Radioactive escrita por Artur, Lucas XVI


Capítulo 14
Capítulo 14 : Whenever, Wherever


Notas iniciais do capítulo

Bem, aí está. Diretamente do computador de outra pessoa para vocês! Estava sem internet, o capítulo ja estava feito então o jeito foi vir na casa do meu primo e postar. Bem, desculpa e aproveitem.
Ah, perdoem os erros é que escrevi pelo módulo do Nyah mesmo, então talvez eu deixei passar algumas coisinhas.



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Mais á frente, mesmo ainda distante até da esquina que se encontrava a metros de onde estavam o barulho ainda sim podia ser ouvido... E eles ouviram, apesar dos berros dos predadores, eles ouviram.

Um simples automóvel de cor branca locomovia-se em zigue-zag pela estrada, aproximando-se com uma velocidade não muito alta. Os quatro restante entre olharam-se chocados, podiam estar confusos sobre o que fazer, mas não estavam. Com um simples aceno com a cabeça, Dean largou Ryan e fez com que o seguissem até o jardim murado de uma residência ao lado, um por um, escalaram o muro de aproximadamente um metro e meio, jogando-se ao outro lado. O jardim da casa estava livre dos mordedores e da visão dos veiculados.

– Façam silêncio e se abaixem. - Ordenou-lhes Dean.

A esta altura ninguém sequer discordou do que o rapaz havia dito, apenas obedeceram-no. O barulho do carro já era mais notável a esta altura e só tendeu a aumentar, mas apenas depois de quase meio minuto foi que Dean percebeu que algo estava errado.

– Isso tá demorando demais. - Comentou Dean com o grupo.

– Será que eles... - Dizia Lucy antes de ser interrompida por um dedo selando seus lábios.

Pelo barulho que o carro fez eles enfim notaram o que estava prestes a acontecer.

– Eles nos viram! - Exclamou Dean em tom sussurrante.

Sem esperar comentários, o moreno virou-se para a casa e analisou-a por algum tempo. A casa tinha dois andares, uma porta aparentemente muito resistente e várias janelas.

– Vamos logo! - Disse Dean. O rapaz ergueu-se parcialmente do solo e deslocou-se até uma das várias janelas. Tentou destravá-la cautelosamente para não atrair a atenção de ninguém, fracassou.

Rastejou até uma outra janela mais acima da anterior, tentando efetuar o mesmo procedimento de outra vez, obteve o mesmo fracasso. Quando preparava-se para analisar a terceira janela ouviu o tênue som de freada de carro.

Eles pararam.Pensou imediatamente, tendo a confirmação ao ouvir o som da porta abrindo-se e fechando-se em seguida.

Os quatro estavam enfileirados e perante ainda a segunda janela, não havia tempo para tentar abrir uma terceira, Dean estava confuso quanto a isto. Mas Anne não.

A morena arrancou a arma de fogo da cintura de Dean e afastou-o com um leve empurro, levantou-se gradualmente e efetuou um coronhada bastante forte na janela, quebrando-lhe o vidro. O barulho ecoou e então, a atenção de humanos e nem tão humanos assim já haviam sido atraídas para o quarteto.

– Vamos, entrem! - Disse a morena, já não se importando mais em sussurrar as palavras. Após destravar a janela por dentro e abri-la, Lucy atravessou-a habilmente, seguida por Ryan, na vez de Dean, ele olhou-a com tanta intensidade que a fez corar. Por último saltou Anne, ao mesmo tempo em que as pessoas que estavam no carro arrombavam o portão de entrada ao jardim.

Lá dentro eles se organizaram e correram pela casa, a procura de uma outra saída.

– Foi o certo? E se eles forem boas pessoas? - Questionou Ryan enquanto verificava uma das portas trancadas.

– Não são boas pessoas. - Decretou Dean.

– E como sabe disso? - Perguntou Lucy, constrangida por desconfiar de seu amante.

– Eles atraíram aqueles errantes pra frente da casa, queriam nos deixar sem saídas. - Disse furioso.

– E aparentemente conseguiram, apesar de que foi de forma indireta. - Lamentou-se Anne ao perceber que não havia uma outra saída dali.

– O que vamos fazer? Podemos no esconder. - Sugeriu Ryan.

– Não funcionaria. - Rebateu Dean.

Do lado de fora da casa uma das pessoas berrou para eles:

– Ei vocês, venham rápido! Não vamos nos arriscar mais por vocês, ei!

Os berros foram acompanhados de fortes pancadas na resistente porta.

– Não se preocupe conosco, estamos bem! - Esbravejou Dean, sem deixar o medo tomar conta de si.

– Se estar bem é estar rodeado de mordedores, tudo bem. Ah, só venham logo! Que idiotas! - Berrou a mesmo voz de outrora.

As pancadas que acompanharam as frases do homem do lado de fora foram mais sonoras, estavam chutando a estrutura da porta.

– O que vamos fazer? - Assustou-se a loira.

– Vamos sair por uma outra janela. - Optou Ryan.

– Não importa, estaríamos cercados pelos errantes. Eles no pegaram nessa armadilha. - Disse Dean, descartando a ideia de Ryan.

Não parecia ter mais nada a ser dito ou feito, estavam cercados. Presos em uma armadilha, sabiam disso. Alguns manteram-se fortes e procuraram pensar silenciosamente em uma milagrosa saída enquanto Ryan caia aos prantos sem emitir um sequer som.

– Venham rápido! - Exclamou Lucy sem dar explicações. A loira atravessou a sala da casa até as escadas e começou a subi-las ao mesmo tempo em que era seguida por seus colegas.

– Tem certeza? - Perguntou Dean, fazendo-os interromper a subida.

– Quer ficar pra tentar a sorte? - Perguntou Lucy.

Então o que já estava ruim piorou, a porta ruiu sob o chão da casa e então dois homens armados adentram-na, vasculhando-a com os olhos até encontrarem o quarteto em subida nas escadas.

No primeiro momento, os dois grupos limitaram-se á analisarem uns aos outros, estavam paralisados, uns pelo medo e outros pelo nervosismo.

Só então quando Lucy continuou a subida foi que os dois homens dispararam o primeiro tiro, que por sorte não atingiu ninguém. A subida não era longa, e os homens armados á estavam deslocando-se para o mesmo cômodo da casa quando enfim o quarteto atingiu o cume da escadaria.

– Por aqui! - Disse Lucy guiando-os através de um estreito corredor. Um porta encontrava-se fechada ao final desse mesmo corredor, e foi lá para onde eles foram. A loira abriu a porta e atirou-se para dentro do quarto, Dean, Anne e Ryan fizeram o mesmo. Só quando todos estavam dentro do cômodo, foi que perceberam que ali havia mais uma criatura "viva" entre eles, o quarto não era grande e a distância de onde o grupo estava até onde localizava-se a personificação reanimada de uma garotinha de não mais de treze anos estava era mínima.

A garotinha reanimada avançou sobre Lucy, que de maneira ágil e precisa desviou-se e agarrou-lhe os cabelos, prendendo-a. Em seguida impactou o crânio da jovem mordedora contra a parede, destroçando-a.

– Lucy...? - Espantou-se Dean com a atitude da loira.

– Vamos logo! - Foi apenas o que disse, no quarto também havia uma janela. Ryan socou-a e fez com que o vidro quebrasse, abrindo caminho. A janela tinha ligação com o outro lado da rua infestada de Errantes e abaixo dela havia um pequeno terraço de telhas azuis da residência, foi o suficiente e eficiente para eles.

– Saiam daí seus retardados! Só queremos ajudar! - Esbravejou uma voz vinda do corredor seguida de sons notáveis de passos longos e fortes.

Lucy novamente foi a primeira a passar pela janela e desabar sentada sobre o telhado azul da casa, levantando-se prontamente. A ordem a seguir não importou, todos pularam para o telhado inferior da casa e ergueram-se rapidamente. A partir daí Dean passou a guiá-los pelas telhas. Com passos leves, rápidos e precisos eles chegaram a divisa desta residência com a casa vizinha.

– Eles estão ali! Atiraaa! - Gritou um dos homens que agora já estavam debruçados sobre a janela do quarto por onde o quarteto havia passado. Tiros foram disparados e o som se balas ressoou nas telhas próximo ao grupo, algumas quase atingiram-nos.

– Para onde agora? - A distância de uma casa á outra era grande demais para saltarem e eles estavam a mais de dois metros do chão.

– Só não podemos ficar aqui. - Disse Anne enquanto jogou-se do telhado sem hesitar, caindo sobre uma mistura de lixo, cadáveres e caixas de papelão que encontravam-se sob a calçada abaixo.

– Vamos, Dean, Ryan! - Lucy atirou-se da sacada ao notar que a morena já havia se erguido, a loira caiu sobre um corpo decomposto, fazendo-a ficar toda ensanguentada. Com cara de nojo, a loira levantou-se da pilha que amortecera da queda e abrigou-se juntamente á Anne atrás de uma árvore para escaparem dos disparos.

– Não pula, você está todo ferido. Vai acabar quebrando alguma coisa, espera que eu desço e jogo algo pra você se prender. - Sugeriu Dean, visando a condição física de Ryan.

Ryan também estava consciente de que não seria capaz de sair ileso se se jogasse só daquele telhado, então teve de concordar.

Quando Dean preparava-se para atirar-se rumo á pilha que deveria amortecer sua queda, viu que um dos seus perseguidores á se encontrava sobre a sacada onde estavam, enquanto o outro capanga continuava a administrar a arma de forma á atirar somente em direção á Dean e Ryan.

– Não vai dar tempo. - Lamentou-se Ryan, sabia o que tinha de dizer. - Vai, eu não consigo.

– Não posso, você sabe. - Disse Dean, descontente com o rumo daquela conversa.

– Se eu pular vou me machucar e vou atrasar vocês do mesmo jeito, vai logo Dean. Se não morremos nós dois. - Decretou Ryan, convencido de que estava fazendo a coisa correta.

– Não sabe nada, Ryan. - Disse Dean em tom confiante e decidido. O rapaz segurou Ryan em um dos braços e atirou-se junto ao outro sob a pilha de corpos, caixas e lixo. Durante a queda, Dean moveu-se de modo a ficar abaixo de Ryan e servir como um quarto amortecedor para Ryan.

– Argh, doeu mais do que eu esperava. - Admitiu Dean enquanto era ajudado a se levantar por Ryan que olhava-o com olhos espantados e ainda sim mantinha um sorriso em face.

– Idiota... - Suspirou Ryan, agradecido. Sentia-se com dores, mas apenas aquelas que já tinha.

– Somos todos. - Disse enquanto erguia-se e seguia para junto das meninas. Seu corpo estava dolorido, principalmente na região do abdome, mas manteve-se firme e não deixou a dor transparecer.

– Vamos, me ajudem a arrastar a pilha para longe. - Disse Anne aos demais. Dean e Ryan chutaram as caixas para o meio da rua, enquanto Lucy e Anne atiravam os sacos de lixo para mais longe dali, deixando apenas os cadáveres, que eram insuficientes para amortecer uma queda.

– Ele deu a volta. - Observou Dean, só um capanga encontrava-se ali e ele estava acima do telhado e desarmado. O atirador já não estava mais na janela. - Temos que ir logo.

Atravessaram a rua e correram entre bairros e vielas estreitas. Encontraram grupos de errantes que os fizeram dar meia volta e tomarem um outro caminho mais longo. Estavam descendo uma ladeira pouco habitada por errantes dispersos, quando ouviram outra vez o barulho do carro.

– Mais que merda! Se espalhem por aqui e fiquem quietos! - Ordenou Dean.

Anne deslizou para debaixo de um carro batido em uma parede, posicionando-se de modo a esconder-se quase totalmente da vista de outras pessoas. Ryan mancou até uma árvore tombada e enfiou-se sobre seus galhos e folhas, ocultando-se desajeitadamente e surpreendentemente de forma eficaz. Dean atirou-se sobre uma lixeira pública que ali havia, enterrando-se quase por completo sobre o lixo. Lucy não tinha muitas opções e o carro já estava aproximando-se dali, sentiu-se confusa e perdida.

– Lucy, rápido! - Bradou Anne.

– Lucy! - Gritaram em uníssono, Dean e Ryan.

Não havia tempo para que ela pudesse correr e compartilhar de um dos esconderijos de seus colegas. Em um momento de dúvida e lógica, a loira correu para perto de um pequeno grupo de Walkers que vagavam pela rua. Os seus três parceiros estranharam prontamente aquele decisão, mas já não podiam fazer ou dizer nada, o carro de outrora já era visível no alto da ladeira.

A forma ensanguentada de Lucy fez com que ela pudesse interagir de forma a não ser atacada no grupo de errantes, órgãos de cadáveres e sangue ocultavam sua essência viva e faziam dela uma Walker por tempo limitado.

– Grrua, grrrh. - Grunhiu a loira, tentando se passar por um errante qualquer.

O carro passou lentamente pela rua e foi só então que todos eles puderam notar que não havia só dois pessoas dentro daquele veículo, mais duas pessoas estavam sentadas no banco de trás do carro. Os homens á veículo estavam todos com os olhares postos á rua, o carro avançou vagarosamente pelo asfalto, estavam atentos a detalhes, mas não atentos o bastante...

Apesar de todo a demora, eles não conseguiram identificar nenhum esconderijo ou alguma falsa Walker. Só quando o carro dobrou a esquina e seu barulho parou de soar até os ouvidos deles é que foi quando resolveram sair de onde estavam escondidos.

Anne, Ryan e Dean juntaram-se perto do carro batido para esperar Lucy que andava até eles sem notar que o grupo de Walkers seguia-a como um grupo segue seu lider, o que causou risos aos três.

– Do que estão rindo? - Perguntou a loira parando de caminhar, o que fez com que a horda que a seguia parasse também, embora ansiassem pela carne dos três que estavam próximo ao carro.

Ainda sem notar, Lucy enfureceu-se com as gargalhadas e resolveu continuar a andar.

– Lucy, a mãe de Walkers. - Brincou Dean, divertindo-se com aquela rara cena de humor.

Só então Lucy virou-se e notou o porque das risadas. Pegou seu canivete e estirou-o até o crânio do errante mais próximo, finalizando-o. O ato causou uma certa "discórdia"entre os outros errantes e eles começaram a se agitar.

– Acho que eles não gostaram muito, senhora mãe de Walkers. - Gargalhou Anne.

– Muito engraçado. - Disse ao finalizar os outros Walkers.

A loira caminhou para perto do seu grupo.

– Nunca nos damos bem, né? - Lamentou-se a mãe de Walkers.

– A qualquer momento, em qualquer lugar... Devíamos estar acostumados. - Disse Ryan, deixando escapar um riso abafado.

– E então, para onde vamos agora?


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Notas finais do capítulo

Whenever, Wherever, We're meant to be together (8)



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