Radioactive escrita por Artur, Lucas XVI


Capítulo 24
Capítulo 24 : Pompeii


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, antes de começarem a leitura tenho um pedido e uma coisa a informar. Primeiro, Eu e o Artur nos classificamos em um Evento de Fanfics sobre o Universo de The Walking Dead e estamos agora nas fases dos confrontos (1x1), peço encarecidamente á vocês que entrem no site (http://desafiothewalkingdead.blogspot.com.br/) e votem em nós na enquete que está disponível. Agora sou eu quem está duelando, votem por mim.
E ah, a informação é quanto ao título : Pompéia ( em inglês, pompeii) foi uma cidade destruída por um vulcão, e suas cinzas faziam com que as pessoas ficassem cegas. A música ( que é o título deste capítulo) está falando sobre a tragédia que aconteceu em Pompéia, fala que se fecharmos os olhos esquecemos a tragédia. No enredo... Bem, só lendo para descobrir! Boa leitura á todos e obrigado!



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O homem que outrora havia matado Leo como sua vingança particular, agora virava-se de encontro ao casal de sobreviventes que estavam próximo as escadarias da torre, encurralados.

– Um casalzinho, hãm? - Zombou o homem, deixando a mostra uma boca repleta de dentes em um tom amarelado. - O rapaz vai ser educado e se oferecer para morrer ou primeiro as Damas?

Lucy e Dean encararam-no sério, sem respostas.

– Não foi uma pergunta retórica, sabem? - Continuou o homem, aproximando-se cada vez mais do casal. - Não costumo ser muito paciente, mas acabei de ganhar alguns pontos quando enfim me vinguei daquele desgraçado.

Disse, referindo-se á Leo.

– E então, vão escolher ou tanto faz? - Insistiu o carrasco, ainda sorrindo e se aproximando-se á passadas pesadas e firmes.

Dean havia se recuperado da confusão que a bala metera-lhe na cabeça, mas ainda assim puxar um contra-ataque á mão armada exigiria tempo. E eles não tinham isto. Ele simplesmente olhou para Lucy com um ar sério e depois voltou sua atenção ao homem.

– Eu fiz um pergunta. -Ladrou o homem, furioso. Desta vez aproximou-se tanto que era capaz de chutá-los com o mínimo movimento das pernas.

Lucy choramingou ao ombro de Dean, certa do fim.

– Certo, então que seja você mesmo! - Bradou irritado o homem, enquanto debruçava-se para buscar Lucy de forma forçada. Entretanto, com a ação brusca não pôde ver quando Dean esticou seu pé destro e chutou-lhe o joelho direito, fazendo-o cair em um grito de ódio e dor. E então Dean se manifestou:

– Lucy! - Gritou quando o carrasco caiu. Dean jogou-se em cima do homem quando o mesmo tentava reiniciar a redenção dos dois, no impacto dos corpos acabou que a arma foi atirada ao lado enquanto os dois rolavam de um lado á outro em uma luta corporal densa e tensa. - A arma!

A loira correu de forma atrapalhada até onde a arma havia caído e pegou-a, tentando mantê-la firme nas mãos.

– Não dá! - Disse enquanto tentava acertar a mira no homem que atacava Dean, mas toda vez que o tentava, a mira da arma variava igualmente á seu amado. - Você tá muito perto!

Dean desferiu uma sequência planejada de socos sob a face do homem ao chão, mas o dano que causara não era nem o que se esperava. Por mais atrapalhado que o homem fosse em concluir seus socos contra Dean, era muito resistente, principalmente por ser do tipo grande e robusto.

– Atira logo Lucy! - Gritou Dean enquanto era dominado pelo homem que se posicionava em cima de Dean, desferindo-lhe socos brutos em sua cabeça, obrigando Dean á usar ambos os seus braços como um escudo improvisado.

– Não dá! - Disse a loira, desesperada.

– Lucy, vai logo! - Disse Dean, sério, enquanto agarrava os braços do adversário, parando os seus ataques por tempo limitado.

Mesmo assim, o grandalhão insistia em atacá-lo. Avançou como pôde, tentou pressioná-lo contra o chão e até deu-lhe cabeçadas, mas Dean resistia firme. Por enquanto...

Dean perdia as forças a cada pressionada que o carrasco fazia sob seu corpo e o solo, mas o cansaço também era evidente do outro lado da luta. O homem suava como um porco e bufava como um touro, bravo e cansado.
Lucy olhou em volta para buscar por ajuda, mas á seu redor só encontrou inimigos revestindo contra os cidadães que ainda restavam na Fortaleza adjunto á meia dúzia de Walkers que já começavam a surgir por dentre o âmbito outrora seguro.

Só então veio-lhe a coragem necessária e a loira apertou o gatilho da arma, o primeiro tiro saiu torto e sem rumo, atingindo uma parede qualquer mais á frente enquanto os dois ainda se ocupavam com a luta, mas o segundo foi precisamente no alvo... Ou em um deles.

– Dean? - Falou Lucy, quando notou que apesar do único tiro ter sido disparo de forma correta, ambos os corpos haviam parado de se mexer.

Uma poça de sangue formou-se quase que de imediato após o disparo, mais ainda assim não conseguiu identificar onde a bala tinha acertado ou em quem tinha acertado.

– Dean? - Voltou a dizer enquanto aproximava-se dos dois, receosa.

Quando se aproximou devidamente, notou que um deles ainda respirava e logo após um ataque de tosse atingiu o homem de baixo do defunto, atordoado.

– Me ajuda aqui. - Disse Dean pausadamente enquanto tentava livrar seu braço debaixo do corpo morto do carrasco.

Lucy só não riu por conta da situação á seu redor, mas sentiu-se grandemente aliviada por aquilo. Empurrou o corpo do defunto com as duas mãos, até tirá-lo de cima de Dean que enfim ergueu-se, respirando forte e com o olhar perdido.

– Está bem? - Perguntou Lucy, enquanto aparava-o com o braço.

– O suficiente para saber que não devemos ficar aqui. - Disse Dean, com a mesma ignorância de sempre.

Decidiram que subiriam as escadas lentamente, para não chamar a atenção indevida de mais ninguém. Mas mesmo com toda a cautela necessária, alguns invasores ainda chegaram á vê-los adentrar a torre de vigília e puseram-se a correr atrás deles, na mesma direção.

– Droga! - Disse Dean enquanto notava que os homens começavam a se aproximar da torre, aos montes. - Vai na frente e deixa aquela mesa que tem lá em cima de frente para a porta.

– E você? - Perguntou Lucy, antes de acelerar a subida.

– Eu vou atrasá-los um pouco, não se preocupe. - Disse Dean enquanto certificava-se de que estava munido o suficiente e tornava a mirar para o início das escadas.

A loira correu escada a cima como ordenado enquanto Dean subia aos poucos a escada e atirava contra os invasores á medida em que um deles adentrava á torre.

No começo os penetras eram facilmente abatidos por Dean, entravam descaradamente na torre e, sem sequer poder ver Dean, eram atingidos pelos tiros do rapaz. Mas logo atrasá-los tornou-se mais dificil. O número deles aumentava gradualmente e entravam aos pares agora.

– Estão todos se escondendo aqui! - Dean ouviu um homem qualquer dizer ao pé da escada enquanto mandava que seus capangas continuassem a avançar.

– Merda . - Pensou Dean quando notou que já havia atrasado os penetras o tanto quanto era possivel.

Apesar da posição privilegiada de Dean, agora os invasores não deixavam-se mais totalmente á mostra e avançavam casa vez mais, o que forçou Dean a correr para junto dos outros no andar superior da torre.

Quando pôs-se a subir, os homens passaram de infiltrados á perseguidores e começaram a disparar de forma descontrolada contra Dean que por estar em constante movimento sob as escadas, escapava ileso em meio á chuva de balas.

– Lucy! - Gritou Dean quando notou que mais alguns metros e estaria junto aos demais. - Lucy!

– Dean?! O que aconteceu?! - Respondeu a loira, em um grito vindo lá de cima.

Sem parar de correr em subida sob as escadas, Dean instruiu-a.

– Coloca a mesa onde disse e pede ao Ryan para pegar o álcool tem dentro do baú e molhar a mesa com ele! - Gritou, ignorando as perguntas da loira.

– Tem certeza? - Gritou Lucy, outra vez.

– Rápido Lucy! - Disse em resposta em tom igualmente alto. Seus perseguidores ainda mantinham uma distância considerável, mas ainda assim Dean não conseguia acertar mais nenhum disparo depois que se pôs á correr deles. E também, por sorte, não fora atingido.

Quando a porta para o andar superior da torre ficou visível á si, Dean percebeu que a mesa estava coloca ali onde pedira, mas ninguém mais estava molhando-a ou sequer perto dela.

– Ainda não fizeram? - Irritou-se Dean em seus pensamentos.
Quando chegou e frente á porta, Dean saltou por sobre a mesa e caiu sentado sob o chão de madeira. Ryan, Lucy e Anne abriam o baú e procuravam pelo recipiente com o líquido inflamável.

– Rápido com isso! - Disse Anne á Ryan quando passou-lhe a garrafa de álcool.

Ryan correu com o álcool em mãos até a mesa que posicionara ao limite da porta, abriu o frasco e despejou seu líquido sobre a mesa, ensopando-a de álcool. Quando terminou, jogou a garrafa de volta para o baú e olhou para Dean:

– O que vem agora?

– Fica aí. Vai me ajudar a empurrar isto escada abaixo. - Instruiu Dean enquanto posicionava-se ao lado de Ryan e remexia o bolso de sua calça a procura de algo.

– Agora? - Perguntou Ryan, ansioso.

– Ainda não. - Respondeu Dean enquanto retirava sua mão de dentro do bolso, deixando á mostra uma esqueiro velho e aparentemente desgastado.

Dean olhou para escada e notou que logo os invasores alcançariam aquele lugar. Acendeu o fogo de esqueiro e jogou-o contra a parte plana do móvel, incendiando-o de imediato.

– Deixe o fogo se espalhar mais, e cuidado. - Instruiu Dean enquanto as chamas se alastravam pela mesa, fazendo-a queimar em um brilho laranja e rubro. - Agora!

Empurraram juntos, um impacto único e forte com as mãos sobre a parte da mesa que ainda não havia sido perseguida pelas chamas. Por mais breve que o contato tenha sido, foi suficiente para fazer o móvel rolar escada á baixo, flamejante.

A mesa não seguiu o rumo da escada e ultrapassou o corrimão, caindo pesadamente no exato local onde os primeiros invasores já começavam a chegar, esmagando-os ou queimando-os, ou ambas as coisas. Além de lidar com estes penetras, a mesa ainda em contato com a madeira do local, espalhou suas chamas por entre a escadaria, tornando a subida em um caminho quente e destorcido, barrando-os.

– A torre vai queimar até cair. - Conclui Anne quando o fervor de lá debaixo chegou até eles.

– Certamente vai. - Concordou Lucy, assustada.

– E nós não estaremos aqui. - Respondeu-lhes Dean, destemido. Deslocou-se até a janela que servia de ponto de monitoramento para ele e Ryan.

– Você não pensa em pular isso, pensa? - Perguntou Ryan, confuso.

Dean deu mais uma olhada para baixo para poder ter noção da altura e virou-se de volta á seus companheiros.

– Vamos morrer aqui se ficarmos. - Falou Dean.

– Morreremos se pularmos. - Retrucou Anne.

– Eu não falei em pular. - Lembrou-lhes Dean.

– Vamos fugir? - Disse Ryan, dando um passo a frente. - Abandonar todos que vivem aqui?

– A situação não é muito diferente de quando fiz o mesmo por Kurt. E agora olhe para vocês, falando sobre fazer exatamente o que eu fiz. Errar. - Respondeu Dean.

– Tentar. - Corrigiu Lucy. - Você tentou.

– E ainda assim errei. - Continuou Dean. - A Rose foi suficiente.

– Isso é diferente. - Disse Anne, por fim. - E você sabe que não vai abandoná-los.

– Eu não disse que iríamos. - Observou Dean.

– Não diretamente. - Insistiu a morena.

A discurssão foi interrompida quando um grito tenebroso rompeu ao cômodo em que estavam, provavelmente alguem perseguido pelas chamas.

– Não podemos ficar aqui o dia todo. - Disse Lucy.

Anne olhou-a e cedeu mediante á um suspiro.

– Saímos daqui e depois ajudaremos a Fortaleza. - Prometeu Dean. - Não ajudaremos nada morrendo aqui.

Anne tomou a arma de Ryan e posicionou-se perto da janela oposto á de vigilância, uma que dava vista á maior parte da fortaleza.

– Arrume um jeito de descer, mas enquanto isto... - Disse a morena enquanto disparava da ameia contra os invasores que perambulavam pela comunidade, avulsos.

A torre erguia-se alto demais para pularem, e também não havia pano ou cordas para servirem de apoio na descida.

Abaixo da janela tinha um encalço de aproximadamente meio metro, semelhante á um calha de contensão d'água. Dean observou-a por um instante e percebeu que seguindo a trilha da calha d'água surgia uma janela qualquer em uma anadar mais abaixo da torre e ainda mais abaixo um cano de metal seguia até o solo. Era uma ideia louca, suicida... E também a única para aquele momento.

– Como estão as coisas aí, Anne?

– Começando a mudar, se para bem ou pior aí depende. - Comentou Anne enquanto parava para recarregar a arma.

– O que quer dizer? - Questionou Ryan, impaciente.

– Há tantos Walkers lá quanto os malditos invasores. Ou até mais. - Informou a morena enquanto voltava a disparar, alternando o alvo dos tiros.

Dean continuava com seus pensamentos e Anne com seus disparos, mas ambos foram interrompidos quando ouviu-se um estalo. O chão abaixo deles vacilou sem cair, fazendo soar o barulho de madeira rangendo enquanto ardia em fogo.

– Anne, saia daí. - Começou Dean, erguendo-se mediante os demais. - Vamos sair daqui agora!

A seguir uma nuvem de vapor invadiu o cômodo, trazendo consigo um calor insuportável que obrigou-os a agir o quanto antes.

– Me sigam e façam o que eu fizer. - Instruiu . - E não há tempo para explicações, só façam.

Primeiramente Dean deslocou-se para fora da janela e se firmou de maneira segura sob o assoalho de madeira da calha d'água, afastando-se dali de forma lenta e ritmada, sendo seguido de perto pela sequência de Anne, Lucy e Ryan.

A calha era firme o bastante para aguentar o suficientemente o peso deles, e apenas o suficiente.

– Não pisem com muita força, mas mantenham-se firmes. - Instruia Dean enquanto anaçavam lentamente pelo piso de madeira.

Durante o curto, entretanto demorado percursso que fizeram, ouviram diversas vezes a madeira estalar sob seus pés ou dentro da torre. Quando finalmente chegaram ao término do assoalho de madeira onde somente jazia apena suma janela abaixo, os estalos na madeira tornaram-se intensamente mais sonoros e constantes.

– Cuidado aqui. - Disse Dean antes de demonstrar como fariam a seguir. Dean limitou-se a se sentar cautelosamente sobre a borda da calha, deixando seus pés momentâneamante á balançar no ar. Depois retraí-os e os fixou na base dda janela, de forma segura.

Desceu vagarosamente o corpo enquanto se apoiava com as mãos na calha, quando tinha descido mais da metade do corpo Dean soltou suas mãos e agarrou as bordas da janela enquanto ainda fixava-se com os pés nela, neste momento as chamas já dançavam livremente pelo cômodo que estavam antes. Sabendo disto, Dean pôs-se a acelerar a fuga:

– Venham logo. - Disse enquanto soltava a janela e se jogava sob o cano de ferro que tinha extensão até o solo, agarrando-se firmemente á ele. - Aqui não seguram com muita força, mas também não sejam burros a ponto de soltarem enquanto deslizam.

Instruiu enquanto escorregava cano abaixo, caindo em segurança até o solo por trás da torre de vigilância. Os outros três tiveram os mesmos obstáculos de Dean e todos conseguiram chegar ao solo ilesos, embora ofegantes.

– E agora? - Questionou Ryan, ofegante.

Andaram até o portão de acesso principal que fora derrubado durante o início da invasão, ocultando-se mediante a visão dos invasores lá dentro da fortaleza.

Dean espiou cautelosamente lá dentro e não gostou do que viu. Apesar de que os invasores á esta altura já eram bem menos numerosos, haviam também algumas dezenas de Walkers perambulando pelo âmbito.

– O número de Walkers não conduz com o número de habitantes daqui. - Começou Dean, notando que apesar de numerosos, os Errantes eram menos do que a quantidade de habitantes do Âmbito. - Ainda há gente viva.

– Então vamos ajudá-las! - Precipitou-se Anne.

– Temos apenas duas armas, poucas balas, uma cidade inteira para ajudar e dezenas de combatentes contra nós. - Repreendeu-a Dean. - Não podemos apenas ir lá.

Anne olhou-a com desconfiança mas aceitou que o rapaz estava certo.

Caminharam até exatamente o ponto de entrada para a fortaleza, mesmo que sem entrar. Mesmo á mostra como estavam, ninguém parecia notá-los lá.

E lá, mediante á tudo que viam, acima de tudo o que era visível encontrava-se o Caos, poderoso e soberano.

E como se não bastasse toda a destruição e Caos, ainda tiveram de presenciar a queda da torre de vigília que ainda ardia quando desabou em uma mistura de Madeira carbonizada, chamas, defuntos e sangue. Adicionando mais destruição á um local já destruído.

Ali, diante de tudo, não viam mais uma Fortaleza, uma comunidade ou qualquer outra coisa que assegurasse a a vida de sobreviventes em meio ao Apocalipse. Viam o Caos, a destruição e as sobras...

– E mais uma vez tragédia. - Lamentou Ryan, sério.

– E mais uma vez Pompéia. - Concluiu Dean, triste.

Viam agora o que restavam do que outrora fora um lar, suas pessoas mortas, seus edifícios destruídos...

Suas sobras.


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