Última Chance escrita por The Queen


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Última Chance

porThe Queen

Sakura passou as costas da mão na bochecha, limpando as teimosas lágrimas que insistiam em transbordar de seus olhos. Duas malas vermelhas estavam encostadas na parede, perto da porta, todas as suas roupas e pertences que conseguiu achar estavam lá dentro. Ela já havia decidido na noite anterior, iria embora assim que ele chegasse. Aquilo seria tão difícil, mas era preciso, Sakura estava tão cansada de amar e não ser amada, não se sentir amada. Na noite passada, Sakura tinha dito que iria embora, mas ele apenas zombou, como se tudo não passasse de mais um blefe, pois então, ela iria provar que não precisava mais dele, por mais que lhe doesse a alma.

Quando ouviu a porta se abrir, a respiração ficou presa por um momento. Sakura escutou seus passos e percebeu que ele parara, provavelmente ao ver as malas perto da porta.

‒ Sakura? – A voz rouca dele fez com que Sakura se arrepiasse, o tom sério e um tanto curioso chamou sua atenção. Ela levantou e se virou para encará-lo, desejando que seus olhos não estivessem tão vermelhos.

Lá estava ele, de terno, a gravata frouxa, os olhos escuros e penetrantes, impassíveis. Frio.

‒ Sasuke. ‒ Ela estava satisfeita que sua voz não estivesse tremula. Ele abriu alguns botões da camisa branca enquanto falava:

‒ O que aquelas malas estão fazendo perto da porta? – perguntou indiferentemente. Sakura suspirou e fechou os olhos.

‒ Estou indo embora – disse. Quando abriu os olhos novamente, deparou-se com um meio sorriso no rosto de Sasuke, e ela odiava aquilo.

‒ Está? ‒ o sarcasmo incomodou Sakura profundamente.

‒ Sim, esperei por você por que queria dizer pessoalmente, mas já estou indo. – Ela observou-o estreitar os olhos.

‒ Posso saber o motivo? ‒ Foi a vez de Sakura sorrir, um sorriso furioso. As mãos fecharam-se em punhos ao lado do corpo.

‒ Você ainda pergunta? ‒ Repreendeu-se mentalmente por ter elevado o tom, mas mesmo assim continuou. ‒ Eu cansei disso tudo, cansei de ser apenas um brinquedinho seu! Ontem eu disse a você que ia embora e você riu...

‒ Está querendo provar alguma coisa, Sakura? ‒ interrompeu, encarando-a sombriamente. Ela sentiu as unhas machucarem as palmas das mãos quando apertou ainda mais os punhos. ‒ Isso é ridículo.

Você é ridículo! ‒ acusou veemente. ‒ Não há como continuar desse jeito – disse mais baixo, convencendo mais a si mesma do que Sasuke. ‒ Chega. ‒ Ignorando a forte angústia que sentia, Sakura caminhou na direção das malas, decidida.

Sasuke ficou em silencio, mas seus olhos brilhavam raivosamente quando ela passou por ele. Sakura tinha dado uma última chance a ele, uma última chance de mostrar que sentia alguma coisa diferente do prazer quando estava com ela.

‒ Eu estou levando tudo o que é meu, não vou precisar voltar. ‒ Puxou o molho de chaves da bolsa e tirou duas chaves douradas do aro e colocou-as na mesa estreita próxima, em seguida virou-se para Sasuke, que continuava quieto, mas tinha se aproximado e a encarava intensamente. ‒ Adeus, Sasuke.

Sakura abriu a porta, mas ela voltou a se fechar com um estrondo. Ela olhou para o braço estendido de Sasuke, a mão espalmada na madeira, impedindo a porta de abrir.

‒ Por favor, não faça isso – pediu num fio de voz, recusando-se a virar e encará-lo. O Uchiha, percebendo isso, pegou Sakura pelo braço e virou-a de frente para ele.

‒ Não – disse mais rouco que o normal.

‒ Não faça isso ‒ repetiu e fechou os olhos, apertando-os como se fosse possível fazer Sasuke desaparecer somente com a força de seus sentimentos.

Com um puxão no braço, Sakura ficou de frente para ele e, desistindo de ignorá-lo, abriu os olhos para encarar os de Sasuke.

‒ Isso não pode continuar ‒ disse ela. ‒ Está acabando comigo,com você também, e por isso não podemos mais passar por cima dos problemas e fingir que tudo vai dar certo. Eu preciso parar de acreditar que tudo vai dar certo.

‒ Não quero que vá ‒ disse Sasuke e Sakura pôde escutar algo na voz dele, uma emoção desconhecida.

‒ Preciso ir.

‒ Não.

‒ Eu preciso ir! ‒ exclamou, exasperada. ‒ Não existem motivos para...

E Sasuke a beijou. Seus macios e questes lábios pressionaram os dela com urgência e ternura, se é que isso era possível. A determinação de Sakura, de repente, desapareceu, e tudo o que podia pensar era como seus lábios se encaixavam tão perfeitamente.

‒ Eu amo você ‒ ouviu-o dizer contra sua boca.

O coração dela falhou uma batida. Surpresa, ela afastou-o.

‒ O que disse? ‒ perguntou, incrédula.

‒ Vai mesmo me fazer repetir? ‒ Uma careta moldou as feições dele. Sakura não respondeu. ‒ Eu a amo, Sakura. Eu a amo há muito tempo, só não consegui achar o momento certo para dizer.

‒ Não brinque comigo, Sasuke, isso não tem graça nenhuma.

‒ Não estou, somente estou lhe dando um motivo para ficar.

Os olhos de Sakura umideceram mais uma vez. Sasuke nunca dissera que a amava e ela sempre acreditou que o que ele sentia por ela era somente afeição. Aparente o Uchiha não era tão frio como costumava pensar.

‒ Isso não deveria me fazer mudar de ideia ‒ disse ela. ‒ Ainda acho que estamos cometendo um erro ficando juntos.

‒ Então vamos tentar mais uma vez e eu prometo que serei mais tolerável. Nenhuma desculpa justifuca ter tratado-a com indiferença, mas eu posso mudar. ‒ Os dedos de Sasuke roçaram levemente sua bochecha, causando arrepios em seu corpo. ‒ Será a última chance e depois, se não der certo, não vou impedí-la de ir embora.

‒ Não faça promessas que não pode cumprir.

‒ Jamais faria isso.

Sem conseguir conter, um genuíno sorriso surgiu nos lábios de Sakura e ela envolveu-o com os braços, sentindo seu cheiro ao apertar o rosto contra o peito dele.

‒ Eu te amo ‒ murmurou.

Ele abraçou-a de volta e colocou o rosto na curva de seu pescoço.

‒ E eu a você.

Então Sakura se afastou mais uma vez somente para poder puxá-lo para baixo pela frouxa gravata.

‒ Me mostre ‒ sussurrou.

E foi o que bastou para Sasuke beijá-la novamente. Puxou o corpo dela para cima, incentivando-a a enlaçá-lo com as pernas, e levou Sakura para o quarto. Ia demonstrar o que sentia da melhor forma possível.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoas! Espero que tenham gostado.

Obrigada!



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