Radioactive

Os sobreviventes já andejavam novamente sobre a estrada enquanto seus corações palpitavam intensamente diante da noticia de uma nova espécie de proteção para ambos, nos tempos atuais é bem difícil acreditar na ajuda de alguém mas mesmo assim, parecia valer a pena correr o risco. Depois de longos dias de caminhada, depois da morte de Quinn e quase encontrarem o fim de suas vidas na mira de um grupo de saqueadores, eles mereciam um descanso e sabiam disso.

– Finalmente ... – Sussurrou Lucy com a mão no pescoço enquanto o sol escaldante a fazia suar retornando com sua frase: - Um lugar realmente seguro.

– Talvez não seja o que pensamos ... podemos muito bem nos decepcionarmos. – Completou Anne vindo mais atrás enquanto carregava sua mochila pesada. A loira simplesmente ignora Anne que mais realista, olha para Dean cabisbaixo.

– É difícil acreditar em estranhos, não podemos negar isso. Mas acontece que estamos precisando de mais pessoas lá, é realmente seguro, e isso eu garanto. – Se intrometeu Léo fazendo uma pausa no caminho enquanto virava-se para a morena.

– Realmente é difícil de acreditar, à alguns dias fomos atacados por outros sobreviventes e o próprio Dean decidiu fugir assim que nós os vimos. – Rebateu Anne direta.

– Mas agora a nossa situação é diferente. – Foi ríspido Dean virando-se para Rose. – Falta muito para chegarmos? Estamos exaustos.

– Não, só mais alguns quilômetros .. – Tentou responder Rose sendo rapidamente interrompida por Ryan que grita alertando.

– Walkers!!

Haviam três carros espalhados no decorrer da estrada, todos completamente destruídos com uma quantidade volumosa de errantes que se aglomerava em um centro. Alguns já sentiam a presença dos sobreviventes se atreviam a buscar tal carne fresca.

– E então, o que faremos? - Sussurrou Lucy ficando próxima a Dean, que demonstra grande apreensão ao olhar para Rose e Léo.

– Tem como desviarmos o caminho? - Perguntou já apunhalando sua pistola.

– Infelizmente não conheço nenhum outro caminho. - Lamentou Léo também pegando sua arma, todos então devidamente equipados, avançam mais à frente da estrada em posição de defesa mas prontos para atacar a qualquer hora.

Aos poucos, todos iam ultrapassando o caminho pelas laterais, os transformados , para a felicidade de todos, estavam entretidos com o vasto banquete exposto ali, dos três veículos, dois estavam chocados ou seja, houve alguma batida.

– Não façam barulho, e procurem se apressar. - Sussurrou para todos Dean enquanto olhava atentamente para o outro lado da estrada, a área ''livre'' dos infectados.

Uma dúzia de errantes já sentem a presença dos demais afinal, o cheiro de carne viva é inconfundível, estes estão caminham imediatamente na direção do grupo que derrubava aquele que estava mais próximo possível.

– Corram, vamos!! - Berrou Dean sem preocupações com o barulho já que foram descobertos. O rapaz ajudava Lucy a correr já que sua perna não estava totalmente sarada enquanto Anne os olhava mais atrás.

– É incrível como eles se gostam. - Pensou para si mesma a morena mas logo sendo interrompida por Ryan que gritou chamando-lhe a atenção.

– Presta mais atenção Anne! Esses vermes estão em atrás de nós! - Gritou o rapaz olhando para trás certificando-se de que não tinha nenhum transformando próximo o suficiente para lhe fornecer um risco maior.

Logo um carro que estava completamente cercado pelos errantes dá a partida derrubando todo caminhante que encontra pela frente, o veiculo então segue em frente na direção oposta dos sobreviventes. Léo e Rose se entreolham estranhando a situação mas logo continuam a corrida quando alguns errantes se aproximavam bruscamente.

– É ali!! - Berrou Rose para ser ouvida pelos demais. A morena engoliu a saliva e continuou em seguida: - Depois dessa ponte vocês já irão conseguir vê-la!

– Mas antes temos que cuidar desses vermes, se lá for seguro realmente, não podemos arriscar o nosso novo abrigo. - Protestou Dean virando-se imediatamente. Anne logo em seguida, segura Lucy permitindo que Dean avance para elimina-los.

– Rose e Ryan, vocês ficam com a parte da direita. Usem balas apenas se for necessário! E você .. Léo, vem comigo. - Indagou apunhalando sua foice com força.

Os movimentos rapidamente surgem, Rose era tímida e discreta mas mesmo assim conseguia eliminar alguns errantes, diferente do Ryan que estava ágil e queria causar uma boa impressão para os novos companheiros. Dean decapitava todos que surgiam na sua frente enquanto Léo gabava-se da sua precisão no ataque, apunhalando um bastão de basebol, o loiro de olhos claros ia estourando a cabeça dos seres pútridos que se aproximavam.

Após todos estarem eliminados, o grupo se reúne e Dean encara Léo que esboça um simples sorriso de satisfação seguido pela afirmação:

– Você realmente é um bom líder Dean, sabe guiar todos com muita precisão. Irá se dar em lá na Fortaleza.

– Vamos dar um tempo nos elogios, não vejo a hora de ter uma boa noite de sono. - Murmurou Anne separando-se de Lucy que agradece o apoio.

Mais alguns minutos de caminhada e logo sob o horizonte as muralhas da Fortaleza erguiam-se majestosamente, os muros de ferro cercavam um área ampla e possivelmente rodeada de pessoas pacificas. Ainda existia um caminho a se seguir mas era minusculo diante do alivio de finalmente encontrar um refúgio.

– Não acredito ... - Indagou Lucy enquanto seus olhos verdes já brilhavam, ninguém conseguiu esconder o largo sorriso de felicidade, nem o Dean sequer.

– Ambram os portões! Sou eu, o Léo e a Rose! Temos pessoas novas para a Fortaleza. - Berrou o loiro enquanto as enormes mas singelas portas de ferro se abrem lentamente fazendo um barulho incomodante.

– Que bom que vocês chegaram! Estive rezando muito por vocês dois. - Uma mulher de cabelos lisos castanhos surge abraçando Léo e dando-lhe em seguida, um beijo de boas-vindas.

– Essa é a Selena, a namorada do Léo. - Proferiu Rose completando : - Vamos, entrem e conheçam nossa comunidade.

Rapidamente os quatros novos habitantes da comunidade foram recebidos pelos poucos membros que residiam no local que por sinal era amplo e tinha inúmeras portas a qual ficam os alojamentos.

– Isso realmente existe? O que é aquilo ali? - Indagou Anne ainda sem acreditar enquanto apontava para um espaço onde a faixada da frente era preenchida por vidros.

– É o nosso Centro de Controle, é lá onde tudo que entra e sai da forteza é controlado, as comidas os medicamentos .. tudo deve ser repassado lá para que o nosso líder fique ciente de como está a nossa situação. - Respondeu Rose bastante contente.

– Vocês realmente tem uma administração intensa.- Elogiou Dean já guardando sua foice na cintura.

No centro do espaço existia esculturas de várias santidades onde no centro, a imagem de Cristo era nitidamente presente. Ao redor, eram colocados velas e flores enfeitando o local.

– Olá! Sejam bem-vindos para a nossa Fortaleza, vocês já falaram com o líder? - Um senhor aproximou-se dos demais, tratava-se de Albert, o pai de Selena e o doutor renomado da comunidade.

– Ainda não, irei leva-los para o gabinete agora. - Respondeu Rose.

– Gabinete?? Do que se trata? - Questionou Ryan.

– É assim como chamamos o local, é lá onde o nosso líder reside, é lá onde ele toma conta de tudo e decreta suas decisões. Não se preocupem, ele é bastante simpático e tenho certeza que irá recebe-los de braços abertos.

Rapidamente os sobreviventes são levados para um local singelo, onde lá dentro encontrava-se um rapaz de costas, fazendo anotações em um quatro.

– Voltamos, e trouxemos novos sobreviventes. Esses são Dean e Lucy, Ryan e Anne. - Indagou Rose aproximando-se do homem.

– Ah, olá Rose. Olá para vocês também, aposto que estão estão bastante cansados ... aproveitem o dia para relaxar que em breve daremos suas funções. E antes que eu me esqueça, me chamo Thomas.

– Funções?? - Estranhou Lucy olhando para o rapaz que possuía cabelos de cor escura em um penteado bastante simples, e vestia uma camisa branca coberta por um casaco verde.

– Sim, todos nós temos uma vida pacifica aqui. Mas para tudo funcionar como uma civilização tranquila, cada um deve ter sua função que ajude na evolução da comunidade. Devem trabalhar como antes, mas nada de muito esforço ... - Indagou o homem enquanto aproximava-se dos sobreviventes.

– Vocês estão no topo desse mundo.