Radioactive escrita por Artur, Lucas XVI


Capítulo 15
Capítulo 15 : Round and Round


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pessoal! Espero que gostem dessa vez eu atrasei ( admito ) mas o problema no nyah dificultou um pouco e estou em semana de provas ai já sabem né?
A história entra agora em uma trama central que foi definida por mim e pelo lucas à alguns dias, e cá entre nós .. está ficando perfeita!



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Radioactive

Os jovens puseram-se a acelerar o passo mediante a aproximação de alguns errantes. Dean ia liderando mais à frente enquanto Lucy o seguia com seu canivete e atrás, Anne e Ryan se certificavam da quantidade de transformados que cambaleiam na direção dos mesmos.

– Mais três! – Alertou a morena andejando para atrás enquanto esperava um errante se aproximar o suficiente para derruba-lo.

– Cuidado com a direita!!– Berrou Ryan fincando sua barra de ferro no crânio do transformado que aproximava-se de Anne rapidamente.

– Dean, temos que andar logo! Eles estão se aproximando constantemente. – Advertiu Lucy em tom de sussurro. O rapaz apenas continua calado, pondo-se a andar quase como um desnorteado.

– Dean! – Exclamou Lucy impaciente.

– Se vocês fizessem menos barulho talvez eles parariam de nos atacar. – Disparou Dean voltando-se a caminhar.

– A quem você está enganando? Simplesmente não sabe para onde vamos. – Rebateu Anne serena. Dean ao escutar tais palavras, para de caminhar enquanto a morena continua a indagar.

– Estamos sem rumo algum. Desde que o nosso acampamento se foi ... não temos a mínima ideia de um novo lugar seguro.

– Talvez possamos montar outro acampamento ... – Sugeriu Ryan sendo rapidamente interrompido por Dean que esbraveja exaltado .

– Guarde suas ideias para depois! Vamos, andem logo. – Exclamou o rapaz apontando para um grupo volumoso de transformados que marcham na direção dos sobreviventes com suas mandíbulas afiadas e sempre sedentos por carne.

O quarteto então, é obrigado a correr pela estrada sempre seguindo em frente. A tensão vem a tona quando os grunhidos famintos se ecoam com mais potência a cada minuto, sabiam que se bobearem ... encontrarão seu fim.

A respiração de ambos começam a ficar arfante. O suor já escorre pelo rosto respingando na própria roupa, enquanto os andantes estão apenas seguindo seu desejo insaciável de carne.

– Não dá mais! Já corremos muito, não tivemos um descanso desde o incidente com aqueles sobreviventes. – Parou te correr Ryan apoiando sua mão no joelho enquanto forçava a respiração.

– O jeito é acabar com cada um aos poucos. – Completou Lucy fitando Dean com o olhar, o rapaz apenas sinaliza com a cabeça enquanto apunhala sua foice com uma força extrema.

–Vamos! – Berrou Lucy dando dois passos à frente sendo barrada por Dean que ligeiramente indaga:

– Você fica um pouco afastada, afinal só tem apenas um canivete.

– Isso é machismo sabia? – Questionou Lucy.

– Não, você é a mais inútil aqui com esse canivete. – Respondeu rapidamente enquanto fazia uma pausa sinalizando para Anne e Ryan seguirem em frente. – Não quero que você se machuque, apenas derrube aquele que escapar de nós. – Completou Dean deixando Lucy surpresa pelo ato do rapaz afinal, ele acabara de demonstrar que se importava pela loira.

Anne juntamente a Ryan, realizavam os primeiros movimentos em direção aos transformados que por sua vez, esticavam os braços tentando abocanha-los. A morena segura o primeiro que encontra em seu caminho pelo abdômen enquanto tentava se desviar dos braços erguidos do mesmo, atingindo por fim, o cérebro do verme com sua arma branca.

Ryan fazia o mesmo, a única diferença era que o jovem partia para cima dos caminhantes com mais ferocidade e força. Realizando inúmeros movimentos precisos com sua enorme barra de ferro que ia perfurando os cérebros de todos os vermes que se aproximavam de Ryan.

Dean era mais pacifico, ia estourando os miolos daqueles que vinham em sua direção. Sem piedades, o jovem realiza seus movimentos com uma seriedade extrema, e aos poucos, a quantidade de caminhantes que o seguiam reduzia-se drasticamente. Lucy continha-se mais atrás como havia ordenado Dean, alguns errantes ainda conseguiam escapar da formação feita por ele e os demais e posteriormente, acabavam indo na direção da loira que sem muitas dificuldades, eliminava todos aqueles que tentavam morde-la.

– Aaaarg! Quanto mais os derrubamos, mais aparecem. – Reclamou Ryan enquanto finalizava outro golpe certeiro em um ser pútrido e completamente deformado.

– Não reclame Ryan ... – Rebateu Anne fazendo um pausa pra derrubar um errante que se aproximava enquanto pegava fôlego para continuar : - Apenas mate-os!

Lucy fica de costas para os demais enquanto esperava mais dois transformados, que vinham pelas laterais, se aproximarem para poder elimina-los entretanto, a loira é surpreendida por outro errante que se rasteja pelo chão sem a parte de baixa do corpo. O verme se locomove com dificuldades enquanto grunhia intensamente chegando próximo a Lucy agarrando sua perna direita levando-a ao chão imediatamente.

A loira profere um único e abafado grito, despertando a atenção de Dean que vira-se na direção da jovem estranhando a situação. E quando em fim, o rapaz se prepara para socorre-la, um errante o agarra por trás com bastante força enquanto Lucy tentava se soltar dos braços do verme que se esforçava a todo custo, em abocanha-la.

Dean geme intensamente tentando se separar do errante que o agarra com grande força e o jovem logo se desespera quando vê dois errantes, os mesmos que vinham pelas laterais, se aproximar de Lucy que ainda estava ao chão.

– Nãaao!! Lucy !! – Gritou Dean enquanto segurava o braço do walker que estava prestes a morde-lo no pescoço porém, eis que uma ponta de metal atravessa a face do errante chegando próximo a bochecha de Dean que ao ver o errante cair no chão, corre em direção de Lucy.

– Esse ingrato, nem sequer agradeceu. – Murmurou Ryan limpando o sangue na barra de ferro que apunhala.

– Para de reclamar Ryan! Temos que ajudar a Lucy. – Exclamou Anne revirando os olhos enquanto corria na mesma direção de Dean.

– Seu desgraçado! – Sussurrou trincando os dentes a loira então, alcança seu canivete e o direciona no olho do errante perfurando-o logo em seguida.

Já ofegante, Lucy levanta-se instantaneamente enquanto olha para a ‘’metade’’ do walker com desdenho.

– Lucy! Cuidado!! – Gritou Dean ainda correndo na direção da jovem que sem entender nada, acaba sendo derrubada novamente pelos dois errantes que já a alcançam. Lucy então, deixa seu canivete cair ao lado enquanto os dois transformados tentam debruça-la sucessivamente.

A loira tenta se arrastar pelo chão mas já estava cansada e os errantes estavam preparados para devorar o banquete que é servido. Rapidamente Dean consegue afastar um dos errantes enquanto pisa na cabeça do mesmo estourando seus miolos já Anne chega por trás fincando com suas duas mãos, uma faca na cabeça do segundo transformado.

– Você está bem? Foi mordida? – Perguntou bastante nervoso Dean.

– Estou mas a minha perna ... tá doendo muito. – Respondeu gemendo intensamente, a perna da jovem estava ferida e cheia de arranhões. Dean se agacha analisando a perna ferida da jovem enquanto demonstra uma visível lamentação.

– Consegue se levantar? – Questionou Anne tocando no ombro da garota que responde ainda gemendo.

– Não sozinha ...

– Pessoal, agora que derrubamos todos eles ... podemos enfim descansar só um pouco? – Questionou Ryan coçando os olhos. Dean e Anne se entreolham e é decidido fazer uma pausa antes de prosseguir o caminho.

Dean rasga uma parte de sua camisa para colocar sobre o ferimento de Lucy que apoia seu tronco em uma árvore enquanto o jovem tenta cuidar dela e amenizar o sangramento.

– Não acredito ... – Indagou a loira espantada.

– O que foi? – Perguntou Dean agachando-se novamente enquanto coloca o tecido sobre o corte.

– Dean se preocupando com os problemas dos outros? É impossível de acreditar. – Respondeu Lucy arregrando os olhos deixando escapar alguns risos de Dean . Anne os observava mais afastada, a morena deixa escapar um simplório sorriso de frustação desviando seu olhar para Ryan que cambaleia para lá e para cá com sua barra de ferro em mãos.

– Dean .. posso fazer uma pergunta? – Questionou Lucy bastante séria obtendo um sim de Dean sinalizado com a cabeça.

– Você não sabe para onde iremos né? Pode falar a verdade, não precisa mentir para mim . – Continuou a loira pegando nas mãos do rapaz que permanece em silencio enquanto dá um suspiro.

– É impossível esconder algo de vocês mas é verdade, não tenho nenhum lugar em mente afinal, nunca passei por um apocalipse antes e o nosso acampamento se foi à vários dias e não paramos para nada, nem ao menos para descansar. Não sei o que fazer ... – Explicou cabisbaixo Dean.

– E porque você nos fez seguir em frente com o nosso caminho ? – Estranhou a jovem franzindo o cenho. Anne e Ryan logo se aproximam dos dois querendo entender a conversa.

– Uma nova vida começa para nós a cada segundo, é impossível permanecer nesse mundo devastado na maior alegria. Devemos seguir em frente, querendo ou não, e andaremos melhor com os olhos voltados para frente do que olhando para trás. – Explicou Dean olhando nos olhos verdes da loira que estampa um sorriso em face.

– Estou feliz por você ... na verdade, estou feliz por todos nós. – Completou a loira olhando para Dean e os demais com os olhos brilhando.

– Sei que estamos cansados de voltas e mais voltas mas acho que se seguirmos em frente, poderemos encontrar um lugar realmente seguro. – Disse por fim Dean erguendo-se enquanto se prepara para prosseguir o caminho.

Uma mão clara surge estendida na frente de Lucy que ao elevar a face, nota que era Anne bastante majestosa e simpática a morena então, ajuda Lucy a levantar-se diante do ferimento e apoiando a loira em seus ombros, começa a andejar junto a Dean e Ryan.

Todos precisavam passar por aquilo, e definitivamente sabem que para permanecerem vivos, devem confiar uns aos outros e sempre ter a esperança de um dia finalmente encontrar algo satisfatório. Todos então, retornam a caminhada rumo à um lugar que pode simplesmente não existir, e ao fundo, a imagem de enormes muros de concreto é enfatizada diante a noite que começa a surgir.

Round and round

I won't run away this time

Till you show me what this life is for

Round and round

I'm not gonna let you change my mind

Till you show me what this life is for


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