Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 26
Prisioneiro de Azkaban- Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

último cap de hp3, espero que gostem!



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– Hermione, bem vinda à Casa dos Gritos. – falo enquanto me inclino para entrar na casa, através do horrível buraco no chão. Ajudo os dois a subirem e nos deparamos com uma escada, levando a um lugar mais claro. – Harry, vai primeiro. – o empurro para subir as escadas.

Eram dois lances de escadas, os quais subimos apressados e encontramos Rony, sentado ao chão segurando Perebas.

– Rony! – corremos até ele. – Você está bem?

– Cadê o Sinistro? – Harry lembra.

– Harry fuja, ele não era um cachorro, era um animago! – Rony aponta desesperado e com medo para trás de nós. Olhamos os três para o chão, seguindo pegadas, primeiro de um cachorro e depois se transformavam em de um ser humano.

E diante de nós, estava Sirius Black. Estava usando maltrapilhos, aparentava um lunático, estava com raiva e olhando diretamente a nós.

– Se quer matar o Harry, vai ter que nos matar também. – Hermione se coloca na frente do moreno e eu vou também.

– Não, só uma pessoa morre hoje. – ele responde dando um passo a frente.

– E vai ser você! – Harry sai de trás e voa no pescoço de Black, tentando esganá-lo e os dois vão ao chão, com Harry por cima. Ele pega a varinha do bolso e a aponta para a testa de Black, que apenas ri.

– Vai me matar Harry? – o garoto hesita e Lupin abre a porta, desarmando-o.

Olhamos confusos para o professor, que manda Harry se levantar. Hermione o puxa para perto.

– Sirius, Sirius. – ele anda para Black com a varinha em mãos. – Finalmente a loucura interior refletiu em você.

– Você entende muito de loucura interior, não é Remus?

E então, Lupin abaixa a varinha e estende a mão pra Sirius Black poder se levantar, depois o abraça, como se não o visse há muito tempo. Nós quatro ficamos olhando como se não acreditássemos no estávamos vendo.

– Ele está aqui. – Black quase tremia de felicidade ao falar. – Vamos mata-lo.

– NÃO! – Hermione, com cicatrizes na cara, grita. – Eu confiei em você! E todo esse tempo, você foi amigo dele! – ela vira para nós e aponta o dedo para Lupin. – Ele é um lobisomem, por isso não tem dado aulas.

– Há quanto tempo sabe? – ele anda em nossa direção. Não podia acreditar que o mesmo Lupin, o Aluado, era parceiro de Sirius Black, um assassino.

– Desde que o professor Snape deu a aula.

– Bem Hermione, você realmente é a bruxa mais inteligente da sua idade.

– Chega de bate-papo, vamos logo mata-lo! – Black fica impaciente.

– Calma!

– EU JÁ ESPEREI DEMAIS! – ele grita. – Doze anos! Em Azkaban!

Todos nós ficamos quietos, apenas encarando-o. Lupin olha para nós e entrega a varinha para Black. – Só espere mais um minuto, Harry tem que saber o motivo.

– Eu sei o motivo. – Harry diz trêmulo ao meu lado. – Você traiu meus pais, você é a razão deles estarem mortos!

– Não Harry, não foi ele. Alguém realmente traiu seus pais, mas foi alguém que eu julgava estar morto!

– Quem era então? – Harry pergunta.

– Peter Pettigrew! – Black responde por ele. – E ele está nessa sala. Vamos lá Peter, vamos sair e brincar! – ele grita e é encurralado por Snape, que acabava de chegar na sala.

– Ora ora, não sabem quanto esperei por esse dia. Queria ser a pessoa que te capturaria. – Lupin tenta interceptar e falha. – Eu falei para Dumbledore que não era seguro te ter no castelo, Lupin, e agora aqui está a prova.

– Brilhante Snape, mais uma colocou seu grande nariz onde não foi chamado e chegou a conclusão errada. – seguro uma risada. – Agora se nos dá licença, nós temos um assunto sério para resolver. – Snape aponta a varinha para a garganta de Sirius.

– Me de uma razão para não te entregar agora.

– Sirius não fale nada...

– Ele não sabe de nada.

– Sirius cale a boca.

– Remus fique você quieto.

– Olhe só para vocês, brigando como um casal de velhos. – Snape provoca.

– Por que não vai brincar com seu quite de química e nos deixa em paz? – Sirius rebate.

– Eu poderia te matar... mas por que faria isso, se os dementadores podem fazer por mim. Soube que estão loucos para te ver. – ele vai andando com Black para trás. – Isso foi um sinal de medo? O beijo de um dementador. Soube que é agonizante de ver, mas eu vou fazer o melhor que posso.

– Snape, por favor. – Black tenta. Vejo Harry pegando a varinha do bolso de Hermione.

– Depois de você. – o professor de poções aponta a saída para Sirius e Harry ataca Snape, que quebra uma velha cama.

– Harry você atacou um professor! – Hermione fala indignada.

– Harry você atacou o Snape! Estou orgulhosa. – falo e Hermione me cutuca.

– Me fale sobre Peter Pettigrew. – ele ainda aponta a varinha, dessa vez para Black.

– Ele estudava conosco, achávamos que era nosso amigo. – Lupin responde.

– Não, Pettigrew está morto. – Harry retruca e aponta para Sirius. – Você o matou.

– Não, ele não matou. – Remus entra na frente. – Eu achava isso também, até você mencionar ter visto Pettigrew no mapa.

– O mapa estava errado. – ele tenta argumentar.

– Harry o mapa nunca está errado. – vou para a frente dele e aponto para Lupin. – Ele fez o mapa, ele é um maroto, o Aluado.

– Gostei de você garota. – Black comenta. – O mapa nunca mente. Pettigrew está vivo, e está bem ali. – aponta para onde Rony está e eu franzo a testa.

– Eu? O cara ficou maluco!

– Não você. – ele revira os olhos. – O seu rato.

– Perebas? Mas ele está na minha família há...

– Doze anos? Uma vida curiosamente longa para um rato, não acha? – Sirius começa a andar até ele. – Ele tem um dedo faltando não tem?

– Tem, mas e daí?

– Tudo o que acharam de Pettigrew foi o seu... – Harry começa a frase.

– Dedo! – Black termina. – O covarde cortou o próprio dedo para acharem que ele tinha morrido e depois se transformou em um rato!

– Me mostre. – Harry pede por provas e Black arranca Perebas da mão de Rony. Perebas se sacudia como um louco.

– Perebas! Deixem ele em paz, ele não fez nada. – Rony reclamava.

– Cala a boca Rony. – bato na cabeça dele de leve enquanto vejo Lupin e Black tentando acertar o rato com um feitiço, e conseguem antes que ele entre em um buraco.

E então, o Perebas se transformou em um humano gordinho, entalado no buraco que apenas um rato cabia. Os dois adultos vão até suas pernas e o puxam dali, jogando-o contra a parede e armando-se.

– Remus! Sirius! Meus velhos amigos! – Peter finge um abraço e tenta fugir pelo meio deles, mas é empurrado de volta para onde estava.

– Harry, olhe só para você, tão grande e tão parecido com seu pai, James. – Pettigrew chega perto de Harry e eu entro na frente.

– Vai pra trás. – falo para o rato.

– Como ousa falar com ele?! – Sirius fala ao mesmo tempo que eu, apontando a varinha para Peter, que sai correndo, ficando atrás de um piano velho. – Como ousa falar sobre James na frente dele?!

– Você entregou James e Lily para Voldemort, não foi? – Lupin pergunta.

– Eu não queria. – Pettigrew faz um choro falso. – O Lorde das Trevas... vocês não tem ideia das armas que ele possui. – ele olha para Sirius. – Se fosse você em meu lugar, o que faria?

– Eu morreria! Eu morreria ao invés de trair meus amigos. – Sirius fala e Pettigrew tenta sair, mas Harry barra a porta.

– Harry. – Pettigrew põe as mãos em seus ombros e sussurra para ele. – Seu pai não deixaria que me matassem, ele teria piedade! – os outros dois o arrastam de volta para o piano e apontam suas varinhas.

– Devia saber Peter, que se Voldemort não te matasse, nós iríamos. – Sirius fala e olha para Remus. – Juntos!

– Não! – Harry interrompe e vejo Lupin respirando fundo.

– Harry, esse homem...

– Eu sei o que ele é, mas nós vamos leva-lo ao castelo. – Harry anda até os três.

– Muito obrigado rapaz, muito obrigado. – Pettigrew tenta tocar em Harry, ajoelhado, mas ele se afasta.

– Vamos leva-lo ao castelo, depois os dementadores vão cuidar de você.

Saímos da sala, com Rony sendo carregado por Harry e Sirius, enquanto Remus ficou trazendo Pettigrew por último.

– Desculpe pela mordida, deve estar doendo um pouco. – Sirius comenta.

– Um pouco? Um pouco?! – Rony dramatiza. – Você quase arrancou minha perna fora.

– Eu queria o rato. Normalmente eu fico mais legal na forma canina, mais dócil. Seu pai até sugeriu que eu ficasse daquele jeito pra sempre, Harry. Sabe, eu não via problema naquilo, exceto pelas pulgas, são de matar.

– Então... Sirius. – chamo a atenção dele. – Você também é um maroto né? Qual deles?

Ele ri brevemente. – Pode me chamar de Almofadinhas. – ele estende a mão, como se estivéssemos nos conhecendo agora.

– Prazer, sou Alissa Snow. – aperto a mão dele.

– Snow! Como vai seu pai?

– Vai bem, eu mando um “oi” pra ele, depois de contar como você era inocente. – continuamos andando. – Quem eram os outros marotos?

– Alissa vou te bater se você falar a palavra “marotos” de novo. – Hermione reclama ao meu lado.

– James Potter era o Pontas e Pettigrew era o Rabicho. – Harry encara Sirius. – Pois é Harry, seu pai ajudou a criar o mapa.

– Isso é demais! – chegamos à saída da passagem secreta e subimos tranquilamente. – Essa árvore não está parada demais? – paro encarando o Salgueiro Lutador.

– Snape deve ter imobilizado ela para conseguir passar. – Sirius coloca Rony sentado, encostado em uma das raízes da árvore e fica encarando a vista de Hogwarts durante a noite.

– Vai lá Harry. – Rony fala e, relutante, Potter vai falar com o Sirius.

– Sua perna dói muito? – pergunto.

– Bastante... acho que vai ter que amputar.

– Não vai não, a Madame Pomfrey vai resolver. – Hermione conforta.

– Vai mesmo, lembra quando ela fez ossos novos nascerem no braço do Harry? – dou um tapinha no ombro de Rony e me arrependo disso. – Ai droga, pulso errado. Vou ter que ficar te fazendo companhia na enfermaria, Ron.

E então, Aluado chega com Pettigrew, arrastando-o o caminho todo.

– Rony, eu fui um bom amigo não fui? Um bom animalzinho de estimação. Não vai deixar que me entreguem aos dementadores vai? – ele tenta pedir por piedade e depois olha para Hermione. – Você... garota inteligente, me ajude. – Lupin o puxa para cima antes que ele possa falar comigo também.

– Deixe a garota em paz. – ele aponta a varinha para o rato.

– Essa não... – Hermione levanta e eu vejo a lua cheia aparecendo atrás dela. – Harry!

Lupin a vê também, e eu pude ver em seu olhar um traço de medo, antes de suas pupilas dilatarem e ele derrubar a varinha. Nem um minuto se passou, e Pettigrew pega a varinha, lançando um feitiço em si mesmo. Tentei fazê-lo parar, desarmando-o, mas em vão; ele se transformou em um rato e fugiu.

– Remus, meu velho amigo, esse não é seu verdadeiro eu. Tomou a poção essa noite? – Sirius abraça Lupin, tentando evitar a transformação, mas sem conseguir. Levantamos Rony de onde ele estava apoiado e nos afastamos alguns passos.

O professor Lupin se transforma em lobisomem e joga Sirius morro abaixo. Por um momento, o lobisomem parece confuso sobre sua forma, e quase inofensivo.

– Esperem. – Hermione sinaliza para nós e começa a ir em direção a ele.

– Não, Hermione volta aqui. – chamo-a.

– Má ideia, má ideia. – Rony fica repetindo isso.

– Professor? – ela chega perto do lobisomem. – Professor Lupin?

O lobisomem a encara e uiva, e ela recua. A criatura começa a andar em nossa direção.

– Por que fez isso? – pergunto desesperada.

– Você ia fazer o mesmo!

– Não, não ia, sabe por quê? Porque foi suicido! – falo alto isso e Snape surge. Até esqueci dele.

– Aí está você Potter. – ele percebe nosso estado de pavor e olha para trás, vendo o lobisomem. Por algum motivo, Snape se coloca a nossa frente, envolvendo-nos com os braços.

Lupin continuava andando em nossa direção, até que ergueu a pata e bateu em nós, nos derrubando. Ele rosnava e se preparava para bater em mais alguém quando um cão preto o atacou. Os dois começaram a rolar e brigar, com dentadas e tudo que impedisse Remus de nos atacar. Sirius tentou seu melhor e resolveu atraí-lo para outro lugar, então saiu correndo com um lobisomem a sua cola. Harry se esquivou de Snape e seguiu os dois.

Hermione e eu tentamos segui-lo, mas em vão, Snape não deixou mais ninguém sair de perto dele. Foi quando ouvimos um outro uivado de lobisomem, vindo da Floresta, e vemos o professor Lupin seguindo o barulho.

Fico tentando me livrar de Snape, até que uma hora consigo e saio correndo atrás de Harry e Sirius. Quando não os encontro, olho para baixo do morro e vejo algumas plantas congeladas.

Dementadores.

Desço correndo, a tempo de ver um patrono expulsar todos os dementadores, aproximadamente 100 deles estavam atacando Sirius e Harry, que desmaiaram.

Arrastei Sirius até mais perto de Harry, mas não iria conseguir leva-los morro acima. Eu não tinha escolha a não ser chamar alguém para ajudar. Pego a varinha e aponto para o céu, liberando algumas faíscas vermelhas.

Depois de dez minutos quase, Dumbledore e os outros professores chegaram, levanto todos ao castelo. Sirius foi colocado na masmorra e nós, alunos, fomos levados para a enfermaria.

No dia seguinte, eu estava dormindo quando Dumbledore nos fez uma visita na enfermaria. Todos nós tivemos que ficar lá, não queriam que a história se espalhasse. Eu acordei apenas vendo Harry e Hermione sumirem pelo vira-tempo e entrando pela porta.

– Como fizeram isso?

– Fizemos o que? – Hermione se faz de desentendida.

– Vocês estavam aqui. – ele aponta para frente da maca. – E depois surgiram ali, na porta!

– Rony, eu estava vendo, eles estavam ali o tempo todo. – semicerro os olhos para os dois. Eles me pagam, deviam ter me acordado.

Fomos liberados pela madame Pomfrey e resolvemos ir tomar café, chegando antes de Harry, que parou para falar com Lupin.

– Então, o que fizeram com o vira-tempo ontem? – pergunto sussurrando para Hermione.

– Posso dar a versão resumida por enquanto? – sentamos e eu concordo com a cabeça. – Sirius fugiu voando no Bicuço.

Arregalo os olhos e um embrulho cai no meio da mesa da Grifinória, junto com as cartas. Era um embrulho para Harry, igual uma vassoura. Uma pena de hipogrifo veio junto, Hermione guardou para mostrar a ele depois. E... a vassoura era absolutamente a melhor de todas! Uma Firebolt!

– Parabéns Harry! – Dino fala quando vê Potter.

– Não queria abrir, mas estava mal embrulhado. – Simas se defende após rasgar o pacote.

– Veio com isso. – Hermione mostra a pena e Harry finalmente vê a vassoura.

Toda a mesa da Grifinória vai para fora, para o jardim, e Harry sobe na vassoura, vendo quão rápida ela pode voar. Nosso time de Quadribol agora não iria perder nunca mais.

Mesmo que ontem eu quase tenha morrido, não me arrependo nenhum dia de ter me tornado amiga deles. Eles vão me fazer ter memórias para o resto da vida.


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Notas finais do capítulo

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