Young Again escrita por Sophie Valdez


Capítulo 14
Romance e "Amizades"


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo, enooooorme!
Desculpe se ficou cansativo pessoal :/
Boa leitura! *-*



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Pov Lily

_ Lily querida, será que você não podia ir lá no sótão pegar uns cobertores a mais que estão lá? Vai ser uma noite fria! – Molly me diz depois do jantar.

_ Claro, mais tem certeza que tem cobertores lá em cima? – pergunto.

_ Sim, são muitos. Sabe, você vai precisar de ajuda... – Molly diz pensativa.

_ O Arthur pode ajudar! – Hugo diz aparecendo do nada empurrando aquele loiro lindo... Lily!

_ Ajudar com o que? – Arthur diz confuso.

_ A Lily a pegar coisas pesadas lá no sótão, ela é uma garota frágil e não consegue pegar tudo sozinha, você pode ajudá-la? – Molly diz me fazendo erguer as sobrancelhas. – Vai ser rapidinho...

_ Eu vou. – Arthur diz dando de ombros e nós subimos. Eu abro a portinha do sótão e entro na frente sentindo um cheirinho de mofo que me faz espirrar, e Arthur entra logo após batendo a porta.

_ Por que fechou a porta? – pergunto.

_ Não podia fechar?

_ É que fica muito escuro... – digo – Quase não consigo te ver.

_ Melhorou? – ele diz chegando muito perto de mim fazendo-me suspirar.

_ Perto demais. – digo e me afasto – Eu não sei onde estão esses cobertores...

_ Então vamos procurar. – ele diz e reviramos o sótão por um tempo até encontrar só dois cobertores não muito grossos.

_ É isso que Molly queria? – digo torcendo o nariz. – Não vão fazer diferença nenhuma!

_ Vem, vamos embora daqui. – Arthur diz e tenta abrir a porta, mas está continua fechada. – É comum ela travar?

_ O que? Não! – digo indo até a porta e fazendo força para abrir também. – A culpa deve ser sua, quando bateu a porta deve ter emperrado.

_ A culpa é minha agora? – ele pergunta irritado e eu bufo,

_ OI! ALGUÉM! JAMES, ALVO, TEEEDDY! AQUI! SOCORRO! – grito batendo na porta. Fico muito minutos até perder um pouco a voz. Me viro e vejo o loiro sentado entre duas estantes com os cobertores na mão.

_ Cansou? – ele pergunta e eu suspiro me sentando perto dele.

_ Isso deve ser armação dos meus irmãos... Já não chega o cabelo azul?!

_ Eu gostei de o seu cabelo azul. – ele diz – Você fica linda de qualquer jeito...

_ Hmm, obrigada... – digo sem jeito.

_ Faz tempo que não conversamos. – Arthur diz e com a pouca claridade eu vejo que ele está me encarando.

_ Pensei que estava bravo comigo, pelo o que eu disse aquele dia... Que não ligava pra sua família...

_ Eu fiquei um pouco mas, não acho que estava errada considerando minha mãe e minha irmã. – ele responde com um sorriso triste. – E eu não consigo ficar realmente bravo com você.

Arthur, dá pra parar de ser fofo? – penso suspirando.

_ Sinto muito. – é o que consigo dizer e ficamos em silencio por um longo tempo.

_ Quem é seu namorado? – ele pergunta do nada e eu fico confusa.

_ Que namorado?

_ O seu oras! – ele responde meio nervoso.

_ Eu não tenho namorado Arthur!

_ Ah, então quer dizer que você fica de agarramento com um cara nos jardins de Hogwarts sem ele não ser nada seu? – ele solta e eu penso um pouco para tentar entender do que ele está falando.

_ Que car...AH! Você está falando do Gregory? – pergunto rindo.

_ Gregory... – ele repete com raiva. – Então, vocês estão se pegando?

_ E desde quando eu sou menina de ficar se pegando com alguém por ai? – pergunto nervosa e ele bufa.

_ Você não respondeu minha pergunta! – ele diz e eu não agüento mais e começo a rir daquela situação. – Tá rindo do que?

_ De você... – digo em meio as risadas. – Gregory é meu amigo, e é... gay... – digo rindo mais ainda com a cara que Arthur faz.

_ Gay!? – ele repete. – Então voes realmente não...

_ Não Arthur. Digamos que eu não faço o tipo dele... – digo me acalmando e é a vez do loiro dar uma risada.

_ Ufaa... Ainda bem! – ele suspira e eu arqueio as sobrancelhas.

_ Eu sou só amigo da Lily! Nós nunca tivemos nada. Ela é só uma boa amiga ok?!

_ Você nunca quis... namorar ela? – Alvo pergunta.

_ Não!

Aquilo que ele disse ainda ecoava na minha mente como um aviso para eu não me declarar, e seus atos ali, agora, tornavam tudo ainda mais difícil.

_ Ainda bem porque? – digo me levantando e encostando na parede. – Só porque você não sente esse tipo de coisa por mim não quer dizer que outro, agora ou depois, vá sentir!

_Quem disse que eu não me sinto assim em relação a você? – ele pergunta se levantando também.

_ Você! – digo aborrecida. – Disse em alto e bom som que sou só sua amiga, e que nunca quis nada comigo! Mas quer saber Arthur? – digo com a voz embargada. – Infelizmente, eu sou totalmente, loucamente, completamente apaixonada por você! Eu sei que não quer mais do que minha amizade, mas eu agora percebi que não posso passar mais um dia escondendo meus sentimentos por você! Não fique com pena de mim, ou algo assim... – completa deixando uma lágrima correr pelo meu rosto. – Eu só precisava diz... – eu não completo a frase porque Arthur se aproxima de mim enlaçando minha cintura com um braço e segurando carinhosamente minha nuca com a outra mão e esse contato faz com que eu não consiga formular mais nem uma palavra.

_ Eu não queria ter dito aquilo Lily... – ele diz acariciando minha nuca, o que me dá arrepios. – Eu só disse porque...seus irmãos são uns doidos! – ele completa e eu sorrio com a verdade. – Eu... sou apaixonado por você, esses dias que não nos víamos foram torturantes para mim! Eu te amo Lily Potter!

E com essas palavras que me tocaram fortemente ele selou seus lábios com os meus. Nos beijamos intensamente nos abraçando a cada vez mais apertado como se cada espaço entre nós fosse terrível. Eu senti ele sorrir entre o beijo o que me fez sorrir também. Quando o ar faltou, paramos o beijo e continuamos abraçados com as testas coladas recuperando o fôlego.

_ Lily, você aceita namorar comigo?

_ Sim, sim, mil vezes sim! – digo agarrando seu pescoço e ele me abraça forte. Nos beijamos um pouco e depois resolvemos preparar um lugar para deitarmos, já que provavelmente não íamos sair dali até amanhã. Com um dos cobertores que achamos eu cobri um canto do chão do sótão, nos deitamos e com o outro nos cobrimos. Me deitei sobre o peito de Arthur enquanto ele acariciava meus cabelos.

_ Como vamos fazer para seus irmãos não me matarem? – ele pergunta meio nervoso e eu solta uma risada. – É sério Lils! Eles me deram um soco só porque estávamos conversando, imagina agora que estamos namorando e passamos a noite juntos aqui!

_ Não estamos fazendo nada de mais. – digo um pouco corada. – E não se preocupe, eu te protejo!

_ É, seu cabelo azul é uma ótima garantia que consegue dominar seus irmãos. – ele diz sarcástico e eu lhe dou um beliscão.

_ Se comporte ou eu deixo eles fazerem qualquer coisa com você hein? – ameaço e nos dois soltamos uma risada. Caio no sono algum tempo depois.

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POV ROSE

Já era de madrugada quando dei por falta de Lily, fui no quarto onde Rox, Alice e Gabriella dormiam. Nem sinal de Lily, Domi eu sabia que estava se agarrando com James na cozinha porque, infelizmente, eu os vi.

Fui em um dos dormitórios dos meninos e vejo Alvo, Lorcan, Louis, Hugo e Fred dormindo, fecho a porta com cautela para não fazer barulho e vou para o próximo onde encontro Lysander e camas vazias.

_ Oi Rose. – ele diz sentando em uma das camas mexendo em um celular.– Posso ajudar?

_ Você viu a Lily? – pergunto entrando no quarto e me sentando na ponta da cama.

_ Não... – ele diz pensativo. – Mas o tal do Arthur também sumiu...

_ A divisão dos quartos não era diferente?

_ Era... – ele diz digitando no celular. – Mas os outros meninos quiseram dormir mais cedo, e como James, Arthur e Scorpius não iam dormir agora, Colin está na biblioteca sem sono e Frank saiu para passear, decidiram dormir em um quarto só e deixar os corujões juntos... Eu fiquei por azar. – ele explica e eu aceno entendendo.

_ Não sabia que curtia coisas de trouxa. – Digo apontando pro celular, hoje em dia muitos bruxos os tem, inclusive eu, mas os Scamander são excêntricos demais para esse tipo de coisa.

_ Ah é, minha mãe diz que ele interfere na minha corrente mágica de pensamento. – ele diz jogando o celular no ar. – Mas eu preciso dele... agora que...

_ Que...? – digo curiosa.

_ Ainda é segredo. – ele diz sorrindo e cochichando. – Mas eu estou meio que namorando.

_ Demais! – digo dando pulinhos na cama. Lysander é muito legal, monitor,e sempre foi meu amigo, fico feliz por ele ter encontrado alguém especial.

_ É... Ela é trouxa, mas é amiga de mais duas garotas que são bruxas e estudam em Hogwarts, nos conhecemos a um ano e meio e, desde uns meses estamos em uma relação mais amorosa... – ele diz corando um pouco.

_ Não precisa se envergonhar de gostar de alguém. – digo e ele sorri abrindo os braços e eu pulo sobre ele o abraçando e rindo.

_ Você é uma ótima pessoa Rose. – ele diz feliz.

_ Obrigada, você também... – respondo rindo no momento que a porta bate forte e eu dou um pulo me sentando na cama e encontrando um Scorpius parado na porta com um escova de dentes na mão e uma expressão de assassino.

_ S-Scorpius..? – digo um pouco receosa. – Você está bem?

_ Excelente. – ele diz baixo colocando a escova em uma cômoda e indo de novo para a porta. – Desculpe interromper o namoro.

_ O namor... O QUE? – digo no momento que ele bate a porta e olho para Lysander. – O QUE?

_Acho que ele acha que nós estávamos... sabe!? – ele diz voltando a mexer despreocupado no celular.

_ Mas não estávamos! – digo me levantando. – Tenho que explicar para ele que...

_ Porque? Vai explicar por que ele é seu amigo? – o loiro diz com um sorrisinho.

_ É.

_Fala sério Rose! Está na cara que Scorpius está com ciúmes de você, e que os dois bobões aí se amam mais não querem admitir! Agora, vai atrás dele e resolve tudo, definitivamente!

_ Ook... – digo um pouco desconcertada com o que Lysander disse e saio correndo do quarto descendo as escadas e encontrando Frank chegando da rua e limpando a neve da roupa.

_ Oi Rose!

_ Oi Frank... Não posso falar, estou procurando o Scorpius... – digo entrando na sala de estar quando Frank passa pelo corredor.

_ O Malfoy? Eu o vi ali na esquina quando vinha para cá, ele disse que não tinha hora para voltar.

_ Ele saiu? – digo exasperada e vou para a porta saindo no meio da rua que estava coberta de neve, e mais caiam do céu. Fui da direção que Frank disse correndo, na esperança de alcançar Scorpius. Eu sai só com um fino casaco e o frio me consome enquanto corro, quando viro a esquina fecho um vulto que passa por um poste revelando cabelos loiros.

_ SCORPIUS! – grito correndo mais ele não me ouve. – SCORPIUS MALFOY! – grito com toda a força que tenho e ele parar olhando para trás, eu caminho rápido até ficar uns dois metros longe dele.

_ Rose, ta fazendo o que aqui? – ele pergunta chegando perto de mim.

_ Eu que te pergunto! Por que saiu nesse tempo?

_Eu precisava andar um pouco, pensar... – ele diz com as mãos no bolso da calça e chutando um montinho de neve. – Não devia ter vindo, estava muito feliz se agarrando na cama com o Lysander, igual uma...

_ Olha como faça comigo Scorpius! – digo alterada. – Eu não sou como essas meninas que ficam “visitando” seu quarto a noite em Hogwarts!

_ Desculpe se te ofendi. – ele diz seco. – E me desculpe por atrapalhar vocês!

_ Eu e o Lysander não temos nada! – grito brava com a bobeira que ele está dizendo. – Eu só estava feliz por ele... ele, é segredo ainda, não sei por que...Ele está namorando.

_ Com quem?

_ Com uma trouxa, mas está esperando a hora certa para apresentá-la a nós. – digo sorrindo pela felicidade do meu amigo. – Mas não conta para ninguém entendeu? Nem comenta com ele!

_ Então vocês não estavam se agarrando? – ele diz olhando para mim.

_ Ah claro! Ele me contou que estava namorando e a gente decidiu dar um amassos para comemorar! – respondo sarcástica.

_ Engraçadinha... – ele diz rindo nervoso e eu tremo percebendo o quanto estou com frio. – Por que saiu com essa roupa?

_ Eu não demorei me agasalhando. – respondo. – Vamos voltar?

_ Vamos. – ele diz e seguimos de volta. – Tome. – ele tira o casaco que estava e põe sobre meus ombros, este por sinal é verde com uma cobrinha prateada no peito. – Você fica bem com essa cor.

_ Atá... – digo me aquecendo com o casaco que estava impregnado com seu perfume. – Scorpius... E aquela garota? Que você estava apaixonado?

_ Ah, ela é muito burra! – ele diz rindo e passando o braço sobre meu ombro. – Se importa? Assim ficamos mais aquecidos.

_ Ah sim, só por isso. – digo revirando os olhos e rindo, abraçando sua cintura e vamos para a casa abraçados.

Chegando lá percebo James encostado na porta da sala e ele faz um gesto para entrarmos lá.

_ O que houve? – digo entrando no cômodo onde Teddy e Vic estavam sentados de frente para um homem em pé. O Sr. Malfoy era alto, magro, com um rosto comprido e entradas nos cabelos loiros.

_ Pai? O que houve? – Scorpius pergunta preocupado.

_ Vim te buscar.

_ Por que?

_ Mudança de planos. – ele diz sério para o filho. – Nós vamos ter aquela...visita.

_ Entendi. – Scorpius diz ficando tenso. – Vou pegar minhas coisas. – e vai rápido para os quartos.

_ É uma pena, Scorpius se dá muito bem com todos aqui. – Teddy diz visivelmente tentando quebrar o clima pesado.

_ Não faço idéia de como isso é possível. – Sr. Malfoy diz meio frio e então olha para mim. – Não sabia que tinham voltado a namorar Weasley.

_ Ah não! Que isso, nós somos só... amigos! – digo corando e então Scorpius desce afobado segurando a mala.

_ Vou te esperar lá fora, não demore. Obrigado. – Sr. Malfoy diz para o filho e para nós e sai da casa.

_ Se despeça dos outros por mim. – Scorpius diz para nós e aperta a mão de Teddy, James e Vic. – Se cuide. – ele diz me abraçando.

_ Feliz Natal! – digo meu triste com a cabeça em seu ombro.

_ A propósito... Sabia que você é muito burrinha ruiva? – ele sussurra no meu ouvido e vai embora me deixando parada com os pensamentos a mil.

_ O que Malfoy queria? – Colin diz chegando agora.

_ Ele levou Scorpius, parece que iam ter visita. – Teddy diz despreocupado.

_ É o avô dele. – digo ainda pensando no que Scorpius disse. – Lúcio Malfoy é o único que consegue fazer Scorpius e o pai ficarem assim... Eu vou dormir, boa noite.

_ Boa noite. – todos respondem e eu vou me deitar com vários pensamentos na mente.

“_ É o seguinte – ele diz um pouco nervoso – Eu gosto de uma menina, uma menina incrível! Ela é tudo que eu sempre quis, bonita, inteligente, decidida... Ela me deixa louco e sempre que estou perto dela me controlo para não beijá-la. Seu perfume me envolve sempre que ela se aproxima de mim e... eu sonho com ela todas as noites.”

“_ Ah, ela é muito burra! – ele diz rindo e passando o braço sobre meu ombro. – Se importa? Assim ficamos mais aquecidos”.

“_ A propósito... Sabia que você é muito burrinha ruiva?”

Não pode ser que fui tão burra assim...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Muito grande?
Muito romance?
Comeeentem!
Beijos!