Salvadora escrita por Makino07


Capítulo 14
Desconfiança


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. Desculpem a demora, esse capítulo demorou mesmo pra sair. Pelo menos eu avisei no último cap que ia ser demorado mesmo. Estava muito enrolada, e sem tempo para atualizar, ninguém sabia mais se eu ia abandonar rsrs mas não, vou até o fim com essa fic! Adorei todos os comentários, as recomendações, os incentivos, todos eles já foram suficientes pra eu querer ir até final da história, que à propósito está pronto. Quando finalmente tive tempo, não veio a inspiração. Mas sem mais delongas, está aí prontinho ^^ Espero que gostem. A música do cap é "Best of you" do Foo fighters, e não está necessariamente na ordem, ou com todas as partes.
Bom, só um aviso pra quem não está acostumado, mas esse cap tem umas cenas... Eu nem sei se posso dizer "quentes", pra mim não tem nada demais, mas só um avisozinho não faz mal. De qualquer forma a classifiquei como +16 para não ter problemas. Espero que gostem do cap. Obrigada a todos vc por todos os comentários e recomendações que tive nessa fic até hoje! Aí vai!
PS: Pessoal, achei que minhas edições tinham ido, mas não ¬¬. Agora editei!! estavam faltando algumas coisa e tinham uns errinhos de portuga. Bjos



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"Eu tenho outra confissão a fazer
Eu sou o seu tolo
Todos têm correntes para quebrar
Segurando você"

Todos os Titãs correram apressados para saber de onde vinham os gritos. Logo chegaram ao quarto roxo da moça de Tamaran e a encontraram chorando com a larva nos braços. Sarah tentava confortar a moça abraçando-lhe por trás, mas nada a acalmava. Parados na porta observavam, sem acreditar, que o bichinho que há anos estava com eles naquela torre havia morrido, não viam um motivo para que tal infortúnio tivesse que acontecer.

– Meu Silkie... – Estelar chorava – era um bom bichinho! Não fazia mal a ninguém...
Fred foi ao encontro da moça.

– Hey... Não chore, ele está descansando... Precisamos enterrá-lo – Fred acariciou Silkie.

Estelar o encarou aceitando a situação. Seus olhos desarmadores pareciam não ter foco, mas a palavra “enterrá-lo” a fez cair em si. Levantou-se e Garfield e Fred se dispuseram a ajudá-la. Richard apenas observava o local e a namorada com perplexidade. Ele vasculhava em sua mente algo que justificasse tudo aquilo e o sentimento não foi dos melhores quando ele achou. Tudo soava como uma brincadeira sem-graça de Mutano, e um tempo depois ele implorou para que fosse. Ele estava em choque e não demorou para que sua amiga empata o puxasse para uma conversa, juntamente com ciborgue. Na sala principal Frank ajudava Cyborg a pesquisar mais sobre os robôs que atacavam a Torre, enquanto Yanca verificava se Sarah estava bem. Aos poucos elas descobriam afinidades e coisas em comum, se tornavam amigas de forma sincera, e Yanca se importava com isso.

"Você nasceu para resistir?
Ou para ser abusado?"

Richard deixou o quarto de Ravena ainda inquieto. Sua mente estava tão agitada que ele mal conseguia pensar em ir consolar Estelar com sua perda. Chegou a seu escritório e agradeceu por ser um lugar mal iluminado. A luz dos corredores por onde vinha estava incomodando seus olhos, mesmo através da máscara. A sensação de cansaço e sono o dominavam. Queria que seu corpo viajasse pelo tempo-espaço sem limitações, vagando em um mundo sem preocupações, estresse, problemas, e onde sua cabeça não se parecesse com um sambódramo. Sentou-se em sua mesa e pôs-se a pensar de olhos fechados, o que de alguma forma contribuiu para que ele apurasse seu olfato, e o princípio de cheiro de mofo invadiu seu nariz. Papéis antigos eram empilhados num canto, e se isso continuasse ocorrendo na velocidade que estava não haveria mais espaço para andar no local. Ao abrir os olhos, aquela parede de fotos e reportagens estava a sua frente, e de imediato uma reportagem tomava a atenção de Dick. A frase “Incêndio em restaurante deixa seis feridos e um morto” estava escrita em uma fonte grande e logo abaixo estava a foto do restaurante em cinzas e a foto de um jovem rapaz, Bill Collin. O sobrenome não era estranho a Richard, não tinha muita certeza se já prendera alguém com esse nome, mas não era Bill, pois ele tinha as fichas do rapaz sem nenhum antecedente criminal. Levantou-se e pôs-se a procurar tudo o que tinha em relação ao acidente e àquele nome. Abaixou-se frente ao monte de folhas empoeiradas. Enquanto procurava pelo material, ele estava prestes a tomar uma decisão. Era o melhor a se fazer para evitar que coisas ruins acontecessem em sequência. Era assim que ele pensava, e ao encontrar o que procurava, logo pôs em prática sua decisão.

"Alguém está tirando o melhor você?
Ou você se foi e virou outra pessoa?"

Na sala principal Cyborg estava abraçado a Sarah. A mulher ainda estava assustada, mas se tranquilizava ao sentir os braços grandes de Victor em volta de si. Ravena, Mutano e os quatro temporários estavam na sala também. Garfield e Fred haviam acabado de tomar seus banhos e se juntar aos outros para um lanche.

– A Star está muito mal... – Fred começou.

– Não é pra menos. Ela insistiu com “aquilo” por muito tempo – acrescentou Vic.

– É uma pena, porque eu não vejo motivo para matar aquele bicho... Ele não tinha muita utilidade... Não é?! – questionou Eddy.

– Digamos que sim... – Ravena sorriu ao dizer, mas havia um pouco de tristeza em seu olhar. Mutano que a abraçava por trás, apertou levemente o abraço numa tentativa de confortá-la.

– Estelar e Asa não vêm comer um pouco? – Yanca perguntou.

– Eu acho que não... – Vic respondeu e seu olhar encontrou o de Ravena, que não estava com uma face muito satisfeita.

"Eu precisava de um lugar para me enforcar
Sem o seu laço
Você me deu algo que eu não tinha
Mas que não teve uso
Eu estava fraco demais para desistir
Forte demais para perderO meu coração está preso de novo
Mas me libertarei
Minha mente me oferece vida ou morte
Mas eu não consigo escolher
Juro que nunca vou desistir
Eu me recuso"

No corredor, Kory caminhava. Sua tristeza pela perda do animal se juntava à leve raiva por Dick ainda não tê-la procurado. Coincidentemente, ou não, ela passava pela frente do escritório do líder. Sem nem pensar, bateu duas vezes na porta e entrou. Congelou por segundos ao ver Dick arrumando suas coisas.

– O que está fazendo? – ela o questionou incrédula, já sabendo a resposta. Dick, pego de surpresa, se assustou, mas prosseguiu com que estava fazendo.

– Estou arrumando algumas coisas... eu... já ia falar com você. – ele continuou com que estava fazendo sem tirar os olhos da bolsa.

– Ia? Tem certeza? Por que parece que não?

– Kory, não complique as coisas – ele deu a volta e pegou algumas mudas de roupa.

– As coisas já estão complicadas, Dick! Por que você não fala de uma vez o que está acontec...

– Koryander – ele andou em direção a ela, encarando-a – Me desculpe eu não quero te ofender, mas você já parou pra pensar porque o Silkie morreu?

A ruiva ficou em silêncio olhando para o rosto tenso de Richard à sua frente, e ele continuou, dessa vez um pouco mais exaltado.

– Será que não passou pela sua cabeça que isso foi um aviso? Você não achou estranho que depois de semanas de oficializarmos nosso namoro, alguém te atacou indiretamente. Isso foi um aviso. Nada me tira da cabeça – Dick passou as duas mãos pelo rosto e pelos cabelos negros, repetia o gesto sempre que precisava pensar. Como se passar as mãos pelo rosto e pelo cabelo varresse todas as caraminholas que o impediam de projetar qualquer pensamento. Ele respirou fundo e procurou o olhar da moça que agora encarava o chão parecendo confusa, seus olhos tão agitados e sem um foco a faziam parecer uma louca, ela não sabia como suportar uma segunda perda naquele dia. Dick procurou ficar mais calmo e segurou o rosto da namorada fazendo com que ela o olhasse – Eu nunca tive nada com você com medo de que isso acontecesse, com medo de que alguém tentasse nos separar das piores formas possíveis. Tudo bem foi o Silkie, mas isso foi só o começo. Eu não quero te ver machucada. É melhor, ao menos por enquanto, eu me afastar de você.

– Você já está me machucando assim, Dick. Me deixando... indo embora de mim – ela chorava desviando o olhar do dele, e sua expressão estava totalmente cansada. – Você está deixando nosso inimigo nos dar ordens...

– Esse é o melhor pra nós, Kory. Eu sei o que faço.

– E eu sei me cuidar...

Um longo silêncio prosseguiu até que Dick o quebrasse.

– Era o que costumava dizer... – ele soltou o rosto da moça e andou pelo pequeno espaço que restava na sala, sentando por fim em sua mesa. – Eu costumava agir sozinho, não queria ninguém na minha cola, eu sabia me defender, sabia me cuidar, até que... Eles acharam um ponto vulnerável em mim... mas infelizmente, Kory, esse ponto não era no meu corpo... Era o meu ponto vulnerável fora de mim. Eu gostaria que você entendesse, porque eu zelo muito por ele... Eu não vou pra muito longe daqui. É no centro da cidade, num quarto alugado... – ele abaixou a cabeça – Vou continuar comandando os Titãs, só que de longe, isso também vai servir como um teste... Eu já expliquei tudo a Ravena e Cyborg e depois eles vão conversar melhor com o Gar...

– Bem – ela disse limpando as lágrimas rapidamente, e sua voz chamou a atenção de Dick para que ele erguesse a cabeça e a olhasse – Eu não concordo com nada disso, mas... Eu não posso fazer nada. Ás vezes eu queria ter as habilidades da Rachel, e poder entrar na sua cabeça. – ela deu uma última olhada no rapaz antes de deixar a sala.

"Alguém tirou a sua fé?
É real a dor que você sente?
A vida, o amor, você morreria para se curar
A esperança
Que dispara o coração partido
Sua confiança?
Você deve confessar"

As semanas se passavam trazendo o verão, o calor, e aqueles fins de tarde dos quais se falam nas músicas. Tardes que fariam o mais sensato parecer insano, e se questionar sobre qual pintor havia criado aquela paisagem. Nos dias livres, Eddy e Garfield saiam para surfar. Yanca e Sarah gostavam de ficar ao sol tentando se bronzear. Victor era cuidadoso com namorada e de cinco em cinco minutos a alertava sobre o protetor solar, uma vez que a mulher tinha uma pele muito clara. Cada um fazia o que lhe deixava melhor e o que o atraía, mas não podiam negar que uma parte da torre estava faltando, como uma obra inacabada ou destruída- isso era ainda pior - Isso se devia à ausência de Dick, que mal saía de seu quarto alugado no centro, estava empenhado nas duas situações que tiravam seu sono ultimamente e buscava uma conexão entre elas. Muitas coisas estavam acontecendo naqueles últimos meses, e aconteceram de forma tão repentina que ele se perguntava se tinha deixado algo passar despercebido.

"Eu tenho outra confissão, meu amigo
Eu não sou um tolo
Estou ficando cansado de recomeçar
Em um lugar novo
Você nasceu para resistir ou para ser abusado?
Juro que nunca vou desistir
Eu me recuso"

Seu “quarto” só possuía uma cama, uma escrivaninha e um criado mudo. Também havia um pequeno banheiro e uma cozinha improvisada com um micro-ondas que ele levara da Torre e uma pia, contendo apenas um prato, um talher de cada tipo e um copo com gravuras do pac-man que era de Mutano. A alimentação de Dick naqueles dias se resumia em comida congelada, nas poucas vezes em que ele comia algo. Depois de ter virado a noite, pesquisando e lendo relatórios, ele notara que faltava a ficha de um homem capturado pela polícia há meses atrás. Aproveitou a falta para esquentar uma lasanha no micro-ondas e ligar para alguém da Torre para que trouxessem o fichamento.

Na Torre, Vic preparava sanduíches para os Titãs. Todos aproveitavam o dia de sol do lado de fora, banhando-se, jogando algum jogo, praticando esportes ou simplesmente conversando sob a luz da maior estrela, com exceção de Estelar, que abraçada às próprias pernas via um filme de comédia romântica na sala.

– Hey baixinha – Vic bradou da cozinha – Não vai curtir o sol lá fora?

Ela apenas sorriu timidamente em resposta. O telefone no braço de Victor tocou, ele prontamente atendeu.

– Oi Dick – o nome pronunciado por Cyborg fez com que a tamareana ficasse atenta – claro que sim. Pode deixar... – silêncio - eu acho que sei onde está sim! Ok Tchau.

O ciborgue saiu repentinamente da sala, deixando Estelar um pouco frustrada. Mas logo o robô estava de volta.

– Estelar, me faça um favor?

– É claro Cyb – ela respondeu levantando-se do sofá e desligando a tevê sem emoção.

– Preciso que leve esses documentos para o Asa. Você já conhece o endereço...

– Tudo bem – ela respondeu meio confusa.

– Não quero deixar Sarah aqui, e bom... Você voa – ele sorriu – Só mais uma coisa... Dê a volta, não deixe que os outros te vejam saindo...

– Tem algum motivo para isso?

– Pergunte ao Richard... – ele disse entregando os papéis e levantando as duas mãos como um sinal de que não tinha culpa de nada.

A ruiva levantou voo e se certificou de que ninguém a vira saindo, ela ainda se questionava sobre muitas coisas que Richard fazia. Ir “morar” em outro lugar era uma delas. Chegou ao local e este parecia abandonado, mas foi essa característica que deu a ela a certeza de que estava no lugar certo. Afinal tudo de Richard era assim... abandonado.

"Alguém tirou a sua fé?
É real a dor que você sente?
Sua confiança?
Você deve confessar"

No banheiro, Richard ouviu as batidas na porta. Ele não havia terminado de escovar os dentes quando foi abri-la e foi pego de surpresa quando viu Estelar parada na porta com uma pasta na mão. Surpreso ele deixou um pouco da pasta de dente que estava em sua boca cair no chão. A moça riu timidamente ao ver a cena em que o protagonista tinha a face completa de um bobo da corte, o que deixou o rosto de Dick em chamas.

Ele fez sinal para que ela entrasse, e ao fechar a porta foi correndo para o banheiro lavar o rosto. Ao volta, ela caminhava pelo local com as duas mãos na cintura, seu olhar verde fixado na janela de onde se podia ver o trânsito e os altos prédios da cidade, ouvir o som dos carros e dos meios de transportes irrompendo a rua, e sentir o desagradável cheiro de gasolina. Algo completamente diferente da Torre T.

– Me desculpe, eu não esperava te ver – Dick saiu do banheiro, enxugando o rosto com uma toalha. Ele usava apenas uma calça de moletom azul escura com duas listras brancas finas no comprimento, e sua máscara, como se dissesse “estou a trabalho”.

– Eu também não... Vic me pediu para que trouxesse, uma vez que eu viria mais rápido e que Sarah está lá – ela respondeu apontando para a pasta que deixara na escrivaninha.

–Ah... obrigada... – ele disse se sentando na cama e ela fez o mesmo, ainda analisando o lugar. Ela se encolhia e juntava as duas mãos entre as pernas. Pela primeira vez, a presença de Dick a intimidava. Ele já estava acostumado com esse sentimento desde que a conhecera.

Richard deixou de lado todas as palavras de negação que um dia direcionou a Estelar, e lhe puxou o rosto. Em resposta, a ruiva o beijou como se fosse o último dia em que se veriam. Dick ficava assustado conforme o beijo ganhava voracidade e sensualidade, mas não conseguia parar de beijá-la. Num solavanco, jogou a mulher para o meio da cama de solteiro e com velocidade tirava sua blusa. Koryander tirou a peça de “roupa” de Dick que ela mais queria ver longe do corpo dele: sua máscara, e logo pôde ver seus grandes olhos azuis olhando para ela. Ele se apressou em tirar a saia da moça e passear suas mãos pela perna torneada dela antes de mais uma vez beijá-la. Gargalharam com a tentativa ridícula de Richard tirar a própria calça. Ele sentia o corpo da mulher seminua em seu peito e mais do que física, aquela era uma das melhores sensações que ele já tivera. Era como se seus corações estivessem colados e ninguém fosse capaz de separá-los. Seus corpos como um só. Beijaram-se por mais algum tempo, e quando ele fez menção de tirar a lingerie branca e rendada da moça, ele parou.

– Aconteceu algo? – ela perguntou confusa. Dick sorriu e lhe respondeu.

– Não... é que não acho uma boa ideia eu fazer isso...

– Como assim?

– O Galfore vai me matar – ele gargalhou e ela sorriu – além do mais – ele acrescentou mais tímido – você é uma princesa... Princesas casam virgens... Não quero ser responsável por... “Te violar”.

A moça gargalhou.

– Isso é um absurdo!

– Isso é sério – ele disse ainda sorrindo – e você não faz ideia do sacrifício que estou fazendo.

– Você não sente atração por mim? – ela se virou de costas pra ele de forma teatral. Adorava fazer isso.

– Pelo contrário! – ela a abraçou por trás – Será que você não percebe que eu estou em êxtase aqui? – a fala de Dick deixou a moça corada, que se virou para ele.

– Eu sei... –ela sorriu e depositou um beijo na boca do homem , mas depois elevou a voz como se fosse fazer um “barraco” – Nossa Dick, as vezes eu acho que sou o homem da relação, você é cheio de nhé nhé nhé – ela dizia agitando os braços e Richard, embora não estivesse muito contente com a afirmação, sorria encarando-a – “Ah, não vamos ficar juntos porque você vai morrer”, “Você é uma princesa”. “Mimimi mimimi mimimi” – ela dizia e ele gargalhava a seu lado. Era óbvio que Richard desejava tê-la, mas tinha o conhecimento de que Tamaran era receptivo e cordial, mas que também sabia ser impiedoso com quem violava as regras e isso incluía a própria Kory. Após cessarem as risadas, Dick acariciou aqueles cabelos que ele tanto amava, olhava fixamente para Kory e ali tivera a certeza de que ela era a "mulher de sua vida". Ela continuou - Você não pode fugir de mim, Dick. Você já sabe que meu coração é seu, e que o seu é meu também, eu vejo isso sempre que você tira a máscara pra me olhar. Obrigada por se preocupar comigo.

– Você nunca esteve tão certa na sua vida, Koryander de Tamaran...

– Eu sei... Richard da Terra...

Na torre dos Titãs, Frank saia da água. Estava sendo um ótimo dia.

– Podia ser verão todo dia, né pessoal?!

– Não.- Ravena indagou, olhando para Mutano surfando com Eddy.

– Tinha que ser você né?! - Frank corria para abraçá-la molhado, fazendo a moça se debater, tentando sair do abraço molhado.

– Que que você está fazendo com minha 'mulé'?? - Mutano gritou do meio do mar, sentado na prancha.

– Cuidado que vai perder!!! - Frank gritou em resposta num tom brincalhão - Falando nisso, cadê a Star?

– É, ela não apareceu pra curtir com a gente... - Eddy disse pensativo.

– Deixem ela pessoal, ela deve estar triste... já passei por isso - Yanca soltou, entendendo a dor de Estelar por ter sido aparentemente rejeitada.

No quarto de Richard, a ruiva já colocava suas roupas. Dick a observava um pouco insatisfeito.

– Você tem que ir agora?

– Bom, a culpa é sua mesmo... Eu não posso demorar para que ninguém sinta minha falta, o porquê, eu não sei... - ela tirou para fora, as madeixas que ficaram agarradas do lado de dentro da blusa - mas acho que você poderia me explicar...

– Se o fosse o Cyb acho que não teria problema - ele caiu na cama - mas você... Não quero que eles saibam que temos contato...

– Está desconfiando de um dos temporários? - ela reagiu surpresa.

– Não sei, Kory... Não quero julgar ninguém, mas estou observando mais as coisas...

– Hum... Cuidado para não magoar ninguém. - ao dizer isso, Kory observou Dick pensativo. Com o pensamento de volta ao trabalho, seu olhar ficava vivo, mas ao mesmo tempo misterioso. Richard e Asa eram pessoas completamente diferentes.

"Alguém está tirando o melhor de você?"

– Tudo bem - ele disse abrindo a porta para ela, que logo saiu e parou de frente a ele.

– Se cuida, Dick.

– Eu te amo - disse dando um "selinho" nos lábios da moça que sorria e se preparava para levantar voo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado rapaziada!!



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