Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 44
Enigma do Príncipe- Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

OIII espero que gostem do cap! e se eu não postar mais, desejo um feliz natal e ano novo pra vcs!



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Os dias iam passando e, cada vez mais, Harry não parava de ler o livro de Poções dele. Apesar de estar todo rabiscado e em mau estado, tinha várias dicas úteis.

– Hermione, conhece esse feitiço? – ele mostra uma anotação em uma página do livro.

– Sectumsempra? Nunca ouvi falar.

– Para inimigos? Eu não testaria no Rony, se fosse você. – pontuo lembrando de um outro feitiço que ele usou o ruivo de cobaia.

– Ele nem lembra que eu existo. Às vezes eu quero conversar de noite e ele só fica lendo, ou olhando o Mapa Maroto. – Rony revira os olhos.

– Pra que olhar tanto o Mapa? – pergunto e ele me encara, levantando uma sobrancelha. – Ah, aquela teoria maluca.

– A pergunta certa é, para que olhar tanto o livro? – Hermione pressiona e tenta pegar da mão dele. – De quem era esse livro?

– Não tem nome. – ele levanta e coloca o livro nas costas, escondendo. Gina chega por trás e pega da mão dele.

– Príncipe Mestiço. – ela lê e joga o livro de volta para ele. – Quem é esse?

– Não sei. – ele sobe para o dormitório dele e eu corro atrás, a tempo de pará-lo na escada.

– Pode me emprestar o Mapa?

– Para que você o quer? – Harry me encara.

– Você me conhece. – sorrio. – Vou aprontar, o mesmo de sempre, e preciso dele para saber quando os professores estão vindo.

Ele suspira e me manda esperar enquanto vai pegar o que eu pedi. Assim que ele volta, me entrega o Mapa Maroto.

– Me devolve, ok?

– Claro... só depois do Natal. – sorrio e desço as escadas, saindo do Salão Comunal.

Para ser sincera, eu havia acabado de mentir. Eu não queria o Mapa Maroto só para aprontar, eu queria saber se a teoria de Harry era maluquice ou verdade.

Em um corredor vazio, procurei no Mapa onde que Draco estava. O encontrei andando em direção ao sétimo andar e logo quando ele chegou lá, ficou parado diante uma parede e sumiu. Digo “malfeito feito” e me dirijo até aquele andar.

Era óbvio que ele tinha entrado na Sala Precisa, ela não aparecia no Mapa Maroto e ficava no sétimo andar. Durante o caminho, fui pensando em como eu abordaria a Sala. Bem, ela não faria nada se eu não soubesse realmente o que procurava.

Parada diante daquela parede em um corredor quase deserto, decidi tentar a sorte. Fecho os olhos me concentrando, e, baseada em teorias, pedi para encontrar algo escondido.

Após alguns instantes, a grande porta da sala aparece e se abre, para eu poder entrar. Era a hora da verdade, se Draco havia se juntado aos comensais da morte e estivesse escondendo algo na Sala Precisa, eu o encontraria.

Quer dizer, pelo menos eu estava esperando por isso. No momento em que coloquei meus pés dentro dali, fiquei boquiaberta com tantos objetos abandonados em pilhas por alunos ao longo dos anos de Hogwarts.

Fui fazendo caminho entre elas, sempre tentando lembrar a direção que eu havia virado. De repente, encontro Draco lançando alguns feitiços em um armário muito parecido com aquele que vimos na Borgin & Burkes. Escondo-me atrás de uma grande pilha de objetos e fico observando de canto, até a hora em que ele chuta o armário e levanta as mangas da camisa até o cotovelo.

– Você me dá mais trabalho do que imagina. – ele diz em um tom irritado para seu braço direito, onde havia a Marca Negra. Recuo rapidamente e acabo derrubando algumas coisas, que fazem barulho. Ele fica alerta. – Quem está aí?

Hesito um pouco e, após respirar fundo, coloco um pé a mostra antes de realmente sair.

– Pansy! – ele respira aliviado ao ver o calçado feminino e vira de costas, andando até onde estava. – Você me assustou, achei que era outra pessoa.

– Pansy?! – digo ofendida. – Que horror, preciso mudar meu visual urgentemente.

Ele me encara com os olhos cinzentos arregalados e também estava mais pálido do que já é.

– V-Você... – ele gagueja e eu explodo.

– Sério, como pôde fazer isso?! Você sempre foi uma pessoa que nunca respeitou as outras, mas a ponto de virar um deles? – me refiro aos seguidores de Você-Sabe-Quem com nojo. – Francamente, não achei que fosse tão baixo.

– Você não entende...

– Eu entendo perfeitamente! Nesse tempo todo eu me recusava a acreditar que Harry estava certo a seu respeito, até defendia você, mas aparentemente, gastei meu tempo à toa. – encaro-o ainda sem acreditar.

– Não foi minha culpa, pelo menos não totalmente. – ele tenta se defender e eu rio irônica.

– Tem razão, não foi sua culpa, foi minha. – reviro os olhos e, mesmo que não tenha sido a atitude mais madura usar o sarcasmo, eu me viro para sair da Sala Precisa.

– Foi culpa sua mesmo. – ele diz meio hesitante depois que eu começo a andar. Paro no lugar e giro os calcanhares, o encarando de novo. Antes que eu possa falar, ele dispara. – Foi culpa sua, Alissa, mas foi um pouco minha também, porque se nós realmente nos odiássemos nada disso estaria acontecendo!

– Eu odeio... – começo a mentir.

– Você pode até odiar, mas eu não odeio. – ele me interrompe e dá uns passos para frente. – Na verdade, não estou nem perto disso. – ele vira de costas e começa a andar nas duas direções, enquanto vai contando o que aconteceu. – Nesse verão, Voldemort foi até minha casa, irritadíssimo com meu pai. Como deve ter visto, ele está preso, graças a você, claro. Enfim, quando ele entrou em casa eu já sabia o que ele iria propor, e obviamente, eu iria negar.

Draco para de andar e fica na minha frente, ainda contando. Eu havia decidido não interromper.

– Eu tinha passado o verão inteiro treinando Oclumência, para bloquear tudo o que ele pudesse usar contra mim. Porém, eu não estava perfeitamente preparado quando ele chegou, e quando ele invadiu minha mente, os momentos de raiva escaparam. – ele sorri irônico. – Adivinha quem apareceu em um deles?

– Eu. – falo quase em um sussurro.

– Sim, você! Ele fez uma proposta, se quer saber. Me ofereceu a Marca Negra, assim eu poderia matá-la quando quisesse. – dou alguns passos para trás. Ele estava com raiva, e era um comensal da morte, então sim, eu estava assustada. – Mas, antes de negar a proposta, eu vacilei e ele invadiu de novo a minha mente, dessa vez conseguiu ver tudo. Voldemort viu nós dois naquela detenção na Floresta Proibida durante nosso primeiro ano, viu o balde de vômito de lesma no segundo ano, o soco do terceiro, eu encarando você boquiaberto no Baile de Inverno e a minha vontade de te abraçar quando Diggory morreu. Também viu as memórias do quinto ano, quando eu não parava de te olhar a cada segundo, ou como eu encarava os sorrisos que você dava, e viu, principalmente, aquele abraço de quando sua mãe morreu.

Enquanto Draco ia despejando as palavras, eu ia ficando cada vez mais boquiaberta. Não conseguia falar nada, e esperava ele não dizer o que eu pensava que ele diria no final.

– Bem, ele viu tudo. – ele suspira. – E fez a oferta final: ou eu me tornava um comensal da morte, ou você morria. – ele me encara e realmente disse o que eu estava pensando e não queria acreditar. – Então sim, a culpa é sua, por me fazer ficar apaixonado por você.

O encaro por alguns momentos e ando em sua direção, sem acreditar no que eu estava prestes a fazer. Quando fico próxima a ele, o encaro, ignorando o olhar confuso em seu rosto, e o puxo para um beijo.

Apesar de ele ter hesitado um pouco no começo, por causa da surpresa, ele logo retribuiu. Ignorando o fato de que agora Draco era um comensal da morte, e de que ele poderia ter inventado tudo aquilo (mesmo com os olhos dele dizendo o contrário), eu estava feliz de um jeito que não ficava há muito tempo.

Assim que paramos, Draco fica uns instantes com a testa apoiada no topo de minha cabeça, isso porque ele era um pouco mais alto, e eu sorrio. Ele me encara e sorri também. Me afasto uns dois passos para trás, enquanto o observo me encarar, divertido.

– Cala a boca, você já sabia. – reviro os olhos, sorrindo.

– Talvez. – ele dá de ombros. – Então quer dizer que você andou me defendendo pro seu amiguinho?

– Defendi, mas agora não sei mais.

– O quê?! – ele fala e a voz dele sai meio fina. Seguro um riso e ele pigarreia. – Depois de tudo isso?

– Draco, você é um comensal da morte. – cruzo os braços determinada a conseguir algumas respostas. – Qual sua missão aqui em Hogwarts?

– Eu... eu tenho que... – ele começa a gaguejar e eu levanto uma sobrancelha. – Eu tenho que tirar Dumbledore do caminho.

– Quando você diz “tirar do caminho”, você não quer dizer...

– Matá-lo. – arregalo os olhos. – É, não é como se eu quisesse fazer isso também.

– Você não precisa fazer isso, eu sei me defender sozinha.

– Contra ele? – Draco ri debochando. – Duvido muito. – o encaro com raiva. – Alissa, ninguém consegue derrotá-lo, a não ser o seu amiguinho Potter.

– Tá. – bufo derrotada e encaro o armário. – O que isso aí faz? Tem um idêntico na Borgin & Burkes, disso eu sei.

– Como você sabe?

– Tenho contatos. – minto rápido. – Não desvia o assunto.

– Quer mesmo saber? – balanço a cabeça positivamente. – Funciona como um portal, quem entrar na Borgin & Burkes vai sair aqui nessa sala e vice-versa. Mas, ainda não está consertado, e não é nada fácil.

– Sinto muito que ele tenha te escolhido.

– Foi por uma boa causa. – Draco me olha e sorri. – Ah, e queria te pedir uma coisa.

– Já?

– Cala a boca. – ele ri. – Queria te pedir pra treinar Oclumência. Sei que Voldemort fez uma promessa, mas não custa nada garantir que você saiba proteger sua mente.

– Ok, vou aprender sim. – recuo uns passos. – Eu acho que preciso ir.

– Ah... – nos encaramos e fica um pouco de silêncio. – E agora?

– Bem, a Sala Precisa foi criada para escondermos as coisas, então devíamos apenas... esconder o que aconteceu aqui.

– Acho melhor também.

– Você me defende de Você-Sabe-Quem e eu te defendo de Harry. – sorrio.

– Com certeza. – ele anda até onde estou e me beija rapidamente. – Não sei quando vai acontecer de novo, né?

– Aproveitador. – reviro os olhos, mas sorrio. Vou andando até a virada que tinha a pilha de objetos e olho uma última vez para Draco. – Te vejo por aí.

Sigo o caminho que fiz na entrada e logo estou no corredor do sétimo andar. Vou direto para o Salão Comunal, subindo para meu quarto e me jogando na cama.

Não deixaria ninguém saber do segredo de Draco, mas não estava tão certa quanto a Dumbledore. Claro, ele precisava saber o que iria acontecer e a situação do comensal em Hogwarts, mas será que, se eu contasse, o diretor iria revelar a todos o segredo?

Afundo minha cabeça no travesseiro e acabo dormindo


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Notas finais do capítulo

mereço reviews vai laskjlkj atendi a pedidos e o otp aconteceu



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