Namikaze Aika escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 5
Revendo velhos amigos


Notas iniciais do capítulo

Voltei gente!!!!! Sei que demorei pacas, mas acontece que passei esse mês inteiro sem internet!! Só agora que a net veio arrumar, e a primeira coisa que eu fiz foi ligar o note para postar.

Aproveitem ^^



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– Não se preocupe, eu estou ótimo! – Naruto fez questão de responder. Mas uma ideia lhe atingiu de repente, como um soco. – Agora que sabe disso, vai sumir de novo?

Continua...

Aika simplesmente encarou Naruto depois daquela pergunta, mas sua expressão não era séria ou culpada, estava mais para levemente constrangida. Já o loiro estava com o coração na mão, será que havia descoberto ainda ter uma família apenas para perdê-la novamente?

– Eu vou ver como estão os outros pacientes. – Declarou Sakura de repente. Levantou-se e saiu do quarto. Sentia que era um momento delicado e resolveu deixar os dois irmãos sozinhos.

– Dá pra me responder? – Questionou Naruto apreensivo.

– Eu quero ficar e não tem nada fora daqui que me impede, mas antes teria de falar com a Hokage. – Aika soltou de uma vez. – Eu praticamente invadi a vila, não tenho permissão para estar aqui.

– Falô então. Vamos agora até a vovó Tsunade para ela dar essa bendita permissão! – Exclamou o loiro convicto, já se levantando da cama.

Aika não se segurou, teve de rir. Tanto pela empolgação de Naruto quanto ao modo que ele se referiu à Hokage.

– Já se esqueceu de onde está. – Falou depois que os risos sessaram. – Pelo que eu saiba, você não poderia nem sair da cama, quanto mais do hospital.

– Que nada, eu já estou melhor. – Naruto protestou fazendo menção de ir até a porta, mas Aika o impediu.

– Fazemos assim: Eu preciso mesmo falar com a Hokage o mais rápido possível então vou indo na frente, você fica aqui e pergunta para a sua amiga se já pode sair nem que seja apenas para isso e depois volte.

– É claro que ele pode!! – Bradou uma loira escancarando a porta.

– Ino, eu falei para não ir entrando assim! – Repreendeu-a Sakura, envergonhada por interromper.

– Naruto, que se danem as ordens médica, você precisa ir com ela! – Ino nem prestou atenção na rosada. – Por falar nisso, é uma honra conhecê-la. – Cumprimentou Aika que estava com uma gota na cabeça.

– O prazer é meu. – A ruiva respondeu.

– Deixem as apresentações para mais tarde, precisamos ver a vovó Tsunade agora. – Naruto interrompeu. – Se uma pessoa já me deu permissão, para mim é o suficiente. – Falou encarando Sakura, esperando que a mesma contrariasse.

– Eu detesto admitir, mas a Ino tem razão dessa vez. – Declarou a rosada. – Você precisa ir com a Aika-san e ela precisa falar com a Tsunade-sama imediatamente, ou poderá ser dada como uma invasora.

– Assim eu já me sinto. – Aika falou com sigo mesma.

– Muito obrigado, Sakura-chan, Ino. – Agradeceu Naruto, puxando a irmã pela braço.

Enquanto andavam pelas ruas da vila poucas eram as pessoas que não os encaravam em confusão. Naruto estava acostumado a ter os olhares voltados para si então nem estranhou, e Aika sabia que aquilo poderia acontecer então não disse nada. Antes que percebessem, estavam no prédio do Hokage, esperando a autorização da mesma para entrarem na sala.

– Entre! – Uma voz falou.

Assim que pôs os olhos em Aika, Shizune apertou a pobre Tonton contra seu peito. Sua face ficou pálida, como se tivesse vido um fantasma.

– T-T-Tsunade-sama! - Balançou o ombro da Senju que estava ajeitando alguns papeis.

– Mas o que foi, Shizune? – Tsunade já ia reclamar quando também fitou a garota a sua frente. Seu queixo teria rolado a baixo se não estivesse bem preso ao resto do crâneo.

– Ora, ora, quanto tempo. – Começou Aika com um sorriso sínico, que Naruto concluiu não combinar nada com ela. – É muito bom revê-la, Sabia do Sakê.

Naruto fez uma expressão mais confusa ainda, enquanto Tsunade continuava de boca aberta e Shizune segurava uma risada pelo “apelido” que a ruiva usara.

– V-vocês já se conhecem?? – Questionou Naruto.

– É claro que sim. Essa vovó aí foi minha sensei por umas semanas quando estava de passajem pelo País das Ondas. – Aika explicou.

– Foi muito antes disso. Eu visitei seus pais quando você ainda era bebê. – Corrigiu Tsunade.

– E você nunca me contou nada, vovó Tsunade?! – Questionou o loiro. – Por que nunca me contou que eu tinha uma irmã, que ela estava viva e me queria por perto?

– Eu não achei necessário. Sabia que quando fosse a hora certa, Aika voltaria para casa. – A Senju explicou calmamente. - Quer dizer que foi você quem burlou o sistema de segurança da vila? Sabia que a tinha ensinado bem. – Gabou-se com um pequeno sorriso orgulhoso no rosto.

– Não mude de assunto! – Naruto brigou. – E se ela nunca voltasse? Eu passaria o resto da minha vida sem saber que tinha uma família no mundo.

– Eu não aguentaria ficar longe de você para sempre, com certeza voltaria alguma hora. – Declarou a ruiva.

– Obrigada. – Tsunade agradeceu.

– Mas e se... – Ele tentou contestar.

– Naruto, os “e se” não existem. Eu voltei, estou aqui com você agora, e é isso que importa. – Falou Aika calmamente, pousando uma mão no ombro do loiro.

– Escute-a, ela tem mais bom senso que você. – Intrometeu-se a Senju. – Enfim, imagino que o motivo de ter vindo aqui não foi para ver uma velha amiga, estou certa? – Indagou, virando-se para sua ex-aluna.

– Sim. Na verdade, queria falar sobre um possível retorno meu para Konoha. – Aika foi direto ao ponto.

– Muito bem. Naruto, terei de pedir que saia.

– Mas nem a paulada de sal grosso...!

– FORA!!

O grito de Tsunade fez o prédio todo tremer, e mesmo a contragosto, Naruto se retirou correndo da sala.

Ficava andando de um lado para o outro na frente da porta, apenas ouvindo o tic-tac do relógio de parede. Ora ou outra olhava para o mesmo, mas pensava que deveria estar errado. O tempo estava passando muito devagar.

– Naruto? Pensei que ainda estivesse no hospital. – Disse uma voz atrás de si. O loiro se virou e deu de cara com Kakashi.

– Kakashi-sensei! – Ele exclamou. Fazia semanas que não via seu sensei, desde que acordara no hospital. - Ah, você não vai acreditar...!

Naruto estava prestes a contar sobre Aika quando a própria sai da sala, acompanhada por Tsunade.

– Muito obrigada, Tsunade-sama. É ótimo saber que não sou mais uma intrusa. – A ruiva espirou aliviada.

– Você nunca foi uma intrusa, aqui é a sua casa. – Corrigiu-a a loira.

– Você vai ficar? – Quis saber Naruto, com os olhos brilhando de esperança.

– Ela tem permissão para ficar na vila, mas infelizmente terei de conversar com o conselho sobre uma estadia permanente. – Explicou Tsunade.

– V-vo-v-v-vo...cê é... – Os três finalmente repararam em Kakashi. O Hatake apontava um dedo tremulo para Aika, seu olho estava arregalado e sua face mais pálida do que a de Shizune ficara.

– Meu Kami, Hatake Kakashi? – A ruiva não acreditava no que via. – É você mesmo?

– Até você sabia, Kakashi-sensei?! – Naruto não conseguia acreditar, todos sabiam sobre Aika e nunca lhe falaram nada?

– N-não pode ser você... – O Hatake continuava estático

– Ora, por que não poderia ser eu? – Indagou a ruiva. – Não me reconhece mais... Kashi-chan?

Nem mesmo o choque pode impedir Naruto de rir. Que apelido era aquele?

– Aika... mas como... quero dizer, por onde andou?? – Kakashi não sabia o que perguntar primeiro.

– Shii, longa história. Explico tudo mais tarde. – Aika deu de ombros.

– Mas tem uma coisa que vocês vão me explicar, e é agora: por que ninguém nunca me falou sobre a Aika?! – Naruto queria saber.

– Sempre pensamos que ela tivesse morrido na mesma noite do ataque da Kyuubi. – Kakashi começou a falar, agora mais calmo. – Apesar de uma criança comportada, Aika sempre foi, hum... meio teimosa. – Observou, vendo a ruiva fazer uma careta indignada. – Ela podia muito bem ter ido atrás de Minato e Kushina, principalmente com eles levando você. – Voltou-se para Naruto. – Depois que tudo acabou, eu e mais dois amigos dela, procuramos por ela feito loucos, mas nem sinal. Depois de mais de mês revirando florestas e vilas próximas, acabamos desistindo.

– Quer dizer que eu fiquei dada como morta por todos esses anos? – Perguntou Aika, com uma expressão indecifrável.

– Praticamente isso. – Kakashi respondeu com uma simplicidade sem tamanho. – Mas agora eu quero saber o que aconteceu. Você desapareceu do nada.

– Ahh, me desculpe, mas não vou contar essa história de novo hoje. – Resmungou a ruiva.

– Claro que não. Deve estar cansada, o País da Névoa não é exatamente perto daqui. – Intrometeu-se Tsunade. – Acho que não tem nada mais justo do que você ficar em sua casa. – Estendeu uma mão, esperando que algo fosse colocado sobre a mesma, mas não foi o ocorrido. – Shizune! Por que está demorando tanto?

– Desculpe, estava difícil para achar. – Shizune chegou esbaforida e entregou uma chave para Aika. – Está do jeitinho que você e seus pais deixaram. Isso é, se o Naruto não mexeu em nada. – Acrescentou, olhando de esguio para o loiro. Desde que descobriu tudo sobre quem eram seus pais, coisa e tal, Naruto fazia visitas ao lugar que poderia ter chamado de casa.

– Obrigada Shizune, muito obrigada Tsunade, eu vou para lá agora mesmo.

– Agora? Mas eu queria te mostrar como está a vila. – Protestou Naruto.

– Considere a situação, Naruto. Vocês podem conversar melhor em casa e Aika precisa descansar. A porta da minha sala não é lugar para fazer isso. – Falou a Senju com uma veia pulsando na testa.

– Tá bem, tá bem. – Rendeu-se o loiro.

– O Naruto pode vir comigo ou precisa voltar para o hospital? – Aika perguntou.

– Eu bem que gostaria de deixá-lo preso lá por mais umas duas semanas, mas vocês precisam ficar juntos agora. – Respondeu Tsunade. – Só fique de olho para esse tapado não gastar muito chakra, e nada de Rasengan.

– Está brincando, você sabe a técnica do papai?! – Exclamou Aika, com um sorriso empolgado.

– Hehe, estou vendo que não te falaram nada de como foi a guerra, né? Tudo bem, então deixa que eu te conto... – Falou Naruto, seguindo ao lado da irmã para fora do prédio.

– E ela nem para dar tchau. – Disse Kakashi, encarando o corredor por onde os dois sumiram.

– Ah, tchau Sabia do Saquê, Shizune, Kashi-chan. – Aika voltou rapidamente, apenas para se despedir.

– Precisava me chamar assim? – Questionou o Hatake.

– O Naruto fez o mesmo com o Jiraya. Esses dois realmente são irmãos. – Suspirou Tsunade.

Olhou para o lado e viu Shizune, tentando levantar o astral de Kakashi novamente. Deu um sorrisinho maléfico e falou:

– Shizune, aproveite que estou de bom humor e saia um pouco. Kakashi, por que não vai com ela?

Shizune praticamente virou um pimentão, enquanto Kakashi teve um pequeno ataque de tosse. Tsunade estava sugerindo que tivessem um encontro??

– T-Tsunade-sama... cr-creio que isso não seja... uma boa ideia.

– Ora, e por que não? Vamos, eu dou o dia de folga para vocês. Agora saiam e se divirtam, mas não façam nada que eu não faria. – Não se segurou em acrescentar essa última parte, e entrou na sala rindo da cara dos dois, que ficaram do lado de fora sem saber o que fazer.

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– Está preparada? – Perguntou Naruto para a irmã. Os dois estavam parados, encarando a porta da velha mas bem conservada casa.

– Eu morei cinco anos nessa casa e passei os últimos dezesseis imaginando como seria voltar. – Aika divagou. – Acho que não tem como ficar mais preparada do que estou.

Naruto assentiu e girou a chave devagar. A porta se abriu dando um leve rangido. Inconscientemente, Aika prendeu a respiração. Entraram de uma vez, não haviam motivos para medo ou vergonha, mas mesmo assim não passaram da entrada.

Os olhos de Aika, que até então vagavam pela casa, se prenderam em um ponto fixo. Naruto apenas voltou para a realidade quando a ruiva andou em direção a uma foto pendurada na parede.

– Eu me lembro desse dia... – Aika falou num fio de voz. Na foto estavam ela, com apenas três anos, e Kushina. Cada uma segurando uma tigela enorme de ramen. – Foi a primeira vez que a mamãe me levou para comer ramen, ela ficou toda empolgada quando eu disse que gostei.

– Vai adorar o do Ichiraku então. Já foi lá? – Indagou Naruto.

– Não, todas as vezes que comi foram aqui em casa. Mamãe sempre foi uma ótima cozinheira, teve até uma vez em que ela foi no meu quarto e... – Aika parou de repente, seus olhos arregalaram e, sem explicação aparente, correu pela casa.

– Ei, o que foi? Espera! – Naruto segui-a. Encontrou-a mexendo em uma porta.

Aika entrou no quarto observando tudo ao redor. Embora sentisse uma pequena pontada de saudades, estava feliz por volta naquele lugar. As paredes continuavam com o tom rosa apagado que ela mesma escolhera; numa mesinha estavam folhas e mais folhas cheias de desenhos e algumas letras de músicas nunca concluídas; o armário todo rabiscado por lápis... Ela ainda se lembrava da bronca que levara de Minato quando viu o guarda-roupas, que devia ser branco, parecendo um arco-íris. Mas foi olhando para a cama que a ruiva se lembrou de seu maior tesouro. Naruto ficou com uma gota na cabeça ao ver Aika ajoelhada no chão e procurando algo em baixo da cama.

– Achei! – Declarou em um pulo. Seus olhos brilharam ao fitar um pequeno piano branco de brinquedo.

– É um... pianinho? – O loiro não sabia o que dizer.

– Tenho ele desde que nasci, literalmente. – Aika explicava, ainda perdida em lembranças. – Papai me deu por causa do meu nome, acho que ele nunca esperou que eu realmente usasse. – Comentou divertida.

Os dois continuaram passeando pela casa e por todos os lugares, Aika puxava lembranças.

Como eu nunca percebi isso antes?” – Naruto questionava-se em pensamentos. Bom, como Tsunade já disse, Aika surgiu em sua vida na hora certa.

– Nem acredito que voltei. – Falou a garota, jogando-se no sofá.

– Vai dormir no seu quarto mesmo? – Perguntou o loiro, sentando se ao lado da outra.

– Acho que não caibo mais naquela cama. – Aika respondeu. – Tenho que ajeitar esse lugar se realmente quiser ficar aqui na vila.

– Você vai ficar, não é? – Naruto continuava inseguro.

– Para onde mais eu iria? – Aika deu sua resposta costumeira, encarando o loiro nos olhos.


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