Irremediavelmente Grávida escrita por PepitaPocket


Capítulo 19
A Prisioneira Fugitiva


Notas iniciais do capítulo

Ola sejam bem vindos.
Façam uma boa leitura.



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Poucas vezes, na vida ela encontrou uma vantagem tão útil em ser pequena como naquele momento em que ela andava de quatro pés por entre a tubulação de ar.

Enquanto ela se embrenhava pelo desconfortável túnel, Unohana andava de um lado para o outro como que pressentisse que algo não ia bem.

Mas, apenas por bom senso ela esperou quinze minutos, até invadir o banheiro, encontrando-o vazio.

Então, pela primeira vez na vida, Unohana gritara a plenos pulmões:

_ BYAKUYA! É UMA EMERGÊNCIA!

#

Soifon respirou aliviada depois que colocou os pés no gramado.

Como esperado, ao contrário das janelas a saída de ar, dava para um dos cantos mais discretos da mansão Kuchiki.

Em outras situações bastava ela usar o Shunpo e tudo ficaria bem.

Mas, agora ela não conseguiria canalizar sua reiatsu nem para lançar um Byakurai*.

_ Caso tenha percebido: você esta fazendo uma idiotice. – Suzumebachi protestou quase tendo um colapso nervoso (talvez ela fosse à primeira Zanpakutou da história a ter um).

_ Eu não vou deixar aquele idiota mandar em mim. – Soifon falou empinando o nariz para o alto, quando este deveria estar voltado para chão, e assim evitado a queda.

No exato momento que meia dúzia de shinigamis raivosos se encaminhava para o local onde ela estava.

_ A CERCA VIVA NÃO. – O Mordomo de Byakuya gritou em uma tensão nervosa pior do que a de Suzumebachi.

_ A Cerca viva sim. – Dissera o velho comandante irritado por estar sendo desobedecido por uma grávida esquentadinha.

_ Bom, pelo menos o Byakuya é mais eficiente do que a Yoruichi, no quesito responsabilidade. – Disse Suzumebachi.

_ Argh, calada. – Soifon falou pensando no que ela poderia fazer para não ser alvo de mais humilhações.

Foi quando uma cantoria medonha invadiu lhe os ouvidos.

_ Eu vou, eu vou pra casa agora eu vou... - Estando em apuros como estava não era hora de ser exigente.

#

_ Não. – Byakuya fora o primeiro a chegar e cair de cara no chão, depois de ele tropeçar na mesma relva que Soifon havia caído minutos mais cedo.

_ Fala sério, se não tivéssemos de ter feito a volta teríamos a alcançado. – Yoruichi falou irritada.

_ Era isto, ou incendiaríamos o mordomo de Byakuya. – Urahara falou sorrindo de orelha para orelha.

_ E agora para onde ela foi? – Byakuya só queria achar a mão de seu filho fujona.

_ Pior, não é para onde ela foi, e sim com quem ela foi.

Urahara falou ajeitando seu ridículo chapéu em forma de balde, enquanto apontava para a estrada onde havia pegadas, e marcas de algo semelhante a um carrinho de mão.

Byakuya, assim como foi o primeiro e único a cair, foi o primeiro a seguir em disparada pela estrada, jurando a si mesma que aquela abelha matreira não o faria de bobo uma segunda vez.

#

Hanataro estava feliz, por que finalmente obtivera um dia de folga, depois de um ano inteiro de trabalho, praticamente escravo.

Ele estava pensando em fazer um pouco de crochê. Limpar seu aparelho de chá. Ler seu novo livro de Coisas que Você Não Precisa Saber Sobre os Humanos.

Mas, todos seus planos foram por água baixa, quando todos os garfos e a única faca que havia em seu faqueiro voaram em sua direção prendendo-o contra a parede.

Esta mesma faca parara zunindo bem no alto de sua cabeça, abrindo uma segunda trilha por entre seu cabelo corte de cogumelo.

_ Esse moleque não estragou minha pontaria. – Soifon falou quase dando saltinhos.

_ O mesmo eu não posso dizer de sua sanidade. – Suzumebachi falara com lágrimas correndo dos olhos.

_ Argh, calada! – Soifon quase falara alto, mas conseguiu conter-se a tempo.

_ Taichou... Soi... Fong! – Hanataro disse as palavras tremendo como vara verde. Não havia nenhum oficial de patente menor, dentro de qualquer bantai que fosse que não temesse a jovem taichou.

_ Quieto seu rato. Não se mova. – Ela falou tentando ouvir qualquer sinal da aproximação de Byakuya.

Mas, dessa vez aquele idiota não a encontraria tão facilmente. Já que usava o uniforme padrão da Onmitsu Kidou que facilitava na ocultação da Reiatsu.

_ Como é que ele vai se mover? Você quer que ele a ajude, mas prendeu o garoto na parede? – Suzumebachi disse enfurecida.

_ É só para ele não correr para Unohana para contar que eu estive aqui. – Soifon falou com um sorriso malvado.

_ Eu não faria isto, senhora. – Hanataro falou ainda tremendo.

_ Senhorita. – Soifon falou colando seu nariz ao do garoto que sentiu naquele momento entendeu o significado, da frase tipicamente humana: ficar face a face com a morte.

_ Mas, você vai ter um bebe. – Ele disse encolhendo-se quando sentiu sua testa enrugar. – E dizem que Byakuya taichou é o pai. – O garoto falou ainda mais encolhido. – E eu até fiz uma aposta que você iria casar com ele.

Nesse momento não teve mais como ele se encolher já que ela o socara com tanta força, que o crânio do garoto estalou.

“Como se atrevem. Eu nunca me casaria com aquele idiota. Aquele tarado. Pervertido. Ele só quer o bebê. Cretino”

Ela dizia andando de um lado para o outro.

“E como ele não te quer, você faz que ele corra atrás de você”. – Suzumebachi falou com ar de sabichão.

Soifon avermelhou vários tons, mas estava sem energia para falar. Seu estomago roncou.

_ Estou com fome. – Ela disse desanimada, olhando para todos os lados, em busca de algo comestível.

_ Er... Os miolos dele estão saindo. – Suzumebachi referindo-se a Hanataro inconsciente.

_ E dai? – Soifon perguntou enquanto abria a geladeira.

_ Daí que ele vai perder muito do pouco que tem.

Soifon deu de ombros.

_E Unohana-taichou não vai ficar feliz.

A expressão da capitã exonerada foi de pura frustração. Ainda assim ela desistiu de comer os saborosos morangos com leite que tinha na geladeira do garoto, para “desprende-lo” da parede e coloca-lo na cama.

Vendo que aonde ela havia batido havia surgido uma fenda, que misteriosamente havia aberto, ela pegara uma fronha e usara para estancar o sangue, depois usara outra como bandagem, Suzumebachi por sua vez, não pode deixar de comentar.

_ Não é a toa que você reprovou em todas as disciplinas médicas.

_ Cale-se ele não vai morrer.

_ Oh, falou a deusa da morte.

_ Já mandei você se calar.

_ SOCORRO. – Quando menos esperavam Hanataro começou a gritar e se sentou na cama, por pura espasmo.

E Soifon socou o seu nariz fazendo-o ficar inconsciente.

_ Ok, agora talvez não sobreviva. – Falou Soifon sem folego.

#

Nesse momento ela pode ouvir um aplauso de trás dela.

_ A taichou de olhos puxado está aprontando.

_ Hirako! – Ela falou o nome do outro capitão com desprezo.

Hirako sabia que sua colega o culpava pela fuga de Yoruichi, como se alguém pudesse ser culpado, pela princesa ter uma incomum alergia a compromissos, promessas e coisas do tipo.

_ Que você fez com o coitado? – Hirako perguntou em choque ao ver Hanataro inconsciente em cima da cama.

_ Isso? Foi um acidente! – A pequena taichou se justificou juntando um indicador no outro, e Hirako não pode evitar corar quando viu as bochechinhas dela rosarem.

Hiyori tinha razão quando dizia que seu fraco por mulheres bonitas, iria acabar o matando.

_ Você não acha que esta causando acidentes demais? – Hirako perguntou ainda encostado no batente da porta.

Desviou-se do garfo meio retorcido, da faca, e de alguns outros acessórios que ela arremessou contra ele.

_ Como aquela garota idiota (Hiyori) consegue acertar os chutes tão facilmente em você? – Ela perguntou irritada.

_ Eu sou um capitão. Vaizard. Eu só apanho quando quero apanhar. – Ele falou numa pose de orgulho, mas para Soifon aquela era uma declaração vergonhosa.

_ Então me deixa bater em você. – Ela pediu fazendo um biquinho.

_ Oh, desculpe, mas eu não vou com sua cara. – Ele falou fechando o olho, mas tornou a falar quando a viu que ela lhe encarava com os olhos marejados.

_ Er... Quer dizer... Você é bonitinha e coisa e tal... Mas, é um milagre que Byakuya tenha se aproximado. Por que caramba, eita mulher difícil que dói. – Ele falou com sinceridade. No fundo como muitos ali tinham curiosidade com relação a capitã. Hirako desejava entender o porquê sua personalidade ser tão difícil quem sabe pudesse ajuda-la mais.

Quem sabe até tirar uma casquinha, por que não? Afinal, mulheres bonitas não caem com facilidade em sua rede!

Soifon então se aproximou sorrateira.

_ Pra começar você não me viu aqui. – A pequena taichou aproximou a mão dele.

Hirako não iria cair facilmente naquela, mas precisava ganhar tempo.

_ É claro. – Ele disse estendendo a mão, para ela, mas no momento que ela apertou, ele percebera seu terrível engano.

(GRITO ESGANIÇADO).

#

Soifon então saíra da cabana, pensando em mil alternativas para escapar a tempo, mas não foi preciso muito esforço.

Novamente a alternativa de fuga viera até ela, ou seria outra vítima? Só o tempo a dizer!


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Notas finais do capítulo

Obrigada e até o próximo.



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