Radioactive escrita por Artur, Lucas XVI


Capítulo 23
Capítulo 23 : If I Die Young


Notas iniciais do capítulo

Agora que as coisas começam a esquentar ou arder, como preferirem. Enfim, tudo vai começar a se encaixar e teremos ação e fortes emoções a seguir. Bem, mas isso só o titulo já deixa claro. Como sabem o próximo capítulo também será meu e sairá em breve, o atraso deste deu-se pela Volta ás aulas. Tudo tãaao confuso! Em todo caso, aproveitem e desejo-lhes uma boa leitura!



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A pergunta de Dean fora deixada sem respostas claras ou eminentes, pelo contrário, sua dúvida atraiu o silêncio para todo aquele local. E como se já não bastasse, o cenário de velório incrementou-se á um clima tenso e frio.
O resto do velório foi seguido por muitas preces e despedidas por boa parte da população local, não durou mais que meia hora até que o corpo da amável Rachel fosse transportado até sua cova improvisada e devidamente enterrada.


– Vamos Dean. - Pediu Lucy, tentando soar o mas gentil possível.

– Não. - Disse, seco. - Tenho vigília hoje.

Dean estava parado em frente á cova de Rachel, olhava-a de forma firme e com melancolia nos olhos. Lucy suspirou, deu ma olhadela de soslaio á Ryan que estavam próximo á si e voltou a se virar para Dean, falando:

– Não tem não. - Começou. - O Ryan vai te cobrir na vigília.

– O Ryan vai o quê? - Perguntou Ryan ao ouvir menção á seu nome, confuso.

– Não precisa Ryan. - Disse-lhe Dean, desta vez virando-se para olhá-lo.

– Eu não disse nad..- Quando pôs-se a negar a sugestão, Lucy repreendeu-o com os olhos, fazendo-o recuar com sua frase. - Sério, eu faço isto.

Dean apenas balançou a cabeça em agradecimento e forçou-se a sorrir enquanto Ryan retribuía-lhe com um aceno e seguia rumo á torre.
Assim como Ryan, boa parte das pessoas que ainda estavam ali presentes começaram a realmente se despedir de Rachel e deixá-la em seu descanso eterno. Inclusive Lucy e Dean.


– Você vem,Anne? - Perguntou Lucy quando passaram ao lado da morena que ainda permanecia junto á Rose.

A morena olhou diretamente para Dean, como se o matasse com os olhos e respondeu:

– Sim, eu vou. - Anne abraçou Rose carinhosamente e deu uma última olhada para onde jazia os restos de Rachel antes de seguir junto á Lucy e Dean de volta para o casebre.

A curta caminhada até a casa que fora-lhes concedida foi torturante para o trio. Anne sofria em silêncio enquanto depositava sua indignação em forma de olhares severos o que tornava cada passo que Dean dava extremamente doloroso e Lucy sentia-se agoniada por não poder fazer nada a respeito se não esperar... Esperar até que o luto acabasse.

– Penso que talvez possamos comer macarrão com almondegas no almoço. - Decretou Lucy enquanto abria a porta de sua residência e adentrava-a, seguida por Anne e Dean.

Enquanto a loira seguia rumo a cozinha da casa, Dean e Anne ficaram na sala, sentados em sofás separados e mantendo o aclamado silêncio.

– Sabe o que mais dói, Dean? - Bradou Anne em uma voz frágil de falha, dando fim ao silêncio. - Poderia ser qualquer um no lugar da Rachel, a Lucy, o Ryan, eu. Qualquer um! E a tragédia seria a mesma, e tudo isso porque você não consegue enxergar!

– Enxergar o quê? - Questionou Dean, olhando-a nos olhos.

– O que se há para ver. - Disse Anne, desta vez irônica. - Não seja tolo.

– Eu fiz o que era certo, tentei. - Disse o rapaz, em tom de lamento.

– Então é isso? Ela foi uma cobaia para sua arrogância? - Perguntou a morena, erguendo-se do sofá.

Dean não soube como responder, estava confuso e ainda sentia a amargura da culpa. Apenas fitou-a e a ouviu continuar:

– Só espero que ela tenha sido o bastante para abrir-lhe os olhos. - Disse e consequentemente rumou até seu quarto, calma e aliviada por ter dito o que realmente queria.

Os momentos que se seguiram após a discussão transformaram-se rapidamente em horas, e Dean continua ali. Sentado.
– Lucy, o almoço está pronto? - Perguntou Anne, saindo enfim de seus aposentos enquanto ia até a cozinha.

– Não. Ainda não. - Respondeu a loira.

– Ótimo. - Disse satisfeita. - Vou no Centro de controle, ainda tenho que relatar a escassez de mantimentos.

– Eles ainda estão desaparecendo? - Disse Dean entrando na cozinha, um pouco melhor.

Anne olhou-o por um tempo e depois suspirou, cedendo:

– Sim, e isso é péssimo. - Relatou a morena.

– Ah, já que você vai sair eu vou com você. - Começou Lucy enquanto desligava o fogão. - Aproveito e chamo o Ryan para almoçar.

– Eu vou com você. - Disse Dean, mas rápido do que o esperado. O rapaz tinha melhorado, mas não o suficiente para sentir-se totalmente capaz de lidar consigo mesmo.

– Certo. - Disse Lucy meio sem graça. - Então vamos todos.

Saíram e trancaram a porta da residência como sempre faziam. Durante a caminhada várias pessoas paravam-nos para cumprimentá-los, outros contentavam-se com o envio de olhares maldosos. Principalmente destinados a Dean.

– Só bastou que eles aparecessem! Tudo virou um inferno!

Ouviram uma mulher de idade dizer á um homem mais novo.
Dean revirou os olhos e manteve a cabeça baixa enquanto passavam por eles, Lucy detinha uma expressão triste e cansada em face, também cabisbaixa. Só Anne mantinha sua postura de costume: cabeça erguida e olhar malicioso.

Andaram durante alguns minutos até que enfim puderam visualizar o Centro de Controle da fortaleza, pararam em frente ao edifício ao notarem uma enorme aglomeração inserida no local. Várias pessoas corriam de um lado á outro com papéis em mãos, outras concentravam-se em seus cálculos.

– Claro, tudo pode piorar. - Resmungou Anne enquanto entrava em seu local de trabalho.

Dean e Lucy acompanharam-na afim de saber do que se tratava todo aquele alvoroço. Em uma situação normal todos parariam para lançar á Dean um olhar maldoso, mas a confusão era tanta que ninguém notou-o ali, ou fingiu não notá-lo.

– Anne, pensava que não iria aparecer por aqui hoje! - Exclamou um homem de aparentes trinta e cinco anos e com uma farta barba cor de ferrugem.

– Adam, o que está acontecendo aqui? - Perguntou Anne em tom autoritário.

– Os suprimentos! - Bradou o ruivo em desespero.

– O que houve com os suprimentos? - Perguntou Dean, interessado no assunto.

– Sumiram. - Falou Adam. - Não tudo, mas o que sobrou não dá sequer para passarmos o resto deste dia.

Anne, Dean e Lucy olharam-se ao término daquela frase. Agora entendiam todo o Caos, sentiam-no.

– Isso é terrível. - Se pronunciou Lucy. - Como pode acontecer uma coisa assim de uma hora para outra?

– Não foi de uma hora para outra, deviam saber. - Explicou Adam. - O que quero dizer é que os suprimentos já vinham se esgotando misteriosamente, e agora foi só o Grande Final do ato.

– Uma forma engraçada de considerar as coisas, Adam. - Disse Thomas, adentrando ao estabelecimento de trabalho.

Ao entrar, o líder da fortaleza trouxe consigo o silêncio e a calmaria, mesmo que temporária. Todos pararam com os gritos e com a correria para focar sua atenção em Thomas, que estava acompanhado de Leo e Selena.

– Seria mais engraçada se fosse só uma piada. - Disse Adam, em tom de desafio.

– Vim aqui para resolver o problema da falta de mantimentos, não para ter minha liderança questionada.

– Não teria sua liderança questionada se soubesse como executá-la. - Continuou Adam. Todos os outros olhavam-nos quietos, aparentemente só Adam tinha coragem o suficiente para discutir com Thomas.

– Eu faço o que está ao meu alcance. Se está incomodado eu faria questão de ceder meu cargo á você. - Bradou o líder, sério. - Mas como iria falir isto rapidamente, é melhor não.

– Falir isso como você está fazendo? - Rebateu Adam. Os dois entre olharam-se em expressões ferozes, prontos para mais um Round, até que Lucy interveio na briga:

– Tudo o que menos precisamos agora é uma briga.

Adam sacudiu a cabeça em sinal negativo e cedeu a palavra á Thomas.

– Já está á par da situação? - Quem perguntou agora foi Anne.

– Sim, a Selena me falou o que aconteceu. - Disse pausadamente. - Ou melhor, o que está acontecendo.

– Em outras palavras...? - Disse Dean, incitando para que Thomas continuasse.

Thomas não tinha até aquele momento notado a presença de Dean ali, olhou-o com um ar curioso e deteve-se algum tempo, prosseguindo logo após:

– Em outras palavras, alguém está roubando o que é nosso. - Disse, objetivo.

– Que descoberta. - Ouviram Adam dizer mais atrás, caçoando.

– Você tem suspeitos? - Perguntou Lucy, desconfiada da situação.

– Aqui há dezenas de pessoas, garota. Selecionar alguns poucos é impossível. - Bradou Thomas, irritado com a audácia de Lucy. - O que faremos é guarnecer o estabelecimento alimentício da Fortaleza, tomei a frente e já indiquei os seguranças.

– Que a proposito já estão á seus postos. - Completou Leo, pondo-se ao lado de Thomas.

Levando em conta toda a causa da situação, Lucy lembrou-se repentinamente de quando viu o líder da comunidade envolvido naquela troca suspeita. E de como ele a tratara quando estava a responder suas perguntas. Lembrou-se do pacote que trazia e do mistério que fez a respeito de seu conteúdo.

– Suprimentos. Ele disse que tratava-se de suprimentos. - Refletiu Lucy.

A loira iria certamente ter uma conversa com Thomas a respeito da situação, mas não naquele momento.

Levantar suspeitas contra o líder de uma fortaleza quando ela está em estado crítico é pedir por rebelião, violência e desordem. Esperarei. - Decidiu-se Lucy em seus pensamentos.

– Quanto aos mantimentos á serem repostos, uma equipe já estará sendo formada para uma busca ainda hoje! - Exclamou o líder quando os outros puseram-se novamente á falar livremente.

– Pedimos encarecidamente que voltem á seus afazeres enquanto nós todos tentamos contornar esse terrível momento. - Disse Selena.

– Quando selecionarmos os integrantes da missão de busca anunciaremos á todos. Por enquanto, façam o que a Selena diz. - Concluiu Leonard, abraçando sua namorada.

Por conseguinte das ordens, o pessoal aglomerado no local tratou de voltar á seus serviços mais simples. Uma parcela saiu para suas casas e outra parcela menor preferiu ficar no Centro de Controle para ajudar, tal como Anne:

– Vou indo. Fiquem atentos. - Disse Anne á seus dois acompanhantes.

– Você também. Se há um ladrão infiltrado, ninguém está totalmente seguro. - Repreendeu-a Dean.

A morena assentiu com a cabeça e pôs-se a subir a escadaria até sua sala, adjunto á mais colegas de profissão.

– Thomas! - Chamou Lucy quando percebeu que o homem estava prestes a deixar o local junto á Selena e Leo. - Espera um pouco.

O líder e seus capachos esperaram a aproximação de Lucy e Dean.

– O que foi agora? - Bradou Thomas, não sem gentileza.

– Queremos falar com você em particular. - Disse a loira, incluindo Dean também.

– Não tenho segredos para com meu povo. - Respondeu o líder, insinuando a continuidade da conversa ali mesmo.

– Um momento. - Indicou Dean enquanto puxava Lucy pelo braço, afastando-se do trio que liderava a fortaleza.

– Dean, não podemos perder tempo. - Falou Lucy, destemida.

– Do que se trata isto? - Questionou Dean, confuso por ser mencionado em uma assunto que não fazia-lhe respeito.

A loira suspirou e voltou para a presença de Thomas e os demais, indicando para que Dean a acompanhasse.

– Você que pediu. - Alertou a loira á Thomas antes de prosseguir. - A negociação com aqueles caras. Tem relação com isso tudo, não tem?

– Você ainda insiste nisso? - Irritou-se Thomas.

– Hey, calma aí. Responde e pronto, apenas. - Bradou Dean.

– Aquilo era uma troca equivalente. - Começou Thomas. - Dei-lhes medicamento e recebi suprimentos em troca. O que diabos isso tem a ver com todo este Caos?

Lucy mal teve tempo de responder, ouviram uma buzina soar do lado de fora do portão de acesso principal á fortaleza. E logo após, um homem com a cabeça raspada e uma curta barba grisalha saiu de uma casa qualquer, pondo-se a correr com duas grandes sacolas em mãos, recheadas de alimentos e afins.

– Peguem-no! - Exclamou Thomas. Mas quando tentou perseguir o ladrão junto a Leo, teve de parar quando um carro de grande porte derrubou o portão principal e adentrou ao local, dirigindo livremente pela comunidade.

E então tudo a seguir resumiu-se ao desespero.

As pessoas da fortaleza saiam de suas casas aos gritos á medida em que mais dois carros adentravam á Fortaleza e despejavam seus homens armados em meio ao âmbito. Quando todos os homens estavam fora dos carros e devidamente armados, os habitante deram conta da situação e nem o mais corajoso dos homens ousou continuar a correr ou gritar. A população local apenas observava os invasores, de modo amedrontado.

– Eu disse que não estava satisfeito, Thomas. - Gritou um dos invasores.

Ele... Era ele! - Pensou Lucy ao se recordar do dia em havia testemunhado a negociação entre eles.

– Do que se trata isto?! - Esbravejou Thomas, dando um passo á frente.

– Vamos lá, não se faça de desentendido. - Brincou o homem.

– Tínhamos um acordo! Saiam daqui agora! - Continuou Thomas, irritado.

O homem com quem Thomas estava conversando deu um sorriso e tímido e pálido antes de responder:

– Acho que não... - E então deu o sinal. Seus homens começaram a atirar nos cidadãos da fortaleza enquanto avançavam por todo o ambiente. - Peguem tudo! Matem todos!

– Lucy, corre! - Disse Dean enquanto sacava sua arma de fogo, afim de contra-atacar os invasores.

– Não vou sair daqui sem você! E nem sem o Ryan ou a Anne! - Bradou Lucy enquanto se protegia atrás de um muro residencial junto á Dean.

– Anne! - Exclamou Dean, surpreso.

– Ela não vai te ouvir, temos que ir no Centro de Controle! - Falou a loira, sem entender.

– Não Lucy, olha a Anne ali! - Indicou quando a morena passou correndo por eles, seguindo rumo ás torres de vigilância. - Anne!

– O Ryan! - Exclamou a morena enquanto evitava o alcance das balas.

Dean olhou de soslaio para Lucy que olhava para Anne, consternada.

– Temos de ajudá-la. - Sussurrou em desespero a loira.

– E vamos, fique perto! - Instruiu Dean enquanto corria com Lucy junto á si em meio ao tiroteio e atrás de Anne.

Foram alvo de vários atiradores, mas nenhum deles parecia ser bom o bastante para acertar uma vítima em movimento.

– Estão altamente armados. Mas faltam-lhe experiência. - Percebeu Dean

Mesmo assim, avançar não foi nada fácil. Além de dispararem contra eles, alguns ainda aproximavam-se para afrontá-los fisicamente. Dean atirou com fervura e eficácia na maioria das vezes, derrubando a maioria daqueles que se atreviam mais que os outros.
Lucy seguia-o de perto, mas mesmo assim não pôde prever quando um dos invasores agarrou-a pelo braço e tomou-a em seus braços, prendendo-a enquanto jazia com a arma sob seu crânio, em descanso.

Dean virou-se e encarou o homem que a detinha, aflito.

– Solta ela. - Disse calmamente Dean. - Você não precisa fazer isso, não tem que fazer isso.

– Fica caladinho aí cara! - Exclamou o rapaz, apertando Lucy. - Baixa tua bola ou te faço ver como ela fica toda banhada á sangue!

– Calma. - Foi só o que conseguiu dizer Dean, estava desesperado e atormentado. Se erguesse sua arma contra o homem, seria seu fim através de Lucy.

– Hehe. Assim que eu gosto. - Gabou-se o homem.

– E sabe como eu gosto? - Bradou Adam, aparecendo atrás do homem que detinha Lucy. - Assim!

O ruivo não hesitou. Disparou contra a nuca do rapaz que detinha Lucy, fazendo-o cair ao solo, morto.

– Fiquem atentos! - Disse Adam enquanto retomava á correr, desta vez para perto do Posto médico, onde Albert estava com Selena.

– Deus, que susto! - Desabafou Dean enquanto contornava Lucy com uma abraço cheio de ternura.

A loira beijou-o em resposta, um beijo rápido mas significativo. E depois puseram-se a correr novamente atrás de Anne, que a esta altura já havia se distanciado mais deles.

Em meio á corrida, viram quando Anne foi encurralada por um dos invasores que percebeu para onde ela estava indo. O homem estava desarmado mas mesmo assim pôs-se á frente da porta da torre para agarrá-la. Mas a morena não titubeou e se jogou em cima do invasor, derrubando-o no chão enquanto agarrava seu crânio e o debatia contra o solo.

– Anne! - Gritou Lucy ao perceber que mais um invasor aproximava-se de Anne, pronto para disparar.

Um tiro ressoou mais distintamente que os outros, não da arma de Dean que poderia defender Anne e também nem da arma que seria a morte da jovem. Ryan apareceu mediante á escadaria, com uma arma potente em mãos e disparou contra o homem que se aproximava de Anne, acertando em cheio seu peito.

– Entrem, rápido! - Gritou Ryan enquanto abatia mais alguns dos que notavam o lugar onde estava.

Quando se aproximaram o suficiente, Ryan resolveu voltar a subir as escadas, levando Anne consigo. Lucy e Dean preparavam-se para entrar e acompanhá-los quando uma bala silvou perto da cabeça de Dean, levando-o ao chão em confusão.

– Dean! - Gritou Lucy, ajoelhando-se ao lado de Dean.

Os dois estavam ao pé da escada, mas foram detidos por uma dupla de atiradores inimigos que pareciam se divertir com aquilo, um deles parecia familiar tanto para Lucy como para Dean.

– Fim da lin..- Anunciava o outro invasor quando percebeu que alguém mirava uma arma para eles.

Dean podia aproveitar o momento e fazer o mesmo, sacar sua arma e então virar o jogo. Mas estava atordoado, perdera momentaneamente seu equilíbrio.

– Você! - Exclamou o homem que parecia conhecido aos dois. - Você foi o que me negou ajuda lá!

Leo era quem tinha a arma apontada para a dupla de invasores.

Os caras que pediram por ajuda quando fomos buscar mantimentos. - Recordou-se Dean, retomando o equilíbrio.

Leonard permaneceu parado e sério, ainda detendo a mira sob a dupla que encurralava Lucy e Dean ao pé da escadaria da torre de vigilância.

– Seu merdinha, sabe quantos perdemos lá?! Quatro! Quatro se foram por sua arrogância! - Bradou o homem, irritado.

Leonard nada fez a não ser disparar, primeiro disparou contra a cabeça do parceiro daquele que falava. Preparou-se para disparar também contra o invasor restante, mas um tiro perdido atingiu-lhe á perna e o fez cair junto á um grito de dor e agonia. E então sua máscara se desfez.

– Por favor, não. - Disse enquanto juntava suas mãos em sinal de súplica.

O homem que outrora Leo havia abandonado agora aproximava-se dele, armado e soberano. Leonard podia até tentar voltar a erguer sua arma, mas a tentativa seria falha e incômoda, então apenas pôs-se a suplicar mais por sua vida.

– Por favor, não. - Continuou em tom de lamento. - Eu quero viver!

– Isso é problema seu, não meu. - Disse o homem em tom de escárnio enquanto disparava contra o crânio de Leo, matando-o de imediato.

– Leo! - Gritou Selena, longe dali. Mesmo distante, a moça podia ver seu amado sob o solo, banhado em vermelho. - Nãaao!

A moça gritava enquanto Rose e Albert pegavam-na á força e a tiravam dali, saindo de vista.

– Agora vocês. - Disse o carrasco, virando mais uma vez para Dean e Lucy.


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Notas finais do capítulo

Eu preferiria dar um término a esta situação ainda neste capítulo, mas ele tornou-se muito extenso então resolvi dividir isto em dois capítulos. Ou seja, no próximo é que teremos o ápice do confronto! Até lá o/



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