Pequena Maria escrita por Ryskalla


Capítulo 5
Capítulo 5 - Na Escuridão


Notas iniciais do capítulo

Peço perdão pela demora, é chato, eu sei... Mas tem sido difícil para atualizar com a frequência que eu gostaria, espero que possam entender x-x Enfim, continuarei a bombardeá-los com dúvidas e pouco a pouco irei respondendo-as, torço para que tenham paciência. Aqui vai mais um capítulo, espero que gostem ^^ Qualquer erro, me perdoem e me avisem, por favor XD



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Já sabia a resposta, contudo Ethan ainda assim se perguntava como viera parar no esgoto do reino. Aquela conversa que tivera com Aury parecia ter um ano e não duas semanas. E agora estava ele na mais completa escuridão seguindo um plano para libertar Noire.

Na noite em que Aury invadira seu quarto, Ethan estava completamente convencido de que não deveria ajudar a prisioneira. Tinha coisas mais urgentes para se preocupar, como o corte em seu rosto e em seu braço. As palavras daquele estranho felino ainda ecoavam em sua mente.

— Seu rosto está horrível. — Sabia que era o gato, mas isso não impediu Ethan de tomar um susto.

— Como você chegou aqui? — Perguntou ofegante. Levou a mão ao peito como se isso pudesse acalmar seu coração assustado.

— Deixou a janela do quarto aberta. — A cauda do bichano balançava alegremente ao falar aquilo, seu tom de voz dava entender que era uma resposta plausível. Só que não era.

— Meu quarto fica no segundo andar! — Gritou Ethan, exasperado. Não havia como simplesmente entrar pela janela de seu quarto.

— Eu sou um gato, ou quase. — E novamente aquele tom de quem encerrava o assunto. O garoto movimentou negativamente a cabeça e desistiu de procurar uma explicação. — Já pensou no plano?

— Plano? Que plano? — O garoto levantou-se da cama e caminhou em direção ao espelho enquanto lembrava-se dos acontecimentos que acarretaram em seu ferimento. O gato tinha razão, estava horrível. Havia um corte que ia desde pouco acima do olho esquerdo até sua face direita. E ainda havia o corte no braço, contudo esse possuía uma melhor aparência. Desceu as escadas e foi até a cozinha em busca de um jarro com água. Colocou o jarro com a água para esquentar. Depois disso foi atrás de um pedaço de pano.

O gato o seguia para todo o canto e Ethan se sentia um tanto perturbado com isso. Finalmente a água esquentara e ele pode molhar o pano e colocá-lo em seu rosto.

— Pela cara que você fez deve estar doendo. — Dizia o gato solidário, embora o garoto dispensasse aquele comentário. Era óbvio que estava doendo. Mas iria melhorar, tinha esperanças de que iria. — E quanto ao plano?

— Que plano? — Perguntou impaciente, o rosto doía e aquilo já era ruim o bastante sem precisar que o gato ficasse confundindo sua cabeça com planos inexistentes. Largou-se em uma cadeira e buscou esquecer a dor.

— Para salvar a Noire, claro. — Aury respondeu em tom óbvio e saltou para o colo do garoto. Ethan perguntava-se o que aquele gato queria.

— Quem é Noire? — A dor atrapalhava o raciocínio do garoto. Ele gostaria que o gato fosse embora e o deixasse em paz. Por que o gato não ficava quieto?

— Será possível que você está dormindo? A garota que está presa no meio da praça pública, não lembra? — A voz rouca do gato se tornava cada vez mais impaciente, fazendo com que Ethan se sentisse o ser mais lerdo que andava sobre pernas do mundo. — Aquela a quem você prometeu ajudar.

— Espere, eu não prometi coisa nenhuma. Posso estar confuso por causa da dor, mas eu nunca prometo nada. Pelo menos não sem ter a certeza de que irei poder cumprir. — Agora o gato queria fazê-lo de idiota? Nem em sonhos! A dor começara a aliviar e isso ajudava Ethan a tentar manter a mente o mais clara possível. — Além do mais, ela não quer ajuda. Então isso não é um problema meu, sinto desapontá-lo, senhor gato falante.

— Entidade, por favor... — Murmurou o Aury, contrariado. — Certo, não prometeu e isso não muda o fato de que ela quer ajuda. Você acha que ela quer ficar presa e perder a alma completamente?

— Ela é indiferente a isso, afinal ela não sente, não é? Não tem motivos para preocupação. — Sabia que aquilo era mentira, afinal houve um sentimento. Tinha certeza de que ela estava desesperada, entretanto se recusaria a ajudar se não lhe esclarecessem as coisas completamente.

— Na realidade, não. Ela sente alguma coisa. É complicado demais para um humano entender. — Suspirou. Ethan pensava em como era absurdamente estranho assistir um gato suspirar. — Veja, quando criança, você já se machucou alguma vez?

— Claro que já. — Respondeu Ethan, surpreso com aquela pergunta. Qual a relação daquilo com o fato da garota não ter sentimentos?

— Você se lembra de ter sentido dor? — Aury perguntou e deu um leve sorriso felino ao ver que o garoto assentiu positivamente com a cabeça. — Você se lembra da dor, entretanto não a sente mais, correto?

— Correto, mas... — O gato o interrompeu com um aceno negativo com a cabeça.

— É assim que ela funciona. Enquanto você sente através de sensações, ela sente através de lembranças. Claro que há algumas lembranças mais vivas. É por causa dessas lembranças que Noire não enlouqueceu completamente. Medo, desespero, preocupação são lembranças mais vivas, pois foram os sentimentos mais presentes na vida dela.

— Quer dizer que antes ela sentia? — Perguntou Ethan, novamente surpreso. Então de fato há uma possibilidade, mesmo que mínima, de que ela volte a sentir.

— Claro que sim, ninguém nasce com uma alma deficiente. — E novamente aquele tom irritantemente óbvio. Ethan não achava que era algo tão notável assim. O que impedia alguém de nascer com uma alma deficiente?

Buscou afastar tais pensamentos de sua cabeça. Não queria pensar nisso. Mas havia algo que ele não conseguia parar de pensar. De acordo com sua memória, estava no esgoto há seis dias ou mais. Estava chegando à Praça Pública, isso era o que importava. Porém... Será que Yui conseguira completar sua parte? E Aury?

Era estranho reencontrar seus amigos de infância tanto tempo depois e eles concordarem em ajudar sua causa maluca. Yui claramente ajudaria, pois sempre lhe faltara juízo, mas Hector? Que virara um Guarda dos Portões do reino? Talvez devesse ter confiado neles no passado... Deveria ter contado sobre Lúcia.

Seis dias no esgoto era tempo suficiente para pensar e rever o plano que parecia brilhante em muitos sentidos. Quem sugerira usar os esgotos fora Hector, contudo logo surgiu a problemática: Como achariam o caminho naquele labirinto?

— Eu posso levar o mapa e uma tocha. — Ethan sugerira e Hector imediatamente balançou a cabeça em sinal negativo.

— Não, não pode. É proibido acender qualquer coisa lá embaixo. — Havia um tom pesaroso na voz de Hector ao descobrir a falha em seu plano. — Lá é cheio de um gás perigoso... Qualquer contato com o fogo poderia explodir o reino inteiro. Ao menos é o que dizem os boatos, mas sinceramente, eu não iria querer colocá-los à prova.

— Eu posso decorar o mapa... É algo que aprendi, tenho certeza de que conseguiria. — Começou a pensar devagar, era um plano falho... Tudo dependeria dele. A volta seria particularmente difícil. — Seria bom ter uma corda, para a hora que eu precisar voltar. Seria mais rápido ser guiado por ela.

— Não sei se existiria uma corda tão grande, Ethan. — Por mais que fosse um problema válido, a voz da Yui possuía um tom divertido, como se ela não estivesse levando realmente a sério o que dizia. — Pode tentar com um novelo de lã, caso o gato não resolva atacá-lo.

Todos acabaram rindo, exceto Aury que olhava para todos com um olhar ofendido.

— Eu não iria atacá-lo e, de fato, é uma boa ideia. — Todos se calaram e olharam para a criatura, perplexos. A noite se aproximava lá fora e logo Hector teria que voltar para os muros. — Se Ethan tomar cuidado o suficiente para não arrebentar o fio, ele poderia levar vários novelos e ir emendando-os no caminho. Embora eu ainda prefira uma fuga a cavalo. Seria muito mais rápido.

— E muito mais perigosa. — Apontou Hector. Era irônico, de algum modo, como os papéis haviam se invertido. Aquela era a mudança mais chocante em Hector: ele adquirira um grande senso de responsabilidade. Isso, é claro, além do aumento considerável e tamanho. E de peso. Ethan não poderia se esquecer do peso. — Não vou permitir que Ethan se coloque em perigo por uma coisa como aquela.

— Ela não tem muito tempo. — Insistiu, agoniado, porém Hector se manteve firme. Talvez fosse porque detestasse gatos, talvez porque não soubesse como Noire funcionava. Um pouco dos dois.

Quando tudo fora combinado, Ethan se tornou responsável pela segunda tarefa mais difícil: Passar seis ou sete dias no esgoto do reino e garantir um guia para a rota de fuga. Hector abriria os portões e Aury ficaria responsável por falar com Maike, o criador de bonecas. Ethan odiava aquela loja, porém não mais que Yui. A garota parecia ter verdadeiro pavor daquele lugar. E ela, bom, ficaria responsável por invadir o castelo e roubar um objeto vital para a prisioneira. Era por ela que todos temiam.

O jovem parou por um momento, estava exausto, enjoado e imundo. Por mais que estivesse com fome, não tinha motivação para comer. Prendeu o lenço mais forte em seu rosto, numa tentativa de impedir que o cheiro invadisse suas narinas. O perfume que Yui lhe dera não durou tanto... Agora aquele lenço era a única coisa que o protegia do aroma desagradável.

Uma pergunta curiosa invadiu a mente do garoto: Será que Noire sentia cheiros? Era um questionamento estúpido e sem fundamento algum, ele sabia. Às vezes sentia inveja dela. Seria bom, em algumas ocasiões, não sentir nada. Porque assim ninguém saberia o que ele estaria pensando. Como no dia em que fora pedir demissão e avisar que viajaria, recebera uma revelação que o deixara terrivelmente chocado.

— Ethan, não disse para esquecer aquela criatura, garoto estúpido? —Apesar da voz baixa, era como se Novack estivesse gritando em seus ouvidos. Odiava aquele pensamento de que estava sendo idiota, assim como odiava seu ímpeto de querer ajudar alguém que sequer fazia parte da sua vida. Em que momento se tornara tão contraditório? — Eu não sei se poderei te acobertar dessa vez, garoto. Na época da sua irmã, era plausível...

— O senhor sabia? — Todo o sigilo, todo o trabalho em esconder de todos... Se Novack sabia, quem mais não teria conhecimento?

— Claro que eu sabia, garoto, acha que sou idiota? Eu conhecia bem sua mãe e na semana que ela adoeceu, seu pai passou a devolver os livros que ela lia. Quando seu pai parou de vir, imaginei o que aconteceu... — Ele arrumou os ralos cabelos e se sentou na escada que levava ao segundo andar. — Houve um livro que ele não devolveu. E eu fui atrás dele. Estava tarde, contudo tive esperanças de encontrar seu pai acordado. Foi então que vi você cavando... Duas covas. Com o passar dos meses, eu ia até sua casa quando precisava cobrar alguém que morava ali perto. Tudo parecia normal, havia roupa lavada na corda e as covas não ganharam nenhuma lápide. Nada que denunciasse que não havia um adulto naquela casa.

Há essa altura Ethan estava tremendo. Lembrava o quão difícil fora manter as aparências, a economia, as noites sem dormir. Sabia que não poderiam pegar sua irmãzinha... Talvez alguém o adotasse, mas ela? Era o tipo de criança que era largada para morrer... Ninguém cuidaria dela tão bem quanto ele. Ele se lembrava do livro e do desespero ao vê-lo. Se o bibliotecário lembrasse a existência dele... Viria cobrá-lo e tudo estaria perdido. Foi devolvendo o livro que conseguiu seu emprego, sua luz... Que não fora o suficiente. Todo o dinheiro que ganhava ia para o botânico, pois ele era o único capaz de tirar as dores que afligiam sua pobre irmã. Quantas vezes deixara de comer para que ela se alimentasse? Quando estava fraco demais, temendo que acabasse abandonando sua irmã no mundo, ele a encontrara aos pés da escada, em cima de uma poça de sangue. Não sentiu nada quando viu aquela cena. Não chorou, nem gritou, apenas limpou o frágil corpo de sua irmã e a enterrou ao lado de seus pais. Naquela noite, onde parou para refletir sobre aquela cena, por mais que odiasse admitir, descobriu que houve sim um sentimento: Alívio.

No final, Novack concordara em ajudá-lo e saíra apressadamente da biblioteca. Yui entrara minutos depois, fora uma surpresa encontrá-la ali. Inicialmente não a reconhecera, julgara que era apenas uma leitora comum e estava abalado demais prestar atenção nela. Só a notou de fato quando a vira roubando um livro. Aquilo era algo que não poderia permitir, então ela se virou e tudo ficou claro.

Não precisou de muito para convencê-la e ela nunca perguntou a razão de seu desaparecimento. Talvez fosse por respeito, talvez fosse porque não se importasse. Após o retorno do senhor Novack trazendo um cavalo, ela prontamente o acompanhou. Disse apenas que seria ótimo reencontrar Hector. Todos haviam mudado, menos Yui. Ela continuava a mesma magrela de cabelo preto e escorrido que tinha mania de roubar os mais variados objetos sem pensar nas consequências que seus furtos poderiam causar.

Aquele esgoto não era o único labirinto que estava lidando, todas as suas lembranças eram labirintos igualmente complicados de sair, por isso Ethan continuava deixando sua mente vagar, isso aliviava um pouco o tédio, o fazia esquecer um pouco do cansaço.

Ele não acreditou quando chegou ao lugar marcado. Tentou sair, porém o Sol ainda brilhava e os guardas vigiavam a entrada. A espera era pior que toda a viagem. No momento em que saiu Ethan começou a agradecer, não sabia a quem deveria agradecer e por isso aquele ato lhe parecia idiota.

Após se certificar que a lã não arrebentara, Ethan correu para sua casa. Precisava retirar toda aquela sujeira, não importava se algumas horas mais tarde teria que enfrentar aquele lugar outra vez. Era necessário e quando terminou de se lavar viu como seu rosto estava inchado. Tentou se manter calmo, aquele ferimento tinha que melhorar... Era certo que pouco entendia sobre ferimentos daquele tipo, mas não poderia estar fazendo muita coisa errada... Balançou a cabeça negativamente, quanto antes terminasse com aquilo, mais cedo poderia tratar melhor daquele machucado.

Chegara a hora. Estava na Praça e havia apenas uma pessoa lá, além de Noire, para a surpresa de Ethan. Quem estaria ali tão tarde da noite? Ficou escondido por um tempo, até notar que a pessoa era um garoto jovem, talvez não muito mais velho que ele.

Até que o garoto desapareceu.

Ethan ficou em choque, sem entender para onde ele poderia ter ido. Será que ele o vira? O plano estaria prejudicado? Quando viu Aury próximo da prisioneira, sentiu seu coração se acalmar um pouco. Caminhou rapidamente até os dois.

— Você viu o garoto? — Sussurrou para o felino, ainda um pouco preocupado.

— Que garoto? — Pelo tom de voz de Aury, podia perceber que ele estava irritado com alguma coisa.

— O que estava aqui há um minuto! — Pela irritação do gato, Ethan desistiu da pergunta. Havia uma nova a ser feita. — O que houve?

— Teremos companhia. — Piscou algumas vezes. O que ele queria dizer com aquilo? Não poderiam ter companhia! Era insensato, como se o próprio plano não fosse! — Não se preocupe, você poderá carregá-lo. Ele acha que já o conhece. Então tente manter as aparências. O nome dele é Killian.

— O que você quer dizer com acha que... — Não conseguiu completar sua frase porque naquele momento ele viu Killian. Era bem menor que o garoto que vira anteriormente, aparentava ter oito anos e seu andar era travado. Ethan podia ver o quanto ele se esforçava, só não podia acreditar... — Ele é... Ele é uma...

— Sim, ele é. E sem respostas por enquanto, saiba que a culpa disso é de sua personalidade. — Como a culpa poderia ser dele? O que ele fizera além de andar durante seis dias pelo esgoto?

— Olá, Ethan. — O garoto tinha uma voz doce e em seus olhos havia sofrimento. Ali, ele percebeu que de fato seria algo que ele faria... Era bem típico dele concordar em trazer Killian com eles.

— Olá, Killian, quanto tempo, né? — Tentou manter a voz descontraída e Aury pareceu relaxar. O gato lhe entregou uma chave e sinalizou para Noire.

— Não... — Não pode conter o susto ao ouvir a voz da prisioneira. — Você não sabe no que está se metendo...

— Eu sei perfeitamente, Noire. Resistir é inútil, eu vou salvar você. — No instante em que se vira livre de sua prisão, ela desabou. Estava fraca, magra, terrivelmente maltratada. Não foi um desafio muito grande para Ethan segurá-la e impedir que ela caísse no chão. Ela era tão leve quanto um travesseiro de penas. — Eu irei salvar sua alma.

— Por quê? Por que se importa tanto com um monstro como eu? — O garoto lembrou-se do pombo e sorriu timidamente. É, talvez no fundo aquele fosse o motivo.

— Porque você existe. Se existe, não é por acaso. Você tem um propósito importante. — Ela permaneceu em silêncio e Ethan prendeu a boneca que Aury trouxera. A cópia era perfeita. Um fato curioso... Como Aury conseguira trazê-la até ali? Certamente não contou com a ajuda de Killian. Fora um trabalho difícil, para Ethan, arrastar Noire e Killian para os esgotos. Aury juntou-se a eles e quão grato o garoto ficou ao ver que o felino, por alguma estranha razão, era capaz de iluminar o caminho. Como se ele não pudesse ser mais bizarro. Foi na segunda curva que Noire o respondera, com sua costumeira voz insensível.

— Talvez o meu propósito seja causar o sofrimento... Como os humanos reconheceriam a felicidade, se eu não existisse para roubar a alma de suas crianças? — E para aquelas palavras, Ethan não conseguiu pensar em nenhuma resposta. Porque, afinal, talvez ela estivesse certa.


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