Salão Comunal. Rony imediatamente me solta, mas como eu já previ que aquilo ia acontecer, não cai. Ele simplesmente ficou encarando aquilo enquanto muitos gritavam, comemorando também, e apoiando o casal.

— Finalmente! – digo e dou uns tapinhas nas costas de Rony. – Ganhou um cunhado bom dessa vez.

Quando os dois se separam, Harry olha para Rony, e este apenas dá de ombros. No fundo ele sabia que Harry era o cara certo para Gina, mesmo que se recusasse a admitir.

—------

Com insônia e entediada de ficar olhando para o teto, vou para a Torre de Astronomia, tomando cuidado para nenhum monitor me ver, e isso inclui Hermione. No caminho, passei pela Ala Hospitalar e estranhei não ver Draco lá, mas ignorei o fato.

Nesta noite não havia aula na Torre, então estava tudo bem tranquilo, o lugar perfeito para organizar os pensamentos. E também, era o lugar que tinha a melhor vista de Hogwarts.

— Ella! – falo um pouco mais alto e a elfa desaparata na minha frente.

— Senhorita, o que faz aqui fora? E aqui em cima?! – ela se afasta da beirada. – É muito alto.

— Estava com insônia e vim para cá. – dou de ombros e puxo ela para o meu lado. – Você tem medo de altura?

— Muito, senhorita! Desde que pisei nessa Torre pela primeira vez, e faz quase 25 anos, eu senti medo.

— Não tem motivo para isso, mas cada um com seus medos. – sorrio. – E o Dobby? Como vai?

— Recebendo um salário, como sempre. – Ella revira os olhos. – Onde já se viu, querer receber dinheiro por servir bruxos? – ela me encara e arregala os olhos. – Senhorita desculpe! Esqueci que a senhorita tem simpatia por aquele elfo, sinto muito! – a elfa já ia pegar uma pedra solta para começar a se punir, mas eu impeço.

— Ella, não precisa disso. – coloco a pedra onde estava. – Não tem problema nenhum, sério.

— Senhorita, posso te perguntar uma coisa? – ela pergunta depois de um tempo.

— Pode, claro. – respondo enquanto encaro as estrelas. São tão lindas, sempre gostei de olhar para elas.

— A senhorita e o senhor Malfoy não discutem mais... aconteceu algo? – viro a cabeça rapidamente para encará-la. Ia tentar argumentar, mas apenas suspiro.

— O que acha?

— Eu sabia! – ela comemora. – Sempre disse que vocês iam ficar juntos, eu já vi acontecer antes.

— Não se empolga, é mais complicado do que parece. – reviro os olhos. – É melhor você voltar para a cozinha, já está tarde, não é?

— É... volte para seu dormitório, senhorita.

— Eu já vou. – minto e ela desaparata.

Como Draco foi o último assunto, meus pensamentos vão diretamente a ele. Eu não vi quando ele recebeu liberação da Ala Hospitalar, espero que ele não tenha se dado alta para resolver algum problema de Comensal da Morte.

Pelo menos, o fim do ano letivo estava mais perto e ele não tinha matado Dumbledore. E melhor, o diretor não havia morrido por causa daquela mão cinzenta e enrugada. Não quero nem ver ano que vem, Hogwarts vai estar um caos, não acho que a guerra vai demorar muito para acontecer.

De repente, um estalo acontece ao meu lado.

— Merlin! – exclamo assustada e vejo Harry com Dumbledore. – Onde você estava?

— Você não quer saber. – ele coloca o diretor sentado. – O senhor precisa ir para a Ala Hospitalar, eu vou chamar a Madame Pomfrey.

— Não, chame Severo, eu preciso vê-lo. Acorde ele e o conte tudo o que aconteceu, não fale com mais ninguém. – o diretor me encara, e a este ponto eu já estou olhando para a situação, preocupada. – Olá Alissa, noite agradável, não? Pode ajudar Harry?

— Claro. – levanto apressada e vou com Harry até a saída da Torre, quando ouvimos o barulho da porta abrindo e fechando, junto de alguns passos.

— Escondam-se aqui embaixo. – Dumbledore levanta e nos mostra um tipo de porão onde são guardados alguns instrumentos para as aulas. – Não falem com ninguém ou sejam vistos sem minha permissão. Não importa o que aconteça, é importantíssimo que fiquem ali.

Harry congela, encarando o diretor, e eu o puxo pelo braço, obedecendo às ordens. Enquanto me escondia, torcia para que não fosse o que eu pensava. Torcia para não ser Draco o bruxo subindo as escadas, pronto para matar Dumbledore, e torcia para que, se não fosse Draco, o diretor não morresse também.

Ficamos em uma parte em que era possível ver tudo o que acontecia em cima, e não poderiam nos ver, a menos que olhassem com cuidado ou fizéssemos barulho.

— Boa noite, Draco. – o diretor fala assim que os passos cessam. Prendo a respiração, sem acreditar no que realmente iria acontecer. – O que o traz aqui nessa agradável noite de primavera?

— Quem mais está aqui? Ouvi você conversando. – Draco fala tentando parecer confiante, e até agora não consegui vê-lo.

— Gosto de falar sozinho de vez em quando. Tenho achado isso muito útil. – ele faz uma pausa e encara Malfoy. – Você tem falado com você mesmo ultimamente? – fica um silêncio. – Draco, você não é um assassino.

— Como sabe o que eu sou? Fiz coisas que chocariam você! – consigo observar um pouco dele e vejo a varinha em sua mão tremendo, enquanto ele tentava soar seguro do que fazia.

— Como, por exemplo, enfeitiçar Cátia Bell para me entregar um colar amaldiçoado, ou envenenar uma garrafa de hidromel e enviar como presente? Perdoe-me, Draco, mas não acho que você realmente queira me matar.

— Acredite, eu fui escolhido. – ele levanta a manga do paletó, revelando a Marca Negra. Harry dá um passo para trás, e eu apoio uma mão em seu ombro.

— Então vou facilitar para você. – Dumbledore começa a levantar as mãos, como uma rendição.

— Expelliarmus!

Harry pega a varinha e começa a apontar para Draco, e imediatamente eu abaixo o braço dele, lançando-o um olhar e dizendo, sem barulho, que não podemos ser vistos.

— Draco... – ouvimos o barulho da porta novamente e o diretor fica confuso. – Você não está sozinho, tem outros no castelo. Como?

— O Armário Sumidouro na Sala Precisa, eu estive consertando-o.

— Deixe-me adivinhar, ele tem um gêmeo. – não mais surpreso, pois eu já havia lhe dito isso, Dumbledore continua o teatro.

— Tem na Borgin & Burkes, juntos formam um portal.

— Muito bom. – ele fala impressionado. – Draco, há anos atrás eu conheci um garoto que fez todas as escolhas erradas. Por favor, deixe-me ajuda-lo.

— Eu não quero sua ajuda! – Malfoy já estava quase chorando, e a varinha tremia mais ainda. – Não entende? Eu tenho que fazer isso. Eu tenho que matar você, ou ele vai matar ela.

Harry franze a testa e eu puxo ele para um canto mais escuro, já que passos correndo pelas escadas começam a se aproximar. Alguns comensais da morte vieram ver o que estava acontecendo.

— Olha o que temos aqui. – Bellatrix é a primeira a dizer algo. Vou me mexendo, para ver quais comensais vieram e congelo no lugar. Levo minha mão diretamente a varinha e Harry faz o mesmo que fiz com ele. Novamente, seria obrigada a ver Greyback sair imune da situação. – Muito bem, Draco.

— Boa noite, Bellatrix. Acho que as introduções são desnecessárias.

— Estamos meio ocupados agora. – ela sorri e olha para o sobrinho. – Faça!

— Ele é fraco, assim como o pai. – alguém diz isso, não consigo identificar quem. – Deixe-me terminar isso.

— NÃO! – ela grita. – O garoto tem que fazer.

Com um cutucão no braço, Harry mostra Snape atrás de nós, com a varinha apontada. Assim que olhamos para ele, o professor faz um sinal de silêncio com o dedo, logo dando meia volta e subindo as escadas. Aos fundos, dava para ouvir Bella ainda mandando Draco matar Dumbledore.

— Não. – Snape interfere e mil emoções se misturam em mim. Por um lado, eu estava aliviada que Draco não iria fazer o ato, mas agora com o professor, o diretor não tinha chances. Dou a mão para Harry e aperto.

— Severo, por favor. – o diretor nos olha rapidamente e encara Snape.

— Avada Kedavra! – com apenas duas palavras e uma luz verde, o diretor caiu da Torre de Astronomia, já sem vida. Logo em seguida, Bellatrix Lestrange vai até a beirada de onde ele caiu e lança a Marca Negra no céu.

Snape começa a descer as escadas com Draco, e sem querer, eu já não estava mais no lugar em que ninguém podia nos ver. Nos encaramos brevemente, ele estava com vergonha no olhar, vergonha do que ele quase fez. O professor vê os olhares e o empurra rapidamente para baixo, enquanto eu volto para o meu lugar, abraçando Harry.

— O Snape... ele... – ele fala, ou pelo menos tenta formar uma frase, mas logo o tom de choque muda para raiva, e ele se desfaz do abraço, indo em direção à escada, para onde todos os comensais desceram.

— Harry volta aqui. – ando rapidamente atrás dele, com varinha em mãos caso tenha que lutar algo. – Harry!

Ao chegarmos, após correria, no Salão Principal, vejo tudo quebrado, além de ter ouvido Bellatrix gritando histericamente, como sempre. Ainda seguindo-os, Harry aperta o passo conforme chegamos perto da cabana do Hagrid, e eu me esforçava para não escorregar e cair na colina cheia de folhas ressecadas, que faziam barulho no momento em que pisávamos.

— Hagrid? – Bellatrix cantarola. – Está em casa?!

— SNAPE! – Harry grita na minha frente e chega até o fim da colina. Apenas o professor e Malfoy viram para nos encarar. – ELE CONFIOU EM VOCÊ!

Eu ainda estava desacelerando o passo quando vejo a cabana de Hagrid pegando fogo e Bellatrix comemorando, como se fosse uma criança que ganhou doce.

— Vá! – Snape ordena a Draco.

— Ele confiou em você. – Harry lança um feitiço em Snape, que desvia. – Lute, seu covarde, LUTE!

Com apenas um feitiço, Bellatrix lança um feitiço que joga Harry longe. Não a vi chegando, pois estava concentrada procurando por Greyback.

— Não! Bella, ele pertence ao Lorde das Trevas. – Snape a adverte e ela faz um bico, mas logo põe os olhos em mim.

— Ela não. – ela sorri e eu tento estuporá-la, mas sou jogada para longe também, e atingida pela maldição Cruciatus.

Duvido muito de que ela estava usando toda a vontade dela na maldição, porque apesar de estar doendo como algo que nunca senti na vida, eu consegui concentrar meus pensamentos em alguma coisa além daquilo. Enquanto me contorcia um pouco no chão, vejo alguém vindo em nossa direção, pelo lado.

— Tia, vamos embora, AGORA. – era Draco, encarando Bellatrix e dizendo autoritário. A dor para e eu o encaro, mas ele desvia o olhar.

— Só vou porque estou de bom humor. – ela dá de ombros e vai embora. Começo a chorar um pouco, aconteceu tudo tão rápido que eu nem tive tempo de absorver o que ocorreu.

— Ei, Ali, vamos. – Harry senta ao meu lado, quase chorando também. – Já... já acabou. E descobri que Snape era o Príncipe Mestiço.

— Snape? – limpo o rosto e encaro ele. – É melhor a gente... voltar.

— É. – ele levanta e me puxa. – Sinto muito.

— Pela maldição? – manco um pouco enquanto ando. – Bella parecia estar de bom humor.

— E Malfoy estava também, pelo visto. Até te ajudou.

— Pois é. – sorrio fraco e olho para trás, vendo a cabana de Hagrid em chamas. Durante a subida da colina, devo ter quase caído pelo menos quatro vezes, já que não só meu corpo doía, como também meus olhos estavam embaçados.

Quando chegamos na base da Torre de Astronomia, todos os alunos e funcionários já estavam lá, alguns chorando e outros apenas encarando sem saber o que fazer.

Chego até Hermione, Gina e Rony, que estão na frente da multidão, e fico lá, parada, encarando o corpo do diretor deitado sem vida. Harry decide ir até o corpo, e fica ali um tempo, até Gina tirá-lo dali. A Marca Negra ainda estava no céu, que agora estava nublado e preto.

Como minha varinha estava em mãos, olho para a professora McGonagall de canto e mostro o que eu iria fazer. Acendo a varinha com apenas uma luz fraca e aponto para cima, como um símbolo de luto. Logo em seguida, todos me seguem, sentindo a mesma dor de perder um dos melhores diretores que Hogwarts já teve. E também, um dos melhores bruxos que já viveu.

—-----

Depois do enterro, no dia seguinte, estávamos os quatro na Torre de Astronomia, onde tudo aconteceu. Estávamos olhando o pôr-do-sol.

— Acha que ele teria feito? – Hermione pergunta, quebrando o silêncio. – Draco.

— Não. – falo rápido demais.

— É, ele estava abaixando a varinha já. No fim, foi o Snape. – Harry completa. Vou até onde Rony estava, sentado no outro canto da Torre.

— Ainda vai vir para Hogwarts ano que vem? – o ruivo pergunta.

— Com certeza. – sorrio fraco, sentando do lado dele. – Apesar de tudo, Hogwarts é meu lar.

— Vou sentir sua falta, chata. – ele coloca o braço ao redor do meu pescoço.

— Também. – olho para ele. – Você trate de não magoar Hermione e tomar uma atitude boa enquanto estiverem fora, entendeu?

— Eu... ela... – ele tira o braço e fica da cor dos cabelos. – Alissa, não viaja.

Rio e ouço um canto triste de algum animal. Nós quatro paramos de conversar e vimos Fawkes, a fênix de Dumbledore, voar pelo Horizonte. Ela não tinha mais motivos para ficar em Hogwarts.

Seria mais fácil se eu não tivesse nenhum motivo para ficar, ou para lutar, eu poderia fazer igual Fawkes e ser livre por aí. Mas, como Harry disse no ano passado e foi interrompido pelo nosso humor, tenho uma coisa que vale a pena lutar. Todos temos.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Por favor, deixem mais reviews do que no ultimo cap, desanima para escrever. E desculpem a demora, mas prometo que o próximo sai mais rápido, dependendo do numero de reviews



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