Namikaze Aika escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 4
Explicações


Notas iniciais do capítulo

Falaí minha gente!!! Sei que demorei mais de uma semana, que é o prazo estipulado, mas graças a isso já tenho mais dois capítulos prontos.

Obrigada a todos que comentaram no cap. passado. Boa leitura ^^



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Naruto e Sakura ouviam cada palavra de Aika sem interromper uma vez que fosse. Nem o próprio loiro tinha coragem para questionar, a história da ruiva batia perfeitamente com o que seus pais lhe contaram. E isso o fazia pensar, por que eles não lhe falaram nada sobre Aika? Por que ocultar esse fato?

– Acordei não sei quanto tempo depois. – Aika continuava a contar, com o olhar meio perdido. – Estava rolando um morro abaixo, o sapo que me levava tinha sumido, e a decida parecia que não acabava mais. Quando finalmente me encontrei com o chão, sentei com certa dificuldade e tentei olhar em volta. Mas estava muito escuro. – As memórias do ocorrido pareciam flashes na mente de Aika. Ela se lembrava de tudo, com os mínimos detalhes... e isso era seu maior sofrimento. – Fiquei lá, sentada, encarando o nada e sentindo um pouco de sangue escorrer pelos arranhados que ganhei na queda. Não sabia como continuar, nem para onde ir, até que vi uma luz se aproximando. Era um homem, um fazendeiro que morava lá perto. – Ela não pôde conter um singelo sorriso pela lembrança. – Ele me ajudou. Me levou para sua fazenda, e ele e sua mulher me criaram como uma filha. Alguns anos depois tivemos de vender a fazenda, não dava mais tanto lucro, e nos mudamos para o País das Ondas.

Sakura e Naruto arregalaram os olhos, surpresos. Eles tiveram uma missão no País das Ondas a muito tempo atrás, antes mesmo da primeira prova Chuunin, por que a ruiva não procurou por ele?

– Vocês tiveram uma missão lá uma vez, não tiveram? – Aika lia pensamentos por acaso? – Eu não morava exatamente naquela parte do país e quando ouvi sobre vocês já era tarde. – Um sorriso terno se formou nos lábios da ruiva. Ela voltou os olhos para Naruto e sentiu-os inundarem. – Foi quando descobri que não tinha perdido tudo aquele dia. Descobri que meu irmãozinho ainda estava vivo.

– E por que não veio atrás de mim? – Naruto não conseguiu mais se segurar. De todos os “Por ques” que rondavam seus pensamentos, esse era o mais importante.

Por algum motivo, Aika começou a rir. Não era uma gargalhada, mas sim uma risada nostálgica. Seus olhos voltaram a perder um pouco do foco, como se estivessem mergulhados em lembranças.

– Pode ser uma surpresa para você, mas eu era bem encrenqueira quando criança. Aprontei tantas pela aldeia em que cresci que até o líder de lá já estava cheio das reclamações sobre mim.

Sakura olhou de esguio para Naruto, agora sim ela via semelhança. Além dos olhos, parece que também tinham uma personalidade parecida.

– Quanto mais eu crescia, mais as confusões aumentavam, e digamos... – Aika passeou os olhos pela sala, parecia meio constrangida pelo que diria. – Que eu, praticamente, fiquei proibida de sair da vila.

– Será que ela era tão ruim assim? – Sakura se perguntava, surpresa com o que a ruiva admitira. Nem Naruto aprontava a ponto disso.

– Eu não era assim tão mal, se é o que você está pensando. – Disse Aika, respondendo as dúvidas de Sakura. Essa mulher só podia ser telepata, não é possível! – Como eu vinha da aldeia da folha tinha um talento ninja que as outras pessoas de lá não tinham, por isso dava tanto trabalho. Isso até que o senhor e a senhora Kaburada (as pessoas que me adotaram) acharam melhor restringir os meus limites.

– Mas se você cresceu no País das Ondas e não teve um treinamento ninja, como possui tanta habilidade com chakra? – Questionou Sakura.

– Você não achou mesmo que eu fosse parar de treinar só porque não tinha uma academia ou sequer um sensei para me ensinar, achou? – Aika respondeu com outra pergunta. A rosada se encolheu na cadeira, um pouco envergonhada. – Eu já estava a um ano na academia, o que me ajudou a entender como funciona o chakra e as diferencias entre Ninjutsus, Taijutsus e Genjutsus. O resto foi graças aos meus pais e ao Itachi. Com minha mãe eu aprendi um pouco de Ninjustu; com meu pai aprendi a controlar o chakra e usá-lo a meu favor; e com o Itachi, bom... ele me enchia de motivação. – Ela ficou em silêncio por alguns segundos, parecia envolvida em boas lembranças. – Graças a eles pude continuar meu treinamento. Embora não tivesse comigo um especialista me dizendo se estava bem ou mal, se fazia certo ou precisava melhorar, eu nunca parei de treinar.

– Então você não é nem uma Genin? – Supôs Naruto. Tsunade não ficaria nada feliz em saber que as defesas da vila foram burladas por uma ninja que nem Genin era.

– Nunca cheguei a me formar numa academia. – Aika deu de ombros, embora desse para ver um pouco de tristeza em seus olhos. – Não podia sair do País das Ondas e, mesmo se lá tivesse uma vila ninja, eu não poderia entrar.

– Por que não? – Quis saber Sakura.

– Desculpe, me interpretei mal. Quis dizer que eu não conseguiria entrar. – Aika se corrigiu, mas Naruto não percebeu diferença nenhuma. – Sempre quis ser uma ninja, não apenas para proteger ás pessoas que amo, - Olhou rapidamente para o loiro. – mas também para zelar o bem desta vila. Nunca me sentiria confortável usando a bandana de qualquer outro lugar.

– Eu entendo. – Naruto se pronunciou. – Entendo o que quer dizer, e respeito muito. – Ele deu seu sorriso de marca registrada.

A ruiva riu, lembrando-se de sua mãe dando aquele mesmo sorriso para ela diversas vezes. Parece que seu irmãozinho realmente mereceu levar o sobrenome Uzumaki.

– Enfim, depois que fiz dezesseis anos, meus pais adotivos finalmente admitiram que eu já estava madura e que eles não podiam mais impor limites sobre mim. Fiquei eufórica com a notícia. Eu os amava, afinal foram eles que terminaram de me criar, mas não via a hora de voltar para cá e reencontrar você, Naruto. – Aika o encarou, séria. – Mas deixar aquele lugar não foi tão fácil assim. Um dia antes de eu partir, meu pai adotivo teve um problema nas costas. Logo descobrimos que era uma doença grave e que não tinha cura. Depois de algumas semanas, ele faleceu. – Tentou controlar seu timbre de voz, mas as palavras saíram tremidas. – Não podia abandonar Kaburada-san, era tudo o que ela tinha. Tive de ficar.

Naruto por um momento se sentiu mal. Estava prestes a culpar Aika por tê-lo abandonado. Iria cometer o mesmo erro que Sasuke, não tentaria olhar o lado da irmã... “Irmã”, essa palavra nunca soou tão bem para ele.

– Mas não pense que eu te deixei de lado, Naruto. – A ruiva falou de repente, quebrando o clima tenso que se instalara no quarto. – Mesmo longe eu fiz questão de saber o que acontecia na vila e com você. Através de boatos e histórias, pude ficar a par de tudo.

– Mas, se você tinha de ficar, por que veio para cá agora? – Indagou Sakura.

– Por causa da Guerra. – Foi tudo o que Aika respondeu. – Acho que minha vontade de voltar nunca foi maior, mas eu tinha de proteger a vila. Era a única lá com alguma habilidade ninja, portanto precisava ajudar caso fossemos atacados. Mas quando tudo acabou, não pude mais esperar, eu tinha de voltar. Precisava ver se estava bem, maninho.

– Não se preocupe, eu estou ótimo! – Naruto fez questão de responder. Mas uma ideia lhe atingiu de repente, como um soco. – Agora que sabe disso, vai sumir de novo?


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Notas finais do capítulo

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