The Princess of Ice escrita por Diane


Capítulo 22
Capítulo XXII


Notas iniciais do capítulo

Esse cap é para a Larissa Toledo que sempre comenta em todos os caps



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/470200/chapter/22

A intenção de Diana era pousar delicadamente ao lado de Edmundo e Lúcia.

Mas claro que nem tudo é intenção. As vezes precisa de treino ...

É preciso dizer que Diana caiu em cima do rei e da rainha ? Não, provavelmente você já adivinhou.

–- Ai –- disse Edmundo

–- Uh –- Lúcia murmurou.

–- Desculpa ! –- Diana disse enquanto saia de cima deles.

Edmundo encarou a princesa

–- Diana você caiu do céu ?

–- Não, eu cai da proa do barco mesmo

Os três se levantaram. Diana torceu para que não tivesse quebrado nenhum osso de ninguém. Cara, ela precisava ensaiar o pulo da proa do barco se não ela acabaria matando alguém acidentalmente.

–- Cale-se, rapaz! –- A garota ouviu Ripchip e falar e virou na direção do som.

Tinha um garoto loiro, digno de definir o estilo " criança birrenta " berrando no chão com Rip encima dele, o menino devia ter uns quatorze anos mas agia como se tivesse dois. Quem era aquela criatura ?

–- Tire esse bicho de mim! Tire esse bicho de perto de mim! –- O menino berrou e jogou Ripchip para longe dele

O rato se levantou e passou a mão nos pelos colocando-os no lugar.

–- Ripchip! –- Lúcia falou feliz em rever o ratinho.

O rato olhou para os reis um pouco surpreso.

–- Oh, Majestades!–- disse fazendo referencia

–- Oi, Ripchip –- Edmundo falou–- É um prazer.

Diana olhou pela primeira vez atentamente para o rei. Wow! Ele estava um gato, ele sempre foi bonitinho mas agora estava mais bonito que o seu irmão mais velho. Como Idia, uma amiga de Diana costumava dizer : Uma vez gato, eternamente gato.

–- O prazer é todo meu, senhor –-O rato falou –- Mas primeiro o que fazer com esse intruso histérico?

–- Esse rato gigantesco quase arranha a minha cara toda! O garoto falou acusando o rato

–- Eu só tentei tirar a água dos seus pulmões, rapazinho –- Ripchip se defendeu .

O menino se levantou assustado

–- Ele falou! Vocês ouviram?! Alguém mais ouviu?! Ele falou! –-O garoto berrou alto suficiente para a tripulação inteira ouvir.

–- Ele fala sempre –-disse um marinheiro

–- Fazer ele calar é que são elas –- Caspian brincou.

Ripchip pareceu levemente ofendido.

–- Quando não houver nada a dizer, Majestade, –-Ripchip disse com postura–- eu prometo ao senhor que não direi nada.

–- Quem é essa criatura ? –- Diana perguntou .

–- Meu primo –- Edmundo respondeu tristemente.

–– Então não sou só eu que tenho parentes idiotas –- A menina brincou olhando para seu irmão.

Caspian lançou um olhar ofendido para a menina, mas não falou nada.

–- Eu não sei que brincadeira é essa –-Eustáquio gritou .

Eustáquio estava conseguindo irritar a tripulação inteira, coisa que nem Diana tinha conseguido. Era um recorde.

–- Por quê não o jogamos de volta ao mar? –-Ripchip sugeriu.

Diana achou excelente a ideia de Rip. Jogavam a criatura no mar e eles estariam livres de : Berros, choros , encrencas ( A garota tinha certeza que quando enfrentassem um inimigo, aquele ser vivo traria problemas ) Eles podiam se livrar de tudo isso se jogassem o menino no mar.

Edmundo sorriu. Ele também achava uma boa ideia.

–- Edmundo! –-Lúcia reprendeu o irmão

O menino birrento choramingou.

–- Eu exijo saber agora mesmo onde é que estou!

Um minotauro se aproximou do garoto.

–- Está no Peregrino da Alvorada –- O minotauro falou–- o melhor navio da marinha de Nárnia.

Então, de repente, o menino desmaiou.

Se Diana tivesse um primo assim ela já teria o matado enforcado, Lúcia e Edmundo deveriam ser considerados santos da paciência.

–- Eu disse alguma coisa errada? –-O minotauro perguntou.

Diana sorriu, pelo menos ficaria alguns minutos sem o drama de Eustáquio já que ele estava desmaiado.

–- Cuida dessa criatura –- mandou Diana

–- Majestade –- O minotauro fez referencia .

Caspian caminhou até a escada do convés com uma pose dramática, como sempre.

–- Homens! –- Ele chamou a atenção de todos no barco –- Vejam nossos náufragos: Edmundo, o Justo, e Lúcia, a Destemida. Grandes Rei e Rainha de Nárnia!

Todos se ajoelharam. Diana ficou parada e não se ajoelhou . Ela achava essa coisa de se ajoelhar uma besteira.

–- Di, você se importa se eu ficar no seu quarto ? –- Lúcia perguntou .

–- Claro que não.

^.^

Eles estravam a sala central do navio. Lá era uma sala normal , mas era onde eles guardavam os objetos dos antigos reis, Caspian tinha mania de achar que isso dava sorte, embora Diana achasse isso inútil. Eles nunca tinham sorte.

–- Aslam... –-Lúcia falou tocando a estatua de outro do leão que ficava emoldurada na parede –-Olha, o arco da Susana com as flechas!

Diana se sentiu desconfortável .Nunca foi fã numero um de Susana e ainda guardava rancor por aquela garota querer mata-la e ainda todo dia Caspian ficava se lamentando por ter deixado ela ir embora, comentando como a achava linda e bláblá . E quem tinha que aturar a criatura falando niss , adivinhem ? Diana, é claro.

–- Lúcia–- Caspian chamou a menina

Caspian tirou uma caixa do armário, era a caixa que guardavam o elixir e o punhal de Lú. Lúcia ficou admirada ao saber que guardavam o elixir

–- Meu elixir de cura... E o punhal! –-A menina falou animada

Ela estendeu a mão para pegar o punhal e o elixir, mas hesitou.

–- Ahn... Posso?–- perguntou receosa.

–- É claro! Eles são seus.

Lúcia pegou os objetos e os prendeu no cinto.

–- A espada do Pedro! - Edmundo exclamou.

–- É... Cuidei dela como prometi –-Caspian estendeu a espada ao garoto. –-Toma... Pode usar se quiser.

Edmundo hesitou, mas não pegou a espada.

–- Não, não. –- O garoto respondeu.. –- O Pedro deu pra você.

–- Mas... Eu guardei uma coisa para você. –- Caspian falou .

Caspian foi procurar a lanterna no armário. Não achou. Estranho... ele tinha deixado bem ali...

–-Diana você viu a lanterna ? –-perguntou confuso.

Diana deixou escapar um risinho. Em menos de um segundo todo mundo a encarou como suspeita. Por que todo mundo achava ela suspeita nesses casos ? Talvez por que em noventa e nove por cento dos casos ela era a culpada, mas Diana não queria admitir o fato.

A garota tirou a lanterna da sua bolsa de couro. Edmundo a encarou .

–- Que é ? Eu tenho que ler livros e como vou ler no escuro ?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!