Os carinhas que desceram dos sinos começaram a atacar. E então Diana foi praticamente obrigada a ataca -los.

Idia começou a expelir um brilho prateado e logo em seguida se transformou numa onça pintada, com garras enormes feitas de prata. Ahn, essa era vantagem de ter uma amiga onça.

Logo em seguida uma pequena batalha começou. Idia fatiava alguns homens como manteiga ( essa não era uma cena muito legal de se ver ) Todos os homens que eram tocados pelas adagas de Diana viram gelo imediatamente. Caspian lutava em algum lugar á esquerda. Edmundo atacava os soldados com precisão. E Lúcia atacava com uma pequena espada.

Mesmo estando em desvantagem numérica eles estavam se saindo bem . Ou quase isso...

Então, de repente, um cara barbudo entrou na sala segurando Eustáquio com uma adaga apontada para o pescoço do loiro.

Eles definitivamente não deviam ter deixado a criatura sozinha.

–- Se não quiserem ver esse aqui gritar como uma garotinha –- O cara barbudo disse –- eu sugiro que entreguem as armas.

–- Garotinha?

–- Agora! –- O homem que segurava Eustáquio berrou.

Lúcia jogou a espada no chão com força, obviamente irritada. Caspian colocou a espada com delicadeza no chão. Diana jogou as adagas no chão. Ela iria matar aquele garoto e dar de lanche para Idia quando tivesse a oportunidade.

–- Eustáquio... –- Edmundo rosnou e jogou a espada no chão.

–- Algemem todos eles! –- O cara barbudo gritou.

Os soldados começou a algema-los. Diana sentiu um apertar a corda com força no seu pulso. A corda não era preocupação, as adagas voltavam para a mão dela magicamente quando ela quisesse –- As vantagens de ser feiticeira.

–- Vamos levar esses três ao mercado–- O homem apontou para Diana , Lúcia e Eustáquio –- Mande os outros pra masmorra.

Iriam vende-la como escrava ? Ela, a poderosa Diana como escrava ? Ela iria matar esses caras barbudos dolorosamente quando tivesse a oportunidade.

–- Escute aqui, seu tolo insolente, eu sou seu rei! –- Caspian gritou , indignado.

–- Você vai pagar por isso! - Edmundo gritou com raiva.

Do nada um carinha com chapéu e uma roupa brega apareceu.

–- Na verdade, outra pessoa vai pagar. Por todos vocês.

O homem brega se aproximou de Diana.

–- Hum ... Bonita e brava. Acho que posso ficar com ela, deve ser ótima na cama –- O cara brega falou.

Ela na cama dele ? Nem nos sonhos brega dele.

Diana deu um chute forte bem no meio das pernas do cara, bem naquele " lugar". Depois disso ela duvidava que ele conseguisse ter filhos.

–- Ai. Eu. Não.Vou.Conseguir.Andar.Por.Uma.Semana –- o cara gemeu no chão.

Diana esperava que ele ficasse sem andar pelo resto da vida.

–- Levem ela e a gata grande para a masmorra também.

^.^

Plam! Plam!

Era o barulho de Caspian chutando as grades da masmorra.

Chutar as grades era uma burrice na opinião de Diana. Será que seu irmão esperava quebrar as grades com os chutes ? Se fosse isso, o grau de burrice dele era maior do que ela imaginava.

Plam

Então Diana ouviu outro barulho e se virou rapidamente naquela direção. Ahn, era só Edmundo acordando.

–- Tudo bem? –- Diana perguntou .

Edmundo se sentou.

–- Ai...tudo.

Plam! Plam!

–- Acha que eles estão bem?–- Edmundo perguntou.

–- Quem? –- Caspian disse confuso. Ele estava tão preocupado em quebrar a grade que se esquecera dos outros.

–- Lúcia e Eustáquio

–- Devem estar no mercado de escravos. –- Diana adivinhou.

Plam! Plam!

–- É inútil! Vocês nunca vão sair. –- Alguém falou

Era uma voz aspéra e antiga, como alguém de outro século. Imediatamente um calafrio percorreu o corpo de Diana, ela já tinha ouvido vozes assim em filmes de terror ( Longa história ) ... E nunca acabava bem

Todos olharam para o canto da masmorra de onde a voz parecia vir.

–- Quem está aí? –- Caspian perguntou, tremendo uma pouco

–- Ninguém...só uma voz na minha cabeça.

Quem quer que seja que falou aquilo devia ser meio doido. Não podemos culpa-lo até Diana estava ficando meio doida de ficar naquela masmorra.

Eles se aproximaram cautelosamente da voz. Quando chegaram mais perto viram um velho sentado no chão. O velho tinha barba e cabelos longos que pareciam medir metros, e era todo enrugado e parecia definitvamente doido.

–- Lorde Mer? –- Caspian arriscou .

O homem velho olhou para Caspian surpreso.

–- É..eu...ahm...eu já fui um lorde. Mas eu não mereço mais esse título. –- Comentou tristemente.

O velho olhou para o chão como se tivesse vergonha de algo. Caspian lançou um olhar suspeito para Diana e Edmundo.

–- Ele é um dos sete? –- Edmundo perguntou .

Caspian confirmou e se aproximou devagar para perto do velho .

–- Seu rosto...me faz lembrar um rei que amei muito. –- O velho confessou.

–- Esse rei era meu pai.

Um lampejo de surpresa passou pelo rosto do ex-lorde. Ele estava preso ali há tantos anos que quase tinha perdido as esperanças de sair.

–- Ooh...milorde...me perdoe, por favor.

O velho tentou fazer uma referencia, mas quase caiu no chão. Teria caído se Caspian não segurasse.

–- Não, por favor.

Então ouviram gritos vindos da janela. Aquele lugar ficava cada vez mais suspeito.

Edmundo se equilibrou rapidamenta em alguns pedaços de madeira e olhou pela janela. O rei presenciou uma cena um tanto ... estranha.

^.^

Na rua havia uma caruagem de madeira com várias pessoas dentro dela.

–- Elaine! Elaine! –- Um homem gritava correndo atrás da carruagem.

O homem segurou a mão de uma mulher que estava na carruagem . Atrás dele tinha uma menina pequena gritando :

–- Mamãe! Mamãe!

Aquele homem devia ser o marido daquela mulher e a menina a filha. Mas o que estavam fazendo com a mulher? E o que a mulher estava fazendo naquela carruagem ?

–- Não se preocupe! Eu vou encontrar você! –- O homem prometeu.

Estavam levando as pessoas para um bote. Para onde ia esse bote ?

Então Diana e Caspian subiram também para olhar na janela.

–- Pra onde estão levando eles? –- Diana não resistiu e acabou perguntando.

–- Vai olhando.

Diana continuou olhando. O bote começou a ser puxado pelo mar. As nuvens escureceram como se estivessem perto de uma tempestade. Uma nevoa verde surgiu e foi se enrolando ao bote aos poucos até que o pequeno barco sumisse na vévoa. Então o barco e a nevoa desapareceram magicamente.

–- O que aconteceu?–- Edmundo perguntou

–- É um sacrifício.

–- Mas...pra onde eles foram?

–- Ninguém sabe.

Caspian desceu e se virou par ao lorde .

–-O nevoeiro foi visto primeiro no Oriente.–- O lorde contou enquanto Edmundo e Diana desciam da madeira –- Noticias de pescadores e marinheiros, desaparecendo no mar. Nos fidalgos, fizemos um pacto. De achar a fonte do nevoeiro e destrui-la. Todos nós partimos, mas nenhum voltou. Se não venderem você pros mercadores de escravos, é capaz de parar no nevoeiro.

–- Temos que achar Eustáquio e Lúcia antes que seja tarde –- O rei falou.

Então o velho olhou para Diana.

–- Você –- O velho balbiciou.

Ela o que ?

Uma nevo verde, a mesma do nevoeiro, começou a surgir na masmorra. Lentamente fiapos de nevoa foram se acumulando ao redor do lorde. Era uma cena estranha.

Do nada os olhos do lorde ficaram verdes... como uma possessão...

–- Sua energia me despertará Ela o que ? O coisa coberto de nevoa verde apontou para Diana Ela o que ? Aos poucos sugarei sua energia e na hora final me reerguerei com seu sangue !

What ?

Então a nevoa se dissipou e o velho desmaiou no chão, fraco.

Aquilo foi uma cena um tanto estranha.

–- O que foi isso –-Edmundo perguntou, olhando para Diana .

–- Uma péssima profecia.

Aos poucos Diana começou a ter uma ideia do que estava acontecendo. O nevoeiro usava a energia de pessoas para se alimentar. Provavelmente ele possuiu o velho para mandar o recado que ele usaria a energia de Diana para se reerguer com maior força. E quando isso acontecer, ela morreria.

Diana já leu casos em livros de magia, em que pessoas tem energias sugadas para reerguer seres ancestrais caóticos. Quem teria mais energia do que uma filha de Aslan e da Feiticeira Branca ?

Se tudo desse errado ela morreria aos poucos, lentamente, até o espiríto do nevoeiro se reerguer.

Sua lista de inimigos se superou. Até um nevoeiro queria mata- la.