Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 45
Enigma do Príncipe- Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁ feliz ano novo galera! espero que gostem do cap



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/470511/chapter/45

Depois de alguns dias, nosso passeio até Hogsmeade aconteceu. Estávamos no Três Vassouras, tomando nossa tradicional cerveja amanteigada, quando Rony reclama ao ver a irmã em uma mesa com Dino mais ao canto.

– Rony, eles estão só de mãos dadas. – Hermione tenta ajudar.

– E se beijando. – completo, olhando.

– Vamos embora.

– De jeito nenhum! – falo na hora. Harry apenas observava tudo.

– Você está brincando, não é? – Hermione volta a discutir com ele.

– Aquela ali é minha irmã!

– E? Se ela olhasse para cá e você estivesse me beijando, você iria querer que ela saísse? – ela continua com a voz afinando um pouco. Sorrio enquanto tomo a cerveja.

Vejo Harry acenando para alguém e, quando viro, era o professor Slughorn. Encaro ele por puxar saco do professor e continuo bebendo.

– O que o traz aqui, professor? – Harry se levanta para falar com Slughorn, que parou do meu lado.

– Ah, o Três Vassouras e eu somos amigos há mais tempo do que eu gostaria de admitir. – ele ri um pouco e percebo que ele provavelmente já havia bebido mais do que uma ou duas cervejas amanteigadas. – Eu me lembro de vir aqui quando era apenas uma vassoura!

E então, o professor Slughorn gesticula com a mão que segurava seu copo, derramando boa parte do líquido nas minhas pernas e, para dividir a vergonha comigo, nas de Hermione, ao meu lado, também.

– Olha a chuva aí, Snow. – ele brinca e eu sorrio forçado, segurando todo tipo de comentário que eu poderia fazer. – Escute Potter, quando eu lecionava aqui, costumava dar alguns jantares apenas para alunos escolhidos. Estive pensando em voltar com a tradição, e gostaria de te ver nesse jantar. Você iria?

– Seria uma honra, professor.

– Você é bem-vinda também, Granger.

– Agradeço muito.

– Ótimo! Esperem pela minha coruja. – ele olha para Rony. – Foi bom ver você, Wallaby.

O professor sai andando e eu encaro Harry, enquanto ainda limpo um pouco que ficou na minha calça do líquido.

– Puxa saco. – digo logo.

– Não é isso. Eu preciso de uma coisa, e para isso ele tem q confiar em mim. – de repente, Harry começa a encarar algo atrás de mim. Olho e vejo Draco, saindo sozinho dos fundos do estabelecimento.

Rony grunhe do nada.

– Vamos embora, o Dino e a minha irmã estão... eca. – ele se levanta e nós seguimos, mesmo que revirando os olhos.

Enquanto andávamos de volta à Hogwarts, vimos Cátia e sua amiga Liane em nossa frente, aparentemente discutiam sobre algo. Foi então que, do nada, Cátia cai no chão e a outra menina grita. Paramos para observar.

– Eu disse para ela não tocar! – Liane nos olha desesperada, e vemos Cátia possuída, de alguma maneira.

Ela ia de um lado para o outro, até que foi erguida ao ar, gritando abafadamente e caindo enquanto tinha alguns espasmos. Hagrid apareceu e carregou a menina de volta ao castelo.

– Me sigam, e não toquem no colar, apenas no embrulho. – ele começa a andar e eu pego o colar de opalas. Era lindo, mas eu não era nem louca de encostar nele. Com os quatro me olhando assustados, começo a andar o mais rápido que posso até a sala da McGonagall.

Primeiro, coloco o colar em uma mesa com cuidado e Snape logo chega para examiná-lo. Depois, a professora faz perguntas para Liane.

– Ela tinha ido ao banheiro, e quando voltou já estava com o pacote. Eu avisei para ela não tocar e deixar de lado, mas ela só queria entregar para a pessoa destinada.

– E ela disse para quem era?

– O professor Dumbledore. – Liane diz e, dava para ver que ela ainda estava muito transtornada.

– Pode ir Liane, obrigada por tudo. – a garota sai e a professora nos encara. – Por que quando algo acontece, vocês quatro sempre estão presentes?

– Acredite professora, me pergunto a mesma coisa há seis anos. – Rony responde sério.

Ela se vira para Snape, que examinava o colar de opalas.

– O que você acha, Severo?

– A senhorita Bell tem sorte de estar viva. – pelo menos ele foi honesto.

– Ela foi amaldiçoada, não foi? – Harry pergunta e continua falando. – Alissa e eu conhecemos a Cátia, e fora do quadribol ela não é capaz de machucar ninguém. Portanto, se ela foi entregar aquilo para Dumbledore, não foi por vontade própria.

– Sim, ela foi amaldiçoada. – McGonagall concorda.

– Foi o Malfoy. – encaro ele, assim como todos os outros.

– Essa é uma acusação muito grave, Potter.

– É mesmo. – Snape coloca o colar na caixa. – Provas?

– Eu simplesmente sei.

– Harry eu já disse que ele não é tão burro assim. – falo baixo.

– Simplesmente sabe? Eu não fazia ideia de que você era dotado de dons os quais simples mortais apenas sonham em possuir, já que você é O Escolhido. – Snape alfineta e um silêncio constrangedor se instala.

– Vocês deviam voltar para seus dormitórios. Todos vocês. – a professora interfere e nós nos viramos para sair.

Como eu estava com o Mapa Maroto no bolso de meu casaco, desvio meu caminho do deles e procuro Draco nele. O encontro na sala de Aritmancia, juntamente com Pansy e a marca de seus pés estavam... perto demais.

Digo “Malfeito Feito” e, como eu estava perto do Salão Comunal, entro rapidamente nele para pegar minhas bombinhas de tinta, o Pântano Portátil e os fogos de artifício que os gêmeos fizeram.

– PIRRAÇA! – grito em um corredor vazio e o poltergeist logo aparece de cabeça para baixo. Sorrio. – Quer se divertir?

– O que planeja? – ele se endireita.

– Vem comigo, temos uns pombinhos em uma sala. – ando até a sala de Aritmancia após confirmar discretamente que os dois ainda estavam no mesmo lugar.

Abro a porta bruscamente e os dois se separam do beijo, ambos com os olhos arregalados.

– Olá queridos. – sorrio falsamente. – Queria dizer para vocês serem mais discretos, o que acham?! – fecho a porta e a tranco, mas não antes de jogar o Pântano Portátil, e deixar Pirraça entrar com todos os outros itens.

Andei rapidamente até à sala de Transfiguração, onde a McGonagall estava e ela me encarou.

– De novo Alissa?! O que foi agora?

– Temos um casalzinho na sala de Aritmancia. – ela se levanta. – Vem comigo, o Pirraça está tomando conta deles.

Volto com ela até aquela sala e, enquanto ela espera de braços cruzados, eu bato na porta três vezes, destrancando-a. Pirraça para e sai, ficando ao meu lado. Sorrimos e ouvimos toda a bronca que a professora deu neles, além dos pontos perdidos pelo comportamento em um local inapropriado.

Depois, quando ela expulsa os dois para um banho, ela nos encara. Quer dizer, me encara, porque o poltergeist já havia ido embora.

– Eu acho que meu pesadelo chegou. Alissa, você está amiga do Pirraça. Ainda bem que os gêmeos Weasley não estudam mais aqui, se não eu iria pedir minha aposentadoria. – eu rio quando ela diz isso.

– Sabe que eu nunca machuco ninguém. São apenas brincadeiras.

– Menos quando você arma uma confusão e fica irritada. – ela levanta uma sobrancelha e eu sorrio. – Agora, com licença, vou voltar a corrigir os deveres.

Observo ela sair e sorrio satisfeita com o estrago, até que uma mão agarra meu antebraço.

– O que foi aquilo?! – era o Malfoy. Rio irônica e reviro os olhos.

– Eu que te pergunto, senhor Eu-Sou-Um-Idiota! – começo a sussurrar num tom extremamente irritado. – Sério, com a Pansy?

– Você fez isso tudo por ciúmes? – ele quase sorri.

– Não, eu fiz isso porque era a coisa certa. – digo séria.

– E você é o que agora? Monitora?

– Não, mas quem sabe não viro uma ano que vem? – cruzo os braços.

– Ano que vem?! – ele sussurra também. – Aqui só vai ter comensais da morte, esqueceu?

– Não, não terão comensais da morte porque Dumbledore estará aqui para impedi-los.

– Aquele dia da Sala Precisa você prestou atenção em alguma coisa do que eu disse? – confirmo com a cabeça. – Então... você contou a ele?

– Ainda não, mas eu vou contar. Na verdade, eu vou agora. – ando e esbarro em seu ombro de propósito.

– Alissa, espera... – ele segura meu antebraço de novo. Sacudo me livrando de sua mão.

– Não me segura. – o encaro. – Da próxima vez, não quebre o coração da garota errada.

Saio andando em direção à sala do diretor pensando apenas uma coisa: “não bastava ser comensal da morte, eu tinha que gostar do maior galinha de Hogwarts.” Quando chego à grande gárgula, arrisco dizer uma senha. Por sorte, a senha “Poção do Amor” serviu e eu bato na porta dele, que logo abre. Entro apressadamente enquanto cutuco minha unha.

– Diretor eu preciso falar com o senhor. – olho para Snape, que estava do lado dele. – A sós.

– Você não está pedindo demais? – o professor me encara e eu reviro os olhos.

– Snape, eu preciso conversar com o diretor. Se ele quiser, depois ele te conta tudo o que conversamos, mas primeiro é particular. – falo semicerrando os dentes.

– Snape não, senhor. Tenha respeito. – ele tenta me corrigir e vejo Dumbledore apenas observando a cena.

– Não me chame de “senhor”, por favor. Se for me tratar com formalidade, pelo menos me chame pelo gênero certo. – sou irônica e sorrio.

– Igualzinha ao seu amigo Potter. – Snape fala com nojo o sobrenome de Harry.

– Obrigada. Agora será que eu posso falar com o diretor?!

– Severo, nos deixe sozinhos, por favor. – Dumbledore interfere, após se divertir com tudo. O professor sai e ele olha para mim. – O que aconteceu, senhorita Snow?

– Tem um comensal da morte no castelo. – digo rápido antes que eu perdesse a coragem e a raiva, e o diretor se arruma na cadeira. – É... é Draco Malfoy.

– Você tem certeza absoluta?

– Absoluta. Eu mesma vi a Marca Negra e... ele planeja matar o senhor.

– Alissa, me diga, acha que Draco realmente me mataria?

– Não. – falo até rápido demais. – Mas os comensais que entrarão no castelo pelo armário que tem na Sala Precisa te matariam sem pensar duas vezes.

– Armário? – ele franze a testa.

– Tem um idêntico na Borgin & Burkes, juntos eles formam um portal. O Malfoy está tentando consertá-lo para conseguir deixa-los entrar.

Ele me encara um pouco e se levanta da cadeira, parando na minha frente, encostado na mesa.

– Vou lhe contar uma coisa... mas não pode deixar Harry saber disso. – balanço a cabeça confirmando e ele me mostra sua mão. Mas não estava da mesma cor que o resto de sua pele, estava cinzenta e enrugada, parecia morta. – Esta mão... bem, Harry lhe explicará tudo depois. Entretanto, o que importa é que temos um fato: eu irei morrer. E não vai demorar muito.

Arregalo um pouco os olhos e o encaro.

– Sim... Snape está fazendo o que pode para retardar o processo, mas eu irei morrer por causa desta mão. E agora, Draco recebeu esta missão de me matar... cá entre nós, sabemos que ele não realizará tal ato. – ele pisca para mim e eu sorrio fraco. – Então, como o professor Snape também sabe do ocorrido, ele assumiu a responsabilidade de completar a tarefa caso Draco não consiga. – eu fico quieta absorvendo tudo e ele continua falando. – Severo tem que provar sua total lealdade ao Lorde das Trevas, e não há melhor jeito do que este.

– Mas... você vai morrer. – o encaro sem saber o que dizer. – Você é Dumbledore, não devia ser invencível?

Ele ri.

– Ninguém é invencível. – ele me olha por cima dos óculos meia lua. – Agora, é melhor voltar ao seu dormitório, já é tarde.

– Somente Snape, você e eu sabemos de Draco?

– Sim. E gostaria que permanecesse assim. Também não o deixe suspeitar de que eu sei de tudo. – balanço a cabeça confirmando que irei fazer isso e me viro para sair. – Ah, Alissa, espero que tenha mais paciência com os professores e alunos.

– É complicado quando se está irritada. – sorrio e me despeço, indo até o Salão Comunal da Grifinória.

Mais coisa para se esconder. Desse jeito, vou acabar explodindo com tanto segredo.

– Onde esteve? – Hermione pergunta assim que eu chego no dormitório. – E por que tem tinta na sua blusa?

– Alissa Snow está de volta. – sorrio e coloco o pijama.

– O que você aprontou?

– Nada demais, só o de sempre. E tenho uma novidade, acho que estou amiga do Pirraça.

– Como?! Não é possível.

– Pois é, mas eu consigo o impossível, lembra? – me deito. – Agora boa noite, estou exausta.

– Ei, Ali. – ela me chama depois de um tempo. – Você não descobriu mesmo o cheiro da sua Amortentia?

– Não. – minto. Eu me sentia horrível por mentir para ela, mas eu não podia dizer a verdade. – Mas quando eu descobrir, te conto.

– Bom mesmo, exijo meus direitos de melhor amiga. Boa noite.

De uma coisa eu tinha certeza, Hermione ia me matar quando descobrisse que eu não havia contado para ela sobre Malfoy. Mas vamos ser sinceros, uma guerra iria acontecer. A minha vida amorosa poderia esperar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? A treta voltou klasjlsjk
gente que tal vcs deixarem não só uma review mas uma recomendação tbm? Começo o ano bem vaaaaai por favor!
beijos e até o próximo cap



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Harry Potter em outro ponto de vista" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.