The Princess of Ice escrita por Diane


Capítulo 13
Capítulo XIII


Notas iniciais do capítulo

Gente o que vocês tão achando da história ? não esperavam que a Di fosse filha da feiticeira branca provavelmente.



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Ela olhou o quartel narniano abaixo dela. No alto degraus da fortaleza narniana ela podia ver tudo embaixo. Era como se estivesse no céu.

A princesa se perguntou se era assim que os deuses se sentiam. Imponentes, lá do alto, vendo a vida humana passar como se fosse um trajeto de formigas insignificantes.

Agora ela era a filha da Feiticeira Branca, não mais uma princesinha indefesa. Uma arma mortal.

–- O que vamos fazer com a garota ? –- Ela escutou alguém falar, podia jurar que era Pedro.

O som estava vindo de um buraco quadrado. A menina caminhou discretamente até lá e quando chegou não pode acreditar no que via. Aquele buraco era uma pequena janela para a sala da Mesa de Pedra, dava para ver tudo o que acontecia lá. E nesse momento estava tendo uma reunião. Uma reunião para decidir o que fazer com ela.

–- Podemos mata-la –- sugeriu Susana.

O que ? Estavam pensando em mata-la ? Aquilo era injusto, ela nunca fez nada de errado. Ok, talvez algumas coisinhas erradinhas como colocar pó de mico em cadeiras... mas nada tão grave para merecer morte. A mãe dela fez coisas errada, não ela.

–- Não sei ... –- disse Edmundo –-Não parece justo mata-la ...

Diana ficou levemente surpresa. Ela pensara que Edmundo seria o primeiro a querer mata-la, mas não.

–- Edmundo está certo –- concordou Lúcia –-Não podemos mata-la por causa da Feiticeira branca. Diana é minha amiga não vou deixar ninguém tocar nela.

Diana sorriu. Lúcia era uma amiga fiel mesmo nas horas difíceis .

–- Lú, sinto muito –- disse Pedro tentando parecer compreensivo–- Mas não vamos mata-la por causa do que a Feiticeira Branca fez. Vamos mata-la por causa das coisas que essa garota pode fazer.

Diana nunca foi muito amiga de Pedro, sempre achou ele metido, mas nunca achou que ele seria capaz de matar uma pessoa por coisas que ela poderia fazer.

–- Li num livro que cada geração de feiticeira é mais poderosa do que a anterior –- Susana disse embora parecesse assustada –- Então provavelmente essa menina é pior que a Feiticeira Branca. Se a mãe dela consegui fazer um inverno de mil anos em Narnia, imagine o que essa garota pode fazer. A situação está grave, não precisamos de outro inimigo.

–- Então temos que mata-la antes que ela descubra seus poderes –- concluiu Pedro.

A princesa entendeu como a mãe dela ficou louca. Com todo mundo tentando mata-la deve ser difícil não querer congelar algumas pessoas.

–- Mata-la ? –- disse Lúcia , indignada –- Ela é nossa amiga, nunca fez nada de errado, só nos ajudou. Duvido que vocês terão sangue frio suficiente para mata-la. Isso é errado !

Susana piscou como se tivesse levado uma bofetada.

–- Lúcia, o que você acha que Aslan diria se nós deixássemos uma filha da feiticeira branca viva ? –- perguntou.

–- Ele diria qualquer coisa, menos que era para mata-la ! –- gritou Lúcia –-Aslan não gostaria que nós matássemos uma pessoa sem ela ter feito algo de errado.

–- Lú, entenda –- disse Pedro –- Diana não fez nada de errado mas, pode fazer

Algumas lagrimas surgiram nos olhos de Lúcia. Pedro pegou sua espada e a entregou para Edmundo.

–- Por que você está me entregando isso ? –- Edmundo perguntou.

–- Não se faça de bobo, Edmundo. É para você matar a garota.

Diana se engasgou. Que ? Eles iriam tentar mata- la, agora ? Suas mãos escorregaram para as adagas. Edmundo não era um grande oponente, se ele tentasse mata-la ela poderia garantir que sua tentativa seria um fracasso.

Mas então o garoto jogou a espada no chão.

–- Estou cansado de fazer o trabalho sujo por você , se quiser matar a garota você que a mate. Não vou sujar minhas mãos de sangue por você. –- Edmundo falou.

–- Você caiu no charme da Feiticeira Branca –- alertou Susana–- E agora vai cair no da filha dela.

Edmundo não respondeu, ele apenas saiu da sala. Pedro piscou e pegou a espada, oque deixou Lúcia chocada.

–- Pedro você não pode fazer isso –- Lúcia disse chorando –-Até Edmundo não quis.

Pedro hesitou. Era difícil tomar uma decisão dessa com Lúcia chorando. Aquilo o fazia parecer ... um tanto cruel.

–- Tudo bem –- disse Pedro –- Então vamos fazer uma votação.

–- Quem está a favor de mata - la ?

Ele e Susana levantaram a mão no mesmo instante.

–- Quem está a favor de deixa- la viva ?

Lúcia levantou a mão.

–- Edmundo também iria querer deixa-la viva. Isso conta dois votos –- avisou Lúcia.

Caspian não falou nada. Não votou.

–- Caspian, você decide oque ? –- perguntou Pedro.

–- Não sei. Decidam o que quiserem, não vou interferir –- respondeu.

Diana ficou chocada. O seu irmão não mexeria nem um dedo para defende-la ? Apesar dele não ser irmão de sangue dela, eles foram criados juntos como irmãos. Ela esperava que ele pelo menos votasse contra mata-la. Ela se sentia traída pelo próprio irmão.

–- Estamos em impasse. Não podemos decidir nada. Mas por enquanto a garota continuara viva, talvez ela morra na guerra e não teremos com o que preocupar –- disse Pedro–- Acabou a reunião

Todos saíram da sala.

Diana ficou olhando o ar chocada. Nem seu irmão defendeu ela... será que ela era tão ruim assim ?

–- Diana ! –- Ouviu alguém gritar.

A menina olhou para baixo e viu Lúcia e Edmundo.

–- Aqui !

^^

–- Nós fizemos uma reunião e decidimos que você ficaria viva por enquanto –- contou –- Mas não se preocupe, eu vou dar um jeito de tudo ficar bem.

–- Eu sei, Lúcia –- a menina apontou para o buraco na parede –-Eu vi e ouvi tudo daqui.

Edmundo ergueu uma sobrancelha.

–- Você ouviu tudo ?

–- É claro que sim –- Diana revirou os olhos –- Algum problema ?

Edmundo ficou quieto repentinamente.

–- Você está com raiva de Caspian ? –- perguntou Lúcia.

Aquele era um assunto delicado para a menina, mas ela precisava falar para alguém senão ela iria ficar doida.

–- Sim, eu estou –-confessou –-Eu esperava mais dele, eu esperava que pelo menos ele me defendesse, mas ele não moveu um dedo para me ajudar, se vocês tentassem me matar ele não iria impedir.

Diana sentiu uma leve vontade de chorar. Mas não. Ela não gastaria suas lagrimas a toa, ainda mais com um traidor como Caspian.

–- Lú, será que faz mal sentir tanta raiva de alguém –- perguntou –- Nesse momento eu estou com mais raiva de Caspian do que de Míraz.

Lúcia ficou quieta.

–- Nesse caso não é para menos –- respondeu Edmundo –- Você nunca confiou em Miráz, mas no seu irmão você confiava por isso é pior.

–- Não se refita á ele como meu irmão. Ele não é mais.


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