The Princess of Ice escrita por Diane


Capítulo 14
Capítulo XIV


Notas iniciais do capítulo

A história está ficando legal ? O que tão achando ?



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Caspian descobriu que era mestre na arte de fazer besteira. Primeiro, ele causou a morte de metade do exercito narniano. Depois ele invoca a Feiticeira branca e faz sua irmã odia-lo. Ele definitivamente não estava com muita sorte naquele dia.

–- Caspian, você tem que fazer alguma coisa, se não ela não vai perdoa-lo nunca –- alertou Lúcia.

Caspian resolveu seguir o conselho da pequena rainha. Ele foi até o quarto de Diana para pedir desculpas.

A menina estava deitada na cama, lendo um livro grosso e amarelado. Parecia bem, como se fosse um dia normal e não que ela tinha acabado de descobrir que ela era a filha da feiticeira mais cruel que já existiu. Isso era uma das coisas que Caspian admirava em Diana, ela se regenerava rápido.

–- Diana, me desculpe.

Ela não se virou. Ela o estava ignorando. E isso não era legal, Caspian odiava ser ignorado.

–- Diana ! Eu estava nervoso, com medo, por isso não fiz nada . Você tem que me perdoar –- tentou justificar.

Ela nem olhou para ele.

–- Diana se você não me perdoar você vai provar que é igual a sua mãe, que é rancorosa igual era.

Ele não devia ter falado isso.

A menina se virou. Os olhos dela estava prateados, igual a adaga dela.

–- Você deve me achar com cara de burra, certo ? –- retrucou –- Você não me defendeu em nada, deixariam eles me matarem sem se opor e depois vem aqui pedindo desculpas. Me poupe de seus comentários.

–- Isso não é minha culpa ... Você está entendendo tudo errado –- Caspian tentou argumentar.

Diana revirou os olhos.

–- Não é sua culpa ? –- A menina ergueu uma sobrancelha–- Então é de quem ? Faça-me um favor. Saia daqui !

^.^

Caspian estava se sentindo tentado a pular daquele degrau da fortaleza. A pouco tempo atrás a sua irmã estava sentada lá, talvez isso o fizesse sentir mais próximo dela, mas não funcionou. Ele só conseguia se lembrar daqueles olhos prateados furiosos. Se ele pulasse daí... ninguém sentiria sua falta.

O professor sentou-se do lado dele, tirando-o dos pesamentos suicidas .

–- Por que nunca me contou nada ?

– -Minha mãe era uma humana das montanhas do norte –- disse o professor –- Eu arrisquei minha vida inteira para lhe tornar um rei melhor que os anteriores .

–- Então eu o decepcionei –- concluiu Caspian.

–- Tudo que eu disse e tudo que eu não disse foi por que eu acreditei em você. –- disse o velho–- Você tem a chance de se tornar a maior contradição da história. O telmarino que salvou Nárnia.

O telmarino que salvou Nárnia. Aquilo soava bem, mas não era real, pelo menos não para ele.

–- Eu não comecei muito bem :A garota que eu gosto está decepcionada comigo. Minha irmã me odeia. E eu quase invoquei a feiticeira branca .Isso não é um bom começo.

–- Lembre-se : Sempre podemos recomeçar –-O velho disse e logo em seguida deixou o garoto sozinho .

Era isso. Ele tinha que provar que era bom .

^.^

–- Bem que a carruagem natalina do papai-noel-de-baixo-orçamento-do mal poderia cair ... e então ele viraria uma panqueca natalina... Um lindo final feliz, não acham ?

Diana estava numa dessas reuniões patéticas. Dessa vez, felizmente, eles estavam discutindo como matar Miraz e não como matar Diana.

–-Menina, de onde você tirou a ideia de chamar Miráz de papai-noel-de-baixo orçamento-do-mal ? –- perguntou Lúcia.

Diana sorriu, de repente o assunto começou a ficar interessante.

–- Não é obvio ? Ele parece um papai noel, só que tem menos dinheiro que o papai noel e é malvado, embora eu sempre suspeite que o papai noel é um ser cruel que mata criancinhas iludidas.

Lúcia desviou o olhar. Papai noel mal ? Oque mais Diana inventaria ?

–- Essa conversa não é sobre a barba de Mirás e sim o que fazer com ele –- brigou Pedro.

–- Sim, ó grande rei –- Diana murmurou irônicamente.

Pedro estava tão convencido que era até engraçado a expressão dele. Depois que ele assumiu a liderança total ( Caspian não ousaria liderar mais nada depois da invocação da Feiticeira ) ele estava mais convencido e achava que podia mandar em todos, inclusive em Diana. Pobre iludido ...

— Com mil pombas — disse Trumpkin — É esse o seu grande plano? Mandar uma menina para a parte mais escura da floresta sozinha?

Oque ? Diana nem estava prestando atenção no plano, mas aquela frase chamou sua atenção.

Pedro –- a criatura loira evoluída –- resolveu mandar Lúcia até o interior da floresta para ver se achava Aslam. Uma ideia completamente louca. Típica de um idiota oxigenado.

Não é preciso dizer que Diana achava aquilo um plano digno de um idiota –- coisa que Pedro era.

–- É a nossa última chance

–- E ela não estará sozinha –- interferiu Susana.

A rainha havia se voluntariado para ir junto com a irmã. Ela não deixaria Lúcia no meio de uma floresta exposta a perigos como lobos, leões não tão amigáveis...

Trumpkin caminhou até Lúcia com um olhar de cachorrinho-que-caiu-da mudança. Receio que o olhar não tenha causado muito efeito, Lúcia continuava firme nas suas ideias.

–- Já não morreram muitos de nós? –- perguntou o anão.

Caça-Trufas se aproximou.

–- Nikkabit era meu amigo também –- O texugo falou –- Mas perdeu a esperança. A rainha Lúcia não. E muito menos eu.

Nikkabit era outro caso desastroso. A princesa nunca foi muito com a cara do anão, sempre sabia que ele não era boa coisa. Nas 99,9 % das ocasiões Diana estava absolutamente certa ... exceto uma vez sobre tachinhas transparentes –- Longa história.

Ripchip tirou a espada do cinto. Ele parecia muito convencido na ideia que Aslan retornaria, Diana não sabia se isso era bom ou ruim.

–- Por Aslam !

–- Então eu vou com você ! –- O anão deu um passo na direção da rainha.

–- Não. Nós precisamos de você aqui –- respondeu Lúcia.

–- Precisamos segura-los até Lúcia e Susana voltarem –- Pedro lembrou todos na sala do infeliz fato.

Uma lembrança distante começou a surgir na mente de Diana, algo que ela tinha lido muito tempo atrás ...

–- Miraz pode ser um tirano assassino, mas, como rei, está sujeito às tradições e perspectivas de seus súditos. Sei de uma coisa que pode atrasa-lo. –- disse a Princesa.

Não posso negar que todos na sala ficaram surpresos, estavam acostumados a ver Diana aprontando, não preparando planos.

–- Oque ? –- perguntou Pedro curioso.

–- Faça um duelo entre você e ele. Quem ganhar, ganha a rendição do oponente. Isso ira talvez evitar uma batalha e pode dar tempo para as meninas conseguirem achar Aslan. Só basta você ser bom com a espada –- disse Diana –- Aí é problema seu.

– Isso é uma boa ideia - Edmundo disse - Mas vocês acham que Miraz iria aceitar ?

Esse era o problema. Miraz não aceitaria isso. Ele tinha a vantagem do exercito, por que se arriscaria á um combate em que ele teria a chance de perder ?

–- Talvez –- Pedro falou pensativo, considerando a ideia –- Talvez...

–- Não esqueçam que fui eu que dei a ideia –- lembrou Diana–- Espero que lembrem disso quando decidirem o que fazer comigo. Sem mim vocês virariam lindas panquecas narnianas.


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Notas finais do capítulo

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