The Princess of Ice escrita por Diane


Capítulo 56
Capítulo LVIII


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, sorry.



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–-Não importa o que aconteça aqui. Cada alma em pé diante de mim mereceu seu lugar na tripulação do Peregrino da Alvorada. Juntos chegamos até aqui. Juntos enfrentamos perigos. Juntos vamos enfrentar outra vez. Então agora não é hora de cair na tentação do medo. Sejam fortes, não se rendam. Nosso mundo, nossa vida em Nárnia, depende disso. Pensem nas almas perdidas que viemos salvar. Pensem em Aslam. Pensem em Nárnia.

Esse é o meu irmão usando suas artes dramáticas . E esse é seu discurso extremamente dramático.

Para que o discurso ? Todos nós sabíamos que iriamos acabar tomando cházinho no mundo inferior.

–-Por Nárnia! –-alguém gritou.

–-Por Nárnia!–-todos gritaram, menos eu. Sinceramente, eu acho bobagem gritar igual um gato psicopata.

Meu irmão sorriu como um bobo quando viu todos erguerem suas armas. Todos estavam radiantes e corajosos, mas quando entramos na ilha essa felicidade repentina desapareceu rapidinho. Não podia culpa-los, eu senti vontade de me esconder debaixo da cama, mas não achei que isso pareceria muito heroico.

O terrível não era a ilha. Era a nevoa.

Ser uma feiticeira não é fácil. E ser a filha da Feiticeira Branca, a maior feiticeira que já existiu, também não é mais fácil.

Provavelmente você não entendeu nada, mas como sou uma garota boazinha vou explicar : Feiticeiras são sensitivas, podemos ver coisas mágicas que simples mortais não conseguem. As vezes isso é uma benção . As vezes é uma maldição.

Naquele momento eu achava que estava mais para maldição. Eu conseguia ver a nevoa tomando forma e tentando a mente dos marinheiros. Isso é terrível, é igual você entrar na mente uma pessoa e ver tudo que ela mais teme e o que ela mais quer. Você se sente uma intrusa .

–-Elaine?–- Rinse, o pai de Gael, sorriu quando viu a nevoa se transformar em uma mulher, provavelmente a esposa dele.

A nevoa passou por ele e desapareceu. Ele ficou confuso, obviamente. Não foi isso que me assustou. Depois que a nevoa se desfez eu ouvi uma gargalhada de uma mulher.

Oh meu papyto Aslam! Eu to ficando doida !

Nota mental : Procurar um psiquiatra se eu sobreviver a isso. Caso eu morrer vou procurar um psiquiatra no mundo inferior.

Procurando um psiquiatra no mundo inferior... Ok isso é estranho.

–-Eu não enxergo nada.–-Dirinian disse para meu irmão

Então ocorreu uma coisa que eu não esperava (sempre ocorrem essas coisas comigo, se acostume). A nevoa tomou a forma de um homem com uma coroa e chegou perto do meu irmão.

–-Você é uma grande decepção para mim. Você se diz meu filho. Então aja como rei.–- A voz disse.

Não precisa ter uma mente brilhante como a minha para perceber que aquele era o pai de Caspian.

Seria difícil vencer o nevoeiro.

Qual será a minha tentação?

^.^

–-Edmundo...–- uma voz delicada, um pouco parecida com a minha, o chamou–- Venha comigo. Seja meu rei.

Não é preciso dizer que o garoto quase teve um ataque cardiáco. Eu também quase tive um ataque cardiaco. A dona daquela voz era minha mãe, eu podia ver. Era estranho ver minha mãe, eu só vi ela na forma de visões e também numa parede de gelo, mas nunca vi ela na mente de outra pessoa.

–-Eu deixo você governa–- ela disse com uma voz persuativa. Me senti como se tivesse levado um choque eletríco de 100 volts. Os olhos dela tinha o mesmo brilho que o meu e a voz dela soava igual a minha quando tentava persuadir alguém;Um pouco irônica e talvez até um pouco divertida.

Eu era mais parecida com a minha mãe do que eu imaginava. E isso me assustou.

–-Vai embora!–- O reizinho disse –- Está morta!

–-Não pode me matar.–- ela disse com a mesma firmeza que eu tinha quando ameaçava alguém –- Eu vou viver para sempre em sua mente, seu tolo!

–-Não.

–-Edmundo? –- Lúcia chamou o irmão.

Edmundo estava palído como neve e parecia bastante assustado. Até assustado a criatura parecia bonita.

–-Tudo bem?–- Lú perguntou e mexeu a cabeça em direção dos marinheiros. Os marinheiros estavam encarando-o e provavelmente estavam pensando seriamente em mandar ele para um manicômio.

–-Tudo –- mentiu.

–- Talvez você esteja ficando louco –- provoquei.

Pela segunda vez no dia, Edmundo quase teve um ataque cardiaco. Ele não sabia que eu estava atrás dele e isso o assustou. Antes ele estava branco igual neve, agora ele parecia neve mergulhada em cândida.

Ele me ignorou.

Mal-educado !

–- Mamãe geralmente não brinca –- falei baixinho, deixando meu tom de voz quase ameaçador –- Cuidado , reizinho.

É obvio que eu estava brincando, é claro, só fiz aquilo para assustar ele . E funcionou.

É tãão legal assustar as pessoas.

^.^

Ouvi um barulho estranho. E como sou uma criatura curiosa e enxerida, fui até a polpa do barco ver o que era. Não funcionou, não vi nada. Geralmente dá para mim enxergar no escuro, pois feiticeiras descendem de Lilith,o demônio da noite , mas lá não dava para enxergar nada. Uma magia forte estava confundindo meus poderes.

–-Voltem!–- alguém na ilha gritou. Nesse momento todos os curiosos do navio também estavam tentando ver o que era.Bando de curiosos ! –-Se afastem!

Eu concordava com a voizinha doida. Seria uma excelente ideia voltar.


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Notas finais do capítulo

Eu to pensando em arrumar os caps anteriores, tipo, corrigir os erros ortograficos, melhorar a narração e até reescrever alguns. O que acham ?