Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 46
Enigma do Príncipe- Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

oláááá! me empolguei e o cap foi grande, e isso por causa da recomendação nova! mt obrigada, sério. Enfim, espero que gostem do cap



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Após alguns dias, ocorreu o primeiro jantar do professor Slughorn, e Rony e eu não fomos convidados. Eu particularmente queria ter sido convidada, mas como causei uma má impressão com a explosão da minha poção do Morto-Vivo, não fui. Também, eu só queria ser convidada, porque não acho que iria.

Estava com Rony no Salão Comunal, esperando Harry, Hermione e Gina chegarem desse jantar, para nos contarem como foi. Enquanto eu estava deitada no sofá encarando o teto, decidi falar sobre algo que estava me incomodando.

— Rony, você vai vir para Hogwarts ano que vem?

— Eu realmente não faço ideia. – vejo ele dar de ombros. – Harry está procurando um jeito de...

— Não me conte. – o interrompo e ele me olha confuso.

— Por que não? É só a memória do Slughorn.

— Porque eu vou vir para Hogwarts ano que vem, e tem uma grande chance de isso aqui estar cheio de comensais da morte sem o menor remorso de nos torturar por informações.

— Ali, a gente tem o Dumbledore, não tem como o castelo ficar mais seguro. – ele faz uma pausa. – Claro todos dizem que ele está ficando velho e tudo mais, mas ainda sim, ele é Dumbledore.

— Exatamente, ele está ficando velho e precisa de ajuda para proteger Hogwarts! – eu me sento no sofá.

— E você vai ser quem vai proteger?

— Sim, eu e mais algumas pessoas que virão. Algumas estavam na Armada de Dumbledore e outras não. – ele me encara como se pedisse exemplos. – Por exemplo, Gina, Dino, Simas...

— Pera aí, minha irmã vai vir ano que vem?!

— Vou. – a ruiva fala enquanto entra no Salão Comunal com Harry e Hermione.

— Você não pode! – ele revira os olhos. – É por causa do Dino? Porque não vale a pena você vir para cá só por causa dele, e se vocês terminarem?

— Primeiramente, eu não vou vir por causa do Dino, eu não sou burra que nem você. – Gina ficou irritada, eu já prevejo uma briga dos dois vindo. – E segundo, eu não te dei permissão para se meter na minha vida.

— Você deu permissão quando ficou se esfregando com ele no Três Vassouras! – Rony responde no mesmo tom que ela, e Hermione e eu reviramos os olhos para o que ele acabou de dizer.

— Só porque você nunca beijou ninguém, não significa que eu não possa!

— Eu já beijei sim. – ele olha para baixo.

— Nossa tia avó não conta. – seguro uma risada. – Ronald, essa é a ultima vez que eu falo para você parar de se meter na minha vida, está bem?

Gina sai andando para o dormitório, esmagando cada degrau enquanto sobe. Assim que ela sai de vista, dou um tapa na cabeça de Rony.

— Ei!

— Sério, você viveu a vida inteira com a sua irmã e ainda não sabe que não é para irritar ela?!

— Em minha defesa...

— Você não tem defesa, ela estava certíssima. – Hermione o interrompe.

— Então, como foi o jantar? – interfiro antes que os dois brigassem.

— Córmaco não parava de me encarar! – Hermione fala irritada. – Eu estava ficando constrangida já.

— Córmaco? – rio. – Se deu bem, hein.

— Cala a boca.

— Harry, conseguiu a memória? – Rony nos interrompe, de cara fechada. Não aguento mais ele fingindo que não se importa com Hermione nem um pouco.

— Ainda não, mas eu vou conseguir.

— Antes de Rony beijar alguém ou depois? – não consigo segurar a piada e eles riem. Claro, menos Rony, que me olhou mortalmente e já se vingou.

— Ei, sabiam que nossa querida Alissa vai bancar a heroína ano que vem? Ela vai vir para Hogwarts, só para ajudar Dumbledore a proteger o castelo dos comensais da morte.

Dou de ombros.

— Vou mesmo.

— Mas Ali, a memória que Dumbledore quer que eu consiga provavelmente não vai nos deixar vir para Hogwarts próximo ano. – Harry me encara.

— Eu sei, e é por isso que vou pedir para não me contarem nada.

— Você, a senhorita Curiosa, não vai querer saber de nada? – Hermione fala sem acreditar.

— Isso mesmo. – suspiro e falo baixinho, para o caso de alguém aparecer do nada. – Gente, eu comecei a tentar aprender Oclumência para proteger o que eu fiz com meu pai. Só que, eu não estou boa ainda, sabem? Então eu não quero ser a que vai revelar onde vocês foram e por que foram.

Eles me encaram um tempo em silêncio e Harry é o primeiro a falar.

— Tudo bem, se você não quer saber, eu vou tentar guardar segredo de você.

— Vai ser difícil isso. – Hermione fala e os dois a encaram. – É verdade! Eu sempre conto tudo para ela, afinal, ela é minha melhor amiga.

— Que amor! – sorrio meio culpada por estar escondendo tanta coisa dela. – Agora vamos dormir, fiquei cansada de esperar vocês.

— E eu cansada de ver o Córmaco me encarando. – ela revira os olhos e nós quatro subimos para dormir.

—------

No dia seguinte finalmente iriamos ter o primeiro jogo de Quadribol da temporada. Na hora que desci para tomar café, Rony já estava lá, até com o capacete de goleiro. Sento-me ao seu lado e vejo que ele não comeu nada.

— Você não está com fome? – eu pergunto e ele balança a cabeça negativamente. – Você não está com fome? – ele continua negando e eu dou de ombros, pegando o prato dele. – Que bom, porque eu estou faminta.

— Oi Alissa. – Luna chega na nossa mesa com um chapéu gigante de leão. Sorrio.

— Hoje você é uma Grifinória?

— Claro! Não gosto dos sonserinos, eles são meio maus comigo.

— Oi Luna, gostei do chapéu. – Harry chega e nos encara. – Preparados para o jogo de hoje?

— Com certeza.

— Eu quero sair do time.

Hermione chega e senta ao meu lado, e vendo que Rony não havia comido, fica preocupada também.

— Rony, vai ficar tudo bem. – ele oferece um copo de suco para o ruivo. – Aqui, beba isso.

Vejo ele guardando o frasco da Felix Felices e Hermione começa a surtar.

— Rony, você não pode beber isso! É trapacear! – o ruivo a ignora e bebe o copo inteiro.

— Harry, Alissa, vamos lá. Temos um jogo para ganhar. – ele se levanta animado e mais confiante. Nós dois vamos atrás dele para irmos ao campo logo.

Hoje era o clássico Grifinória contra Sonserina. Apesar da neve, grande parte dos alunos foram assistir o jogo. Para ser sincera, eu amava jogar quadribol na neve, era muito melhor do que chuva ou sol muito quente.

— Vocês não sabem! – Gina chega apressada para nos contar alguma coisa. – Um dos artilheiros da Sonserina não vai poder jogar porque levou um balaço na cabeça durante um dos treinos, e Draco Malfoy está doente. O substituto dele é do meu ano, ele é um idiota.

Doente, sei. A menos que a Marca Negra tenha infeccionado, ou ele tenha um pedaço de madeira daquele armário velho encravado em alguma parte do corpo, duas coisas que não iriam acontecer, Draco não estava doente. Mas lógico que não falei nada do que pensei.

— Então o jogo já está ganho, certo? – sorrio.

— Não comemore antes. – Harry me adverte.

— Mas é verdade. – dou de ombros e vou me trocar.

O jogo não poderia ter sido melhor. Rony defendeu praticamente todas as vezes que a goles foi atirada em nossos aros, Gina, o artilheiro substituto de Cátia, e eu conseguimos fazer um ótimo jogo, ao contrário do goleiro sonserino.

Resumo do jogo? Eu estava certa, a Grifinória ganhou fácil da Sonserina. Fomos todos para o nosso Salão Comunal, onde todos estavam gritando o nome de Rony e adorando o fato de ele ser nosso novo goleiro.

— Foi errado o que você fez! – Hermione briga com Harry. Pelo visto ela ainda estava brava com a poção.

— Um feitiço Confundus também é trapaça, sabia? – ele rebate.

— Por isso a vassoura de Córmaco foi para o lado do nada durante o treino? – me intrometo.

— É diferente, ok? Harry, você... – ele mostra o frasco cheio. – Não usou.

— Mas Rony achou que sim.

— Você é um gênio. – sorrio e vejo Lilá indo apressada até onde Rony estava, o puxando para baixo e beijando ele. – Essa não.

Hermione ficou encarando sem reação e saiu para uma parte do Salão Comunal que é isolada, o lugar onde eu fazia as Gemialidades Weasley quando era proibido.

— Vai atrás dela. – empurro Harry.

— Por que eu?

— Porque você também gosta de alguém que atualmente namora. – me refiro à Gina. Eu havia percebido que seu olhar para ela tinha mudado.

— Eu não... – ele tenta mentir, mas eu o encaro com uma sobrancelha levantada. – Tá, eu vou.

Como eu não era obrigada a ficar vendo Rony beijando a Lilá na frente de todo mundo, eu fui até a Torre de Astronomia. Era ótimo aquele lugar, o que atrapalhavam eram as aulas que às vezes aconteciam.

Fiquei encarando as estrelas e pensando um pouco, no tanto que eu estava mentindo para cada um dos meus amigos, mas fui interrompida por uns passos que chegavam. Olhei para trás e vi Draco.

— Se você está doente, é melhor não ficar aqui. É bem frio. – falo irônica.

— Engraçadinha. – ele se apoia na grade de proteção, ao meu lado. – Parabéns pelo jogo, soube que ganharam.

O encaro com os olhos semicerrados.

— O que você quer?

— Eu só dei os parabéns!

— E quer alguma coisa. Vai, desembucha.

— Eu queria... pedir... desculpas. – ele fala pausadamente e eu sorrio.

— Você alguma vez na vida já disse essas palavras?

— Provavelmente não. Mas é por causa do outro dia, sabe?

— Eu só estava sendo dramática, devia saber que eu adoro fazer uma cena.

— Então... você contou para ele? – ele se referia a Dumbledore. Eu queria dizer que sim, mas claro, não podia porque o diretor desejava que tudo continuasse como estava.

— Não, eu não contei. – volto a encarar o céu. – A raiva passou mais rápido.

— Ei, você acredita mesmo no que eu disse? – ele fala meio inseguro, ainda me encarando.

— Acredito. – olho para ele. – Você não sabe mentir.

— Você só sabe disso porque eu te contei.

— Não, eu sempre soube disso, por isso eu me livrava das detenções e você não. – sorrio.

— Eu te odeio. – ele ri e percebo que ele sabe mentir em apenas uma frase que teve anos de prática para dizer.

— Por favor, não mate ele. – digo após uns minutos de silêncio. – Deixe outra pessoa fazer isso.

— Eu tenho que fazer isso, você sabe.

— Mas você não é um assassino, e não tem que se tornar um!

— Vamos realmente voltar a discutir isso?

— Não, não vamos. – reviro os olhos e me afasto da grade, indo em direção às escadas. – Boa noite.

Não olho para trás e faço meu caminho de volta ao Salão Comunal, que ainda estava animado com a vitória. Suspeitando onde Hermione estaria, subo até o dormitório e a encontro deitada com a cabeça afundada no travesseiro.

— Hermione, você sabe que ele não gosta dela. – sento na ponta de sua cama e ela me olha, com os olhos vermelhos.

— Sei? Então porque ele está lá com ela?

— Porque ela beijou ele, o Rony só aproveitou a chance.

— Sabe, eu ia convidá-lo para ir naquela festa de Natal que o Slughorn vai dar, mas agora, não vou mais. – ela diz irritada.

— Eles não vão durar muito tempo, relaxa.

— Nem ligo mais. – ela emburra a cara e vira para o outro lado. – Boa noite.

—-----

Depois de quase uma semana, o jantar do Slughorn tinha acontecido e pelo que falaram, tinha sido um desastre. Hermione convidara Córmaco e passou a festa inteira fugindo dele e ele vomitou nos sapatos de Snape. Eu queria muito ter visto essa última cena.

Estávamos no trem de volta para casa, no meu caso a Toca, e Hermione passaria o Natal com a família dela. As coisas tinham ficado bem estranhas entre o ruivo e ela depois do que aconteceu.

Ainda bem que a mãe de Rony não havia estranhado que eu ficaria com eles no Natal, porque eu não havia tido coragem de falar para Fleur o motivo de ter saído de casa, apenas dei o recado através da Ella. Falando na Ella, eu a havia dispensado nesse feriado, achei melhor ela ficar em Hogwarts.

Os pais de Rony e Gina foram nos buscar na estação King’s Cross, e assim que chegamos na Toca, vejo Fred e Jorge conversando com um outro garoto mais velho ruivo, provavelmente era Gui ou Carlinhos. Logo que eles nos veem, os gêmeos me abraçam e o outro garoto vai abraçar Rony e Gina.

— Me fala que você continua aprontando, a gente não se aguenta de curiosidade! – Fred pergunta desesperado e eu rio.

— Claro, até achei um parceiro.

— Quem? – Jorge semicerra os olhos.

— Pirraça. – jogo os cabelos para trás.

— Duvido. – eles falam juntos e se lembram do outro irmão.

— Alissa, esse é o Gui, nosso irmão mais velho.

— Prazer. – ele sorri e estende a mão, para eu apertar. – Fleur já deve estar voltando, te apresento ela depois.

— Quem? – afino a voz e arregalo os olhos. Por favor, não seja minha prima.

— Minha namorada.

— Minha prima? – olho para Fred e Jorge e eles assentem com a cabeça.

— ALISSA, VOCÊ VAI ME EXPLICAR AGORA POR QUE VOCÊ ABANDONOU SEU PAI E MANDOU NINGUÉM IR NAQUELA CASA! VOCÊ FUGIU DE CASA E NEM FOI PARA A MINHA? – é, era minha prima, gritando em francês, furiosa comigo. Puxo ela pelo braço para fora da casa, vendo que todos nos olhavam meio assustados.

— Fleur, eu preciso te contar uma coisa, mas seus pais e a Gabi não podem saber! E eu só vou te contar porque você está realmente alterada. – falo baixo e mantenho o idioma francês, para o caso de alguém que não sabe da história ouvir. – Eu apaguei a memória do meu pai, ele não se lembra que eu existo e nem mora mais em Londres.

— O quê? – ela volta ao tom normal e eu conto a ela toda a história, desde a ameaça que Você-Sabe-Quem me fez até a hora em que eu apaguei a memória dele. Ela me abraça quando eu termino de contar e nós voltamos para dentro.

— Problemas de família. – sorrio para eles, que nos encaravam.

— Já está tudo bem? – Gui pergunta meio preocupado.

— Tudo ótimo, vamos?

— Já? – a encaro.

— Só viemos dar um “oi”, nós vamos ficar lá em casa, vou apresentar ele pros meus pais.

— Boa sorte, Gui. – dou um aceno para ele e saio, o deixando meio assustado.

Vou andando até o quarto de Gina, onde eu iria dormir, e a ouço reclamando para algum dos irmãos.

— A Fleuma é uma chata, só sabe gritar.

— Ei. – entro e ela me encara. – É que ela não sabia sobre meu pai, e estava preocupada pra saber o motivo de eu ter saído de casa. – a ruiva dá de ombros. – Vocês já conheciam ela?

— Já, ela veio aqui um tempo nas férias.

— E vocês simplesmente não me falaram que a minha prima está namorando o irmão de vocês?!

— Ah é... ela é sua prima. Não posso falar mal dela na sua frente.

— Sim né. – me jogo na cama do lado e coloco o quadro que restou de mim e dos meus pais juntos na mesinha do lado. – Ela é mais legal quando vocês conhecem.

— Uhum, sei. – Gina revira os olhos. – Ela é metida, não vai durar esse relacionamento.

— Eu gostei dos dois juntos. – dou de ombros. – E nunca vi a Fleur olhar pra algum garoto daquele jeito.

Rony e ela me encaram sem acreditar muito, mas era verdade. Só espero que ele não se assuste com meus tios, até imagino a cara do pai da Fleur ao ver o Gui. Coitado.

—---

No último dia do feriado, Lupin e Tonks foram nos visitar. Eles tinham começado a namorar, e era um amor. Eu vi Harry e Gina tentando ficarem sozinhos, mas Rony como um bom irmão, sempre se intrometia.

Quando a ruiva foi tomar banho, puxo Rony pelo braço até o quarto dos gêmeos, onde nós estávamos. No quarto deles, nós não conseguíamos ver a porta da frente, mas tinha vista para as costas da casa. Ouvimos no primeiro andar Remus e Tonks se despedindo de todos com um grito, já que nem todo mundo estava lá embaixo.

De repente, quando olho para a janela eu vejo um círculo de fogo envolver toda a Toca, e uma pessoa parada, sorrindo de um jeito maléfico, apenas observando. Semicerro os olhos para focar melhor e vejo o ser que mais odeio no mundo.

— Greyback. – levanto correndo com a varinha em mãos, esbarrando nas coisas enquanto desço as escadas praticamente pulando degraus para conseguir chegar mais rápido. Ao chegar na porta, Molly me segura e me encara.

— Você não vai atrás dela também, muita gente já foi. – ela olha para trás, onde acho que os garotos deveriam estar. – Nem vocês. Fiquem aí dentro e não a deixem sair.

Tento me esquivar, mas sou arrastada e jogada no sofá. Bufo irritada e os fico encarando de braços cruzados.

— É sério isso?

— Seríssimo. – os três falam juntos.

— Tonks, Lupin, Harry, Gina e Arthur já foram atrás dela. – Molly diz alto para nós escutarmos, enquanto fica apoiada na porta para vigiar.

— Dela? – pergunto no mesmo tom, confusa. – É o Greyback que está lá fora.

— Não. – ela me encara, com um pouco mais de medo. – É só a Bellatrix.

— Mãe, vai ficar tudo bem. – Rony vai até a mãe, consolando-a. Fred e Jorge ficam apenas me vigiando, e não podemos mais escutar o que eles diziam.

Eu estava a ponto de reclamar de novo, ou simplesmente sair correndo, quando escutamos barulhos de vidros quebrando e a casa fica quente como um forno. Levanto apressada quando vemos o fogo descendo os andares, e os apresso para correrem também.

— Cuidado! – grito para Jorge, que estava na frente, logo quando vi que uma parte do teto iria cair em sua cabeça. De algum jeito, eu apontei para a madeira e ela simplesmente parou no ar, estática. Nós paramos onde estávamos e, sem saber o que fazer, eu simplesmente faço um movimento para o lado e desvio a queda. Continuo correndo para fora, já que estava ficando difícil de respirar com a fumaça.

— Fred! Jorge! – a sra. Weasley abraça eles, com lágrimas nos olhos.

Fico parada respirando um pouco do ar enquanto, pelo canto do olho, vejo a Toca queimando por dentro. Controlo minha respiração e fico observando aquilo, com Rony ao meu lado, sem saber como reagir ao ver a casa que cresceu sendo queimada. Na verdade, todos os Weasley’s estavam assim, e Harry chegou ao meu lado, junto com os outros que tinham ido atrás dos comensais.

Quando apagaram o fogo, todos entraram chocados com o que havia restado. Remus e Tonks haviam ido embora, por causa da primeira noite de lua cheia, então ficou um momento bem para a família. Puxei Harry de canto para saber exatamente do que aconteceu.

— Quem estava lá? Só Bellatrix e Greyback?

— Eu acho que sim, eu segui a Bellatrix e quando Gina apareceu, o Greyback veio junto. – ele olha para a Toca destruída. – E então, quando viram que estavam em desvantagem, eles se tornaram aquela fumaça estranha e vieram destruir aqui.

— Daqui de dentro só deu para ouvir os vidros quebrando e o fogo descendo os andares. Consegui escapar por pouco.

— Alissa, Harry, subam aqui com cuidado! – Gina grita do andar de cima. Nos entreolhamos e vamos até onde ela nos chamou. – Ali, eu sinto muito.

A ruiva me entrega um quadro, com o vidro quebrado e a foto queimada na metade. Quando vejo qual quadro era, me desespero vendo que a única memória material da minha família inteira havia sido queimada no fogo. Eu tentei reparar aquilo com um feitiço, mas tinha se destruído demais para isso.

De algum jeito, depois de tudo se acalmar, achamos um local para todos dormirmos e nos prepararmos para a volta à Hogwarts. Embora eu tenha minhas dúvidas de que algum dos ruivos tenha realmente conseguido dormir sossegado.


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Notas finais do capítulo

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