Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 23
Prisioneiro de Azkaban- Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

OI OI GENTE demorei né, mas teve epoca de provas, fiquei meio sem tempo e tal... mas o cap ta aí e até q ficou grande. Espero que gostem!



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Aquela horrível tempestade se alastrou por mais ou menos duas semanas, parando apenas uma semana antes das férias. Acho que até os professores não aguentavam mais o tempo ruim, pois eles agendaram uma visita para Hogsmeade, só para encerrar o semestre.

Novamente, o único aluno que não gostou do dia de folga foi Harry, por não ter a autorização de seus tios. Eu, como de costume, pego o mapa maroto só para não deixa-lo no dormitório sozinho, vai que some. Enfim, fico por último com os gêmeos para irmos até o vilarejo e eles me convencem a fazer uma coisa antes de irmos. Claro que eles vão me pagar alguma coisa.

Vimos umas pegadas misteriosas andarem na neve, aviso para os ruivos que é Harry e eles o puxam pelo braço até o castelo enquanto o mesmo reclama.

– Ei! Por que fizeram isso? – ele reclama assim que tiro a capa dele.

– Shh. – falamos todos juntos para ele ficar em silencio e mostramos o mapa pra ele.

– Que lixo é esse?

Nós rimos brevemente.

– Escute só ele, “que lixo é esse”. –Jorge cutuca o braço de Fred.

– Harry, nem parece que você me conhece.

– Isso, é o segredo do nosso sucesso. – Fred aponta.

– Ei, não se esqueçam de mim. – dou um tapa no ombro de Fred.

– Ok, parte dele é você. – Jorge me consola, dando tapinhas em minhas costas.

– Jorge, faça as honras. – ele aponta pro mapa e o gêmeo, usando a varinha, diz as tão conhecidas palavras.

– Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom.

O castelo de Hogwarts surge pouco a pouco no mapa, e os nomes dos nossos queridos marotos surgem.

– “Os senhores Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas, tem a honra de apresentar o Mapa Maroto”.

– Nós devemos tanto a eles. – Fred olha para Harry enquanto o mesmo abre o mapa. Me encosto na parede.

– Espere... isso é Hogwarts! – Harry diz espantado com o mapa. – E aquele é... realmente...?

– Dumbledore. – respondo adivinhando o que ele iria dizer.

– Andando em seu escritório. – Fred continua o pensamento.

– Ele faz bastante isso. – Jorge finaliza.

Harry ficou com os olhos parecendo que assistia a um jogo de ping-pong, pois olhou para cada um de nós enquanto falávamos.

– Então quer dizer que esse mapa mostra todo mundo?

– Todo mundo. – Fred começa.

– Onde estão. – Jorge continua e eles passam a alternar as falas.

– O que estão fazendo.

– Cada minuto.

– Todo dia.

– Brilhante! – Harry olha alegre para nós. – Aonde conseguiram?

– Roubamos do Filch no nosso primeiro ano. – Fred se encosta na parede ao meu lado.

– Agora escute Harry, existem sete passagens no mapa, mas nós recomendamos essa daqui. – Jorge começa e depois dizemos todos juntos as ultimas palavras e apontamos a passagem da Bruxa de um Olho Só no mapa.

– É a passagem da Bruxa de um Olho Só, ela te deixa bem na DedosdeMel, é só seguir o caminho.

– Ah e Harry, não se esqueça de quando terminar apontar a varinha e dizer “Malfeito Feito”, se não qualquer um pode ler. – demonstro no mapa e as linhas vão sumindo, e o mapa volta a ser apenas mais um pergaminho.

Vou com os gêmeos pelo caminho principal até Hogsmeade, correndo para alcançar a turma que já foi. Logo que chegamos à vila, vamos os três renovar nosso estoque de artimanhas da Zonko’s.

– Sabe, a gente ia economizar um bom dinheiro se soubéssemos fazer essas coisas. – digo aleatoriamente, entretanto, nós nos olhamos como se pensássemos a mesma coisa. Iriamos tentar fazer as pegadinhas nós mesmos.

Assim que saímos da loja com nossas compras (vamos tentar fazer as pegadinhas, até lá não podemos ficar sem elas), esbarro com Cedrico e ele me chama para ir tomar uma cerveja amanteigada com ele. Aceito e vamos até o Três Vassouras.

Desde o dia do jogo de quadribol, Cedrico e eu ficamos amigos. Claro, toda vez que eu fico com ele, os gêmeos me lançam aquele maldito olhar malicioso. Tá, eu admito, os cachinhos castanhos e aqueles olhos cinzas podiam hipnotizar de vez em quando, mas éramos apenas amigos.

Sentamos em uma mesa de canto, já que era uma das únicas vazias e ele pediu duas cervejas amanteigadas. Enquanto tomávamos, ficamos conversando até que Cedrico fica com um bigode de espuma. Começo a rir.

– O que foi? – ele pergunta, olhando pra mim confuso.

– Você tem um bigode de espuma! – respondo entre risos e ele limpa com a manga da blusa, enquanto cora, ficando igual a um pimentão.

– Engraçadinha. – ele reclama e aponta para a janela atrás de mim. – Olha lá, seu melhor amigo.

Atrás da janela, estavam Malfoy, Nott e Crabbe, empurrando todos que ficavam em seu caminho, como se fossem superiores. Reviro os olhos e volto a olhar para Cedrico.

– Ele é um idiota.

– É verdade que você bateu nele no começo do ano letivo? – ele pergunta curioso e se apoia na mesa com um braço.

– Verdade. – sorrio lembrando. – Pra ser sincera, eu me senti muito bem.

– Queria ter visto. Meu Merlin como queria ter visto! – ele sorri também. – Por que bateu nele?

– Ele ficou me irritando dizendo que Harry e eu namorávamos. – tomo um gole da cerveja amanteigada.

– E-e vocês são? – ele gagueja e para de sorrir.

– Harry e eu? Namorados? Merlin, não! – faço uma careta. – Nunca namoraria Harry, ele é como meu irmão.

– Ah. – o clima fica bem estranho e Cedrico desvia o olhar para a janela, enquanto eu termino minha cerveja amanteigada. – Seus amigos estão te chamando. – ele aponta para Hermione e Rony na janela.

– Eu vou indo então, ok? – dou um beijo na bochecha dele e saio, encontrando os dois. Hermione me olhava do mesmo jeito que os gêmeos. – Para de me olhar assim, Cedrico e eu só somos amigos!

– Aham, tá. – ela é irônica e eu empurro ela devagar. – Ronald e eu vamos ver a Casa dos Gritos, quer ir junto?

– Quero sim, não fui lá da ultima vez. A casa mais assustadora da Grã-Bretanha, topei. – fico do lado de Hermione, que está no meio, e nós começamos a ir até a Casa dos Gritos.

– Então... o que tá acontecendo entre vocês dois? – Hermione me dá um empurrãozinho com o ombro.

– Cedrico e eu? – pergunto e ela confirma com a cabeça. Grunhi. – Não tem nada acontecendo, nós somos só amigos!

– Para com isso, até Ronald percebeu que estava um clima. – ela diz em tom de desdenho.

– Ei, como assim “até Ronald”? Eu sempre percebo tudo! – ele se defende, fingindo estar ofendido.

– Aham, tá. – solto um riso de deboche e Hermione revira os olhos.

– Sem briga os dois. Me escuta Ali, vai acontecer alguma coisa entre vocês ainda. – ela fala por fim e nós chegamos até a cerca que separa Hogsmeade da Casa dos Gritos.

Ficamos ali, admirando a casa que é considerada a mais mal-assombrada da Grã Bretanha. Não é pra menos, todas as janelas são fechadas com tabuas de madeira, o jardim é úmido e mal cuidado, a pintura está tão estragada que assusta ainda mais e todas as entradas estão tapadas (sei que não é bem verdade, pois aparece uma entrada no Mapa Maroto).

– Ora, ora, se não é o meu grupo favorito de perdedores. – Malfoy chega, com Crabbe e Nott, enquanto estávamos olhando para a Casa. Reviro os olhos e viro para ele.

– Quanto amor próprio, achei que vocês se valorizavam mais. – respondo irônica.

– Estava vendo a casa dos sonhos, Weasley? Soube que sua família inteira mora em um quarto. – ele me ignora e ataca Rony.

– Cale a boca Malfoy.

– Uhh, não foi muito educado. Gente, acho que está na hora de ensinarmos o Weasley a respeitar os superiores. – ele se dirige aos amigos e faz um gesto com o casaco como se fosse um terno.

Hermione ri de deboche.

– Não pode estar se referindo a você certo?

– Como ousa falar comigo? – Malfoy quase cospe as palavras. – Sua sujeitinha de sangue ruim!

Eu já estava pronta para começar a falar umas verdades quando uma bola de neve, do meio do nada, o atinge. Ficamos todos em silêncio e logo percebo quem é. Seguro a risada.

– Quem está aí? – ele diz assustado.

Outra bola de neve o atinge e mais três seguem, todas indo apenas na direção deles. Começo a rir, sabendo quem é que as joga.

– Não fique parado aí, faça alguma coisa! – ele empurra Crabbe.

– Tipo o que?

E então Harry abaixa a touca de Nott e as calças de Crabbe, revelando uma cueca samba-canção com estampa oncinha. Hermione junta-se a mim nas risadas e o, sob a capa da invisibilidade, Harry continua a assombração, empurrando Crabbe de cara na neve, fazendo Malfoy tropeçar e cair sobre ele. Harry também gira Nott pelo cachecol em círculos, largando-o para puxar Malfoy pelos pés, arrastando-o até metade do caminho perto da Casa dos Gritos.

Enquanto eles estavam morrendo de medo, eu ria tanto que minha barriga chegava a doer e meus olhos lacrimejarem. Hermione não estava tão diferente, só Rony que ainda estava meio assustado, mas feliz por nada atingi-lo.

Assim que Malfoy é soltado por Harry, ele levanta em disparada, empurrando os outros dois amigos, para fugir com facilidade, morrendo de medo. Os outros tentam seguir, um com as calças abaixadas e outro, mais desajeitado ainda, tropeçando a cada passo.

Ainda sob a capa, Harry brinca com os pompons de nossas toucas, e Rony fica assustado.

– Harry! – Hermione e eu dizemos ao mesmo tempo, entre risadas, e ele tira a capa.

– Até que foi engraçado. – Rony diz, se acalmando do susto.

– O que eu perdi? – Harry pergunta enquanto começamos a andar até as lojas.

– Alissa e Cedrico vão namorar. – Hermione tagarela e eu empurro ela.

– Cala a boca. – reviro os olhos.

– V-Você gosta dele? – Harry gagueja e me encara.

Olho-o de lado.

– Desse jeito não, ele é meu amigo. Só isso. A Hermione que fica falando essas coisas. – abaixo a toca dela na cara.

– Harry, como chegou aqui? – Rony pergunta enquanto pega uma jujuba do bolso.

– Seus irmãos e essa coisa aqui me ajudaram. – ele aponta pra mim e se refere aos gêmeos também. – Me deram um mapa que mostra Hogwarts inteira e umas sete saídas do castelo.

– O que?! – os dois dizem ao mesmo tempo.

– Não acredito que nunca me mostraram isso. – Rony reclama.

– Não acredito que não devolveu isso. – Hermione diz ao mesmo tempo que o ruivo e depois olha pra Harry. – Você vai devolver, certo?

– Ah claro, junto com a capa de invisibilidade dele. – o ruivo ironiza.

– Harry se você devolver esse mapa, te jogo da torre de astronomia. – ameaço.

– Harry, ta vendo aquela mulher ali na frente do barzinho? – Hermione aponta para Madame Rosmerta e Harry assente vendo. – Rony gosta dela.

– Cala a boca. – ele retruca e eu rio.

– Você tá querendo ver a gente namorar né? Primeiro comigo e agora com Rony... vou te achar alguém Mione, fica esperta.

De repente todos nós paramos de conversar e ficamos observando Cornélio Fudge chegar com a professora McGonagall e o Hagrid.

– Eu estou cansada de dementadores aqui por perto! Vai espantar a minha clientela! – a Madame Rosmerta anda furiosa até Fudge, que sussurra alguma coisa. – SIRIUS BLACK AQUI? – a Madame Rosmerta grita e Fudge e McGonagall fazem sinal para ela ficar quieta. – Vamos entrar, assim podemos conversar melhor.

A dona do bar sugeriu e todos entraram no local, e assim que olhamos para o lado, Harry tinha se escondido com a capa de invisibilidade e estava seguindo os adultos para dentro do bar. Quando nos demos conta, saímos correndo atrás dele, mas somos barrados na entrada do bar, e apenas vimos todos subirem para um local mais reservado.

Sentamos os três em um banco que não tinha tanta neve e ficamos esperando pegadas invisíveis passarem por nós, ou que Harry simplesmente sentasse do nosso lado e nos contasse o que aconteceu. Acho que ficamos uns quinze minutos ali, apenas olhando o coral a nossa frente ensaiar a apresentação de Natal, até que por algum motivo todos caem, esbarrando uns aos outros. Levantamos apressados, pedindo desculpas às crianças por empurrá-las enquanto andamos, e vamos atrás das pegas na neve, chegando até uma pedra perto da Casa dos Gritos, um lugar que está isolado.

Hermione se aproxima cuidadosamente e retira a capa, encontrando Harry chorando.

– Harry o que aconteceu? – ela pergunta e Rony e eu nos aproximamos.

– Ele era amigo deles. E ele os traiu. – ele diz de cabeça baixa, se referindo a Sirius Black. Faz uma pausa e nos encara. – ELE ERA AMIGO DELES!

Seu grito fez eco e ele continuou falando, ainda nervoso.

– Eu espero que ele venha até mim, porque quando ele vier, eu estarei pronto. Quando ele vier, eu vou mata-lo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Por favor deixem reviews! Eu nao tenho recebido tantas e isso me leva a demorar mais sabiam?



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