Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 16
Câmara Secreta- Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

OI OI GENTE FELIZ 2015!! Passaram bem o ano? Espero que sim. Agora, espero que gostei do cap, que está até bem grandinho kasasjd me digam se gostaram nas reviews!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/470511/chapter/16

– Me diga de novo o porquê de estarmos preparando uma poção não permitida, na luz do dia e no meio do banheiro das meninas? – Rony exclama pela terceira vez enquanto Hermione prepara a poção polissuco.

– Porque ninguém vem aqui, já disse. – ela responde enquanto joga o conteúdo de um dos frascos no caldeirão.

– Por que ninguém vem aqui?

– Por causa da Murta-que-geme. – respondo dessa vez.

– Quem? – o ruivo me olha com uma cara de interrogação, assim como Harry e eu escuto um barulho na privada.

– A Murta-que-geme.

– Quem é a Murta-que-geme?

– EU sou a Murta-que-geme. – a garota fantasma realmente apareceu e, como sempre, alterada. – Mas por que você deveria conhecer uma Murta e que geme? – ela diz a frase choramingando, ou melhor, gemendo e depois grita, voltando para a privada.

– Ela é um pouco sensível. – Hermione comenta.

– Um pouco?

Enquanto Hermione fazia a poção e os garotos e eu ficávamos parados, decidi puxar assunto com ela.

– Hermione, papo de garota, o que você realmente acha do Lockhart? Porque ele é lindo e tudo mais, mas fiquei em dúvida se gosto dele ou não depois das aulas.

– Ah não, me digam que vocês não vão começar a conversar sobre garotos. – Harry geme lamentando.

– Alissa sabe que eu andei pensando a mesma coisa? – ela põe o frasco que estava segurando no chão, para poder gesticular. – Quer dizer, ele escreveu tantas coisas lendárias e quando chega nas aulas, não tem nada para demonstrar!

– É elas vão conversar sobre garotos. – Rony resmunga para Harry, dando a resposta.

– Exatamente! – apoio a cabeça na mão. – Mas não podemos negar que ele é muito lindo.

– Tem razão, aquele sorriso realmente mereceu os prêmios que ganhou.

– Não é?! – dou uma olhada pelo canto do olho e vejo Harry e Rony fingindo se suicidar, ou pedindo para um matar o outro. Não consigo evitar de rir. – Vocês são uns bestas.

– “Por favor, todos os alunos se dirijam imediatamente ao Salão Principal para uma aula de duelos com o professor Lockhart.” – ouvimos Minerva dizer nos autofalantes, que são usados quase nunca.

– Felizes? Agora vão poder ver seu querido professor. – Rony dramatiza colocando a mão no coração, fazendo Hermione e eu darmos boas risadas enquanto ela esconde a poção em uma das cabines.

Quando chegamos ao salão principal, vemos um grande palco roxo com uns desenhos em cima. Nos aproximamos e ficamos bem na frente, enquanto os outros alunos chegam. De repente, quando o salão já está basicamente com todos os alunos, o Lockhart aparece.

– Estão todos me vendo? Estão todos me ouvindo? Ótimo. – ele sorri. – Eu consegui a permissão do diretor Dumbledore para dar essas aulas a vocês por causa da série de ataques que está havendo. Por isso, chamei o professor Snape para me auxiliar, mas não se preocupem, vocês ainda terão seu professor de poções quando acabar. – ele sorri, novamente, tira a capa que estava usando e joga para a multidão.

Quase que eu peguei, se não fosse por Harry ter me empurrado para o lado para conseguir mais espaço. Droga.

Enfim, Snape subiu ao palco com a mesma animação de sempre, braços cruzados e cara amarrada, e os professores começam o “ritual” do duelo. Antes de começar a lutar, ambos têm que apresentar as varinhas, abaixá-las, cumprimentar-se e andar cinco passos para trás. Quando os dois acabam de fazer isso, Lockhart conta até três e Snape lança o feitiço.

– Expelliarmus! – esse feitiço não só o fez perder a varinha como também voar até a ponta do palco.

– Será que ele está bem? – Hermione pergunta em voz alta preocupada.

– Quem se importa? – Rony diz rindo e eu dou um leve tapa no braço dele.

– Uma ótima ideia de mostrar isso professor, mas se me permite dizer, foi muito óbvio o que ia fazer e se eu quisesse tê-lo parado, eu teria feito. – Lockhart diz enquanto se levanta e anda para perto de Snape.

– Por que não ensina os alunos a se defenderem de feitiços patéticos, professor? – Snape diz provocando. Lockhart apenas sorri e finge que não sentiu a ironia pura na fala.

– Ótima ideia! Vamos ter voluntários... Potter e Weasley, subam ao palco.

– A varinha do senhor Weasley faria Potter ir para a enfermaria numa caixa de fósforos. – Snape para o ruivo no meio do caminho e continua falando. – Que tal eu sugerir alguém de minha casa? Malfoy, talvez?

Isso não vai prestar. Não vai mesmo.

O Harry e o Malfoy sobem ao palco e ficam cara a cara.

– Com medo Potter? – a doninha provoca enquanto eles apresentam a varinha.

– Vai sonhando. – ninguém no salão a esta altura piscava com o duelo que ia acontecer.

– Quando eu contar até três vocês vão lançar feitiços para desarmar, mas APENAS para desarmar, entenderam? – Lockhart fala para eles, o que eu duvido que ambos vão respeitar. – Um, dois...

E então, é claro, que Malfoy lança um feitiço antes do “três” e é claro que ele não é de desarmar. Harry sai voando para longe, mas logo se levanta, ignorando as reclamações do Lockhart.

– RICTUSEMPRA! – ele lança, e dessa vez, Malfoy é que é atirado para longe. Snape o ajuda a levantar e a doninha lança mais um feitiço.

– SERPENSORTIA!

Paro estática. Uma serpente saiu da varinha pronta para atacar.

Ah, acho que não disse, eu tenho tanto medo de serpentes/cobras quanto Rony tem de aranhas.

– Não se preocupe Potter, eu me livro dela para você. – Snape começa a andar em direção a cobra, que está basicamente na minha frente, para mata-la.

Logicamente, Lockhart o impediu e lançou um feitiço na cobra que somente a fez ir quase até o teto e cair ainda mais furiosa.

Cair furiosa.

Bem na minha frente.

Sem dúvida nenhuma, a serpente vira-se para mim, já que estou transbordando de medo. Bem, Justino e eu. De repente, Harry começa a falar igual como se fosse uma cobra e a serpente começa a ir mais rápido em nossa direção, só na terceira vez que ele fala, a serpente o encara.

Na hora que a serpente vira para Harry, Snape a queima. Juro que nunca gostei tanto dele.

– Acha que tá brincando de que em? – Justino, todo arrogante, porém com um pouco de razão, indaga Harry que apenas olha confuso para todos.

– Senhorita Granger, faça o favor de acompanhar a Alissa Snow até a enfermaria. – Snape olha, pela primeira vez, preocupado.

– O que? Por quê? Eu estou bem! – digo sem entender.

– Alissa, você está pálida. – Hermione me diz e me vira para irmos até a enfermaria. – E você está tremendo.

Chegando a enfermaria, Madame Pomfrey vem correndo diretamente até mim.

– Pelas barbas de Merlin, você está parecendo como se tivesse sido beijada por um dementador! – adoro ela, é sempre delicada. – O que foi que aconteceu?

– Uma serpente quase me atacou e eu morro de medo de serpentes e cobras. – resumo.

– Muito bem, deite-se ali enquanto eu pego um tônico. Depois que tomar, vai ficar aqui até sua próxima aula, o que deve ser em mais ou menos dez minutos. – ela aponta para uma das camas e eu obedeço o que ela disse.

– Então... por que você tem medo de cobras? – Hermione pergunta curiosa.

– Porque quando eu era pequena, eu estava brincando com a minha coelha, Babbitty, no jardim, e ela começou a pular mais rápido e para mais longe de mim, perto das árvores, foi quando uma cobra pulou no pescoço dela e a matou.

– Que horror! E você viu quando a cobra pulou na sua coelha?

– Vi. Foi horrível para minha mãe conseguir me fazer parar de ter pesadelos.

– Aqui querida, seu tônico. – a enfermeira me dá um copo e eu bebo o líquido. Até que não é dos piores. – Agora descanse e pode sair quando der o horário da sua aula.

Quando vejo que ela saiu de vista, viro para conversar com Hermione.

– Você sabia que o Harry era ofidioglota? – perguntamos as duas ao mesmo tempo e rimos.

– Eu não sabia, e você?

– Não. – penso um pouco. – O que eu fiz pra ele de tão grave? Faz tempo que não irrito ele, qual o motivo para ele querer me atacar?

– Ei Ali, já parou pra pensar que talvez ele estivesse falando para a cobra não atacar e foi por isso que ela olhou para ele?

– Faz sentido... mas ainda acho que ele deveria ter contado que era ofidioglota, agora todo mundo vai pensar que ele é o tataratataratatara neto do Salazar. – bufo enquanto olho ao redor da sala. Me levanto. – Cansei de ficar aqui, vamos indo para a aula.

– Mas... – ela tenta protestar, mas pego o braço dela e começo a arrastá-la até a porta.

– Eu estou melhor, vamos logo.

Nos dirigimos até a sala de transfiguração, que possui duas fileiras de mesas postas juntas. Minerva explica que vamos fazer resumos sobre os últimos dois capítulos estudados e, quando acabarmos, poderemos sair. Ah, e era totalmente sem consulta, nem ver o nome dos capítulos nós podíamos!

Graças a Merlin, eu sou uma gênia na matéria.

Quer dizer, não é que eu seja uma Hermione da vida, mas minhas notas são quase tão boas quanto as dela, e eu nem estudo! Transfiguração é a que eu vou melhor, porque eu presto atenção redobrada já que eu sempre acho os assuntos fascinantes.

Em mais ou menos 15 minutos eu já havia acabado e percebi o quanto estava com fome. Entreguei as três folhas de pergaminho para a professora e resolvi ir até a cozinha beliscar alguma coisa.

Segui o caminho já conhecido até a cozinha e me deparei com a mesma elfa, de orelhas pontudas e olhos avelãs, vir falar comigo.

– Olá senhorita, o que vai querer hoje? – Ella, a elfa, me pergunta toda simpática.

Ponho o dedo na bochecha, pensativa.

– Alguns bolinhos, por favor. – ela assente com a cabeça e se vira para ir fazer.

Enquanto olho ao redor, penso como seria legal ter um elfo em casa, pelo menos só nas férias, para poder me fazer companhia, conversar, ou só para me deixar mais folgada e preguiçosa do que já sou. Olho para Ella pegando os ingredientes e tenho uma ideia.

– Ella, deixa os bolinhos um estante e venha aqui, por favor. – chamo-a e ela vem andando o mais rápido que pode. – Você só trabalha em Hogwarts ou tem uma família de bruxos também?

– Só Hogwarts, senhorita. Mas adoraria ter uma família de bruxos! – ela pensa um pouco no que disse e logo começa a dizer apressada. – Não que eu esteja reclamando da vida aqui, mas é que o sonho de todo elfo é uma família a quem servir.

– Ei não precisa se explicar para mim não. – rio com a enrolação dela e me levanto do banquinho em que estava sentada. – Agora eu tenho que fazer uma coisa, mas depois eu volto.

– Mas senhorita Snow, e os bolinhos?

– Ficam para depois! – saio apressada para ir até a sala do diretor quando percebo que não tenho a senha. Volto até a sala da McGonagall para perguntar a senha e depois continuo meu caminho.

Chegando em frente à grande estátua, digo a senha e ela revela uma grande escada em espiral, que por sua vez revela uma porta. Bato duas vezes e ouço a voz de Dumbledore pedindo para entrar.

– Com licença professor, eu tenho uma pergunta. – digo sem delongas.

– Pois não?

– Por acaso eu poderia ter uma das elfas que trabalha aqui na cozinha? O nome dela é Ella e basicamente todas as vezes que eu vou lá comer alguma coisa, é sempre ela que vem me atender. E também, se quiser podemos revezar, como a elfa seria minha, ela poderia trabalhar lá em casa só enquanto eu estiver lá, de resto ela ficaria aqui em Hogwarts.

– Bem, desde que seus pais concordem e desde que você não divulgue a informação de saber aonde a cozinha fica, você pode tê-la quando estiver em casa.

Sorrio animada.

– Ai meu Merlin! Obrigada, obrigada, obrigada! – bato palminhas de felicidade e vejo ele rindo da minha animação. Aponto para a porta. – Eu vou falar com meus pais e depois te aviso.

Assim que abro a porta, esbarro em alguém.

Harry.

– Ah me descul... – vejo quem é e me recomponho. – Foi você? Então foi bem feito!

– O que? Mas o que foi que eu fiz agora? – ele pergunta confuso.

– Você me atacou com uma serpente! Isso não basta?

– Eu não estava te atacando, eu estava falando para ela não te atacar.

Abro a boca para falar e logo a fecho. Hermione estava certa e eu estava errada. Detesto estar errada, depois ela vai falar “eu te disse”.

– Ah. Desculpe então, mas não dava para entender nadica de nada do que você estava falando lá. Enfim, a gente se vê depois no salão comunal. – aceno com a mão e desço as escadas para mandar uma carta para meus pais. Eles com certeza vão deixar. E se não deixarem, bem, eu vou convencê-los.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem reviews!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Harry Potter em outro ponto de vista" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.