Everything Is Not What It Seems escrita por bswan


Capítulo 22
Special of Christmas - I'm a mess


Notas iniciais do capítulo

HEY GUYS!
I'M BACK!
Podem me bater, sei que fui má por sumir tanto tempo... Sorry
Mas eu não poderia deixar de postar um especial de Natal que eu já estava planejando há tempos...
Bom, não vou me demorar muito explicando o que houve para que eu parasse de postar, mas tudo o que vocês tem que saber é que a escola me tomou muito tempo, além do curso de inglês e, agora, a academia (NOSSA Q MENINA FITNESS), que faço porque sou O B R I G A D A, tenho que sair do sedentarismo, porque, segundo minha médica, estou quase com Anemia e tenho uma tal de Triglicérides... Muito zzzZ
Então, eu estava me cuidando nesse tempo q passei fora e mega ocupada com a escola... Peço, mais uma vez desculpas... Até mesmo por pensar em colocar a fic em Hiatus, mas uma leitora não deixou kkkkk
Enfim, gostaria de agradecer as lindas e maravilhosas pessoas que comentaram no capítulo anteriormente postado:
— Ana_raposo
— Julea Azeda
— Carol da Motta
— Aquamarine Potter
— Keilita119
— Tsuki
— Lari Toledo
— PamyAraujo
— rafaelahp1996
— Giovanna Cullen
— Anne Zahn
— Du Winchester Salvatore Cullen
— Maiarinha
— boobsofmomsen
— Baby
— AliceCarvalho
— Vee Grey Smoak Queen
— xAmandaSantosx
— Mandy Chase
— Mari Bear Mikaelson
— Lisbeth
Obrigada, do fundo do meu coração! Vocês são mega especiais para mim!
E gostaria dizer aos fantasminhas que eles serão muito bem vindos!
Sem me demorar mais, perdoem qualquer erro ortográfico dessa humilde autora e boa leitura!
A PROPÓSITO, FELIZ NATAL PARA EVERYBODY!

P.S.: OUÇAM A MÚSICA "I'M A MESS" DO ED SHEERAN QUANDO CHEGAREM NO POV Bella.
Link da música: https://youtu.be/2ChLcH4ZPr0



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Especial de Natal

POV Harry

Finalmente as aulas haviam acabado, estar em uma escola de trouxas não era nem 1% como estar em Hogwarts, sinceramente, me pergunto como os trouxas aguentam aprender sobre tantas coisas chatas! Cá entre nós, onde é que vou aplicar Teorema de Pitágoras na minha vida? Trocaria facilmente as aulas de Cálculo e Literatura por um dia inteiro de aulas com Snape.

Espreguicei-me na cama calmamente, já que nosso último dia de aulas havia sido ontem e já havíamos entrado no recesso de aulas, por conta das festas de fim de ano.

Bella havia voltado de Paris, para ser exato há 2 semanas, quando soube que a semana de testes finais começaria. Havíamos tido uma briga quando ela desapareceu de Forks e foi para Paris sem me comunicar, porém já nos resolvemos e ela prometera nunca mais fazer algo do tipo, embora eu não acredite que ela vá cumprir essa promessa... Bella sempre foi uma coisinha incontrolável...

– Harry! Acorde!

‘’Pensando na praga... ’’

Bella batia incansavelmente na porta de meu quarto.

– Tiago! Abra essa porta! – Exclamou impaciente continuando a bater.

Depois de alguns minutos insistindo, ela pareceu se cansar de bater.

– Nem sei por que raios estou perdendo tempo aqui te chamando... – Bufou irritada.

Virei-me para o lado na cama e quando pensei que ela havia desistido, ouvi um estampido e a porta se abriu com força.

– Pelas barbas de Merlin! – Exclamei de olhos arregalados. – Eu poderia estar sem roupas, Bee! – Reclamei sentando-me na cama.

Bella revirou os olhos e entrou no quarto fechando a porta atrás de si.

– Não há nada que eu já não tenha visto ai, caro irmãozinho... – Comentou sorrindo maliciosamente.

– Você não vale um sapo de chocolate! – Retruquei pegando meus óculos no criado mudo.

– Que seja. – Disse fazendo pouco caso. – Só vim lhe avisar que você tem que descer.

– Por quê?

– Tem uma surpresa para você esperando lá embaixo.

Estreitei os olhos em sua direção e ela deu um sorrisinho suspeito.

– Que surpresa é essa? – Indaguei levantando da cama e pegando minha varinha. Acenei para o meu malão que estava do outro lado do quarto, e murmurei um ‘’Accio calças’’, para que elas viessem até mim.

Apanhei a calça no ar e olhei para Bella que ergueu uma sobrancelha.

– Tem que usar magia até para pegar uma calça?

– Se tem magia, é para se usar... Então, nada mais justo que usá-la fazendo algo útil. – Dei de ombros vestindo a calça. – Mas e então? Ainda não me disse que surpresa é essa...

Ela virou-se e caminhou até meu malão, procurando alguma coisa que eu não fazia ideia do que era, até que pareceu achar algo e jogou em cima da cama uma camiseta preta e uma blusa xadrez.

– Não faça perguntas demais. – Disse voltando sua atenção para mim, enquanto eu colocava a camiseta. – Apenas vista essas roupas e fique apresentável.

Dirigiu-se a porta e me deu mais uma olhada. Ela sorriu e caminhou em minha direção, surpreendendo-me com um abraço apertado e um beijo na bochecha. Quando me soltou, sorriu novamente e levou sua mão até meus cabelos, tentando arrumar a desordem que ali se encontrava.

– Você me orgulha tanto... – Sorriu acariciando minha bochecha. – Eles também sentiriam orgulho de você... – Disse com os olhos marejados.

Sorri tristemente para ela.

Bella era minha única família de sangue e eu era a dela... Quando encontramos Sirius, mesmo que não fosse nosso parente de sangue, vimos uma chance de ter uma nova vida... Uma família... Afinal, ele era um dos amigos mais próximos de nossos pais, mas quando ele morreu aquela noite no ministério... Foi o fim de nossos sonhos e expectavas. E Bella, novamente, tornou-se minha única família, sem ela eu não tinha chão, ambos dependiam um do outro.

– De nós! – Corrigi afastando-me um pouco para lhe beijar a testa. – Eles estariam orgulhosos de nós...

POV Alice

Cantarolava uma música de Natal, que havia escutado mais cedo no rádio, enquanto arrumava meu closet por ordem de cores. Minhas roupas novas haviam chegado e eu não podia deixar de jeito algum para arrumá-las depois.

– Amor? – Jasper chamou-me do quarto.

– Sim, Jazz? – Indaguei de volta saindo do closet com um vestido novo na mão.

Jasper olhou o vestido em minha mão e deu um sorriso, ele sabia que eu amava qualquer coisa que envolvesse moda...

– Arrumando o closet de novo? – Arqueou uma sobrancelha.

– Você sabe que odeio ver essas roupas jogadas por ai... – Dei de ombros dobrando o vestido que estava em minha mão e o colocando em cima da cama.

– Bom, a família está combinando de irmos caçar, vamos? – Convidou-me estendendo a mão.

Caminhei até ele, peguei sua mão e sorri timidamente.

– Se não se importar, prefiro ficar... Não tem muito tempo que cacei, Baby...

– Então eu...

– Não! – O interrompi. – Vá! Você precisa, faz tempo que não caça... – Disse sorrindo compreensiva.

– Tem certeza...? – Perguntou incerto.

– Claro que sim! – Rolei os olhos. – Vá antes que eu chute seu traseiro bonito daqui! – Ameacei semicerrando os olhos em sua direção.

– Quer dizer que meu traseiro é bonito? – Arqueou uma sobrancelha e sorriu maliciosamente.

– Eu diria divino. – Devolvi a provocação. – Mas esse traseiro precisa se alimentar, então... FORA! – Ordenei apontando para a porta.

Jasper gargalhou e veio em minha direção, puxando-me pela cintura e beijando-me com paixão, um beijo de perder o fôlego, se eu precisasse respirar, é claro.

Quando interrompeu o beijo, deu um tapa em minha bunda e deixou o quarto rindo.

– Eu te amo, fadinha! – Disse ainda no corredor.

– O sentimento é recíproco, cabelo de miojo. – Respondi lhe zoando com o apelido que Emmett havia lhe dado.

Pude ouvir claramente a risada do dito cujo e sorri voltando ao closet.

– Não, mãe. Eu cacei esses dias! – Respondi prevendo sua pergunta. – Está tudo sob controle.

– Tudo bem... Se cuide! Logo voltamos! Oh, avise ao Edward, quando ele chegar, que fomos caçar ao sul, caso ele queira nos acompanhar.

– Pode deixar. – Revirei os olhos.

Desde que havia retornado o contato com Bella, Edward e eu havíamos parado de nos falar. E desde então, todos da família tentavam ‘’forçar’’ uma reconciliação entre nós, o que obviamente não deu certo.

Continuei a arrumar meu closet enquanto ouvia o novo CD que havia comprado e depois de algum tempo arrumando roupas, sapatos e joias, tive uma visão de que Edward chegaria em casa dentro de 2 minutos.

Dei de ombros e continuei a arrumar minhas coisas.

Exatamente depois de 2 minutos, Edward finalmente entra em casa.

‘’Onde estão todos?’’ – Previ sua pergunta e revirei os olhos.

‘’Se ficasse mais em casa, você saberia. ’’ – Respondi mentalmente, sabendo que ele me ouviria.

‘’O que eu faço ou deixo de fazer não lhe diz respeito, Mary.’’

‘’Nem me interessa o que você faz ou deixa de fazer... Há muito tempo, o que lhe diz respeito deixou de ser importante para mim... ’’

‘’Parece que não... Afinal burlou minhas ordens de não voltar a ter contato com a Isabella. ’’

Revirei os olhos com sua resposta ridícula.

‘’E desde quando você manda na minha vida, Anthony?’’

‘’Você não entende que vamos acabar com a vida dela se continuarmos próximos?!’’ – Perguntou indignado.

‘’Eu não teria tanta certeza assim... ’’ – Comentei presunçosamente.

‘’O que quer dizer?’’ – Indagou parecendo subitamente interessado.

‘’Acredito que isso não lhe interesse mais... Afinal, tem relação com a vida da Bella... O que claramente não lhe diz respeito desde o momento em que você resolveu ser um covarde e a abandonar. ’’

‘’Covarde? Acha que a abandonei porque quis? Eu fiz todo o possível para mantê-la em segurança, mas isso não funcionou... Afastar-me era o melhor que podia fazer por nós dois. ’’

‘’Não. O melhor que você poderia ter feito era permanecer ao lado dela e lutado para ter continuado com ela, mas você preferiu ser um covarde escolhendo o método mais fácil, que foi deixa-la. ’’

‘’Você. Não. Sabe. De. Nada. ’’ – Disse, quero dizer, pensou pausadamente.

‘’Eu? Eu não sei? Você tem certeza que eu não sei? Sua irmã e melhor amiga, que te conhece mais que você mesmo? Sinceramente Edward, você já foi mais inteligente... Andou tomando sangue de leão da montanha estragado?’’

Pude ver Edward revirando os olhos e dei uma risadinha.

Tive uma visão e vi que Edward estava decidindo que viria até meu quarto.

‘’Se falar alguma asneira, vou te dar uns socos. ’’

‘’Como se eu tivesse medo de uma pintora de rodapé... ’’

Zombou passando a mão pelos cabelos enquanto ria.

‘’Se continuar com as gracinhas pode ficar onde está. ’’

‘’Desculpe. ‘’

Edward chegou ao meu quarto em menos de segundos e olhou para mim, como se pedisse permissão para entrar.

Apenas acenei com a cabeça e sentei-me na cama, movimento que foi seguido por ele.

– Bom... – Iniciou, decidindo falar ao invés de usar ‘’nosso’’ método de comunicação. – Eu sei que nada justifica o que fiz com Bella...

– Não mesmo. – Concordei o interrompendo e ganhando um olhar repressor.

– Enfim, eu sinto muito por isso... Mas é realmente necessário, Alice.

– Como você pode ter tanta certeza? – Indaguei arqueando uma sobrancelha. – Você simplesmente decidiu tudo isso sozinho... Não conversou com ela, não expos o que estava sentindo e a abandonou sem motivo algum.

– Sem motivo algum? – Perguntou incrédulo. – Seu marido quase a matou! – Exclamou exasperado.

– Jasper sabe que o que fez foi um erro e já se desculpou por isso. Então, por favor, não venha justificar o seu erro com o erro do meu marido. – Retruquei acidamente. – Edward, vocês eram um casal, mas você decidiu fazer isso. Você decidiu sozinho o que achava que era melhor para ela, em momento algum você conversou com ela e a deixou expor seus medos, dúvidas e anseios... Você só pensou em si mesmo... Um casal não é isso, irmão... Ser um casal é pensar na pessoa que você ama, não em si próprio.

– EU ESTOU PENSANDO, ALICE! TUDO QUE FIZ, FOI PENSANDO NELA! NO BEM ESTAR DELA! – Gritou agoniado. – EU SÓ SOU CRITICADO, MAS EU SÓ PENSEI NA SEGURANÇA DELA! VIVER EM UMA FAMÍLIA COM VAMPIROS NÃO É O MELHOR PARA ELA!

Edward não conseguiu conter-se e depois disso caiu em um choro sem lágrimas compulsivo.

– Tudo o que eu queria era ter ela de novo... Eu não queria ter que deixá-la, Alice... Você não sabe o quanto ela me faz falta... O quanto eu ainda a amo... – Disse em meio a soluços. Suspirei pesadamente e o abracei.

Acima de tudo, Edward ainda era meu irmão... E irmãos se ajudam, independentemente da situação.

Acariciei seu cabelo e levantei sua cabeça, fazendo-o olhar para mim.

– Por que você não tenta mostrar isso a ela? – Perguntei olhando esperançosamente para ele.

– Eu não posso... E se eu a machucar novamente? E se ela correr perigo estando perto de mim?

– Oh, querido... Acredite, ela já correu inúmeros perigos antes de nos conhecer... Um a mais, um a menos, acredito que não fará tanta diferença assim... – Comentei sabendo de tudo o que Bella já havia passado.

Sim, ela me contara toda a verdade sobre sua família bruxa e afins, um tempo depois de falar com Emmett... Bom, na verdade só descobri isso por causa de Emm, mas essa história fica pra outro capítulo.

– Como assim? – Perguntou semicerrando os olhos. – Por que você está cantando o hino da Suécia, Alice?

– Isso não vem ao caso. – Respondi rapidamente. – E então...?

– E então o que?

– Você não acha que deveria mostrar isso a ela?

– E se não der certo? E se eu a machucar novamente?

– Você não vai saber se vai dar certo, ou errado, se não tentar...

– E se...

– Pare de ficar colocando ‘’e se’’... Isso só vai atrasar a sua vida, irmão... Pare de ouvir a razão e ouça seu coração, deixe ele te guiar... – Disse colocando a mão em seu peito.

Edward abaixou a cabeça por um momento e olhou minha mão em seu peito, parecendo estar em um dilema, mas pude saber o que ele havia decidido assim q ergueu a cabeça.

Visão On

Edward encontrava-se escondido atrás de uma árvore do minúsculo parque de Forks, sua ansiedade era perceptível a qualquer pessoa, humana ou vampira.

Foi quando finalmente ele a viu, passando pela entrada do parque e olhando atentamente a paisagem iluminada pelas luzes de natal e alguns bonecos de neve que crianças faziam juntamente com seus pais.

Bella sentou-se em um banquinho que havia no parque e suspirou parecendo cansada.

Olhou mais uma vez o presente que comprara para ela, pensando se deveria mesmo interferir em sua vida novamente e suspirou tomando coragem.

‘’Tentar não mata ninguém. ’’ – pensou tentando passar confiança para si mesmo.

E então, num súbito momento de coragem, Edward escolheu aquele momento para juntar-se a sua amada.

Visão Off

– Você vai! – Exclamei sorrindo.

– Você está certa... Nunca saberei se não tentar... – Ele murmurou envergonhado. – Me desculpe por demorar tanto para me tocar disso...

Dei um sorriso de compreensão e lhe acariciei o rosto.

– Compense isso indo atrás da garota que ama.

– Eu irei... Eu prometo. – Levantou-se indo em direção a porta. – E dessa vez, vou cumprir minha promessa. – Disse confiante saindo pelo corredor.

‘’Compre um livro, é sempre bom receber presentes no Natal... Ela vai gostar de saber que você ainda conhece os gostos dela. ’’

‘’Obrigada, irmã. ’’

‘’É para isso que estou aqui. ‘’ – Respondi, mas ele já havia partido em busca de seu amor perdido.

POV Bella

O barulho na sala me fez ter a certeza que mais convidados haviam chegado para nossa ceia de Natal... Charlie havia dado a ideia de convidarmos os Weasley e alguns amigos da ordem para passarem o Natal conosco.

Gina, é claro, havia sido a primeira a chegar. Estava morrendo de saudades de Harry, então viera mais cedo com a mãe, que iria ajudar no preparo das comidas.

Enxuguei minha mão em um pano de prato e tirei meu avental, indo até a sala ver quem havia chegado.

– Hey Bella! – Ouvi a voz de Luna me chamar.

– Olá Luna! Como vai? – Me aproximei dando um abraço caloroso nela.

– Vou bem, obrigada! E você como vai? – Perguntou tirando os zonzóbulos do rosto para que eu pudesse a enxergar melhor e vi seu olho direito um pouco roxo.

– Também estou bem... – Sorri amigavelmente. – O que houve com seu olho?

– Ah, isso? Bom... Digamos que foi uma poção mal sucedida... – Comentou dando uma risadinha.

– Entendo... – Comentei com um sorriso. – Seu pai veio?

– Ele não pode vir agora, tinha que entregar um lote de O Pasquim na França, mas ele pediu para avisar que antes da meia-noite estará aqui...

– Puxa vida! França?! Vocês estão mesmo ficando conhecidos... – Comentei surpresa.

– Meu pai tem se empenhado bastante e eu o ajudo com algumas matérias...

– Eu sei! Eu tenho assinatura do O Pasquim! Sempre vejo as coisas que você escreve.

– Uau! Eu não sabia disso... – Ela disse surpresa.

Dei uma risada e me despedi dela indo cumprimentar a Hagrid.

– Pequena Bella!

– Hagrid! Senti sua falta! – Disse tentando abraçá-lo.

– Realmente, não nos vemos há um bom tempo... Como andam as coisas por aqui?

– Tudo como sempre... – Dei de ombros.

– E o menino Malfoy? Fiquei sabendo que ele estava passando um tempo aqui...

– Draco voltou para casa... Ele não queria abandonar a mãe no Natal.

– Oh sim...

– Bom, se me der licença, vou voltar para a cozinha... Temos muitas bocas para alimentar hoje... – Comentei piscando o olho.

– Até mais, menina!

Voltei para a cozinha e terminei de ajudar Molly nos preparativos para a ceia.

– Pode ir, querida... Tenho tudo sob controle e você já me ajudou muito...

– Tem certeza, Molly? – Perguntei incerta.

– Claro que sim! Deixe de bobeira... – Me empurrou para fora da cozinha. – Divirta-se.

Dei de ombros e fui para a sala que estava apinhada de gente. Procurei Harry com o olhar e o encontrei sentado próximo à árvore de Natal com Gina em seu colo.

Eles conversavam sobre alguma coisa e então, Gina se inclinou e beijou Harry com paixão.

Desviei meu olhar e dessa vez procurei Rony e Hermione, e mais uma vez me deparei com um casal se agarrando em um canto da sala.

Oh eu estou uma bagunça agora

Dentro e fora

Essa atmosfera de amor e melosidade não estava ajudando no péssimo humor que se instalara em mim desde algumas horas atrás.

Com Harry e Gina na mesma casa, além de Rony e Mione, o clima de romance era praticamente palpável e isso me deixava um tanto quanto irritadiça... Não havia muito tempo que levei um fora do garoto que eu mais amei na vida e tudo o que eu menos preciso é que alguém me lembre de que, mais uma vez, perdi alguém que amava.

Em busca de uma doce rendição

Mas este não é o fim

Apanhei meu casaco na porta e sai pelas ruas de Forks em uma caminhada sem destino.

No meio do caminho, infelizmente, encontrei alguns conhecidos e tive que parar para cumprimentá-los.

Foi quando passei em frente ao parque, se é que podemos chamar de parque um lugar tão minúsculo, de Forks que decidi parar e entrar para ver a iluminação de Natal que me chamara atenção.

Havia algumas crianças que brincavam com seus pais na neve, alguns casais abraçados que estavam sentados nos bancos e músicos que tocavam canções de Natal.

Sentei-me no único banco vago, e longe dos casais, e suspirei pesadamente voltando meus pensamentos para Edward...

Eu não posso resolver isso, como?

Pensando nos sentimentos

Pensando em nós

‘’Como será que ele está agora? Onde será que ele está? Com quem?’’

Revirei os olhos.

‘’Com certeza deve estar com as ‘’distrações’’ que o mundo vampírico oferece. ’’

E mesmo que eu saiba por tanto tempo

E todas as minhas esperanças

Todas as minhas palavras estão escritas em sinais

Ouvi um barulho em alguns arbustos próximos a mim e me levantei olhando para o local com os olhos semicerrados.

– Edward? – Indaguei incrédula quando vi a figura pálida e incrivelmente bela de Edward sair de trás dos arbustos.

– Er... Oi Bella. – Cumprimentou-me parecendo envergonhado por estar me espionando.

– Estava me espionando? – Semicerrei os olhos.

– Não! Claro que não! – Apressou-se em responder. – Eu... Na verdade eu já sabia que você viria até aqui...

– O que? Como... – Suspirei. – Alice...

Ele acenou com a cabeça.

– Bom... Eu só... Esperei por você. – Disse com um sorriso de canto.

– O que você quer? – Perguntei cruzando os braços.

Mas você é o caminho que me leva para casa

Casa, casa

– Eu precisava te ver...

– Bom, então já que já me viu, eu estou indo embora. – Respondi tentando controlar meus sentimentos bagunçados e sair imediatamente dali.

– Não! – Se colocou em meu caminho para que eu não pudesse sair.

– Edward, pode me dar licença?! – Perguntei impaciente.

– Eu queria te ver...

– Você já me viu! Será que pode me deixar ir embora agora?

– Não. Eu nunca mais vou te deixar ir ou ir embora. – Respondeu me olhando fixamente nos olhos.

Veja as chamas dentro de meus olhos

Elas queimam tanto, eu quero sentir o seu amor

Suas palavras tinham sentidos ocultos que facilmente pude captar e tudo que consegui fazer foi soltar uma gargalhada irônica.

– Faça-me o favor, Cullen...

– Bella... Eu sei o que fiz... E eu queria pedir perdão... – Disse me olhando tristemente.

– Perdão? Acha que depois de tudo o que me disse... Devo lhe perdoar?

– Eu sinto muito, Bella...

– Como posso acreditar em você depois de tudo?

Calma, querida, talvez eu seja um mentiroso

Mas esta noite, eu quero me apaixonar

E fazer você confiar em mim

– Eu sei que é difícil de acreditar, mas tudo o que eu fiz foi pela sua segurança...

– E você, em algum momento dessa decisão, pensou no nosso amor, quer dizer, nem sei se isso era amor mesmo... Afinal, você mesmo disse que eu não servia para você. – Disse com rancor.

Tudo o que eu havia lutado tanto para reprimir, todos os sentimentos, toda a dor, tristeza, decepção e rancor, tudo isso se tornando um turbilhão de sentimentos com apenas um encontro.

Eu errei desta vez

Tarde da noite de ontem

– Bella... – Ele sussurrou meu nome e aproximou-se, segurando em meus braços. – Eu sempre te amei... Tudo o que fiz foi um erro... Eu fiz porque fui um...

– Um covarde. – Completei sua frase sentindo o buraco em meu peito arder.

– Sim... Um verdadeiro covarde... – Sorriu tristemente. – Eu só queria que você ficasse protegida...

Beber para suprimir a devoção

Com os dedos entrelaçados

– Protegida do que?

– De mim! Da minha família! Do que nós somos! – Exclamou em um tom de súplica. – Eu só queria esquecer aquele incidente com Jasper, mas a cada dia que passava as imagens continuavam a me atormentar... Imagens de você, caída no chão, coberta de sangue, por conta de um descuido meu...

– Mas fui eu que cortei a porcaria do dedo, Edward! – Protestei irritada. – Como você iria prever um acidente minúsculo daquele?!

– Eu nunca deveria ter arriscado a sua vida daquela forma... – Disse soando arrependido. – Mas não foi mais doloroso que me afastar de você...

– Pra você... Pareceu tão fácil... – Comentei com os olhos marejados.

Eu não consigo me livrar desse sentimento agora

Estamos atravessando os sentimentos

Na esperança que você pudesse parar

– Você não sabe como foi difícil... – Suspirou olhando-me nos olhos. – Não sabe como doeu olhar em seus olhos e dizer a pior mentira que já disse... Dizer que eu não te amava ou que você não era suficiente para mim... Foi a coisa mais terrível que já fiz e me arrependo todos os dias por ter dito aquelas coisas... – Soltou meus braços e passou sua mão pelos cabelos.

‘’Que saudade eu senti disso... ’’ – Minha mente traiçoeira pensou.

Balancei a cabeça tentando me livrar desses pensamentos ‘’apaixonados’’.

O olhei, esperando que ele continuasse a falar.

– Eu... Estava apenas pensando em você, em te deixar segura e acabei te magoando por querer o seu bem... Por não querer que você corresse riscos estando com uma família de vampiros... Mas eu nunca, nunca mesmo, deixei de te amar, Bella...

E embora eu só tenha te causado dor

Você sabe que todas as minhas palavras

Sempre terão um pouco

Do amor que tínhamos

– E preferiu fazer tudo isso sozinho... - Balancei a cabeça negativamente. – Pensei que soubesse o que ser um ‘’casal’’ significava...

– Eu sei, mas...

– Isso não justifica nada, Edward! Querer me proteger me magoando? Mentindo pra mim? Você prometeu Edward! Prometeu que nunca ia me deixar, independentemente da situação... E na primeira oportunidade você me deixou... Mentiu pra mim... Desprezou-me como se eu não tivesse significado nada pra você...

Algumas lágrimas escorriam pelo meu rosto e eu sentia que se não saísse logo dali acabaria desmoronando.

– Eu preciso voltar pra casa... – Disse passando a mão no rosto e desviando de Edward, que estava parado na minha frente.

Quando você é o meu caminho me trazendo em casa

Casa, casa, casa

Caminhei de volta até a entrada do parque, na esperança de que ele não me seguisse, mas ao mesmo tempo torcendo para que ele viesse atrás de mim.

– Bella! Espere! – Chamou aproximando-se de mim.

Suspirei, eu estava exausta... Exausta de lutar contra meus sentimentos, de sofrer, de estar confusa e principalmente... Exausta de amar...

– Edward... Por favor... – Supliquei de olhos fechados.

– Não... Abra seus olhos, Bella... – Pediu carinhosamente.

Atendi seu pedido e o olhei fixamente nos olhos, lágrimas silenciosas ainda caiam de meus olhos e ele ergueu sua mão, limpando-as com as pontas dos dedos. Não pude deixar de fechar os olhos mais uma vez ao sentir seu toque... Tão macio... Tão cuidadoso... Tão familiar...

– Eu tenho uma coisa para você... – Murmurou envergonhado.

Abri meus olhos rapidamente e olhei para suas mãos, que continham um embrulho vermelho com um laço dourado.

– Edward você sabe que...

– Você odeia ganhar presentes... – Ele completou rindo.

O olhei com os olhos semicerrados e dei um sorriso mínimo.

– Mas, bom... É Natal... Eu só queria te dar uma lembrancinha... – Deu de ombros me estendendo o embrulho.

– Eu não posso...

– Por favor, Bella... Aceite... – Interrompeu-me com uma súplica. – Eu não quero nada em troca... Só quero que aceite, por favor...

Olhei do presente para ele, me fixando tempo demais em seus olhos, e quando percebi já estava aceitando o presente... Seus olhos ainda tinham o mesmo efeito sobre mim, de me deslumbrar e me deixar confusa.

– Abra. – Ele incentivou com um sorriso presunçoso.

– Prometo dessa vez não cortar o dedo... – Comentei baixinho, mas sabendo que ele me ouviria com a sua super audição. Edward deu um sorrisinho sem graça e inclinou a cabeça para o presente.

Tirei o bonito laço com todo o cuidado do mundo e retirei o conteúdo da embalagem.

– Oh céus! – Exclamei quando vi o que ele havia me dado.

Era uma edição novinha de O Morro dos Ventos Uivantes, meu livro favorito.

Olhei o livro com devoção, retirei a embalagem plástica dele, folheei suas páginas e depois o levei até o nariz, sentindo o divino aroma de livro novo.

– Eu... Não tenho palavras para agradecer. – Disse voltando a olhá-lo, e percebi que ele tinha um sorriso bobo no rosto. – Cuidado com a baba, Cullen... – Não pude deixar de provocá-lo.

Edward revirou os olhos e soltou uma risada.

E mais uma vez, minha mente traidora se manifestou.

‘’Como senti falta desse sorriso... Dessa gargalhada... ’’

– Desculpe...

– Tudo bem... – Respondi com uma risada. – Bom... Obrigada pelo livro, eu estava mesmo pensando em comprar uma nova edição...

Veja as chamas dentro de meus olhos

Elas queimam tanto, eu quero sentir o seu amor

– Não foi nada... – Disse voltando a me olhar fixamente.

– Bom... – Desviei meus olhos dos seus. – Tenho que ir agora... Até mais!

Tentei ir embora e mais uma vez fui impedida por ele. Edward pegou meu braço e me puxou de encontro a seu peito gélido.

– Não quero que você vá... – Sussurrou erguendo meu queixo até que nossos olhos se encontrassem novamente.

– Mas eu tenho que ir... – Sussurrei de volta tentando manter o único fio de sanidade que ainda havia em mim.

Ele aproximou seu nariz do meu e quando menos esperei, Edward me surpreendeu com um beijo apaixonado.

Sua boca movia-se contra a minha e eu arregalei meu olhos assustada demais para esboçar alguma reação, mas isso não o impediu de continuar me beijando.

Aos poucos, a pouca sanidade que me restava se foi e eu me entreguei a aquele beijo, me entreguei como se fosse a primeira vez e ao mesmo tempo a última... Enlacei seu pescoço e o beijei com paixão, demonstrando o quanto eu ainda o amava e fui retribuída com mais empenho e entrega dele.

Aos poucos o beijo foi diminuindo de intensidade e logo nos separamos ofegantes com pequenos selinhos.

Eu, como sempre, estava ofegante e me sentindo tonta, por não respirar em quanto nos beijávamos.

– Respire... – Sussurrou e fui atingida por seu delicioso hálito.

Respirei profundamente e me afastei dele, a realidade já começava a voltar a rondar nós dois.

– Isso foi...

– Muito bom... – Ele me interrompeu antes que eu pudesse dizer o que queria.

– Edward... – Comecei e mais uma vez ele me interrompeu, colocando a mão em meus lábios.

– Acho que cumprimos a tradição... – Comentou olhando para algo acima de nossas cabeças.

Ergui meu rosto e vi que havia um ramo de visco bem onde estávamos e sorri voltando a olhá-lo.

– Sei que palavras não vão fazer com que você acredite em mim... – Sussurrou abaixando a cabeça e próximo demais do meu rosto. – Mas eu não vou desistir...

E com um último e singelo beijo, ele se despede.

– Feliz Natal, minha Bella... – Sussurra em meu ouvido me deixando mais uma vez sem reação.

E quando ele já está a certa distância, finalmente consigo me recuperar e respondê-lo.

– Feliz Natal, Edward...

Calma, querida, talvez eu seja um mentiroso

Mas esta noite, eu quero me apaixonar

E fazer você confiar em mim

Continue...


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Escrevi esse especial porque o capítulo q deveria ser postado ainda não está pronto e simplesmente não estou conseguindo escrever ele hueheue
I'm sorry, mais uma vez, pela demora!
Espero que deixem seus comentários dizendo o que acharam, ou favoritamentos, RECOMENDAÇÕES TMB e indiquem para os amiguinhos!
FELIZ NATAL PARA VOCÊS, MEUS AMADOS LEITORES!
E ATÉ BREVE!
SE EU, por acaso, SUMIR ME MANDEM MP E ME AMEACEM DE MORTE QUE EU VOLTO HAHA
Beijos no core!