Arena Sangrenta escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 2
Voluntária


Notas iniciais do capítulo

Eaew gente beleza? Não estranhem a data da primeira postagem é porque essa fic foi reciclada de uma original que não tava dando certo. Bom aqui vai acontecer a colheita, espero que gostem. Ah, e vai ter a coprotagonista juntamente com Tiger. Boa leitura.



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– Fiquei impressionado com a sua determinação garoto. Com certeza o nosso distrito ganhará essa edição. Já entrevistei a sua parceira, Donatella, agora você. O quão determinado você está para os jogos?

O repórter entrevistava o jovem. No momento da entrevista a banda foi interrompida, porque seria transmitida por todo o distrito. Como havia entrevistado Donatella antes agora só faltava o rapaz. A moça foi bem convincente e destemida.

– To bastante confiante que vou vencer - falou enquanto segurava uma latinha de cerveja. - Prometi isso a minha mãe que eu venceria por ela cara. Meu... não há ninguém mais preparado do que eu para sobreviver naquela arena. Sou especialista em lutas com espadas, treino artes marciais desde criança, sou judoca e tricampeão, além de conseguir escalar grandes alturas, saber anatomia e os pontos vitais do corpo humano e também botânica. Ou seja cara você tá falando com o cara mais foda do distrito e futuro vencedor de jogos.

– Gostei da sua confiança. Então tá gente temos aqui o nosso voluntário masculino. Eles passaram confiança? Aguardem a colheita pública amanhã. Serã televisionado pela TV Distrital - o câmera informa que saíram do ar. O repórter agradeceu a entrevista e foi embora com a sua equipe.

Passou-se horas e a festa ainda não havia terminado. Tiger curtia com os colegas e os amigos da academia enquanto bebia mais e mais alguns drinques. Era a última noite dele antes de ir a capital então teria que aproveitar ao máximo. Num certo momento ele estava dançando quando esbarrou num cara que também treinava. Eles se estranharam e um tumulto foi desencadeado. A briga foi apartada e o Menino Prodígio foi levado para casa pelo amigo Al.

– Cara você não devia ter bebido tanto. Amanhã precisa estar em forma para a colheita. Sabe disso - disse o rapaz ao mesmo tempo em que rezava para não ser pego pelos pacificadores, pois estava dirigindo bêbado um veículo.

– Vish minha mãe virou macho agora... hehe... tadinho do meu pai. Sério... ficou falando igual a minha mãe... devia ter deixado eu socar a cara daquele filho da mãe... eu matava aquele moleque...

– É aí depois os pacificadores iriam te matar. Deixa de conversa que vou te levar pra casa. Já são quase meia noite...

– Em nome da velha caquética da tua mãe... eu combinei com meus coroas que iria chegar às nove... também você fica me induzindo pro mau caminho... minha mãe deve ta puta da vida...

– Bem feito. Tomara que ela dê umas palmadas nessa sua bunda. Pensa que só porque é forte que não pode apanhar? Aí chegamos. E olha quem está do lado de fora.

A mãe e o pai do bêbado esperavam por ele no lado de fora. Al desceu do carro e com a ajuda do senhor Hollyster levaram Tiger para o quarto. Ele teria que se explicar no dia seguinte, mas por enquanto o rapaz estava a salvo na companhia dos pais. Eles agradeceram e Al foi embora atravessando todos os sinais vermelhos que via pela frente. O amanhã será um dia bastante agitado. O dia da colheita.

...

DISTRITO 12

O distrito mais pobre de toda a Panem. Sem sombra de dúvidas a situação precária é motivo de risos pela população do país principalmente na capital. O local, juntamente com o 11, é a região em que há mais pacificadores por causa das constantes brigas e pequenas rebeliões. Perto da floresta era palco de algumas fugas, mal sucedidas.

Sobre o galho de uma árvore havia uma pessoa descansando. Essa pessoa gostava de ficar na floresta, pois tinha muita ligação com ela. A garota acordou, seu rosto estava escondido num chapéu parecido um sombreiro. Ficou observando a movimentação dos animais e viu um veado andando no local. O animal estava um pouco distante, mas dava para notar pela movimento. Ela colocou a flecha no arco, mirou e atirou acertando o animal bem no pescoço.

Desceu da árvore e correu até o local onde estava o animal morto. O amarrou pelos pés e o carregou até chegar numa casa onde comprava mercadorias. Um homem avaliou o animal e viu que ele estava em perfeitas condições. Trocou por dinheiro, suficiente para se manter durante alguns dias.

A garota voltou para a aldeia onde morava e entrou num casebre que ficava perto dos limites do distrito. Dentro do local ela vai direto para o quarto da sua madrinha que estava acamada. Uma mulher com idade de uns quarenta anos, mas doente o suficiente para não se manter em pé.

– Madrinha aqui está o seu remédio. Tive que caçar um veado pra comprar isto - ela retirou o chapéu e mostrou seu rosto. Uma garota com longos cabelos castanhos ondulados e olhos verdes.

– Obrigada filha... m-mas é tarde demais... eu tive hemorragia enquanto você estava fora - falou enquanto tossia por conta da doença.

– Não fala assim madrinha a senhora vai ficar bem. Não me deixe sozinha - disse na beira da cama e segurando a mão da outra.

A mulher se estica pra abrir uma gaveta de uma cômoda antiga. Pega uma caixinha preta e a abre. Dela retira um anel de ouro com uma inscrição em latim com o nome "família". A mulher entrega a ela.

– Rachel eu tentei te contar antes... os seus pais estão vivos. Eles não morreram.

– Do que está falando madrinha?

– Escuta. Quando seus pais saíram daqui eles pensaram que você havia sido morta pelos pacificadores. Naquele dia, quando você tinha apenas dois anos, eu te dei uma bebida a base de ervas que te deixou inconsciente. Em seguida te melei com sangue de cabra pra dizer que era seu. Mostrei seu falso cadáver ao seu pai e ele acreditou... eles saíram apenas com o seu irmão mais velho.

– O que? Por que fez isso madrinha?

– Eu era apegada a você... e tinha perdido minha filha... sei que fiz algo errado e me arrependo muito de ter feito o que fiz. O anel foi sua mãe que me deu como recordação, agora estou dando a você. Porque eu sei que de algum modo é o objeto no qual um dia ela vai te identificar. Desculpe-me...

A mulher gemeu de dor e morreu na cama. Rachel ficou paralisada e jogou o pote contra a parede o quebrando. Pôs as mãos na cabeça. Como a sua madrinha podia ter feito isso? Saiu daquele lugar.

Enquanto faziam um rápido velório no casebre a garota ficou sobre o telhado da casa observando a lua. Era uma visão maravilhosa. Pensou que a sua vida era um lixo. Não havia mais ninguém, por isso decidiu uma coisa: amanhã será o dia C de colheita. Olhou para o anel e pensou em como estaria a sua família agora.

...

– Acorda meu filho. Você dormiu demais - falava sacudindo o rapaz que estava na cama.

– Que droga de ressaca. Estou péssimo, olha só - disse ele cambaleando enquanto tentava se manter em pé - devo ter bebido muito... Desculpa mãe por ontem. Deveria ter voltado no horário combinado. Eu juro que não faço mais.

– Não fará mais porque vai para aquele maldito jogos. Eu tenho raiva dessa carnificina. Se aquele presidente morresse estaríamos livres.

– Engano seu. Os jogos vão continuar com ou sem o presidente - disse entrando no banheiro que lá havia.

A mulher trouxe uma roupa social e colocou sobre a cama do filho. Era o dia de colheita pública e como esse era um dia "especial" teria que se vestir bem para a ocasião.

Tiger tomou banho, se arrumou colocando a calça bege e a camisa social branca. Depois de tomar um café bem forte ele foi para a academia, pois o seu treinador o havia chamado. Então ele saiu e chegou lá faltando uma hora para a colheita. O aerodeslizador já estava no distrito, faltava os últimos ajustes. Alguns jovens começaram a chegar.

– Quero que os dois transmitam confiança para todos, mas seus visuais não estão ajudando. Portanto Dona você vai mudar de visual e você também Tiger. Vão, Feing está esperando por vocês.

Feing era um cabeleireiro especial vindo da capital justamente para dar um tapa no visual dos voluntários do Distrito 2. Donatella tinha cabelos loiros, grandes e ondulados. Mudou para um estilo liso e curto até os ombros, ela adorou. Tiger cortou os cabelos que caíam sobre sua testa e os deixou repicados com um discreto topete. Estavam prontos para a colheita.

O edifício da Justiça tinha quatro andares e ficava na praça central. Era bastante espaçosa e acomodava milhares de pessoas. Os pacificadores arrumavam o local, colocaram um telão perto da entrada e outro na parte sul da praça. Os jovens chegavam, alguns sozinhos, outros acompanhados pelos pais. Muitas crianças choravam, pois era a primeira vez destas. Os carreiristas já estavam acostumados com esse clima tenso.

Uma mulher branquíssima, com longos cabelos azuis e um vestido rosa chegava num carro de luxo. A mulher adorou a riqueza daquele distrito e foi acompanhada pelas autoridades da região inclusive a senhora Moir. Ela entrou no edifício sendo acompanhada pela senhora Moir, prefeita do distrito.

Tiger finalmente chegou na praça acompanhado com seus pais e amigos e ficou aguardando na fila para espetar o dedo numa agulha para a identificação digital. Depois aguardou a chegada da mulher que iria presidir a colheita. Claro, teria aquele filme chato pra caramba que se repete vez após vez. O cara ficou de braços cruzados aguardando o início do evento tão aguardado.

...

Todos os jovens do Distrito 12 estavam em frente ao edifício da Justiça. Tudo estava em perfeitas condições. Um microfone estava posto bem na frente e um telão sobre a entrada. Uma mulher caminhou até chegar ao microfone. Ela era magra, com cabelos amarelos e um vestido branco com detalhos dourados. As crianças acharam-na estranha por causa da sua extravagância.

– Bem vindos. Bem vindos. Feliz Jogos Vorazes - disse ela estampando seu sorriso branco - e que a sorte esteja sempre ao seu favor. Antes do sorteio tão esperado eu tenho um pequeno vídeo para mostrar a vocês. Prestem bem atenção meus lindos.

" Guerra. Guerra terrível.

Viúvas, órfãos, filhos sem mãe (...)"

3 minutos depois...

– Ai adoro isso gente. Agora vamos a escolha dos nomes. E claro as damas vem primeiro - ela anda para o lado esquerdo até chegar num recipiente de vidro, pega um papel e abre - Melissa Wilson...

– Eu me ofereço! - todos olham pra trás e viram Rachel com o braço estendido, depois sendo levada até a mulher.

– Ai que emoção uma voluntária. Distrito 12! Senhor prefeito me belisque. Venha querida, isso mesmo. Diga o seu nome.

– Rachel Sheppard.

– Que lindo agora vamos ao cavalheiro... Jared Lioncheese.

Os garotos olharam para o rapaz. Era um garoto com aparentemente 16 anos de idade, moreno claro com olhos castanhos e cabelos da mesma cor. O garoto andou com um receio, triste, derrotado. Não queria ter ido lá. Rachel se lembrou dele. O via tocando violino para as crianças do distrito, pois era músico. Nunca imaginaria que aquele moço seria seu par na colheita e muito menos que ela mesma se voluntariaria sem mais nem menos.

– Apertem as mãos... isso. Estes são os tributos do Distrito 12 na Septuagésima Nona Edição Anual dos Jogos Vorazes. Até meus queridos e que a sorte esteja sempre ao seu favor. Ai que maravilha vai ter caviar no expresso... - ela entrou com os dois.

...

– Meu filho estou apreensiva - dizia a mulher o abraçando.

– Calma mãe eu vou vencer. Eu disse que venço e vencerei. Pai me deseje sorte por favor.

– Filho vai ser muito arriscado, mas tenho certeza que você dará tudo de si nesses jogos. Honre a sua família - disse o pai o abraçando.

– Querido eu quero te dar uma coisa - ela entrega um anel dourado - olhe este é um anel que a sua avó deu pra mim. Havia outro que completava o par, mas eu dei para uma pessoa especial que não tenho mais contato desde quando saí do distrito 12. Uma joia, só há dois exemplares. É pra te dar sorte.

– Valeu mãe.

– Tempo esgotado - disse um soldado levando os pais dele pra fora.

Tiger olhou para o objeto e o colocou no dedo. Era um objeto lindo com uma inscrição em latim. Como um objeto de alto valor veio do lugar mais pobre de Panem?

– Treinador?

– Tiger eu tenho pouco tempo, escute. Você está mais do que preparado pra isso. Quando chegar na arena faça de tudo para apanhar o maior número de espadas e suprimentos. Antes disso demonstre frieza e arrogância o suficiente pra intimidar os outros tributos. É crucial se aliar a Dona, sua par, e aos outros carreiristas do distrito 1. Mate os mais fracos até chegar aos mais fortes. Quando for a vez de matar os do distrito 1 se separe e prepare armadilhas. Não posso te falar como matar Dona porque eu também sou treinador dela e imparcial. São esses conselhos que damos aos nossos tributos, confio em ti.

– Valeu treinador. Eu farei exatamente o que o senhor me disse. Aqui comigo é sangue no olho.

– Que maravilha. Honre o nosso distrito. Conto com vocês, principalmente você.

O homem saiu deixando o rapaz aguardando a responsável para acompanhá-lo até o trem. Ele ficou olhando pela janela o movimento na praça. A cara de alívio de muitos. Por incrível que pareça ele estava nervoso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Abraço.



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