Harry Potter em outro ponto de vista escrita por Ruby


Capítulo 14
Câmara Secreta- Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente! Demorei um pouquinho pra postar pq, bem, eu tava com um dilema ali na hora de escrever mas só isso mesmo. Espero que gostem e deixem reviews!



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A aula do Lockhart não poderia ter sido mais desastrosa do que foi. Assim que ele entrou, todas as meninas e eu suspiramos, esperando não só ter uma aula com um professor bonito como também um que falasse de tudo o que existe lá fora.

Doce ilusão.

O professor mal entrou na sala e já começou a se gabar, dizendo os prêmios que havia ganhado. Depois, ele dramatizou muito, até deixar todos com um pouco de medo, e mostrar o que realmente iríamos ver hoje.

– Diabretes da Cornualha? – Simas disse rindo, assim que viu o que estava dentro da gaiola.

– Recém-capturados. Pode rir o quanto quiser sr. Finnigan, mas será que eles continuam inofensivos se soltos?

Mal disse isso e Lockhart os soltou. Foi um caos. Essas criaturas resolveram bagunçar a sala toda, deixando-a praticamente de cabeça para baixo e os alunos saíram correndo em disparada para a saída, os primeiros foram Malfoy e aqueles dois garotos gordinhos que nunca lembro o nome. Ah, e o valente Gilderoy Lockhart também fugiu.

– Corajosos. – digo irônica para o trio e Neville, que está pendurado no lustre. – Neville, eu já te tiro daí, deixa só a gente conseguir parar essas coisas. – aviso enquanto tento me livrar de um que estava tentando pegar meu cabelo.

De repente, Hermione lança um feitiço que faz com que os Diabretes fiquem parados, apenas pairando no ar. Peço para Rony e Harry irem colocando-os na gaiola enquanto eu vou pegar uma escada para tirar o Neville dali. Entro em uma porta e encontro alguns esfregões e vassouras, mas também uma escada. Assim que peguei o que queria, olhei para a vassoura e lembrei de um pequeno detalhe chamado treino de quadribol.

Me apressei e voltei até a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas.

– Hermione, ajude Rony a tirar Neville dali de cima, Harry e eu temos treino de quadribol. – digo afobada e puxo Harry pelo pulso para conseguirmos chegar a tempo. Saímos correndo até o Salão Comunal para poder pegar nossos uniformes e nos trocarmos.

Assim que saio do meu quarto, após me vestir e pegar minha vassoura, encontro Harry e os gêmeos sentados em um dos sofás conversando.

– Alôô! Nós já estamos atrasados! – digo enquanto prendo meu cabelo em um rabo de cavalo.

– Nah, Wood acabou de subir para se trocar, assim como Angelina e as outras. – Jorge dá de ombros.

– E já desci, vamos? – Wood aparece descendo as escadas. – As garotas alcançam a gente depois.

– Ok. – todos dizem em uníssono.

Atravessamos metade do castelo em direção ao campo de quadribol, já com todos do time juntos, até que nos jardins esbarramos com o time da Sonserina.

– Mas que... – Wood reclama baixinho e se dirige até o outro time. – Flint, o que estão fazendo? Reservamos o campo para hoje.

– Temos permissão. – ele estende a mão com um bilhete.

– “Eu, professor Snape, dou a permissão para o time da Sonserina ir ao campo de quadribol treinar o novo apanhador.” – Wood lê em voz alta depois se volta para Flint. – Vocês têm um novo apanhador? Quem?

E de repente, do meio dos sete jogadores aparece o novo apanhador: Malfoy.

Juro que tentei conter minha risada, mas não deu certo e comecei a rir ali mesmo.

– Vá rindo enquanto pode Snow, porque vocês e essas vassouras velhas não vão conseguir ganhar de nós. – Malfoy retruca enquanto mostra as novas vassouras do time todo, a Nimbus 2001.

– De que adianta terem as melhores vassouras se vocês jogam mal?

– Foram presente do pai do Draco. – Flint me ignora e se gaba.

– Pelo menos ninguém na Grifinória pagou pra entrar, só entrou quem tem talento. – Hermione surge com Rony ao lado do time da Sonserina.

– Ninguém pediu sua opinião. – Draco anda na direção dela. – Sua sujeitinha de sangue-ruim.

Meu queixo cai instantaneamente. Eu não acredito que ele falou isso. Mas antes que eu falasse alguma coisa, Rony foi mais rápido e apontou sua varinha (ou o que restou dela, já que ela quebrou) para o doninha e disse a azaração.

– Boca de lesma!

Péssima ideia. Como a varinha estava quebrada, o feitiço se voltou para ele e, bem, foi nojento. Rony começou a vomitar lesmas e todos estavam vendo.

– Vem, vamos leva-lo ao Hagrid, ele vai saber o que fazer. – Harry sugere e nós conseguimos levantar Rony e andamos até a casa do meio gigante.

Hagrid realmente não ajudou muito, apenas deu um balde para Rony vomitar as lesmas e pediu para que contássemos o que aconteceu.

– Rony foi defender a Mione tentando azarar o Malfoy. – Harry começa dizendo.

– Aquele idiota chamou ela de sangue-ruim. – digo grunhindo.

– Ele o que?!

– O que significa? – Harry pergunta confuso.

– Significa sangue sujo. Sangue ruim é alguém que não tem sangue puro, alguém que não tem parentes com magia. Alguém como eu. – Hermione diz e vejo uma lágrima quase caindo do olho dela. – Não é um termo para se usar numa conversa civilizada.

– A coisa é o seguinte Harry: existem bruxos, como os Malfoy, que se acham melhores do que todo mundo só por que têm uma linhagem de bruxos, o que as pessoas chamam de sangue-puro.

– Isso é horrível!

– É nojento. – Rony reclama após vomitar sua sexta lesma.

– Sangue ruim... – Hagrid diz, ainda não acreditando que o Malfoy realmente disse aquilo. – Não há bruxo hoje em dia que não seja meio-sangue ou pior.

– Obrigada pela parte que me toca. – resmungo baixinho.

– Desculpe. – o grandão me ouviu. – Mas o ponto é que não existe feitiço que nossa Hermione não possa fazer. Não pense nem por um segundo que você é pior que eles.

Aparentemente, após uns 5 minutos, o efeito em Rony passou e uma ideia me ocorre.

– Hagrid. – eu interrompo enquanto ele preparava chá. – Posso esvaziar o balde de Rony?

Todos me olharam desconfiados.

– O que foi? – pergunto me fingindo de ofendida. – Acham que não tenho boas intenções?

– Não. – todos disseram ao mesmo tempo.

– Bem, não tenho mesmo. – dou de ombros e pego o balde. – Vão querer ver ou não?

E assim todos me seguem, até mesmo Hagrid, que prometeu não contar para ninguém.

Nos dirigimos ao campo de Quadribol, aonde pelo meus cálculos o treino do time da Sonserina deve estar acabando. Vejo os sonserinos descendo de suas vassouras e avisto o Malfoy. Aviso para os quatro ficarem escondidos enquanto eu ia lá.

– Ei Malfoy! – grito enquanto me aproximo dele, tentando esconder o balde nas minhas costas.

Ele para e vira sua atenção para mim, assim como todos do time. Quando estou a uma pequena distancia dele, continuo a falar.

– Você se acha muito melhor do que Hermione para chamá-la de sangue-ruim não é mesmo? – o doninha dá de ombros. – Bem, você não é. Ah, e aqui está aquela azaração que Rony ia lançar em você.

Assim que termino de dizer isso, viro o balde cheio de lesmas e catarro em cima dele. O queixo de todos cai, sem realmente acreditar que eu fiz aquilo. Afasto-me do loiro andando rapidamente de costas, para o caso de ele querer jogar alguma coisa em mim e, quando estou a uma distancia considerável, mando um beijo com a mão.

Volto para onde os quatro estão escondidos e os encontro rindo sem parar da cara que todos fizeram. Sem poder me conter, olhei para o campo e comecei a rir também.

– Agora é sério, vamos antes que alguém chegue e eu me meta em problemas. – digo e aponto com a cabeça para o castelo.

– Ah droga, falando em problemas, nós temos detenção hoje Harry. – Rony se lamenta e Harry joga a cabeça para trás.

– Gente, não é como se nós já não tivéssemos ficado em detenção. – esbarro meu ombro em Rony enquanto andamos, tentando consolá-lo.

– Exatamente! Da última vez, nós quase fomos mortos na Floresta Proibida.

– Correção: eu quase fui morto. – Harry argumenta.

– Tudo bem, você venceu.

– Nem deve ser tão ruim, vocês provavelmente só terão que limpar a sala de troféus. – Hermione tenta, mesmo não sendo muito útil, ajudar.

– Ótimo! Minhas mãos vão cair de tanto limpar troféus!

– Rony, você está muito dramático, tá parecendo o Harry. – reclamo.

– EI! – os dois dizem em uníssono e logo chegamos ao salão comunal.

Após uns 10 minutos, estávamos sentados conversando e a professora McGonagall vem buscar os garotos para a detenção. Discretamente, afundo no sofá e espero eles saírem.

– Você não presta, sabia? Como consegue se safar disso tudo?

– Hermione. – digo séria. – Eu sou Alissa Snow.

Ela ri e dá um soco leve no meu ombro.

– Besta.

Estalo a língua e dou de ombros. – Eu me esforço. – paro de falar e ouço meu estomago roncar alto. Gemi. – Que fome.

– Conte-me uma novidade. – Hermione me olha pelo canto dos olhos enquanto pega um livro. Jogo uma almofada nela. – Ei!

– Você mereceu. – cruzo os braços, fazendo birra, enquanto ela apenas revira os olhos. Me levanto. – Vou até a cozinha.

– Você vai aonde? – a morena enfatiza o “aonde” como se achasse que eu estivesse de brincadeira. Droga, esqueci que era segredo.

– Eu disse que vou ver se descubro aonde é a cozinha. – minto rápido e ela me olha desconfiada.

– Se eu fosse você, eu sentaria aí e esperaria a hora do jantar. É daqui a pouco!

Me jogo no sofá, derrotada. Vejo Gina passando meio perdida atrás de nós.

– Ei Gina, fica aqui com a gente. – chamo-a.

– Não posso. – ela diz simplesmente e continua andando. Levanto de onde estava e tento pará-la.

– Gina, sério, senta ali enquanto a gente espera o jantar. – encosto minha mão no ombro dela, com a intenção de virá-la para mim.

– Já disse que não posso! – Gina se vira para mim enquanto diz isso e eu recolho a mão rapidamente. Sua voz tinha mudado, estava mais grossa.

– Tudo bem, tudo bem. – me afasto e volto para onde estava sentada e a observo sair do salão comunal.

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Depois do jantar, Rony já havia voltado da detenção e nenhum sinal de Harry. Assim que Hermione, o ruivo e eu terminamos de comer, resolvemos sair para procurar pelo senhor confusão.

Topamos com ele em um corredor perto da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas.

– Até que enfim! Aonde você estava? – pergunto preocupada.

– Parece que vai matar alguém. – ele sussurra.

– O que? – Hermione diz confusa.

– Essa voz, parece que vai matar alguém.

– Não tem nenhuma voz, Harry. – Rony tenta convencê-lo.

– Ah ótimo, lá se vai meu ano sossegado em Hogwarts! Meu amigo ficou maluco!

– Cala a boca, Alissa. É sério gente, tem uma voz e... – ele para enquanto escuta alguma coisa, que aparentemente só ele pode ouvir. – Está indo naquela direção, vamos.

O seguimos e paramos em um dos principais corredores, que está basicamente alagado. Andamos mais um pouco até que Rony vê aranhas. O curioso é que elas estavam andando estranhamente.

– Eu não gosto de aranhas.

– Pessoal, acho que vocês deviam olhar para a parede. – Harry chama nossa atenção. Na parede, estava escrito com letras grandes em vermelho vivo: “A Câmara Secreta foi aberta. Inimigos do herdeiro, cuidado.”

– Parece que foi escrita com sangue.

– Credo Hermione, que pensamento horrível. – olho indignada para ela e depois outra coisa chama minha atenção. – Aquela é a Madame Norra?

A gata foi morta e pendurada pelo rabo em alguma coisa na parede. Harry começa a se aproximar do corpo, e avisa que ela não fora morta, apenas petrificada.

E é nesses piores momentos que todos da escola chegam.

Todo mundo, de todas as casas, resolve aparecer bem naquela hora. Adivinha pra quem vai sobrar a culpa, se só havia nós quatro naquele corredor?

– A Câmara Secreta foi aberta, serão os próximos, sangues-ruins. – Malfoy quebra o silêncio e olha diretamente para onde Hermione está. Como estou do lado dela, levanto uma sobrancelha para adverti-lo e ele me olha com fúria, mas vira a cabeça para outro lugar.

– Ora saiam da frente, se mexam! O que está acontecendo... – Filch chega empurrando todos e finalmente avista a gata. Ele imediatamente olha para nós.– Você matou minha gata com a ajuda deles!

Demorei um pouco para perceber que ele estava se dirigindo a mim ao princípio.

– O que?! – exclamo indignada com a acusação e minha voz sai fina. – Eu não matei a sua gata!

– Eu vou matar você! Você assassinou a Madame Norra! – ele começa a vir na minha direção, mas é (obrigada Merlin) interrompido por Dumbledore, que chegou com os outros professores.

– Argus, pare. Tenho absoluta certeza de que não foram nenhum desses quatro alunos que fizeram mal à Madame Norra. Quero que todos os alunos se dirijam para seus dormitórios.

Sem pensar duas vezes, nós quatro nos viramos e começamos a sair de fininho junto com os outros.

– Menos vocês quatro.


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Notas finais do capítulo

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