Young Again escrita por Sophie Valdez


Capítulo 28
Atitudes suspeitas


Notas iniciais do capítulo

HEY PEOPLE!!!!

Saudades de mim?
Não me culpem por demorar, por mim postaria todo dia mas não dá! '-'

Obrigada pelos comentários, espero que gostem deste!

Boa leitura!



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POV GINA

Sinto minha boca seca a noite e me levanto para tomar um copo d’água, me esquivo das camas das meninas sonolenta e mato minha sede quando escuto um barulho estranho do lado de fora do quarto. Vou cautelosa até minha cama pegando minha varinha.

_ Lumos. – murmuro iluminando o quarto, o barulho se repete e eu caminho até a porta encostando meu ouvido na mesma. Escuto a respiração das meninas do meu quarto e a minha própria que está descompassada, outra vez o barulho surge do outro lado um pouco mais baixo. Olho rápido pro relógio vendo que são 5 da manhã antes de abrir a porta, não encontro nada no corredor dos dormitórios e decido descer para o salão.

A lareira está apagada é claro, ninguém está acordado a essa hora, o que me deixa ainda mais intrigada. O barulho que havia ouvido era abafado. Me sentei no braço do sofá e esfreguei os olhos, talvez foi só imaginação minha não é? Me viro para voltar para a cama quando minha varinha ilumina a entrada do salão que está um pouco aberta. Estranho.

_ Mulher Gorda..? – pergunto sussurrando para o quadro que está dormindo e ela não acorda. – Acorde mulher! – Sem reação. Eu bufo e ilumino o corredor a frente, estreitando os olhos para tentar enxergar algo, porém o corredor está vazio.

– Você está paranóica Gina... Vá dormir... – digo a mim mesma e volto para o salão, estou cruzando a passagem quando um arrepio percorre minha espinha, sinto alguém atrás de mim e pelo canto do olho penso ver uma sombra. Me viro pronta para lançar um feitiço, mas só encontro o escuro de antes. Respiro fundo e entro no salão rápido fechando a passagem.

É só imaginação, eu só estou nervosa... Penso me acalmando. Suspiro, guardo a varinha e vou para as escadas quando escuto passos apresados saindo do dormitório masculino.

_ Aonde é que vocês estão indo? – pergunto desconfiada cruzando os braços. Harry, Lily e James arregalam os olhos e param na minha frente.

_ Mam... Gabriela! –Lily exclama e eu arqueio as sobrancelhas me pergunto porque ela está me chamando de Gabriela. – Onde você estava? Eu acordei e você não estava no quarto, depois eu desci e não estava aqui... Então eu pedi ajuda...

_ Ela quase me matou do coração, nos acordou falando que você tinha sumido. – James conta meio pálido.

_ Onde você estava? Passou mal? – Harry indaga se aproximando e me observando como se procurasse algo errado.

_ Não, não eu estou bem. – responde os tranqüilizando. – Acordei para tomar água e ... pensei ter ouvido um barulho... Então desci...

_ E o que era? – Harry pergunta tenso.

_ Nada. A passagem estava aberta mas não tinha ninguém lá fora, eu acho que foi o vento ou...

_ Você saiu do salão? – Harry grita me assustando. – Você ouviu um barulho estranho, viu que a passagem estava aberta e simplesmente saiu..!?

_ O que tem de mais? – indago achando aquela atitude muito exagerada. – Eu achei estranho e fui ver o que era, mas... – eu cogito em contar sobre minha impressão mas penso que não é o melhor. - ...mas não tinha nada lá.

_ Certeza? – James pergunto rouco olhando para a porta.

_ Sim. Agora vão dormir queridos, amanhã você tem que acordar cedo, todos nós. – digo dando um beijo na bochecha de James e ele boceja indo para as escadas. – Vem Lily.

_ Espera. – Harry diz pegando de leve meu pulso. – Vá na frente Lily, eu quero conversar com sua mãe. – Lily afirma com a cabeça e sobe para os dormitórios. Harry respira fundo e passa a mão pelos cabelos com os olhos fechados, ele sempre faz isso quando está nervoso ou cansado do trabalho.

_ O que foi? – pergunto um tanto preocupada e puxo ele para sentarmos no sofá.

_ Você se arriscou muito. – ele responde olhando fixo para o tapete puído. – Podia ter alguém lá fora... Podiam ter pego você.

_ Quem? – digo com uma risada curta. – Estamos em Hogwarts Harry! Não há ninguém aqui que vai me atacar!

_ É... mas ainda assim... – ele murmura meio desconfortável e uma pontinha de desconfiança surge em mim.

_ Harry, você está escondendo algo de mim? – pergunto controlando minha voz e Harry engole em seco discretamente.

_ Não, só acho que foi bobagem você sair assim. Ainda mais no seu “estado”. – Harry responde olhando para minha barriga que já está protuberante e eu instintivamente acaricio a mesma.

_ Não tem com o que se preocupar, não foi nada, eu estou bem... Vê? – digo puxando o queixo dele o fazendo me encarar.

_ Me promete que não vai mais sair por aí sozinha a noite ok? – Harry diz sério e minha desconfiança aumenta mais.

_ Porque?

_ Só promete.

_ Não. Me responda o porque! Você não é de levar essas coisas tão a sério! O que está acontecendo? – digo nervosa e ele suspira segurando minha mão.

_ Nada. Eu só me preocupo com você. – ele diz acariciando minha mão entre as suas.

_ Não precisa, sabe que eu não sou uma garotinha indefesa! – exclamo ainda meio nervosa. – Mas se vai ficar feliz, eu prometo que não vou mais sair a noite para investigar barulhos estranhos. – declaro revirando os olhos e Harry abri um sorriso torto.

_ Ótimo. – ele diz se aproximando e me dando um beijo. – Agora vamos dormir mais uma hora pelo menos...

Ele me puxa do sofá e beija meu pescoço antes de irmos para as escadas.

_ Espera. – digo quando chegamos na bifurcação das escadas e ele começava a subir para seu dormitório. – Harry, se estivesse acontecendo algo... Você me contaria certo?

_ Hãm... Claro. – ele responde com um olhar confuso.

_ Bom. – digo suspirando. – Então até daqui a pouco.

_ Até.

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POV LILY

Eu não dormi muito depois do susto que levei a noite, afinal eu fiquei apavorada.

Primeiro meu pai e meu tio dizem que tem um bando de louco que quer me matar juntamente com meus irmãos e primos, só para se vingar! Aff, esse povo que não sabe perder... Coisa chata!

Segundo, eu acordei com as garras da minha gatinha sendo fincadas na palma da minha mão, sem ela queres é claro, estava dormindo. Eu me levantei e dei com a cama da minha vazia, ela também não estava no banheiro e o fato de ter pessoas más por aí fizeram um monte de idéias horríveis passarem na minha cabeça.

Nem hesitei em pegar meu robe e descer as escadas, dei uma rápida olhada na sala comunal mas ela não estava lá. Subi o mais rápido possível para o dormitório dos meninos e parei em frente o quarto dos meus parentes, a porta estava trancada então dei três batidas.

_ James! Colin! Abram! – disse mais baixo do que queria para não acordar ninguém. A porta não se abriu e eu continuei batendo sem pausa até meu pai surgir e quase levar meu punho no nariz.

_ Lily..? O que fo-fo-foi? – ele perguntou bocejando.

_ É a mamãe. – digo chorosa e ele arregalou as olhos totalmente desperto.

_ O que houve com ela? – ele perguntou entrando no quarto sem esperar a resposta, voltou um minuto depois com os olhos e com meu irmão mais velho resmungando atrás como se fosse um zumbi.

_ Eu acordei e ela não estava na cama, nem em lugar algum! – eu contei nervosa e James me olhou confuso.

_ Quem?

_ Mamãe.

_ Ela sumiu!?

_ Eu vou atrás dela, fiquem aqui seguros ok? – meu pai disse puxando a varinha e descendo a escada.

_ Eu vou com você. – James exclamou pegando a varinha e indo atrás do papai. Eu já ia dizer que também queria ir quando damos de cara com a dita cuja de cabelos castanhos que pereceu surpresa em nos ver. Depois ela foi explicar tudo e nos mandou deitar de novo, mas algo roubou meu sono. Alguma coisa naquela história não fazia sentido.

Agora, já de manhã eu estou saindo do salão com Hugo e meu pai que parece cansado.

_ Lembrem-se, nada de ficar zanzando em corredores vazios, andem sempre em lugares claros e movimentados. – papai disse sério nos acompanhando até a sala de Transfiguração.

_ Ok, já sabemos. – Hugo responde revirando os olhos. – Não se preocupe Colin.

_ Não tem como não me preocupar. – ele diz suspirando e me dá um beijo na testa. – Fiquem bem. Nos vemos no almoço, cuidado.

_ Até Pa...Colin! – digo sorrindo e entro na sala sendo puxada por Hugo. Ainda faltam alguns minutos para o começo e os alunos estão conversando em grupos pela sala. Nossa aula é com a Sonserina, o que torna os grupos bem separados. Minha atenção se volta para uma garota loira que está sentada no canto rabiscando o pergaminho sem nenhuma animação.

_ Ela e Arthur se entenderam? – Hugo pergunta baixinho ao seguir o meu olhar. – Quando eu perguntei para ele, não tive resposta.

_ Eles conversaram, mas Art não quis me contar nada também. E eles não estão conversando. – respondo com um suspiro. – Eu fico triste por isso sabe? Eles são irmãos, gêmeos ainda! Sempre foram unidos apesar das diferenças e agora estão assim, por minha causa.

_ Não é culpa sua, ela ajudou a mãe em coisas horríveis! – Hugo exclama. – Se bem que ela estava com o psicológico bem afetado, e foi influenciada pela mãe...

_ Não sabia que conseguia pensar tanto assim sobre algo Hugo. – digo rindo ao mesmo tempo que fico admirada.

_ Eu tenho genes de Ron e Mione dentro de mim cara Lily, só que eu prefiro usar mais os do meu pai, porque são mais legais. Mas, se eu quisesse, podia ser um chato nerd igual minha irmã. – Hugo explica rindo. – E eu entendo de sentimentos, mas prefiro não gastar meu tempo com eles.

_ Você é doido. – exclamo assombrada.

_ Um pouco. Mas veja bem, voltando ao assunto... – ele diz olhando de novo para Ashley. – Se ela não tivesse sofrido tanta influencia da mãe e não fizesse escolhas erradas, Ashley poderia ser uma pessoa bem legal...

_ Ashley, Ashley Parker? Legal? Hugo, você pirou de vez? – indaga colocando a mão na testa dele para ver se está com febre e ele revira os olhos.

_ É só uma... teoria. – Hugo diz de afastando da minha mão. – Ela poderia ser uma boa pessoa, como o Arthur.

_ Não sei, é meio difícil. Mas tudo é possível certo? – digo me sentando já que a professora chegou.

No meio da aula reparo que Hugo olha para Ashley discretamente enquanto faz suas anotações, e uma hipótese surge na minha mente.

_ Hugo... posso de fazer uma pergunta?

_ Hm...

_ Você acha a Ashley bonita? – pergunta curta e grossa e ele me encara confuso.

_ O que?

_ A Ashley... Você acha ela bonita?

_ Hãm... Não sei... Acho que sim né? – ele responde meio encabulado e eu seguro um sorriso quando percebo suas orelhas ficarem vermelhas. – Se ela não tivesse aquela carranca, e sorrisse sem ser com aquele sorriso cínico... Sim, ela seria... hãm... é... bonita.

_ Hmm...

_ Porque a pergunta? – Hugo indaga desconfiado.

_ Por nada, só curiosidade. – digo inocentemente. – Agora, mudando de assunto... Como você acha que esse povo aí que nos quer mortos está infiltrado no colégio? Nós repararíamos não é? Em alunos novos...

_ Sim, não seria difícil... Eles podem estar disfarçados, como seus pais... Mas ainda sim íamos reparar... – Hugo diz pensativo e corre os olhos pela sala. – Mas também, quem disse que somos tão observadores assim..?

_ Como?

_ Olhe discretamente pata trás, na última carteira no canto direito. Quem é aquela garota? – Hugo sussurra para mim. Com a desculpa de pegar algo na minha mochila eu me viro e olha naquela direção. Ao lado de um garoto da Sonserina que está dormindo a babando na carteira está uma garota que eu nunca vi na vida. A pele dela é normal, nem muito pálida, nem muito escura, seus cabelos são medianos e castanhos, nada no seu rosto é marcante. Seus olhos são escuros, boca normal, nariz normal. A única coisa que poderia lhe dar alguma personalidade seria seu olhar de tédio. Aquela menina poderia passar despercebida facilmente por Hogwarts. Eu mesma não repararia nela se Hugo não falasse, possivelmente, se a visse por aí acharia apenas que não me lembrava dela, mas eu realmente nunca a vi. Por um instante o olhar dela cruza o meu e eu me viro rápido para a frente, sentindo um arrepio na nuca.

_ E então, você a conhece? – o ruivo pergunta um tanto preocupado.

_ Não, nunca a vi. – respondo com a voz tremula e ele engole em seco.

_ Temos que avisar seu pai. – Hugo diz sério e eu concordo.

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POV HARRY

_ Ande logo James, não gosto do fato dos outros ficarem sozinhos. – digo nervoso arrastando meu filho para o salão.

_ Estou indo, estou indo! – James exclamo emburrado. – Ei, posso te pedir uma sugestão?

_ Hãm..? Ah, sim. – respondo descendo o último vão de escadas.

_ É que eu queria dar um anel de noivado para a Domi, acha que ela vai gostar?

_ O que? – indago parando em frente o salão. – Pensei que tínhamos concordado em esperar e discutir sobre esse assunto depois da formatura.

_ Pai, eu vou me casar com ela, não imposta quando você vão aceitar isso como oficial. – James responde sério. – Domi É minha noiva, e eu queria lhe dar um anel, sabe, para simbolizar...

_ Sei... – suspiro cansado e tiro os óculos esfregando meus olhos. – Olhe, vamos conversar sobre isso mais tarde ok? Por hora, vocês não estão noivos...

_ Mas...

_ COLIN! – Lily grita interrompendo a reclamação de James. Eu me viro vendo minha filha e Hugo correrem até mim com rostos preocupados.

_ O que aconteceu? – pergunto preocupado. Lily respira fundo e Hugo começa a esquadrinhar o salão com os olhos como se estivesse procurando algo.

_ Nós... nós vimos um deles. – Lily conta recuperando o fôlego. – Na nossa aula de Transfiguração. Era uma garota, se eu a visse por aí nem ligaria por que ela era muito comum e quieta, mas eu tenho certeza que nunca a vi na vida.

_ Interessante... Com aparências comuns e apagadas eles podem se misturar com facilidade nas salas e nos corredores. – digo pensando. Eles são espertos, mas ainda temos truques na manga. – Onde ela está? Onde Lily? Não quero essa pessoa perto de vocês.

_ Hãm... Tem um problema Tio H... Colin... – Hugo diz olhando para o salão meio preocupado. – Ela não está aqui, em lugar nenhum.


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Notas finais do capítulo

E entãããão???? Curtiram?

Comenteeem! *-*

Até o proximo, beijoooooooooooooooos