The Princess of Ice escrita por Diane


Capítulo 21
Gelo e Mar


Notas iniciais do capítulo

Peregrino da alvorada ,lá vou eu !!!!!!!



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–-..são tempos difíceis. Mamãe espera que não se importem em passar mais uns meses em Cambridge... –- dizia Lúcia lendo a carta.

Lúcia sentia falta dos irmão e não suportava mais o primo. Lúcia era uma garota doce e meiga, conseguia aturar todo mundo, mas Eustáquio passava dos limites.

Já Edmundo, tinha um gênio explosivo, se o primo o irritasse mais uma vez ele arrancaria fora a cabeça do garoto. E isso não seria muito legal.

–- Deu sorte, pelo menos tem seu próprio quarto. E eu que divido com aquele chato? –- Edmundo comentou.

Lúcia suspirou tristemente .

–- Susana e Pedro que são sortudos. Vivendo aventuras... –- disse a mais nova.

–- É, eles são mais velhos e nós os mais novos, não somos tão importantes–- disse Edmundo olhando o teto.

Lúcia se olhou no espelho. Ela estava naquela fase em que começava a se perguntar se era bonita. Queria ser parecida com a irmã, Susana bonita e ela sem graça, na opinião dela.

–- Você me acha parecida com a Susana? –- perguntou ao irmão.

Edmundo largou a carta. Já estava se irritando das manias dramáticas da irmã.

O garoto estava prestes a falar alguma coisa como " Não entendo esses dramas de meninas " mas o quadro na parede chamou sua atenção.

–- Lúcia, você já tinha notado esse barco?

Era um barco normal. Um daqueles barcos de navegação de antigamente, era um quadro simples mas irradiava magia. Ele fazia Edmundo lembrar de Narnia e de suas navegações constantes.

–- Já, é bem o estilo de Nárnia, não é? –- disse Lúcia.

–- É...só serve para nos lembrar que estamos aqui e não lá –- Disse Edmundo.

Provavelmente eles iriam comentar alguma coisa sobre o barco, mas uma voz irritante imundou o local. Eustáquio.

Edmundo só conhecia duas pessoas que conseguiam falar tudo com irônia. Eustáquio era uma delas, ele tinha um talento natural para provocar e irritar as pessoas.–- Era uma vez órfãos desocupados, que acreditavam em Nárnia e contos de livros empoeirados...

Edmundo foi na direção do primo. Sua paciência se esgotara.

–- Agora você apanha... –- ameaçou.

Lúcia sabia que aquilo iria dar confusão. Sempre dava confusão.

–- Não! –- Alertou Lúcia.

–- Não sabe bater na porta! –- Edmundo perguntou irritado.

–- A casa é minha, entro onde eu quiser. São só convidados. –- Eustáquio retrucou.

Eustáquio se sentou na cama de Lúcia, cruzou os braços e fez a sua melhor pose de " garoto irritante "

–- O que há de tão fascinante nessa pintura? É horrorosa! –- Eustáquio perguntou quando reparou que Lúcia estava olhando para ela.

–- Não dá pra ver do outro lado da porta–- Edmundo respondeu irônicamente.

Lúcia estava mais perto da pintura. Dava para ver com mais detalhes. Ela podia até jurar que a água estava se mexendo ... mas estava

–- Edmundo, parece que a água está se mexendo –- Lúcia falou maravilhada, interrompendo os meninos.

–- É o que dá ficar lendo esses romances imaginários e contos de fadas. -–- Eustáquio disse.

–- Era uma vez Eustáquio, o chato. Só lia livros inúteis, de fato.

–- Gente que lê contos de fadas viram sempre um fardo horroroso pra gente culta como eu –- Edmundo se virou para o primo que continuava a falar –- Que lê livros com informações reais.

–- Fardo horroroso? Eu não vi você mexer uma palha desde que nós chegamos –- Edmundo falou irritado á ponto de socar o seu primo

Eustáquio se assustou, Edmundo era bem mais forte que ele .A garota ainda olhava o quadro enquanto os meninos brigavam, ela tinha certeza que a água se mexia.

Eustáquio tentou fugir do quarto, mas sua tentativa foi falha. Edmundo fechou a porta.

–- Eu devia contar para seu pai que foi você que roubou os doces da tia Alberta–- Edmundo ameaçou.

–- Mentira.

–- Ah, será?

–- Edmundo, a pintura ! –- Lúcia falou olhando admirada para as águas que se mexiam.

Lúcia sentiu um vento no seu rosto. Não podia ser ! Por um segundo a garota achou que estava enlouquecendo mas viu que começava a cair água do quadro.

–- Eu achei eles debaixo da sua cama, e sabe o que eu fiz? Eu lambi um por um. –- Edmundo continuou falando, nem sequer olhou o quadro.

–- Ui, eu fui infectado por você! –- O primo fez cara de nojo

Um jorro de água saiu do quadro e atingiu a cara de Lúcia. Eustáquio e Edmundo se viraram para o quadro surpresos

–- Lúcia...será que... –- Edmundo falou.

–- Só pode ser um truque. Pára se não vou contar para mamãe –- Pediu

A água começava a sair em grande quantidade do quadro e imundava o quarto . Lúcia sentiu esperança pela primeira vez desde que saiu de Nárnia. Ela tinha certeza que voltaria.

–-Mamãe! Mamãe! Eu vou pisar nesse quadro mofado –- Eustáquio gritou, quase desesperado.

Eustáquio pegou o quadro e jogou no chão. Por um momento Edmundo e Lúcia pensaram que isso pararia a chance de eles irem para Nárnia. Mas a água continuou a jorrar. Em pouco tempo o quarto começou a se cobrir de água e as crianças sumiram na água.

Quando eles abriram os olhos, não estavam no quarto. Eles estavam no mar aberto na frente de um navio imenso igual ao do quadro.

Estavam em Nárnia !

^.^

Diana estava sentada na proa no Peregrino da alvorada .

O Peregrino da alvorada era um barco grande que Caspian mandou fazer para ele partir em busca dos lordes perdidos de Telmar. Diana não estava interessada nos lordes, ela queria sair do palácio e descobrir novas terras.

Do nada ela sentiu uma sensação estranha.

Ela olhou para baixo e percebeu uma inquietação da proa do navio. Parecia que tinha ... novos tripulantes.

Finalmente eles voltaram a Nárnia. A menina pensou e logo pegou uma corda e pulou para proa do navio .


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