Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 27
Cálice de Fogo- Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAA estamos no filme/livro 4, espero que gostem!



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No final de nossas férias, seria realizada a Copa Mundial de Quadribol. Eu estava morrendo de vontade de ir, mas meus pais não são fanáticos por quadribol como eu, então não iria acontecer de eles irem comigo.

Porém, como fiquei muito amiga de Cedrico, meu pai conversou com o pai dele, coisa que não fazia há muito tempo, e descobriu que eles tinham espaço na barraca deles e perguntou se eu poderia ir com eles, já que eu era maluca pelo esporte. O sr. Diggory disse que sim e, aqui estou eu, na casa deles, esperando pelo dia seguinte quando iremos para uma chave de portal que nos levará até onde será realizada a Copa.

Eu estava conversando com Cedrico em seu quarto quando o pai dele abriu a porta.

– Garotos, podem descer para o jantar. – ele dá uma olhada nas gavetas abertas e bagunçadas do quarto. – Ced, melhor arrumar isso antes que sua mãe veja.

Seguro a risada enquanto o pai dele sai do quarto. Encaro Cedrico.

– Ced?

– Ah cale a boca. – ele me empurra enquanto vai arrumar as gavetas e eu rio.

– Esse apelido é muito estranho. – rio e sou puxada da cama direto para o chão. – Ei! Eu só estava rindo.

– Não tem graça. – ele suprime uma risada. – Além do mais, seus pais nunca inventaram um apelido pra você?

– Já, eles me chamam de Lis toda hora.

– Droga o seu é fofo. – ele termina de arrumar a gaveta. – Pronto, vamos?

– Claro, Ced. – provoco saindo do quarto.

– Você vai usar isso pra sempre né?

– Pode apostar.

–------

Ainda bem cedo, fui acordada por Cedrico batendo panelas no meu quarto.

– Sério isso? – acordo com o mau humor matinal.

– Sério, você não acordou com as batidas na porta então foi isso. – ele dá de ombros com as panelas em mãos. – Vai, levanta logo que temos que chegar cedo na chave de portal.

– Tá, já vou levantar. – deito de novo.

– Eu vou jogar água na sua cara. – levanto rápido e saio da cama, o fazendo rir. – Belo pijama.

Olho para meu pijama das Esquisitonas e rio também.

– Cala a boca, Ced. Vai, sai daqui que apareço na sala em dez minutos. – o expulso e vou me trocar.

De fato, em dez minutos apareço na sala, pronta para ir e com um feitiço indetectável de extensão na minha bolsa, colocado pela minha mãe.

– Você se troca rápido. – ele comenta quando chego na sala. – E tem bom gosto.

– Eu sei. – dou de ombros e rio.

– Não dá pra te elogiar né.

– Não, eu sou convencida demais.

Ele ri e o pai dele chega.

– Tudo pronto? Precisamos ir até a chave de portal, não podemos nos atrasar. – ele nos pergunta e eu confirmo com a cabeça que peguei tudo.

Andamos muito e muito até chegarmos a um morro, onde havia nada mais do que uma bota velha. Faço uma careta.

– Uma bota velha?

– É a nossa chave de portal.

– Eu sei sr. Diggory, só esperava que fosse mais... bonitinha.

Os dois riem e eu me encosto em uma árvore que tem ali. Cedrico se junta a mim enquanto esperamos os que dividirão a bota conosco. Olho para cima.

– Ei Ced. – ele faz uma cara feia. – Consegue subir até o topo?

– Vai ser fácil. – ele me encara levantando uma sobrancelha. – Você consegue?

– Aposto que chego primeiro. – começo a subir.

– Isso não vale. – Cedrico começa a me seguir, tentando ir mais rápido.

– Vale sim, eu que inventei a brincadeira. – rio e chego ao galho mais alto. – Há, cheguei antes.

– Eu poderia te empurrar daqui sabia? – ele senta ao meu lado no galho.

– Mas não vai. – empurro ele com o ombro levemente.

Ced revira os olhos e pega uma florzinha roxa da árvore pra mim.

– Obrigada. – coloco a flor atrás da orelha, com o cabelo atrás.

– Até que ficou fofa. – ele sorri e olha pra baixo, a tempo de não me ver corar. – Olha, os Weasley’s chegaram.

– Nós vamos com eles?! – falo animada e sorrindo.

– Duvido você pular daqui de cima. – ele olha pra mim.

– Fechado. – ele pula e eu vou atrás

– Este é meu filho Cedrico. – o sr. Diggory apresenta. – Acho que já conhecem a Alissa.

– Nunca vi na vida. – os gêmeos falam juntos e eu abraço eles.

– Estava com saudades. – abraço Rony, Harry, Hermione e Gina também. – De todos vocês.

– Vamos então. – o sr. Weasley anda até a bota e nós os seguimos.

– Então Alissa...

– A senhorita nos deve explicações. – Hermione e Gina completam a frase uma da outra, lançando olhares maliciosos.

– Parem com isso suas chatas, não aconteceu nada! – reviro os olhos e nós deitamos na grama, segurando firmemente na bota.

– Uma bota velha? – Harry franze a testa.

– Fiz a mesma pergunta Harry, agora segura aí. – falo pra ele.

– Um...

– É uma chave de portal, nosso transporte até a Copa. – alguém explica.

– Dois... – Amos continua com a contagem.

– HARRY! – gritamos e ele segura na bota.

– Três. – assim que termina a contagem, senti um horrível puxão no umbigo e logo depois de segundos, o pai de Ced nos manda soltar do objeto.

Imaginem, eu já não sei andar de Pó de Flu, uma coisa em que você vai de pé, o que acham que aconteceu quando eu soltei aquela maldita bota? Exato, caí com tudo no chão. Mas pelo menos, todos os Weasleys, Hermione e Harry também caíram, só os Diggory e Arthur estavam rindo.

– Ai. – eu reclamei de dor no chão e os gêmeos vieram me ajudar a levantar. Ou foi o que pensei, pois assim que me apoiei neles, eles me soltaram e eu caí de novo. Resolvo levantar sozinha. – Odeio vocês dois.

– Sabemos. – cada um me abraça de um lado.

– Garotos, bem vindos à Copa Mundial de Quadribol.

Era simplesmente demais! Várias barracas, provavelmente cheias de famílias dentro. Como sabem, as barracas bruxas são como casas de campo, simples, porém grandes. O gramado estava cheio de pessoas, caracterizadas de irlandeses e búlgaros, já que seria o jogo de abertura.

– Hora de nos separarmos. – Amos fala e eu aceno um tchau para os ruivos.

– Vejo vocês no jogo. Ou volto aqui para chamar vocês. – dou de ombros e sigo os Diggory.

Andamos em uma direção em que as barracas começavam a aparentar serem maiores e mais decoradas, até que chegamos a nossa.

– Uau. – digo quando entro na barraca, que parecia mais uma casa do que uma barraca. Era enorme, e até que chique.

– Quer comprar doce? – Ced sugere assim que coloco a bolsa na minha cama.

– Claro, vamos. – pego dinheiro.

Trombamos com Hermione e Gina na barraca de doces também, e elas voltam com aqueles olhares. Credo, elas parecem os gêmeos. Peço para Cedrico comprar os doces pra mim e fico falando com elas.

– Vocês precisam parar com esse olhar. – falo fingindo raiva para elas.

– Que olhar? – Gina se faz de desentendida.

– Ridícula. – reviro os olhos e olho para outro lado, quando vejo alguma coisa que nunca pensei na minha vida que iria me chamar atenção.

Draco Malfoy.

Bato com as mãos no ombro de Hermione freneticamente e aponto para onde estou olhando. Quando ela olha, transfiro meus tapas para Gina.

– Ai meu Deus. – elas dizem as duas juntas.

– Eu sei. Como vou chamá-lo de doninha agora? – falo ainda boquiaberta com a visão.

O que estava acontecendo? Assim que desviei o olhar de Hermione, vi Draco Malfoy, vestindo uma camiseta da Bulgária, e levando uma bronca do pai por tal coisa. Então, Lúcio Malfoy fez o filho tirar a blusa e se vestir adequadamente, no que incluía um terno.

Ou seja, vimos Draco sem camisa, e admitimos que gostamos da vista. Acho que os treinos de Quadribol fizeram bem pra ele. Todo o encanto acabou quando ele colocou o terno, voltou a ser o mesmo de sempre.

– Voltou a ser desinteressante. – Gina fala e todas voltamos a conversar.

– Acho que os treinos de Quadribol fizeram bem pra ele. – penso alto.

– Com certeza. – Hermione faz um olhar malicioso pra mim e aponta a cabeça para Cedrico. – Seu amigo ali faz quadribol, lembra?

– E ele é mais velho. – Gina completa.

– Chega, as duas. – bufo. – Vejo vocês no jogo. – viro as costas e pego meus doces com Cedrico.

– Fofocaram? – ele sorri e entrega os doces.

– Não faço isso. – falo com voz diferente e comendo um alcaçuz.

– Você não me engana não Snow. – ele bagunça meu cabelo e voltamos para a barraca, aguardando o jogo.

–--------

Era quase a hora do jogo e estávamos subindo todos aos nossos lugares, que por sinal ficavam bem no alto, quando vimos os Malfoy perto do camarote.

– Vejam por esse lado, se chover, serão os primeiros a saberem. – Lúcio provoca.

– Nós estamos no camarote do ministro, convidados pelo próprio Cornélio Fudge. – Draco se gaba e leva um cutucão de bengala do pai.

– Não se gabe, Draco. Não tem necessidade com essas pessoas. – todos viramos e ele prende o casaco de Harry numa grade. – Aproveite enquanto pode, Potter.

Nós voltamos a subir e finalmente chegamos aos lugares. Eram perfeitos, bem no topo, dava pra ver tudo!

– Eu disse que iria valer a pena. – o sr. Weasley comenta e o time da Irlanda passa voando perto de nós, recebendo gritos de torcida, principalmente quando formam um duende de fogos de artifício, que inclusive sabia dançar.

O time fica em formação e os búlgaros entram, destruindo o duende e passando rapidamente pelo time adversário. Uma grande tela se forma quando o apanhador, Vitor Krum, faz acrobacias e acena para a multidão.

– Quem é aquele? – Harry pergunta.

– É o melhor apanhador de todos os tempos, Vitor Krum! – Rony fala animado e todos nós gritamos em torcida dele.

– Bem vindos a Copa Mundial de Quadribol. – Fudge fala em sua varinha, com o volume bem alto. Então, ele lança uma luz no meio do campo. – Que o jogo comece!

–-----

– Melhor jogo de todos! – Ced fala quando estamos já na barraca.

– Com certeza, ainda não acredito que os irlandeses ganharam mesmo com o Krum tendo pegado o pomo. – falo e escuto um terrível barulho lá fora. – Nossa os irlandeses tão bem animados em.

– Peguem as coisas, agora. – o pai de Cedrico fala apressado. – Vamos, não são os irlandeses lá fora, rápido!

Pego a minha bolsa e coloco tudo o que eu havia tirado lá dentro, bem rápido, e saímos da barraca. Estava uma zona, haviam homens mascarados ateando fogo em todas as barracas, as pessoas estavam correndo e gritando.

– São os comensais da morte! – ouço um cara gritando e me apavoro. Os comensais são seguidores de Você-Sabe-Quem, dão tão medo quanto ele.

Corro com os Diggory para até onde a nossa chave de portal estava localizada, e nunca pareceu tão grande a distância. Finalmente chegamos e nos escondemos perto em uma árvore para esperarmos os Weasley’s, não poderíamos deixa-los.

De repente, vejo os gêmeos chegarem com Gina, e logo depois o sr. Weasley com Hermione e Rony.

– Graças a Merlin estão bem. – vou até eles. – Cadê o Harry?

Hermione fica desesperada. –Ele estava com a gente, mas foi levado pela multidão e não consegui ver ele mais.

– Isso não pode ser bom... – Cedrico põe a mão no meu ombro e aponta para o céu.

Não era bom mesmo. Havia uma caveira, com uma cobra saindo de sua boca, gigante no céu. A marca de Voldemort. Estremeço só de pensar no nome dele.

– Vamos procurar Harry. – Rony fala com Hermione e eles simplesmente saem. Não penso duas vezes e os sigo.

– Voltem aqui! – o sr. Weasley reclama ao fundo, mas nós três sabíamos que ele iria vir atrás.

– Harry! – chamo, gritando, e os dois fazem a mesma coisa.

– Ali! – Hermione aponta para ele, depois de uns minutos procurando. Corremos até ele. – Você está bem? Ficamos preocupados.

– Estou bem... – ele olha para o céu. – O que é aquilo?

– A marca dele... – ele franze a testa quando eu falo. – A marca de Você-sabe-quem.

– ESTUPEFAÇA! – um círculo de homens surgem ao nosso redor, jogando o feitiço em nós, que abaixamos rapidamente.

– PAREM! – o sr. Weasley chega na hora. – É meu filho.

– Um de vocês lançou o feitiço, foram pegos na cena do crime. – Fudge fala, transbordando de raiva.

– Eles são só garotos, não fizeram isso.

– Tinha um homem, bem ali. – Harry aponta numa direção e todos vão atrás.

Nós voltamos todos ao lugar da bota velha e vamos para casa. Foi a pior copa de todos os tempos.


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Notas finais do capítulo

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