Radioactive escrita por Artur, Lucas XVI


Capítulo 16
Capítulo 16 : Wide Awake


Notas iniciais do capítulo

Genteee, desculpaa a demora mais é que com a Copa (#TeveCopaSim , #VaiBrasil) eu fiquei muuuuuito disperso! Mais aqui está um capítulo fresquinho que marca o término de uma coisa e o começo de outra, aproveitem! E ah, eu formatei o Pc e estou sem o Word, então fiz o cap no Bloco de notas (kkkkk) então me desculpem mais um vez por
possíveis erros. Boa leitura!

Viram a nova capa?? Segunda temporada... também temos o novo trailer feito pelo artur, deem uma olhada! https://www.youtube.com/watch?v=FA8NuJhZhZE



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– Sei que estamos cansados de voltas e mais voltas mas acho que se seguirmos em frente, poderemos encontrar um lugar realmente seguro. – Disse Anne em tom de deboche e tentando soar como Dean, que usara esta mesma frase momentos atrás, antes de visualizarem um casebre bastante conservado e entrarem para descansarem. - Sinceramente... - Continuou a morena.

Apesar dos protestos a parada aconteceu e o grupo teve de se hospedar naquele local. Ao lado do casebre havia um amontoado de mesas e cadeiras quebradas, algumas até carbonizadas. Mas os Errantes ali eram em menor quantidade, o que foi um ponto decisivo e favorável á parada.

– Isto é loucura, ainda nem deve ser meio dia. Poderíamos nos alojar em outro lugar e depois de vasculharmos toda essa área. - Insistiu Anne.

– Você se ouviu dizer que ainda nem deve ser meio dia? Pois então, descansaremos e depois vamos continuar. Vai doer se esperar e tentar relaxar? - Rebateu Dean, seco.

– Não sei, ficar não vai doer, de fato. Mas mordidas de Errantes dói, ou acha que não? Ou será que não ouviu os gritos de dor e agonia da Quinn? E, Ah! Adivinha? Ela se foi porque fizemos uma parada mal planejada, como esta que estamos fazendo. - Bradou Anne, mantendo-se séria e claro, irônica.

– A Quinn não tem nada com isso, você vive de passado? - Explodiu Ryan, magoado por ter que ser lembrado mais uma vez da morte de Quinn.

– É com o passado que nós construímos um futuro decente. - Foi a última coisa que disse. E depois procurou afastar-se para um cômodo isolado do casebre.

Os três que ficaram na sala entre olharam-se, descontentes.

– É melhor vocês irem descançar logo, tenho que concordar com a Anne, não vamos perder todo um dia aqui. - Sugeriu Dean.

– E você? - Quis saber Ryan.

– Eu fico vigiando, depois peço para a Anne me cobrir. Relaxem. E Lucy, lava essa ferida e tenta arrumar uma faixa. - Opinou Dean. Após terem sido atacados pela horda de Errantes enquanto estavam na estrada, Lucy havia sido encurralada por alguns Walkers e acabou se ferindo... Não por parte do Errante, mas porque teve de se arrastar pelo concreto seco, o que causou alguns arranhões e hematomas em seu braço.

Ryan e Lucy foram se abrigar em um cômodo qualquer da casa enquanto Dean deslocou-se até onde Anne havia se enfiado, procurou-a por tempo até que foi encontrá-la em um pequeno quarto cercado de prateleiros com livros e Cd's. A morena estava em frente á uma das estantes, aparentemente vasculhando por um livro qualquer.

– Tudo bem? - Foi a morena quem perguntou. - Você faz bastante barulho quando anda, sabia?

– Não, não faço. Você que tem ouvidos sensíveis. - Rebateu o rapaz.

– Talvez. - Disse e então largou o livro que estava segurando de volta á prateleira e enfim virou-se para Dean. - O que quer?

– Muita coisa, mas querer não é poder. - Disse Dean em tom de lamento e sarcasmo.

– Seja breve, tenho que descançar. - Foi direto ao ponto Anne.

– Para onde acha que devemos ir? - Questionou o rapaz.

– Oh, isso sim é inédito. Dean pedindo sugestões quando pode gritar e fazer drama até ter que improvisar em um momento critíco? - Falou Anne, fingindo espanto. Dean olhou-a com indiferença, e então soube que devia realmente opinar sobre o assunto. - Bem, da última vez que ouvi uma transmissão sobre centros de segurança eles... - Foi interrompida por Dean antes de concluir.

– Esqueça.

– Motivo? - Quis saber a jovem.

– Isso é falho e errôneo, um local com muita gente é um lugar com muitos Errantes, podem explodir a qualquer hora. - Fundamentou Dean.

– E também pode ser verídico e correto, um local com muita gente é onde encontraremos uma segurança que nunca tivemos desde que tudo isso começou, e quanto á "explosão", um Centro de segurança saberia perfeitamente lidar com isto. - Rebateu a morena.

– Acontece que isso só se estivermos realmente diante de um Centro de segurança, porque existem também as comunidades. Desorganização, muita gente em pouco espaço e liderança falha. - Argumentou o homem.

– Acontece "querido", que isso depende do líder que os guia. A comunidade ou Centro de treinamento pode ser pequena, grande, cheia ou vazia, mas se tiver um líder digno, esse local é ideal! - Concluiu sua proposta a morena.

– E de onde você estava falando? - Quis saber Dean

– Vegas. - Respondeu com um sorriso em face.

– Hm... - Refletiu o rapaz por um momento, expondo sua decisão logo em seguida. - Não.

– E porque não? - Quis saber a morena, estava frustrada por sua ideia ter sido rejeitada.

– Porque Vegas é muito populosa, não podemos correr o risco de sermos encurralados. - Fundamentou Dean.

– Então voltamos para a estaca zero... - Começou Anne. - Não temos um lugar para ir de novo, não é?

– Ainda não, ainda não. - Lamentou Dean enquanto se virava e voltava para a sala, deixando Anne á vontade para descansar.

Dean sentou-se na cadeira próximo á uma janela de onde poderia prestar vigília do perímetro que rodeava o casebre onde estavam, pegou-se cochilando algumas vezes até que foi substituído por Anne.
Ficaram lá até todos descansarem bem, ou mais ou menos bem. Quando juntaram as coisas e saíram do casebre o Sol inclinava-se, mostrando que já passara do Meio dia. Seguiram estrada á fora, aquele trajeto quase não era presenteado com a presença de Walkers, pelo menos não visíveis, porque durante a caminhada eles ouviam grunhidos, mas não chegaram á vê-los e por isso continuaram caminhando.

Quando ainda caminhavam sobre a estrada e cercados por árvores e arbustos, Ryan para subitamente, fazendo com que os outros trê s também parassem.

– O que houve, Ryan? - Perguntou Dean com desinteresse na voz.

– É que, eu preciso me aliviar. - Disse o rapaz, meio envergonhado.

– Só pode estar brincando conosco. Nós estávamos sob um teto e tinha um banheiro lá! Porque diabos você não fez o que tinha de fazer LÁ, e não AQUI?! - Esbravejou Anne, porém mantendo o tom de voz não muito alto.

– Nossa, desculpe se eu não consigo controlar meu relógio biológico. É algo natural, e agora, a natureza me chama. - Disse Ryan, decidido.

– Okay Ryan, vá e não dê bobeira. Fique atento. - Instruiu Dean enquanto jogava sua mochila ao chão e sentava-se sobre o solo, cansado.

Ryan virou-se com seu canivete empunhado em mãos e deslocou-se de maneira apressada mata á dentro, afinal, não faria o que tinha de fazer na frente de seus companheiros.
Ryan vagou silenciosamente e atento até sair de vista da estrada e de seu grupo, e decidiu que ficaria mais á vontade assim.

...

– Mais á frente a estrada vira á esquerda. - Disse Lucy, sentada ao lado de Dean. - Talvez lá nossa sorte mude.

– Talvez. - Concordou Dean. – Como conhece essa área daqui? É tipo, tão afastada de tudo. - Quis saber a morena, curiosa.

– É que eu e meus amigos de faculdades costumávamos fazer reuniões em um bar próximo daqui. - Explicou-lhe Lucy.

– Reuniões é? Sei... E você disse... " Amigos "? Hmmm. - Provocou Anne, irônica.

– Sim, reuniões e sim, amigos. - Objetivou Lucy.

– E nessas reuniões costumava ter muitos garotos e bebida? - Continuou a morena, na tentativa de constranger Lucy. Estava divertindo-se com aquilo.

– Vocês duas não tem jeito mesmo..- Murmurou Dean.

– Tinha tantos garotos quando garotas, e nos reuníamos ali. - Apontou para o horizonte, onde via-se colinas íngremes e defeituosas, deixando á mostra algumas construções. - O bar ficava naquela vila ali, era confortável.

– E sobre o que eram essas reuniões? - Prosseguiu Anne.

– Trabalhos da faculdade, só. - Começou a loira. - Era um lugar bem agradável, costumávamos vir de..- Interrompeu sua fala ao ouvir o desespero em forma de grito de um ser, a voz estava esganiçada e nervosa. E vinha de dentro da mata...

Todos foram capazes de ouvirem o grito, tal como todos foram capazes de compreender do que provavelmente se tratava, então correram. Dean levantou-se num pulo e adentrou á floresta, sendo seguido por Anne e Lucy que mantinham o mesmo ritmo que o rapaz.
Percorreram praticamente o mesmo caminho que Ryan havia feito, mas nada do Rapaz.

Ryan, eu avisei para ficar atento! Avisei!– Pensou Dean enquanto seguia driblando árvores e slatando sobre arbustos.

– Aaah! - O grito foi mais uma vez ouvido, desta vez estava mais sonoro. Ainda assim, foi necessário mais alguns metros percorridos até que Dean, Anne e Lucy depararam-se com Ryan encostado no tronco de uma árvore e encurralado por quatro Walkers, apesar disto, o grito não vinha dele.

– Socorro! - Gritou uma mulher que estava atrás de Ryan, a jovem tinha cabelos castanhos e era branca, mas também era tão alta quanto Anne ou Lucy.

Dean foi o primeiro a agir, sacou sua faca de mão e correu por trás de um Errante que tentava debruçar-se sobre Ryan e a moça desconhecida, derrubou-o no chão com um empurrão e caiu com a lâmina voltada para o crânio do Walker, desabilitando-o. Em seguida Lucy e Anne correram juntas para ajudarem também, juntas, elas chamaram a atenção de um segundo Walker e o prensaram sobre o tronco de uma outra árvore, finalizando-o através do corte rápido e profundo entre os olhos do transformados por Lucy.

Assim, Ryan sentiu-se mais á vontade para enfim agir, deu dois passos em direção á um dos Errantes que restava e fincou-lhe sua lâmina sobre o maxilar da fera, finalizando-o. O último Walker mostrou-se mais ousado e agressivo ao tentar agarrar Ryan pela cintura e morder sua nuca. Mas Dean foi mais rápido, o rapaz levantou-se e desferiu um corte rápido sobre a testa do transformado, mas não havia sido profundo o suficiente, e a fera sanguinária voltara-se contra Dean, tentando agarrar-lhe o braço.

Dean mais uma vez mostrou-se rápido e socou a face deformada do Walker, socou com imensa força que sua face desconfigurou-se e desmanchou-se sobre o punho do Rapaz que claro, contou com o fator de decomposição dos músculos e tecidos do Errante, tornando mais fácil tal feito, fazendo o corpo do transformado cair sobre o solo, acabado.
O rapaz ergueu-se com a mão pegajosa e rubra, e olhou de relance para a mulher desconhecida.
A garota parecia muita mais aliviada agora, deu um passo á frente e olhou para todos.

– Meu nome é Rose, obrigada por me ajudarem. - Disse Rose ostentando em face um sorriso de gratidão.

– Certo Rose, mas não nos agradeça ainda. - Disse Ryan ao perceber que mais Walkers emergiam dos arbustos, atraídos pelo grito da moça, que notou sua culpa e corou instantaneamente.

– Desculpem-me, eu não queria. - Lamentou Rose.

– Não se preocupe, olhe, são só três. - Respondeu Ryan.

– Não subestime-os pelo número, Ryan. - Ordenou Dean, cauteloso.
Ryan acenou com a cabeça, dando sinal de que havia entendido a ordem.

Quando os três seres carniceiros atravessaram os arbustos para atacarem o grupo, Dean preparava-se para liderar a ofensiva quando o som de um tiro ecoou pela mata, seguido de outro e outro. E então os três Errantes estavam caídos ao chão, finalizados.

– Rose. - Disse aliviado um homem que encontrava-se atrás dos Errantes que ele próprio havia aniquilado.

– Leo. - Rose sorriu ao vê-lo, acenou ao conhecido e esperou que ele se aproximasse, sorridente.

– Pensei que estivesse morta, Deus, que ideia foi essa de sair assim? - Perguntou Leo, aliviado por reencontrar Rose.

O clima entre os dois era de alegria, mas Dean olhava o recém-chegado com cautela e atenção, sem nunca guardar seu canivete. Já Ryan parecia mais á vontade e se aproximou de Rose e seu conhecido.

– Olá, sou o Ryan. - Cumprimentou Ryan.

– Ah, sim! O Ryan me salvou, se não fosse por ele...- Começou Rose, e após percebeu a gafe que tinha cometido, voltando á reformular sua frase. - Se não fosse por eles, no caso. Todos eles me salvaram, Leo.

– Não foi nada, qualquer um faria o mesmo. - Disse Dean, ainda desconfiado.

– Não aposte nisto rapaz, nem todo mundo é bom como nós somos. - Disse-lhe Leo, sorridente.- Você é?

– Sou Dean, e elas são Anne, a morena e a loira chama-se Lucy. - Apresentou Dean, sério e afim de evitar mais papo.

– Eles podem vir conosco? - Perguntou Rose á Leo, que olhou-a com desdém e espanto. - Eles me salvaram, eles são boas pessoas, pessoas legais!

– Não sei se eles se encaixariam lá. - Argumentou Leo, confuso.

– Esperem um pouco. - Exigiu Dean. - Do que estão falando a nosso respeito?

– É que pensei que talvez vocês pudessem vir conosco. - Explicou Rose.

– Ir para onde, exatamente? - Perguntou Anne, entrando no jogo de Dean.

– Para nossa Fortaleza. - Disse Leo. - Não é bem uma fortaleza, é só um apelido dado á nossa comunidade.

– Comunidade costumam ser desprovidas de uma decente organização. – Foi direto Dean, lembrando-se de sua conversa com Anne outrora.

– Depende de quem lidera a comunidade. - Disse Leo, soando como Anne. - E no nosso caso, garanto que a liderança está em boas mãos.

– Dean, pode ser uma boa ideia. Por favor, pense nisso. - Disse Lucy aos ouvidos de Dean quando aproximou-se.

– Eu já pensei demais, vamos. - Disse Dean, indicando para Leo. - Estou bastante acordado agora, sei exatamente o que fazer. Vamos.


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